segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Sonny Boy Williamson & The Yardbirds (1965)







Sabe-se que no início dos anos 60 o blues era um gênero restrito aos Estados Unidos e, lá mesmo, deixado de escanteio. Quando os jovens músicos britânicos redescobriram o R&B, aqueles grandes músicos americanos voltaram aos holofotes, e diante de plateias brancas. O encarte desse disco toca no assunto sem maiores detalhes, mas ao mesmo tempo em que houve a reverência, houve também certa exploração. Os casos de plágio são conhecidos e há um monte de versões meramente comerciais de antigas músicas. Mesmo assim, ao final, ganharam todos e ganhou a música. Sonny Boy Williamson, como muitos dos seus pares, excursionou pela Europa e acabou gravando com a molecada da Animals e da Yardbirds. Com a Yardbirds ele se apresentou em dezembro de 1964 no clube Craw-Daddy, e é daí que vem essas faixas. Aconteceu um segundo show em Fevereiro do ano seguinte no Birmingham Town Hall. Na Yardbirds todos eram muito jovens — para se ter uma idéia, os pais do guitarrista original, Top Topham, o impediram de continuar na banda, sendo substituído por Clapton. Mas a experiência de Sonny Boy, seu dominio da voz, da gaita e do palco, somados ao entusiasmo da banda e o talento bruto de Clapton, resultaram num disco bem legal. Sonny Boy Williamson, por sua vez, estava com a saúde muito abalada e viria a falecer em maio de 1965. Alguns ainda menosprezam esse álbum apontando-o como caça-níqueis, coisa de empresário e tal. Mas essas gravações mantiveram Sonny Boy sob aplausos até sua morte e após ela.




Sonny Boy Williamson - vocal, harmônica
Eric Clapton - guitarra
Chris Dreja - guitarra
Keith Relf - palmas, batidas com o pé, voz
Paul Samwell-Smith - baixo
Jim McCarty - bateria



1   Bye, Bye Bird
2   Mister Downchild
3   23 Hours Too Long
4   Out Of The Water Coast
5   Baby Don't Worry
6   Pontiac Blues
7   Take It Easy Baby (Version 1)
8   I Don't Care No More
9   Do The Weston
10 The River Rhine
11 A Lost Care
12 Western Arizona
13 Take It Easy Baby (Version 2)
14 Slow Walk
15 Highway 69
16 Hey Little Cabin


domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sonny Boy Williamson - The Real Folk Blues / More Real Folk Blues (1966 -1967)







No meio dos anos 60 houve um boom da música folk americana e a gravadora Chess resolveu capitalizar-se com isso lançando uma série com seus principais astros do blues — afinal, o criacionismo do blues é o único que vale. Muddy, Howlin' e Hooker tiveram os seus e Sonny Boy Williamson também. The Real Folk Blues e sua sequencia More Real Folk Blues foram lançados em 1966 e 1967 respectivamente. Contudo, as faixas foram gravadas entre 1957 e 1964, e delas participa a realeza de Chicago. Entre um e outro, a diferença é que no segundo está o jovem Buddy Guy. As músicas estão entre as mais importantes de Sonny Boy, como One Way Out, imortalizada pela Allman Brothers, e a Bring It On Home de Willie Dixon, sucesso com a Led Zeppelin.





The Real Folk Blues

Sonny Boy Williamson - harmônica, vocal
Otis Spann - piano
Lafayette Leake - piano
Rice Miller - vocal
Robert Lockwood, Jr. - guitarra
Eddie King Milton - guitarra
Matt "Guitar" Murphy - guitarra
Willie Dixon - baixo, vocal
Luther Tucker - baixo
Milton Rector - baixo elétrico
Fred Below - bateria
Al Duncan - bateria
Odie Payne, Jr. - bateria


1   One Way Out 
2   Too Young To Die 
3   Trust My Baby
4   Checkin' Up On My Baby 
5   Sad To Be Alone 
6   Got To Move
7   Bring It On Home 
8   Down Child 
9   Peach Tree 
10 Dissatisfied 
11 That's All I Want
12 Too Old To Think


More Real Folk Blues

Sonny Boy Williamson - harmônica, violão, vocal
Lafayette Leake - piano, órgão
Otis Spann - piano
Buddy Guy - guitarra
Luther Tucker - guitarra
Matt Murphy - guitarra
Robert Lockwood Jr. - guitarra
Willie Dixon - baixo
Jack Myers - baixo
Milton Rector - baixo
Al Duncan - bateria
Clifton James - bateria
Fred Below - bateria
Odie Payne - bateria
Don Hankins - sax
Jarrett Gibson - sax



13 Help Me
14 Bye Bye Bird 
15 Nine Below Zero 
16 The Hunt 
17 Stop Right Now 
18 She's My Baby 
19 The Goat
20 Decoration Day 
21 Trying To Get Back On My Feet 
22 My Younger Days 
23 Close To Me  
24 Somebody Help Me 


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Howlin' Wolf - Change My Way (1975)







Por vezes Jimmy Rogers deixou a guitarra de lado e tocou baixo, como em algumas faixas desse disco de Howlin' Wolf. E dobrando com Willie Dixon. Change My Way é uma coletânea de singles que Wolf gravou para a Chess entre 1958 e 1963. É bem legal ouvir o grande Hubert Sumlin e o jovem Buddy Guy juntos. Aliás, Buddy Guy também já tinha trocado a guitarra pelo baixo em outros discos de Howlin' Wolf.





1   Mr. Airplane Man
Hubert Sumlin - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
Abe Locke - sax tenôr
desconhecido - baixo
S.P. Leary - bateria

2   Love Me Darlin'
Hubert Sumlin - guitarra
Johnny Jones - piano
Arnold Rogers - sax tenôr
Donald Hawkins - sax barítono
Willie Dixon - baixo
Andrew Palmer - baixo elétrico
Sam Lay - bateria

3   Change My Way
Hubert Sumlin - guitarra
L.D. McGhee - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
Willie Dixon - baixo
S.P. Leary - bateria

4   I Walked From Dallas
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Sam Lay - bateria

5   I Better Go Now
Hubert Sumlin - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
 Abe Locke - sax tenôr
Willie Dixon - baixo
S.P. Leary - bateria

6   New Crawlin' King Snake
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Sam Lay - bateria

7   Just Like I Treat You
Howling Wolf - violão slide
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Willie Dixon - baixo
Jimmy Rogers - baixo
Sam Lay - bateria

8   I've Been Abused
Hubert Sumlin - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
Abe Locke - sax tenôr
desconhecido - baixo
S.P. Leary - bateria

9   Don't Laugh At Me
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Sam Lay - bateria

10 I Didn't Know
Hubert Sumlin - guitarra
Jody Williams - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
Earl Phillips - bateria

11 I Aint Superstitious
Howling Wolf - violão slide
Sam Lay - piano
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Willie Dixon - baixo
Jimmy Rogers - baixo

12 Howlin' Blues
Hubert Sumlin - guitarra
Hosea Lee Kennard - piano
Willie Dixon - baixo
S.P. Leary - bateria

13 My Mind Is Ramblin'
Hubert Sumlin - guitarra
Henry Gray - piano
Sam Lay - bateria

14 Do The Do
Hubert Sumlin - guitarra
Johnny Jones - piano
Willie Dixon - baixo
Junior Blackman - bateria

15 Hidden Charms
Buddy Guy - baixo
Hubert Sumlin - guitarra
Lafayette Leake - piano
J.T. Brown - sax tenôr
Donald Hawkins - sax barítono
Sam Lay - bateria

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Jimmy Rogers - Chicago Bound (1970)







As faixas que estão nesse disco foram gravadas como singles entre 1950 e 1955. Imagine se tivessem sido gravadas numa única produção. Muddy, Willie, Otis, Horton, Below... 
Jimmy Rogers sempre viveu meio na sombra dos cantores que acompanhava, mesmo sendo um cantor até melhor, um guitarrista de notas preciosas e um ótimo compositor. A primeira gravação que fez, em 1946, foi erroneamente creditada ao Memphis Slim e músicas de sua autoria tornaram-se clássicos do blues com outras vozes. Talvez tenha sido um dos motivos para afastar-se da música para tocar uma loja de roupas e um negócio de táxis. Esse é um grande disco com clássicos da Chess e a nata do blues elétrico de Chicago.





Jimmy Rogers - guitarra, vocal 
Muddy Waters - guitarra (2, 4, 10, 11, 13)
Big Walter Horton - harmônica (1, 14)
Otis Spann - piano (1, 8, 14)
Eddie Ware - piano (2, 5, 7)
Henry Gray - piano (6, 9, 10, 13)
Ernest Cotton - sax tenôr (7), 
J.T. Brown - sax tenôr (5)
Willie Dixon - baixo
Ernest "Big" Crawford - baixo (3, 7, 11, 12, 13)
Fred Below - bateria
Elgin Evans - bateria (2, 4, 5, 7, 10)




1   You're The One
2   Money, Marbles And Chalk
3   Ludella
4   Act Like You Love Me
5   Back Door Friend
6   Last Time
7   I Used To Have A Woman
8   Sloopy Drunk
9   Blues Leave Me Alone
10 Out On The Road
11 Goin' Away Baby
12 That's Alright
13 Chicago Bound
14 Walking By Myself


domingo, 21 de fevereiro de 2016

The Crazy World Of Arthur Brown - The Crazy World Of Arthur Brown (1968)







Arthur Brown é um cantor, compositor e poeta inglês cuja influência ainda se faz sentir em gêneros bem diferentes daquele ao qual se dedicou. Por exemplo, seu modo de cantar é a maior influência de Bruce Dickinson do Iron Maiden, bem como é grande em Dio e Rob Halford. Dickinson, aliás, o considera o pai do vocal heavy metal. Por outro lado, suas performances ao vivo inspiraram de Peter Gabriel a Alice Cooper. 
 The Crazy World Of Arthur Brown é uma obra prima do rock psicodélico e boa parte do mérito vai para Vincent Crane. As cinco primeiras faixas formam uma mini ópera-rock sobre o temor pelas chamas do inferno. A música Fire foi um grande sucesso e teve versões com Pete Townshend e Roger Daltrey, e com Ozzy Osbourne também. O órgão pesado de Crane é um complemento perfeito para a poesia dark das letras. Nicholas Greenwood, da banda Khan, também faz um ótimo trabalho, e é creditado com seu nome de nascimento. Depois da turnê americana, o baterista Drachen Theaker foi substituído por Carl Palmer, o P da ELP. Essa foi a primeira banda da qual participou e ele tinha uns 18 anos na época. Mais adiante, Palmer e Vincent Crane sairiam para formar a Atomic Rooster. Arthur Brown, então, formou a Kingdom Come.




Arthur Brown - vocal
Vincent Crane - órgão Hammond, piano, vibrafone, arranjos
Sean Nicholas (Nick Greenwood) - baixo
Drachen Theaker - bateria
John Marshall (Soft Machine, Nucleus) - bateria (6)




CD 1
1   Prelude Nightmare
2   Fanfare Fire Poem
3   Fire
4   Come And Buy 
5   Time Confusion
6   I Put A Spell On You
7   Spontaneous Apple Creation
8   Rest Cure
9   Ive Got Money
10 Child Of My Kingdom

CD 2
1  Devils Grip
2  Give Him A Flower
3  Music Man - Stereo Mix
4  Fire - First Version Previously Unreleased
5  Prelude Nightmare - Alternate Mono Mix
6  Fanfare Fire Poem - Alternate Mono Mix
7  Fire - Alternate Mono Mix
8  Come And Buy - Alternate Mono Mix
9  Time - Confusion - Alternate Mono Mix
10 Brian Matthew Interview (BBC Session April 1968)
11 Fire Poem Fire (BBC Session April 1968)
12 Come And Buy (BBC Session April 1968)
13 Nightmare - From The Soundtrack Of The Film The Committee (BBC Session April 1968)







quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Nicholas Greenwood - Cold Cuts (1972)







Quando a banda Khan se separou, Steve Hillage foi para a Gong, Dave Stewart foi para a Hatfield and the North, e seu baixista Nick Greenwood lançou esse único disco solo. Nele também está o baterista da  Khan Eric Peachey. Greenwood foi membro da Crazy World of Arthur Brown e nela tocou com Carl Palmer (ELP) e Vincent Crane (Atomic Rooster). Ele também teve uma passagem pela banda progressiva Jonesy antes dela lançar o primeiro disco. Então, esse álbum é uma mistura dessas várias vertentes dentro do prog. O som é dominado pelo órgão do Dick Henningham, que também tocou brevemente na Khan, mas todas as direções são dadas pelo baixo. É um belo disco.




Nicholas Greenwood - baixo, vocal, efeitos
Dick Henningham - órgão
Bunk Gardner (The Mothers of Invention) - sopros
Bryn Howarth - guitarra
Chris Pritchard - guitarra
Eric Peachey - bateria
Nils Oliver, Margaret Immerman, Margaret Shipman, Janet Lakatos - cordas




1   A Sea Of Holy Pleasure: Parts 1, 2, 3
2   Hope And Ambitions
3   Corruption
4   Lead Me On
5   Big Machine
6   Close The Doors
7   Melancholy
8   Images
9   Promised Land
10 Realisation And Death

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Khan - Space Shanty (1972)






Após um hiato para estudos, Steve Hillage montou a Khan com o baixista Nicholas Greenwood que havia sido membro da Crazy World of Arthur Brown e da Jonesy. Pip Pyle, então membro da Gong, chegou a tocar com eles por pouco tempo e Nick Greenwood, companheiro na Uriel, assumiu os teclados. Ele havia formado a Egg e ela se separou logo em 1971. E é justamente Greenwood quem brilha nesse único álbum da Khan. Suas idéias progressivas e sua virtuosidade dominam o disco que, embora oriundo da cena Canterbury, tem suas influências de jazz mas é um dos melhores álbuns progressivos de todos os tempos — no ranking da Progarchives ele é o número 70. 
A Khan se separou quando ia lançar seu segundo álbum e parte do material que estava pronto foi lançado por Hillage no seu primeiro disco solo, o Fish Rising.



Steve Hillage - guitarra, vocal
Dave Stewart - órgão, piano, celeste (skyceleste), marimbas
Nick Greenwood - baixo, vocal
Eric Peachy - bateria



1 Space Shanty 
2 Stranded
3 Mixed Up Man Of The Mountains 
4 Driving To Amsterdam 
5 Stargazers 
6 Hollow Stone
7 Break The Chains 
8 Mixed Up Man Of The Mountains (First version) 


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Uriel - Arzachel (1969)







Existe um bocado de confusão a respeito dessa banda e seu único disco. Ela foi formada em 1967 pelos jovens guitarristas Dave Stewart e Steve Hillage, que eram colegas de escola. Percebendo que Hillage era muito melhor, Stewart mudou para o órgão. Em seguida, eles convidaram o baixista Mont Campbell. Para baterista eles publicaram um anúncio na Melody Maker e quem respondeu foi o Clive Brooks. A banda foi batizada de "Uriel". Eles tocavam em clubes — e até num hotel — e eventualmente conheceram Jimi Hendrix, que fez umas indicações em favor deles. Ganharam, então, "1 dia" num estúdio e gravaram esse disco psicodélico meio na farra batizado de Arzachel, que é uma cratera da Lua. Acontece que a gravadora não o lançou mas manteve os direitos sobre ele.
Steve Hillage deixou a banda para continuar os estudos e os remanescentes seguiram adiante como a excelente banda "Egg".
Em 69, quando a gravadora Evolution quis lançar o disco, para evitar problemas legais tiraram o nome Uriel, usaram pseudônimos, trocaram a capa e mantiveram apenas o nome do álbum, o que sugeriu que também seria o nome da banda, e assim ficou sendo.
Essa versão de 2007 finalmente restaura toda a originalidade desse petardo psicodélico e acrescenta mais seis faixas de arquivo.




Steve Hillage - guitarra, vocal (1 a 6,11 e 12)
Dave Stewart - órgão, piano
Mont Campbell - baixo, trompa francesa, vocal
Clive Brooks - bateria




1   Garden of Earthly Delights
2   Azathoth
3   Soul Thing
4   Leg
5   Clean Innocent Fun
6   Metampsychosis
7   Introducing the Bass Guitarist
8   Egoman
9   Swooping Bill
10 The Salesman Song
11 Saturn: The Bringer of Old Age
12 The Stumble

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Steve Hillage - Madison Square Garden 1977







Steve Hillage é o grande guitarrista que emergiu da cena psicodélica do final dos anos 60 para a cena Canterbury e o rock progressivo. Entre os fãs do gênero ele é reverenciado como membro da Gong no seu período áureo (trilogia Radio Gnome). Mas antes disso ele já tinha participado de duas ótimas bandas prog: Arzachel e Khan. Na carreira solo, Hillage pegou toda essa bagagem e embarcou no rock espacial e é esse período que essas gravações de arquivo registram. As músicas são do primeiro e do segundo álbuns de Hillage. As duas últimas faixas são bônus com uma participação do Capitão Kirk e outra do "Senhor No Earthly Connection" nos Moogs. Vida longa e próspera.




Steve Hillage - guitarra, vocal
Miquette Giraudy - sintetizador, vocal
Phil Hodge - teclados 
Christian Boule - guitarra rítmica 
Basil Brooks - sintetizador, flauta 
Colin Bass  - baixo 
Clive Bunker - bateria




1 The Salmon Song
2 Hurdy Gurdy Glissando
3 Hurdy Gurdy Man [Donovan]
4 Lunar Musick Suite
5 Meditation Of The Dragon
6 It's All Too Much [George Harrison]
7 Are We To Believe? (com Rick Wakeman) [Billy Sherwood]
8 Rocket Man (com William Shatner) [EltonJohn]

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Sea Level - Cats On The Coast (1977)






Sea Level surgiu com três membros da Allman Brothers Band se apresentando entre os concertos da ABB e até abrindo alguns concertos dela. Quando a ABB fez uma pausa em 1976, Jaimoe, Chuck Leavell e Lamar Williams, oficializaram a banda. Randall Bramblett entrou e colaborou muito nesse segundo álbum. A proposta é bem diferente da ABB, misturando R&B, funk e fusion. 




Chuck Leavell - piano, piano elétrico, órgão, Arp Odyssey, clavinet, percussão, vocal
Randall Bramblett - órgão, sax alto e soprano, vocal, percussão
Davis Causey - guitarra, vocal
Jimmy Nalls - guitarra, vocal
Lamar Williams - baixo
George Weaver - bateria
Jai Johanny Johanson (Jaimoe) - percussão

com

Harvey Thompson - sax
Ronnie Eades - sax barítono
Dennis Good - trombone
Harrison Calloway - trompete
Jesse Ehrlich, Richard Dickles, Sidney Sharp, William Kurasch - cordas




1 That's Your Secret
2 It Hurts To Want It So Bad
3 Storm Warning
4 Had To Fall
5 Midnight Pass
6 Every Little Thing
7 Cats On The Coast
8 Song For Amy

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Randall Bramblett - Devil Music (2015)







Randall Bramblett é um multi-instrumentista que se sai muito bem tanto nos teclados, quanto nos sopros e nas cordas. Ele também é um ótimo compositor que teve suas músicas gravadas por muita gente famosa. Ele mesmo, o mais perto que chegou dos holofotes foi em 1977 com uma banda de southern/funk/fusion (talvez eu tenha inventado isso) chamada Sea Level — ele tocava sax e o Chuck Leavell cuidava das teclas. Em sua longa carreira ele se notabilizou por acompanhar grandes músicos. Só com Steve Winwood foram 16 anos. Além dele, Randall acompanhou Gregg Allman, John Hammond, Warren Haynes, Widespread Panic, Roger Glover, ...
Randall Bramblett tem uns dez discos solo, todos muito bons, e este aqui é o mais recente. Devil Music foi inspirado pelo livro "Moanin’ At Midnight: The Life and Times Of Howlin’ Wolf" de James Segrest e Mark Hoffman. Como sulista, Bramblett sempre teve suas raízes no blues, embora tenha atuado em tantos gêneros diferentes. Raízes que ele escavou para criar um álbum muito consistente e autêntico. Na minha modesta opinião, Devil Music foi um dos melhores lançamentos de 2015.





Randall Bramblett - órgão Hammond, pianos, teclados, sax, vibrafone, vocal
Mark Knopfler - guitarra, (1)
Derek Trucks - guitarra (4)
Chuck Leavell - piano (6)
Davis Causey - guitarra 
Nick Johnson - guitarra
Michael Steele - baixo
Gerry Hansen - bateria




1   Dead In The Water
2   Devil Music
3   Bottom Of The Ocean
4   Angel Child
5   Pride In Place
6   Reptile Pilot
7   Whiskey Headed Woman
8   Strong Love
9   Ride
10 Thing For You
11 Missing Link

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Gong - Camembert Electrique (1971)







O guitarrista australiano Daevid Allen foi um dos fundadores da escola Canterbury mas ele mesmo acabou por não ter muito a ver com a direção musical que a coisa tomou — um paradoxo pode ser feito com Frank Zappa. Allen tinha suas influências de jazz, contudo, era um hippie de corpo e alma. Ele integrou a primeira formação da Soft Machine. Depois de uma excursão com ela pela Europa, Allen foi impedido de entrar na Inglaterra por ser um "estrangeiro indesejável". Seguiu para a França com a esposa e parceira Gilly Smith e por lá foi em busca do desconhecido, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve. 
O primeiro disco que hoje é creditado à Gong foi inicialmente creditado ao casal (Magick Brother). O mesmo quanto ao segundo, na verdade uma trilha sonora. Também houve o Bananamoon, disco solo de Allen. Com bastante material, eles não conseguiam se apresentar pois havia poucos clubes na França e os grandes eventos eram geralmente controlados pela Mafia de lá. Ele e seus produtores, então, criaram o próprio circuito pelas universidades. O incrível Camembert Electrique veio em seguida com uma nova formação e uma orientação definida no space prog conceitual. Curiosamente, esses extraordinários novos membros tinham sua formação no jazz. O apelido ou codinome de Didier Malherbe, por exemplo, vem de uma música do Charlie Parker. 




Daevid Allen aka Bert Camembert - guitarra, vocal, baixo (9)
Gilli Smyth aka Shakti Yoni - vocal
Eddy Louiss - piano, órgão Hammond
Didier Malherbe aka Blumdido Bad De Grass - sax tenôr, flauta
Christian Tritsch aka Submarine Captain - baixo, guitarra (9)
Pip Pyle - bateria, percussão
Constantin Simonovitch - piano (5)




1   Radio Gnome
2   You Can't Kill Me
3   I've Bin Stone Before : Mister Long Shanks : O Mother
4   I Am Your Fantasy
5   Dynamite : I Am Your Animal
6   Wet Cheese Delirum
7   Squeezing Sponges Over Policemen's Heads
8   Fohat Digs Holes In Space
9   Tried So Hard
10 Tropical Fish : Selene
11 Gnome The Second


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Stomu Yamashta's East Wind - Freedom Is Frightening (1973)







... e aí estão Hugh Hopper e Gary Boyle antes de tocarem juntos na Isotope. Stomu Yamash'ta tem uma carreira bem variada. Ele estudou na Berklee School of Jazz, junto com o tecladista Gascoigne, e experimentou na música eletrônica, no prog, no jazz, no space-rock e no erudito; bem como na mistura disso tudo. Ele é mais lembrado por ter montado a super-banda Go que existiu depois dessa East Wind aqui. Contudo, Freedom Is Frightening é uma obra-prima esquecida do rock progressivo, com performances incríveis. 
Vale lembrar que Yamash'ta compôs a trilha do filme "The Man Who Fell To Earth", com o David Bowie. É interessante como nos anos 70 tudo parecia estar conectado de alguma forma, e hoje, com todas as redes e mídias... É uma merda.




Stomu Yamash'ta - bateria, percussão
Gary Boyle - guitarra, violão
Brian Gascoigne - teclados, sintetizadores, vibrafone
Hugh Hopper - baixo
Hisako Yamash'ta - violino




1 Freedom Is Frightening
2 Rolling Nuns
3 Pine On The Horizon
4 Wind Words

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Isotope - Golden Section (1974 - 1975)







A Isotope é uma banda que eu gosto demais e o mesmo digo do guitarrista Gary Boyle — ele é um link entre McLaughlin e Holdsworth. Antes de formar a Isotope em 1972, Boyle já tinha anos de experiência colaborando com músicos como Brian Auger, Stomu Yamashta e Keith Tippett. Dessa mistureba não poderia sair outra coisa senão jazz-rock de primeira. Ele formou a banda com membros da banda de Yamashta e da Nucleus. Esse álbum é de gravações ao vivo feitas entre 1974 e 1975, na sua maioria feitas pela Radio Bremen. Nele está a segunda formação da banda que inclui o grande Hugh Hopper, recém saído da Soft Machine. Da formação inicial, só o Nigel Morris. Completam o line-up Lawrence Scott, que também atuava como dentista, e o percussionista Aureo de Souza que também tocou na Nucleus. As músicas pertencem aos dois primeiros discos, os melhores. E a adição de Hopper fez muita diferença, se comparamos com os registros anteriores feitos pela BBC.




Gary Boyle - guitarras
Laurence Scott - teclados e obturações
Hugh Hopper - baixo
Nigel Morris (Yamashta's East Wind) - bateria
Aureo de Souza - percussão




1  Illusion
2  Rangoon Creeper
3  Attila
4  Spanish Sun
5  Crunch Cake
6  Mr. M's Picture
7  Frog
8  Attila
9  Spanish Sun
10 Lily Kong 
11 E-dorian 
12 Golden Section
13 Illusion

É Carnaval!



Quando o brasileiro é mais brasileiro.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sloche - Stadaconé (1976)






Esse é o segundo e último disco da canadense Sloche, tão bom quanto o anterior. Há um novo baterista e um mais um tecladista (celesta) foi adicionado. O som continuou prog/fusion e as composições não seguem tão rigidamente um tema como no disco de estréia. Por outro lada, essas composições estão mais maduras e a performance instrumental aprimorou-se, apesar da introdução de vocais.



Réjean Yacola - grand piano, piano Wurlitzer, piano Fender Rhodes, Mini Moog, clavinet
Martin Murray - Hammond B3, Mini Moog, Solina, sax soprano, percussão, vocal
Caroll Bérard - guitarra, violão, talk box, percussão
Gilles Ouellet - celesta, percussão, vocal
Pierre Hébert - baixo
André Roberge - bateria, percussão




1 Stadaconé
2 Le Cosmophile
3 Il Faut Sauver Barbara
4 Ad Hoc
5 La "Baloune" De Varenkurtel Au Zythogala
6 Isacaaron (Ou Le Démon Des Choses Sexuelles)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Iceberg - Coses Nostres (1976)







A Iceberg surgiu na Espanha no início dos anos 70, muito influenciada pelo prog sinfônico inglês (Yes, Genesis). Aos poucos eles foram acrescentando elementos de jazz nas composições e nesse segundo disco transformaram a coisa toda. Primeiro, dispensaram o vocalista em favor de um som totalmente instrumental. Segundo, introduziram o folk ibérico no blend. Daí em diante ela tornou-se o principal nome do jazz-rock espanhol e uma das bandas mais respeitadas do gênero. Max Sunyer é um guitarrista igual em habilidade a caras bem mais famosos como Santana ou Akkerman.




Joaquim "Max" Sunyer - guitarra, violão
Josep "Krtflus" Mas - piano, piano elétrico, sintetizadores
Primi Sancho - baixo
Jordi Colomer - bateria




1 Preludi I Record
2 Nova (Música De La Llum)
3 L'Acústica (Referéncia D'un Canvi Interior)
4 La D'en Kitflus
5 La Flamenca Eléctrica
6 A Valencia
7 11/8 (Manifest De La Follia)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Berits Halsband - Berits Halsband (1975)







Dizem por aí que discos obscuros o são por alguma razão, e isso é dito como um alerta. Mas frequentemente encontra-se uma jóia musical de rara, e não obscura, beleza. Berits Halsband (colar de Berits) foi uma surpresa. Ela é uma banda sueca de jazz-rock — mais jazz que rock — e a Suécia era um celeiro respeitável para bandas desse tipo. Via de regra elas receberam influência do trabalho de Miles Davis e Herbie Hancock. A Berits quis ir além do fusion e do pós-bop elétrico, adicionando elementos do folclore local. Assim ela ficou até próxima da Soft Machine e parece-se com a Samla Mammas Manna sem a porção Zappa da coisa. Eles gravaram esse disco ao vivo em estúdio, num gravador de dois canais e sem possibilidade de um remix. Um resultado tão bom com tão poucos recursos é sempre louvável.




Jonas Lindgren - piano elétrico
Olof Söderberg - guitarra
Mats Anton Karis - flauta
Bengt Ekevärn - trompete
Tommy Adolfsson - trompete
Göran Frost - baixo
Michael Lindqvist - bateria
Peter Adolfsson - triângulo


1 Myror I Köket
2 Elhamokk
3 Halvvägs Hildur
4 Flaxöras Hemliga Återkomst