sábado, 20 de novembro de 2010
Eric Clapton - 24 Nights (1991)
Esse álbum ao vivo escorrega um pouco por conta dos muitos convidados, todos fantásticos, claro. Até mesmo o Phil Collins, que como compositor, cantor e produtor, é um ótimo baterista. Mas fica sem um pouco de coesão, como aquela que havia nos tempos em que o Chris Stainton estava nos teclados e o Andy Fairweather-Low levava a segunda guitarra.
Tem alguns solos realmente memoráveis aqui, como em White Room, e tem uma interpretação belíssima de Running on Faith de autoria do Jerry Lynn Williams, parceiro frequente do EC. Aliás, o Jerry Lynn tocou ao lado de Hendrix na banda do Little Richard.
Eric Clapton -guitarra,vocal
Nathan East -baixo,vocal
Greg Phillinganes -teclados,vocal
Chuck Leavell -teclados
Steve Ferrone -bateria
Phil Collins -perc
Ray Cooper -perc
Buddy Guy -guitarra
Johnnie Johnson -piano,vocal
Richard Cousins -baixo
Robert Cray -guitarra
Jimmie Vaughan -guitarra
Alan Clark -teclados
Katie Kissoon -vocal
Tessa Niles -vocal
Jamie Oldaker -bateria
Phil Palmer -guitarra
Jerry Portnoy -harmônica
Edward Shearmur -teclados
Joey Spampinato -baixo
National Philharmonic Orchestra Ensemble
Michael Kamen -regente
CD1
1 Badge
2 Running on Faith
3 White Room
4 Sunshine of Your Love
5 Watch Yourself
6 Have You Ever Loved a Woman
7 Worried Life Blues
8 Hoodoo Man
CD2
1 Pretending
2 Bad Love
3 Old Love
4 Wonderful Tonight
5 Bell Bottom Blues
6 Hard Times
7 Edge of Darkness
Eric Clapton - Guitarras
O primeiro instrumento do Clapton foi um violão espanhol Hoya. Na Yardbirds ele tocou uma Fender Telecaster e uma Gretsch 6120.
Depois na Bluesbreakers do John Mayall ele tocou uma Gibson Les Paul Standard modelo 1960 plugada em Marshalls de 45 watts modificados para dar melhor definição nos médios, e sempre em volume máximo. Reza a lenda que quando foi pro estúdio pela primeira vez com Mayall, o engenheiro reclamou que estava muito alto e ele respondeu: É assim que eu toco e ponto.
De 65 à meados de 70 ele tocou quase exclusivamente em Gibsons e a imensa divulgação que fez foi fundamental para essa empresa. Eventualmente ele comprou várias outras mas sua favorita, aquela Les Paul sunburst 60, foi roubada durante os ensaios do Cream no verão de 66.
No Cream ele continuou usando Gibsons LP, provavelmente modelos de 1960 como a roubada, pois elas tinham o braço mais fino que as posteriores, o que lhe agradava bastante.
Em 67 ele passou para uma Gibson SG, a famosa "Guitarra Psicodélica" que foi pintada por um grupo de artistas holandêses chamado The Fool, os mesmos que foram autores da arte da capa na primeira prensagem do disco "Sgt. Peppers" dos Beatles.
Mais no finzinho (Farewell Concert) ele alternou entre uma Gibson Firebird I e uma ES 335. Os amps continuaram Marshalls mas agora de 100 watts com 4 cabines de 12 polegadas e também usou pedais Wah-Wah Vox e ocasionalmente um Fuzz. Ainda no Cream ele usava violões Zemaistis, um deles de 12 cordas.
Na Blind Faith ele continuou com a Firebird e também estreou uma Fender Telecaster com braço de Stratocaster. Eram plugadas tanto nos Marshalls como em Fenders Dual Showman.
Foi no Derek & The Dominos que Eric mudou pra Fender Stratocaster, uma tabaco sunburst apelidada de Brownie:
Essa guitarra foi leiloada em 99 por cerca de 500 mil dólares.
De 70 até 85 ele tocou basicamente na famosa "Blackie":
Em 1970 Clapton comprou um monte de Telecasters, Stratocasters e outras coisas numa loja de Nashville por 100 doletas cada e as levou de volta pra Inglaterra. Lá ele deu uma pro George Harrison, outra pro Steve Winwood e mais uma pro Pete Townshend. As restantes ele desmontou e usou as melhores partes na construção da Blackie. Em 85 ela foi aposentada pois Clapton a considerava muito preciosa para correr o risco de um roubo ou acidente, como ocorreu com a Number One do Steve Ray Vaughan.
Depois ela acabou sendo leiloada por uma fortuna, acho que quase um milhão de dólares, e a grana foi para a fundação Crossroads, um centro de reabilitação para dependentes químicos.
Aí a Fender se dispôs a criar uma guitarra com a assinatura do Clapton (a primeira Signature Serie) e ele exigiu que fosse uma cópia fiel da Blackie, especialmente o braço, do tipo V como nos violões Martin. A Fender fez um braço assim e colocou num corpo de Strato Elite. Também acrescentaram um booster de médios com 14 dB para imitar o som das Les Paul. O Clapton gostou, mas ele pediu mais ainda. Então montaram um circuito com 25 dB junto com captadores Lace Sensor. As cordas são Ernie Ball Regular Slinkies .010 ou Super Slinkies .009.
Pelo contrato com a Fender, o Eric receberia 100 dólares de royalties à cada unidade vendida. Só que ele ganhou uma guitarra do luthier americano Bernie Rico, uma BC Rich Seagull, e saiu tocando em shows. Além disso, o Rico veiculou uma foto do Clapton com a tal guitarra...
...e a Fender ameaçou processar todo mundo.
Foi a leilão.
No entanto, em 2001 Clapton substituiu os Lace Sensor pelos Fender Vintage Noiseless. Ele ainda usa uma Gibson 335 para fazer slides. Nela, usa cordas Ernie Ball Super Slinky's .009 e um slide médio da marca Isis. Também usa um pedal Cry Baby Wah-wah.
Na gravação do álbum From the Cradle ele usou cerca de 50 modelos da sua coleção, entre alguns, uma Gibson 335 tabaco dos anos 60, uma outra cereja do tempo do Cream, vários violões Martin, um Tony Zemaistis de 12 cordas, vários Dobro com afinações diferentes e algumas Gibson L5, inclusive uma com 12 cordas.
Para o álbum Me & Mr. Johnson e o Sessions for Robert J., Clapton usou uma coleção de violões Martin. Ele cita a dificuldade que teve em tirar as músicas como Robert Johnson as executava, já que ele fazia duas linhas opostas no violão e uma terceira na voz.
O Clapton é um colecionador da chamada "arte de rua" e em 2001 ele exibiu uma Fender Strato toda pintada pelo grafiteiro John "Crash" Matos que foi apelidada de Crashocaster. Depois ele ganhou uma segunda, do mesmo artista, apelidada de Crash 2 e uma terceira, a Crash 3, que foi feita especialmente para um concerto no Albert Hall e para um leilão subsequente em benefício do Centro Crossroads de Antigua.
Finalizando, em 2007 ele apareceu no palco com uma Strato branca de escudo dourado:
Essa guitarra foi um presente de Natal da esposa e das quatro filhas...
...e logo foi apelidada de "Christmascaster".
Depois na Bluesbreakers do John Mayall ele tocou uma Gibson Les Paul Standard modelo 1960 plugada em Marshalls de 45 watts modificados para dar melhor definição nos médios, e sempre em volume máximo. Reza a lenda que quando foi pro estúdio pela primeira vez com Mayall, o engenheiro reclamou que estava muito alto e ele respondeu: É assim que eu toco e ponto.
De 65 à meados de 70 ele tocou quase exclusivamente em Gibsons e a imensa divulgação que fez foi fundamental para essa empresa. Eventualmente ele comprou várias outras mas sua favorita, aquela Les Paul sunburst 60, foi roubada durante os ensaios do Cream no verão de 66.
No Cream ele continuou usando Gibsons LP, provavelmente modelos de 1960 como a roubada, pois elas tinham o braço mais fino que as posteriores, o que lhe agradava bastante.
Em 67 ele passou para uma Gibson SG, a famosa "Guitarra Psicodélica" que foi pintada por um grupo de artistas holandêses chamado The Fool, os mesmos que foram autores da arte da capa na primeira prensagem do disco "Sgt. Peppers" dos Beatles.
Mais no finzinho (Farewell Concert) ele alternou entre uma Gibson Firebird I e uma ES 335. Os amps continuaram Marshalls mas agora de 100 watts com 4 cabines de 12 polegadas e também usou pedais Wah-Wah Vox e ocasionalmente um Fuzz. Ainda no Cream ele usava violões Zemaistis, um deles de 12 cordas.
Na Blind Faith ele continuou com a Firebird e também estreou uma Fender Telecaster com braço de Stratocaster. Eram plugadas tanto nos Marshalls como em Fenders Dual Showman.
Foi no Derek & The Dominos que Eric mudou pra Fender Stratocaster, uma tabaco sunburst apelidada de Brownie:
Essa guitarra foi leiloada em 99 por cerca de 500 mil dólares.
De 70 até 85 ele tocou basicamente na famosa "Blackie":
Em 1970 Clapton comprou um monte de Telecasters, Stratocasters e outras coisas numa loja de Nashville por 100 doletas cada e as levou de volta pra Inglaterra. Lá ele deu uma pro George Harrison, outra pro Steve Winwood e mais uma pro Pete Townshend. As restantes ele desmontou e usou as melhores partes na construção da Blackie. Em 85 ela foi aposentada pois Clapton a considerava muito preciosa para correr o risco de um roubo ou acidente, como ocorreu com a Number One do Steve Ray Vaughan.
Depois ela acabou sendo leiloada por uma fortuna, acho que quase um milhão de dólares, e a grana foi para a fundação Crossroads, um centro de reabilitação para dependentes químicos.
Aí a Fender se dispôs a criar uma guitarra com a assinatura do Clapton (a primeira Signature Serie) e ele exigiu que fosse uma cópia fiel da Blackie, especialmente o braço, do tipo V como nos violões Martin. A Fender fez um braço assim e colocou num corpo de Strato Elite. Também acrescentaram um booster de médios com 14 dB para imitar o som das Les Paul. O Clapton gostou, mas ele pediu mais ainda. Então montaram um circuito com 25 dB junto com captadores Lace Sensor. As cordas são Ernie Ball Regular Slinkies .010 ou Super Slinkies .009.
Pelo contrato com a Fender, o Eric receberia 100 dólares de royalties à cada unidade vendida. Só que ele ganhou uma guitarra do luthier americano Bernie Rico, uma BC Rich Seagull, e saiu tocando em shows. Além disso, o Rico veiculou uma foto do Clapton com a tal guitarra...
...e a Fender ameaçou processar todo mundo.
Foi a leilão.
No entanto, em 2001 Clapton substituiu os Lace Sensor pelos Fender Vintage Noiseless. Ele ainda usa uma Gibson 335 para fazer slides. Nela, usa cordas Ernie Ball Super Slinky's .009 e um slide médio da marca Isis. Também usa um pedal Cry Baby Wah-wah.
Na gravação do álbum From the Cradle ele usou cerca de 50 modelos da sua coleção, entre alguns, uma Gibson 335 tabaco dos anos 60, uma outra cereja do tempo do Cream, vários violões Martin, um Tony Zemaistis de 12 cordas, vários Dobro com afinações diferentes e algumas Gibson L5, inclusive uma com 12 cordas.
Para o álbum Me & Mr. Johnson e o Sessions for Robert J., Clapton usou uma coleção de violões Martin. Ele cita a dificuldade que teve em tirar as músicas como Robert Johnson as executava, já que ele fazia duas linhas opostas no violão e uma terceira na voz.
O Clapton é um colecionador da chamada "arte de rua" e em 2001 ele exibiu uma Fender Strato toda pintada pelo grafiteiro John "Crash" Matos que foi apelidada de Crashocaster. Depois ele ganhou uma segunda, do mesmo artista, apelidada de Crash 2 e uma terceira, a Crash 3, que foi feita especialmente para um concerto no Albert Hall e para um leilão subsequente em benefício do Centro Crossroads de Antigua.
Finalizando, em 2007 ele apareceu no palco com uma Strato branca de escudo dourado:
Essa guitarra foi um presente de Natal da esposa e das quatro filhas...
...e logo foi apelidada de "Christmascaster".