A Supertramp é mais conhecida por nós pelo seu álbum de 79 que estourou nas rádios, nas discotecas, rinques de patinação e tweeters Selenium dos carros — se a voz do Roger Hodgson já não tem muita testosterona ao natural, imagine num tweeter Selenium sem condensador. Mas, ao menos nos seus três primeiros discos e sobretudo neste primeiro, a banda flertou com o prog e dava ênfase ao lado instrumental, influenciado pelo jazz e pelo blues. À partir de 77 é que ela assumiu-se como pop comercial.
A bem da verdade, o interesse comercial esteve presente já na fundação: No final dos anos 60, um milionário holandês que conhecia Rick Davies propôs financiar-lhe uma nova banda. Davies colocou anúncios a procura de músicos e o primeiro que respondeu foi Roger Hodgson. Richard Palmer e Robert Millar também foram contratados mas participaram só desse álbum. Hodgson, ao contrário, passou a dividir as composições e a liderança.
Em outubro Roger Hodgson estará no Brasil com a turnê Breakfast in America — sim, aquele álbum de 79 — e não acredito que a produção utilize tweeters sem condensador. Portanto, se é dessa fase que você gosta, compre seu ingresso.
Rick Davies -órgão, piano elétrico e acústico, harmônica, vocal
Roger Hodgson -vocal, baixo, violão, cello, flauta
Richard Palmer -guitarra, violão, balalaika, vocal
Robert Millar -percussão, harmônica
1 Surely
2 It's A Long Road
3 Aubade (And I Am Not Like Other Birds Of Prey)
4 Words Unspoken
5 Maybe I'm A Beggar
6 Home Again
7 Nothing To Show
8 Shadow Song
9 Try Again
10 Surely