quinta-feira, 31 de maio de 2012
Dia Mundial sem Fumo
Hoje, 31 de maio, foi o dia mundial da luta contra o tabaco e eu não sei dizer se isso acaba tendo algum efeito prático mas, vá lá, tá valendo. A ação deveria ser diária, o governo tem o dever pagar por inserções duras, cruéis até, na televisão e em revistas, afinal arrecada uma baba com impostos sobre o cigarro. Faça a conta: cada fumante médio gasta cerca de mil reais por ano com o vício; deu prá sacar quanta grana entra? Por outro lado, a conta que não aparece é a que mostra que esse mesmo governo — é, isso que tá aí é governo, governo é governo, tem que chamar de governo mesmo não sendo — gasta 3 vêzes mais com doenças decorrentes do fumo do que o total arrecadado com impostos sobre o fumo.
O Brasil é o maior exportador de tabaco do mundo e um dos países onde o cigarro é mais barato. Um estudo demonstrou que o aumento de 10% apenas no preço do maço já induz o fumante a uma redução de um maço no primeiro trimestre e mais de quatro maços no médio prazo. E ainda tem gente que tem a cara de pau de alegar que não é bom vender menos cigarro, causa desemprego. Pois outro estudo na Inglaterra provou que o emprego aumenta pois os carinhas lá passam a gastar em outras coisas.
Então meu camarada, dia 31 de maio ou não, faça alguma coisa contra o fumo. Inventa alguma coisa aí, dê um murro na cara do seu fumante mais chegado, não custa nada nem mata devagarinho.
Joe Walsh - The Smoker You Drink, the Player You Get (1973)
Joe Walsh despontou quando substituiu Glen Schwartz na James Gang em 68, antes mesmo do primeiro álbum. Sorte da James Gang que teve um grande guitarrista que entre outras qualidades que eu admiro, usa a talk-box muito bem. Curioso é que ele estudou clarinete e oboé antes de querer ser guitarrista. Despretencioso e bem humorado, ele até concorreu a presidente dos EUA em 1980, só prá zuar. Esse é o seu segundo álbum solo, um ótimo álbum.
Joe Walsh -guitarra,vocal
Kenny Passarelli -baixo,vocal
Rocke Grace -teclados,vocal
Joe Vitale -bateria,flauta,teclados,vocal
1 Rocky Mountain Way
2 Book Ends
3 Wolf
4 Midnight Moodies
5 Happy Ways
6 Meadows
7 Dreams
8 Days Gone By
9 Day Dream (Prayer)
Lightnin' Hopkins - Smokes Like Lightning (1962)
Esse disco foi gravado em três sessões em 1962 e na maior parte tem Sam Hopkins sózinho ao violão; apenas em 3 faixas a banda entra. Hopkins morreu de câncer no esôfago em 1969. Uma das principais causas desse mal é o fumo e em quase todas as fotos e ilustrações de Hopkins ele está com um cigarro.
Lightnin' Hopkins -violão,vocal
Billy Bizor -harmônica
Buster Pickens -piano
Donald Cooks -baixo
Spider Kilpatrick -bateria
1 T Model Blues
2 Jackstropper Blues
3 You Cook All Right
4 My Black Name
5 You Never Miss Your Water
6 Let's Do The Susie-Q
7 Ida Mae
8 Smokes Like Lightning
9 Prison Farm Blues
Sweet Smoke - Just a Poke/Darkness to Light (1970/73)
Sweet Smoke foi formada em Nova York mas mudou-se de mala e cuia para a Alemanha, estabelecendo-se ao noroeste próximo da Holanda. Seus membros tinham sólida formação instrumental e suas músicas eram bem sofisticadas, partindo do rock psicodélico e influenciadas pelo krautrock. Eles fizeram bastante sucesso e quem os viu ao vivo relata que eram incríveis no palco, improvisando como uma jam band. Na verdade, o trabalho de estúdio já é quase isso. Esse cd reúne os dois discos de estúdio: Just A Poke é bem experimental e tem só duas longas faixas, as primeiras. Darkness to Light é influenciado pela música oriental, resultado deuma excurssão anterior pela India.
Andrew Dershin (bass, percussion),
Jay Dorfman Drums, Percussion
Marvin Kaminowitz Guitar, Vocals
Michael Paris Percussion, Sax (Tenor), Vocals
Jeffrey Dershin (piano, percussion, vocals, 1973
Steve Rosenstein (rhythm guitar
Rochus Kuhn (violin, cello
1 Baby Night
2 Silly Sally
3 Just Another Empty Dream
4 I'd Rather Burn Than Disappear
5 Kundalini
6 Believe Me My Friends
7 Show Me the Way to the War
8 Darkness to Light
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Robin Trower - 20th Century Blues (1994)
Depois de alguns discos fraquinhos, o pessoal do Bar do Pedro ameaçou tomar a carteirinha de membro do Clube de Sinuca do Trower e dar-lhe uma do Clube de Boccia. Pois funcionou e o cara voltou com esse excelente álbum. É o blues-rock dos bons tempos, pesado e rifeiro. O timbre da guitarra ficou mais encorpado e o som é até mais rude, no bom sentido. Ele foi gravado ao vivo em estúdio, tudo direto e com escassos overdubs. Ainda sobre a rudeza, o vocal contribui em boa medida; Livingston Brown definitivamente não é nem de longe comparável a James Dewar e muito menos a Gary Broker. Mas, porém, todavia, contudo, aqui até que ornou. Então, resumindo: sonzeira, um solo mais matador que outro, wah-wah e um upgrade como sócio remido do Clube de Sinuca.
Robin Trower -guitarra
Livingston Brown -vocal e baixo
Clive Mayuyu -bateria
1 20th Century Blues
2 Prisoner of Love
3 Precious Gift
4 Whisper Up a Storm
5 Extermination Blues
6 Step Into the Dark
7 Rise Up Like the Sun
8 Secret Place
9 Chase the Bone
10 Promise You the Stars
11 Don't Lose Faith in Tomorrow
12 Reconsider Baby
terça-feira, 29 de maio de 2012
King Crimson - Absent Lovers: Live in Montreal, 1984 (1998)
Esse álbum registra uma grande apresentação dessa formação da KC, impecável na captação do som e quanto às performances; e é isso o que interessa num disco ao vivo de uma banda, como direi...ultra-prog do caramba! Não há espaço para improvisações como seria de se esperar em músicos de blues ou jazz, a estrutura das músicas não deixa. Então o negócio é curtir o show que os caras dão, especialmente o Bruford. Sobre essa formação que é muito subestimada, eu devo pedir que se reflita sobre quantas bandas na extensa história dessa galáxia reuniram músicos tão especiais. Alguns dizem que as músicas que eles produziram na trilogia dos anos 80 não tinham nada a ver com a KC, que parecia pop...Pop é o cacete! A diferença para as composições anteriores reside apenas no fato de Matte Kudasai, Heartbeat, Neal and Jack and Me e umas outras serem mais "song oriented", só isso. Queria ver alguém fazer cover de Thela Hun Gingeet.
Adrian Belew -vocal,guitarra,bateria
Bill Bruford -bateria e percussão
Robert Fripp -guitarra
Tony Levin -Chapman stick,baixo,sintetizador,vocal
CD1
1 Entry of the Crims
2 Larks' Tongues in Aspic (Part III)
3 Thela Hun Gingeet
4 Red
5 Matte Kudasai
6 Industry
7 Dig Me
8 Three of a Perfect Pair
9 Indiscipline
CD2
1 Sartori in Tangier
2 Frame by Frame
3 Man with an Open Heart
4 Waiting Man
5 Sleepless
6 Larks' Tongues in Aspic (Part II)
7 Discipline
8 Heartbeat
9 Elephant Talk
sábado, 26 de maio de 2012
Mississippi Fred McDowell - I Do Not Play No Rock 'N' Roll (1969)
McDowell levou 25 anos a mais que seus contemporâneos para tocar numa guitarra elétrica. Para ele isso era um processo natural mas os puristas já foram saindo com aquele nhên-nhên-nhên de fim dos tempos. Aí justifica-se o título desse álbum. Logo na primeira faixa ele faz questão de deixar bem claro: "And I do not play no rock 'n' roll, y'all, I just play the straight, natcha blues. And whenever you get somebody, you know, wants to plow for ya, you just call for Fred McDowell. I was raised on the farm, you understand. Now, the only way you can rock Fred you just put him in a rocking chair, just lay me down, you understand. That's my type of rockin'. And my type of blues, I play with a bottleneck. I first got this style from a beef bone, you understand. The rib would come out of a steak". Ele como eu, se é prá balançar, que seja numa cadeira de balanço.
Fred McDowell -guitarra,vocal
Jerry Puckett -baixo
Dulin Lancaster -bateria
CD 1
1 Baby Please Don't Go
2 Good Morning Little School Girl
3 Kokomo Me Baby
4 That's All Right Baby
5 Red Cross Store
6 Everybody's Down On Me
7 61 Highway
8 Glory Hallelujah
9 Jesus Is On The Mainline
10 Someday
CD 2
1 Write Me A Few Of Your Lines
2 Mortgage On My Soul
3 Baby Let Me Lay Down (In Your Cool Iron Bed)
4 Drop Down Mama
5 Rap/Louise
6 Somebody Keeps Callin' Me
7 Eyes Like An Eagle
8 My Baby She Gonna Jump And Shout
9 Long Line Skinner
10 Baby Please Don't Go (Alternate)
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Opossum - Bear's Banquet (1974)
Opossum foi a origem da Morpheus, todos os integrantes dela integram essa. Esse disco é feito de ensaios no estúdio então o clima é bem descontraído, passeando hora pelo jazzy à la Zappa ou Colosseum, hora um pouco mais ao blues da coisa, tudo levado pelo sax eletrificado e pela guitarra.
Peter Blömeke -flauta,sintetizadores,bateria
Heinrich Holtgreve -sax,clarineta
Robert Binnewies -teclados,harmônica
Gerold Adler -guitarra
Karl-Heinz Cornelius -baixo
Alfred Franke -bateria
1 The Sun And Moon Have Come Together
2 Mittelstreifen
3 Amina
4 Opossum Novum
5 Bear's Banquet
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Morpheus - Rabenteuer (1976)
Morpheus foi — ou é — uma banda de prog-fusion muito criativa, formada na Alemanha no início dos anos 70, a partir de outra banda chamada Opossum. Influenciada por várias outras bandas kraut e pela cena Canterbury, eles lançaram esse disco com produção própria e logo depois debandaram.
Contudo, depois do relançamento de Rabenteuer em 98 pelo sêlo Garden of Delights, tres membros originais decidiram voltar a tocar. A primeira apresentação foi em 2002 no festival de Burg Herzberg — que este ano terá Jethro Tull, Wishbone Ash e Caravan, entre outros — e seguiu-se um novo disco chamado For a Second e que é bem mais fusion.
Peter Blömeke -baixo,flauta,percussão
Gerold Adler -guitarra,efeitos
Heinrich Holtgreve -sax,percussão
Alfred Franke -bateria,percussão
1 Rabenteuer
2 Brandung
3 Breitmanlfrosch
4 Oktober 74
5 Tanz Der Morphine
6 Abflug
7 Morpheus Jam
terça-feira, 22 de maio de 2012
Cannabis India - SWF Session 1973
O Oliver Petry, que lidera essa banda alemã, foi um garoto prodígio do piano e era fiel devoto de Keith Emerson quando mudou para o órgão. Então é de se esperar que o som dela seja quase um disco perdido da ELP, ainda mais pelo formato da banda. Eles gravaram só algumas sessões nos estúdios da rádio Sudwestfunk de Dusseldorf que são a base desse disco com mais duas faixas de um projeto posterior do Petry chamado Universe.
Oliver Petry -órgão
Dirk Fleck -baixo
Rudiger Braune -bateria
Universe:
Oliver Petry -órgão,Moog,vocal
Detlev Krause -guitarra
Detlev Dalitz -baixo
Bernd Frielingsdorf -bateria
1 Hand of the King
2 Lapis
3 Revolver
4 Beethoven's 9th
Universe:
5 Mirror
6 The Hunt
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Mississippi Fred McDowell - Good Morning Little School Girl (1994)
Fred MacDowell é um dos nomes mais importantes do blues do Delta e a este permaneceu fiel até seu último dia, 3 de julho de 1972. Não modificou nem misturou nem mesmo quando um dia resolveu pegar uma guitarra elétrica, mas foi extremamente generoso ao passar adiante sua técnica de slide, não importava se o pupilo estivesse plugado ou não.
Nascido em 1904, ele só foi gravar em 1959 e suas músicas foram tocadas por Bob Dylan, Stones, James Brown, Mick Taylor e muitissississímos outros.
A primeira metade deste disco são gravações de estúdio feitas em 64e 65 e a outra são spirituals, canções de igreja com sua espôsa e membros de sua congregação dividindo os vocais.
Fred McDowell -violão e vocal
Annie Mae McDowell -vocal
1 Good Morning Little Schoolgirl [Sonny Boy Williamson]
2 Little Girl, Little Girl, HowOld Are You
3 Fred's Rambling Blues
4 Don't Look for Me on a Sunday
5 I Walked All the Way from East St. Louis
6 Red Cross Store Blues
7 Gravel Road Blues
8 Where Were You When the Rooster Crowed 'Fore Day
9 Drop Down Mama [Sleepy John Estes]
10 I Looked at the Sun
11 Write Me a Few Lines
12 Keep Your Lamp Trimmed and Burning
13 Get Right Church
14 I'm Going over the Hill
15 Amazing Grace [John Newton]
16 I Wish I Was in Heaven Sitting Down
17 You Got to Move
18 It's a Blessing
19 Bye and Bye
20 I'm So Glad I Got Good Religion
21 Look Way Down That Lonesome Road
22 When the Saints Go Marching In
sábado, 12 de maio de 2012
Wallenstein - Mother Universe (1972)
Jürgen Dollase era um músico com sólida formação erudita e fundou essa banda na cidade alemã de Mönchengladbach em 71 com um colega americano e outro holandês, mais um compatriota, o Grosskopf. Inicialmente eles a batizaram como Blitzkrieg, mas descobrindo que já havia uma banda inglêsa com esse nome, mudaram para Wallenstein que é o nome de um personagem da Guerra dos Trinta Anos. Contudo, o primeiro disco deles chamou-se Blitzkrieg.
A Wallenstein foi uma das primeiras bandas de space-rock alemãs e mais adiante eles iriam trocar figurinhas com o Klaus Schulze da Tangerine Dream naquelas seções que deram origem à Cosmic Jokers.
Mother Universe é o segundo disco deles e ainda tem uma boa influência floydiana. Além desta, o registro vocal do Dollase lembrava bastante o do Peter Hammill, o que lhes rendeu o apelido de VDGG alemã.
Jürgen Dollase -teclados,vocal
Bill Barone -guitarra,vocal
Jerry Berkers -vocal,baixo
Harald Grosskopf -bateria,percussão
1 Mother Universe
2 Braintrain
3 Shakespearesque
4 Dedicated To Mystery Land
5 Relics Of Past
6 Golden Antenna
Frank Zappa - Frank Zappa Meets the Mothers of Prevention (1985)
Em 1985 Zappa se insurgiu contra "Parents Music Resource Center", uma espécie de ONG formada inicialmente por espôsas de políticos, tão ilibadas e pudicas quanto os maridos. A PMRC queria a censura de letras e capas de discos, entre outras coisas, para o bem das criancinhas que até então só tinham tido exemplos edificantes. É essa coisa que estampa aquele "Parental Advisory" que realmente muda a vida da gente. Enfim, esse disco satiriza isso tudo e inclui até trechos do depoimento que Zappa deu no senado, com falas dos nobres senadores e tal, incluindo o Al Gore — uma espécie de CPI da cascata, sacumé?
Musicalmente, Mothers of Prevention começa mostrar o que seria o trabalho do Zappa doravante: o uso do Synclavier.
Considerando as tentativas recentes e cada vêz mais frequentes e insistentes em se cercear a liberdade de expressão no nosso país, devemos comemorar esse caso em particular pois o delay em relação aos EUA não chegou aos trinta anos.
Frank Zappa -guitarra,Synclavier,teclados,vocal
Tommy Mars -teclados
Steve Vai -guitarra
Ray White -guitarra,vocal
Ike Willis -guitarra,vocal
Bobby Martin -teclados,vocal
Scott Thunes -baixo
Chad Wackerman -bateria
Ed Mann -percussão
All Nite John -vocal
Joe Spider Barbour -vocal
Moon Unit Zappa -vocal
Dweezil Zappa -vocal
1 I Don't Even Care
2 One Man, One Vote
3 Little Beige Sambo
4 Aerobics in Bondage
5 We're Turning Again
6 Alien Orifice
7 Yo Cats
8 What's New in Baltimore?
9 Porn Wars
10 H.R. 2911
Mick Karn - Tooth Mother (1995)
Mick Karn faleceu no início do ano passado e foi uma perda muito grande para a música, já que ele foi um dos maiores baixistas de todos os tempos, tão talentoso quanto Jaco Pastorius. Mick nasceu na ilha de Chipre em 1958 e o baixo não foi sua primeira escolha, antes ele estudou diversos instrumentos de sopro. Seu talento começou a chamar atenção enquanto membro da banda Japan — ao lado de David Sylvian, Steve Jansen e Richard Barbieri — e se estabeleceu quando trabalhou em parceria com Jan Garbarek, inveredando pelo jazz de vanguarda. E pela vanguarada vai sua carreira solo. Tooth Mother é prog, jazz, algo étnico no rítimo e muito mais. Aqui estão seus ex-companheiros de Japan e quase toda Porcupine Tree, via Richard Barbieri. E como todos de certa forma têm alguma ligação com Robert Fripp, aí está o Jakko Jakszyk que recentemente gravou com Fripp o não oficial novo Projekt.
Mick Karn -baixo,clarinete,sax,percussão,teclados,vocal
David Torn -guitarras,violão,Hammond,piano,vocal
Steven Wilson -guitarra
Jakko M. Jakszyk -guitarra,flauta,sax,teclados,programação
Richard Barbieri -teclados
Gary Barnacle -flauta
Gavin Harrison -bateria,percussão,programação
Surekha Kothari -vocal
Christina Lux -vocal
Natacha Atlas -vocal
Mandy Van Baaren -vocal
1 Thundergirl Mutation
2 Plaster the Magic Tongue
3 Lodge of Skins
4 Gossip's Cup
5 Feta Funk
6 The Tooth Mother
7 Little Less Hope
8 There Was Not Anything But Nothing
Buffalo - Mother's Choice (1976)
A onde a gente vai a conversa sobre esse disco é a mesma: Mother's Choice é um bom disco mas não tão bom quanto os anteriores da australiana Buffalo. Então, melhor não comparar pois Dead Forever e Volcanic Rock são do caramba mesmo.
Dave Tice -vocal
Peter Wells -baixo
Karl Taylor -guitarra
Jimmy Econoumou -bateria
Norm Roue -guitarra slide
Mark Simmonds - saxophone [7]
1 Long Time Gone
2 Honey Babe
3 Taste It Don't Waste It
4 Little Queenie [chuck Berry]
5 Lucky
6 Essukay
7 Sweet Little Sixteen
8 Be Alright
9 Little Queenie [alternate]
10 No Particular Place To Go [Chuck Berry]
11 The Girl Can't Help It
12 A Shot Of Rhythm 'n' Blues
13 On My Way
14 Barbershop Rock
Focus - Mother Focus (1975)
Mother Focus apresenta o novo baterista David Kemper que, de fato, já tinha tido uma participação no Moving Waves. Pierre van der Linden havia deixado a banda antes do concerto de Hamburgo, sendo substituído por Hans Eric Cleuver que não permaneceu. Pierre estava descontente com os rumos da banda e foi para a Trace. Pelo jeito, Jan Akkerman também se sentia assim pois saiu logo depois desse álbum. Realmente o som aqui é bem diferente daquele que consagrou a banda, são canções ligeiras, até meio meladitas. Contudo, se deixar isso de lado para prestar atenção nos acordes do Akkerman e na extrema competência do Ruiter, o disco agrada, e muito.
Thijs van Leer -flauta,teclados,vocal
Jan Akkerman -guitarras
Bert Ruiter -baixo,percussão,vocal
David Kemper (Jerry Garcia) -bateria
Colin Allen (Stone the Crows) -bateria (2)
1 Mother Focus
2 I Need a Bathroom
3 Bennie Helder
4 Soft Vanilla
5 Hard Vanilla
6 Tropic Bird
7 Focus IV
8 Someone's Crying... What!
9 All Together... Oh That!
10 No Hang Ups
11 My Sweetheart
12 Father Bach
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Zzebra - Zzebra (1974)
Depois que a If acabou, Dave Quincy e Terry Smith formaram essa superbanda com o ex-Osibisa Lasisi Amao. O som seguiu a mesma linha de infusão de jazz em prog, só que agora com um ingrediente afro-funk. Eles excursionaram com a Return to Forever pela Europa, mas sózinhos sempre se apresentaram para pequenas audiências. Lançaram quatro discos, sendo que os dois primeiros conquistaram e ainda conquistam muitos elogios da crítica.
Dave Quincy -sax,piano,Clavinet
Terry Smith -guitarra
Gus Yeadon -piano,flauta,guitarra,vocal
John McCoy (Gillan,Mammoth) -baixo
Liam Genockey (Steeleye Span,Elton Dean,Amalgam) -bateria,percussão,vocal
Lasisi Loughty Amao -percussão,sax,flauta,vocal
Tommy Eyre (Strawbs,Alex Harvey,Greg Lake,Gary Moore) -piano,teclados
1 Cobra Woman
2 Mr J.
3 Mah Jong
4 Ife
5 Spanish Fly
6 Amuso Fi
7 Rainbow Train
8 Hungry Horse
quinta-feira, 10 de maio de 2012
If - Waterfall (1972)
Se não se deu conta disso ainda, digo-lhe que cachoeira é a coisa mais comum no Brasil. Tem de tudo quanto é jeito, de todo tamanho e em todo lugar. Tem aquelas que molham de senador prá cima e outras muitas que molham de senador prá baixo. Nem é coisa dos nossos dias como o noticiário pode fazer crer, tanto que lá em 1972 a banda If lançou esse álbum Waterfall em nossa homenagem.
A If foi uma banda inglêsa que fundia muito bem o jazz ao rock. Seus membros tinham muito talento para improvisar e entre eles estava um ótimo guitarrista. Enquanto outras bandas do gênero usavam uma seção de metais, a If baseava seu som apenas no sax e na flauta, coisa que foi bastante imitada por inúmeras bandas alemãs. Esse é o único disco da If que tem um título alfabético, ou alfanumérico. É que ele foi lançado nos EUA como Waterfall e na Europa como If 4, depois do 3, do 2 e do...não lembro. Durante as gravações houve troca do baterista e do baixista e um pouco depois do lançamento a banda se desfêz. Talvêz seja o que nos espera.
Dick Morrissey -sax,flauta,vocal
J. W. Hodkinson -vocal,percussão
Terry Smith -guitarra
Dave Quincy -sax,piano elétrico
Jim Richardson -baixo
Dave Wintour -baixo,vocal
Dennis Elliott -bateria
Cliff Davies -bateria
John Mealing -órgão,piano
1 Waterfall
2 The Light Still Shines
3 Sector 17
4 Paint Your Pictures
5 Cast No Shadows
6 Throw Myself to the Wind
7 You in Your Small Corner
8 Waterfall (Single Version)
9 Waterfall (Radio Station Mono Version)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Gong - Gazeuse! (1976)
Quem curtia a Gong da fase do Daevid Allen, aquele space-prog do Flying Teapot, estranhou prá caramba essa guinada ao jazz-rock totalmente instrumental. Tudo bem que já tinha aquele disco anterior sem o Allen, o Shamal, mas o pessoal fêz careta na época assim mesmo.
Em Gazeuse!, que primeiro foi lançado em vinil como "Expresso", Pierre Moerlen tomou a liderança da banda e botou nela sua maestria. São detalhes e mais detalhes de percussão trabalhados minuciosamente, diálogos entre vibrafones permeados por frases curtas de sax e pela guitarra sobre-humana do Holdsworth. Francis Moze é um dos melhores seguidores do estilo de Jaco Pastorius e dá a liga perfeita.
Quem entende o prog como umbilicalmente ligado ao jazz, gosta demais desse disco. E quem não tá nem aí prá essas besteiras e achou o "umbilicalmente" a maior delas, vai achar delicioso de qualquer forma.
Pierre Moerlen -bateria,glockenspiel,marimba,tímpano,vibrafone
Allan Holdsworth -guitarra,violão,pedal steel,violino
Didier Malherbe -flauta,sax
Francis Moze -baixo sem trastes,gongo,piano,piano elétrico
Mireille Bauer -glockenspiel,marimba,tom-tom,vibrafone
Mino Cinelu -congas,cuíca,gongo,maracas,talking drum,triângulo
Benoit Moerlen -percussão,vibrafone
1 Expresso
2 Night Illusion
3 Percolations, Parts I and II
4 Shadows Of
5 Esnuria
6 Mireille
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Dave Stewart & Barbara Gaskin - Spin (1991)
Depois de um porre de Bruford, Stewart & Cia., nada melhor que um pouco mais. Lembrando que o Dave Stewart participou da primeira formação da banda Spirogyra com a Barbara Gaskin, a gente também lembra que o Bruford também participou do primeiro disco deles e que os dois acabaram se casando — não o Bruford com o Stewart, bem entendido.
Esse disco aqui é o segundo do casal como tal e é muito bonito, mesmo indo meio pro pop. A voz da Barbara é bárbara, como também o é o talento do Dave aos teclados e arranjos. O destaque vai para a faixa 2 que é construída sobre um poema de William Butler Yeats.
Dave Stewart -teclados,vocal
Barbara Gaskin -vocal
Andy Reynolds -guitarra,teclado baixo
Gavin Harrison (Porcupine Tree,KC) -bateria,percussão
Jimmy Hastings (Caravan,Hatfield & the North,Soft Machine) -clarinete,flauta
Roger Planer -voz
Sam Ball -voz
Dexter James -voz
Victor Lewis-Smith -voz
1 Walking the Dog
2 The Cloths of Heaven
3 8 Miles High
4 Amelia [Joni Mitchell]
5 Trash Planet
6 Golden Rain
7 Your Lucky Star
8 Cast Your Fate to the Wind/Louie Louie
9 The 60s Never Die
10 Star Blind
11 Hidden Track
domingo, 6 de maio de 2012
Bruford - Gradually Going Tornado (1980)
O terceiro e último disco de estúdio da Bruford já não conta com o Holdsworth que tinha ido gravar com a Gong e depois com a Soft Machine. No lugar entrou um seu protegido e seguidor, o John Clark, até então desconhecido e depois também. Mas o cara não decepciona e até soa como o Holdsworth. O que decepciona são os vocais. Mesmo demonstrando a vontade de voltar a ser prog que esse trabalho tem, o que nunca é mau em se tratando de Bruford, o Jeff Berlin deveria ter declinado em favor de uma das meninas aí. Em todo caso, ele compensa a voz com com o contorcionismo ao baixo, que tem maior destaque que nos outros álbuns.
Bill Bruford -bateria,percussão
John Clark (Aretha Franklin) -guitarra
Dave Stewart -teclados
Jeff Berlin -baixo,vocal
Georgie Born (Henry Cow) -cello
Barbara Gaskin (Spirogyra) -voz (8)
Amanda Parsons (Hatfield and the North) -voz (8)
1 Age of Information
2 Gothic 17
3 Joe Frazier
4 Q.E.D.
5 The Sliding Floor
6 Palewell Park
7 Plans for J.D.
8 Land's End
sábado, 5 de maio de 2012
Bruford - Rock Goes To College, Live 1979
Esse concerto foi gravado na Escola Politécnica de Oxford — que gosta de imitar a USP até no nome dos institutos — em março de 79 e lançado recentemente em 2006. Nele, Bruford executa o repertório de Feels Good to Me e antecipa músicas do One of a Kind, que tava no forno.
Bill Bruford -bateria,percussão
Annette Peacock -vocal
Allan Holdsworth -guitarra
Dave Stewart -teclados
Jeff Berlin -baixo,vocal
1 Sample and Hold
2 Beelzebub
3 The Sahara of Snow, Pt. 1
4 The Sahara of Snow, Pt. 2
5 Forever Until Sunday
6 Back to the Beginning
7 Adios a la Pasada (Goodbye to the Past)
8 5G
Bruford - Feels Good To Me (1977)
Primeiro disco solo do Bill depois que deixou o King Crimson ou o primeiro álbum da Bruford, que de certo modo manteve-se como uma banda até 1980. Embora indo para o jazz, e aí está o grande Kenny Wheeler prá atestar, ainda ouve-se um teco de KC e um tantão da Brand X, já que quem produz o disco é o Robin Lumley e John Goodsall está na guitarra.
Bill Bruford -bateria,percussão
Annette Peacock -vocal
Allan Holdsworth -guitarra
John Goodsall (Atomic Rooster,Brand X) -guitarra
Dave Stewart -teclados
Jeff Berlin -baixo,vocal
Neil Murray (National Health,Black Sabbath) -baixo
Kenny Wheeler -flugelhorn
1 Beelzebub
2 Back to the Beginning
3 Seems Like a Lifetime Ago, Pt. 1
4 Seems Like a Lifetime Ago, Pt. 2
5 Sample and Hold
6 Feels Good to Me
7 Either End of August
8 If You Can't Stand the Heat...
9 Springtine in Siberia
10 Adios a la Pasada (Goodbye to the Past)
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Bruford - One of a Kind (1979)
Um ano depois de participar da U.K., Bill Bruford reuniu um grupo realmente notável para fazer esse ótimo disco de fusion. Allan Holdsworth já tinha trabalhado com ele no primeiro disco solo e depois na U.K.; Jeff Berlin também tocou no Feels Good to Me e, embora mais versado em jazz, até tinha tido um teco de prog com o Patrick Moraz no Story of I. Aí chega a vez de falar do Stewart e a gente tem que dar o devido crédito: o Bruford pinta e borda na poliritimia, Holdsworth é phoda mesmo, mas o Stewart leva o prêmio aqui. Ele foi o tecladista da Spirogyra, da Khan com Steve Hillage e depois das três grandes bandas Canterbury: Egg, National Health e Hatfield and the North. O cara é ótimo.
Bill Bruford -bateria,percussão
Allan Holdsworth -guitarra
Dave Stewart -teclado
Jeff Berlin -baixo,vocal
1 Hell's Bells
2 One of a Kind, Pt. 1
3 One of a Kind, Pt. 2
4 Travels With Myself - and Someone Else
5 Fainting in Coils
6 Five G
7 The Abingdon Chasp
8 Forever Until Sunday
9 The Sahara of Snow, Pt. 1
10 The Sahara of Snow, Pt. 2