Quando Thelonious Monk começou sua carreira no final dos anos 40, ele foi ignorado. Pior, desprezado. As pessoas não compreendiam o estilo que ele desenvolveu, suas progressões e tal. Ao mesmo tempo em que estava enraizado na tradição, ele compunha muito à frente do seu tempo. Era considerado excêntrico ou meio doido. Com frequência ele levantava-se do piano enquanto um colega solava e fazia uma dancinha super tosca, que parecia coisa de bebum. Contudo, dez anos mais tarde ele tornou-se o messias, e sem mudar uma vírgula. Tinha seguidores e admiradores como tal, e ninguém lhe imitava. A música moderna mudou aos seus dedos.
Esse álbum é um dos seus grandes momentos, também pelo incrível septeto que montou — só tem fera.
Em 1973, Monk recolheu-se. Ele disse que simplesmente não queria mais tocar e, excetuando-se pouquíssimas aparições, não tocou mais mesmo. Ele estava mentalmente doente e faleceu em fevereiro de 1982.
Thelonious Monk - piano
Gigi Gryce - sax alto (1, 2, 4 à 9)
Coleman Hawkins - sax tenôr
John Coltrane - sax tenôr (1, 2, 4 à 9)
Ray Copeland - trompete (1, 2, 4 à 9)
Wilbur Ware - baixo (2 à 9)
Art Blakey - bateria (2 à 9)
1 Abide With Me
2 Well, You Needn't
3 Ruby, My Dear
4 Off Minor (take 5)
5 Epistrophy
6 Crepuscule With Nellie (take 6)
7 Off Minor (Take 4)
8 Crepuscule With Nellie (takes 4 and 5)
9 Blues For Tomorrow