domingo, 30 de abril de 2017

Spring - Spring (1971)








A Spring foi outra banda importante na formação do rock progressivo e esse seu único disco é um clássico. Seu estilo é mais suave, muito em função do timbre vocal, que lembra o de alguns cantores de soul music. As letras são contemplativas e o som é melódico. Apesar de ter três de seus membros tocando Mellotron, ele não é o instrumento dominante, mas ainda assim é o paraíso para quem o curte. 
A banda formou-se em 1970 e encontrou a grande oportunidade quando sua van quebrou no País de Gales. Quem os socorreu foi o dono do estúdio Rockfield, que lhes conseguiu um contrato com a RCA. A banda excursionou bastante mas acabou se separando, deixando apenas algumas demos para um segundo disco. O vocalista Moran tornou-se um engenheiro de som no estúdio Rockfield e trabalhou com a Rush, VDGG, Hammill, Budgie, Be Bop Deluxe, Dr. Feelgood e mais um monte de grandes bandas. Pique Withers, o baterista, tornou-se "Pick" Withers, um dos fundadores da Dire Straits.





Kipps Brown - piano, órgão, Mellotron 
Pat Moran - Mellotron, vocals
Ray Martinez - guitarra, Mellotron, violão 12 cordas
Adrian 'Bone' Maloney - baixo
Pique (Pick) Withers - bateria, glockenspiel





1   The Prisoner (Eight By Ten)
2   Grail
3   Boats
4   Shipwrecked Soldier
5   Golden Fleece
6   Inside Out
7   Song To Absent Friends (The Island)
8   Gazing
9   Fool's Gold
10 Hendre Mews
11 A World Full Of Whispers

sábado, 29 de abril de 2017

Fantasy - Paint A Picture (1973)








Essa banda ensaiava num celeiro no condado de Kent, aí por 1971. Eles mandaram uma demo para a Polydor usando o nome de Firequeen. A Polydor gostou e os contratou por três anos. As músicas incluíam elementos de jazz e de música clássica, mas não eram longas e tinham o foco mais nos vocais do que nas passagens instrumentais. Esse álbum presta um tributo à bandas que estabeleceram o rock progressivo na Inglaterra, como a Barclay James Harvest e a Cressida. Antes de lançá-lo, a Polydor exigiu que a banda mudasse seu nome para Fantasy. A produção foi bem cuidada e as orquestrações foram feitas por Andrew Price Jackman, ex-companheiro de Chris Squire na banda The Syn. Contudo, as vendas não foram animadoras e o contrato não foi renovado. A Fantasy deixou um segundo álbum pronto, que foi engavetado e só lançado em 1992. Parece que os caras tinham mantido seus empregos originais e seguiram neles. Foi uma pena, pois eles demonstraram muita sensibilidade e qualidade. As melodias são muito bonitas.





David Metcalfe - teclados, vocal
Peter James - guitarra, vocal
Paul Lawrence - violão 12  cordas
David Read - baixo, vocal
Jon Webster - percussão, vocal 





1   Paint A Picture
2   Circus
3   The Award
4   Politely Insane
5   Widow
6   Icy River
7   Thank Christ
8   Young Man's Fortune
9   Gnome Song
10 Silent Mime

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Beggar's Opera - Act One (1970)








A Beggars Opera foi formada na Escócia em 1969 e seu nome veio de um poema musicado de autoria de John Gay (1685-1732). Esse ó primeiro disco dela e seu som é heavy-psych com a clara intenção de progredir. Poucas bandas atreveram-se, logo na estréia, a reinterpretar peças clássicas como a Beggar's Opera fez aqui com as composições de Franz von Suppé (1819-1895) e também na faixa 4, que é um arranjo sobre a Marcha Turca de Mozart, com autoria erroneamente atribuída à banda. É verdade que a The Nice havia feito isso antes, mas a ELP, por exemplo, aventurou-se dois anos depois, e Rick Wakeman, cinco anos depois. Então, Act One é uma obra-prima que esteve à frente do seu tempo. No álbum seguinte a banda trocou o baixista e incorporou Virginia Scott, que tocava Mellotron. Aí progrediu de vez.





Martin Griffiths - vocal
Ricky Gardiner - guitarra, vocal
Alan Park - órgão, piano
Marshall Erskine - baixo
Ray Wilson - bateria





1 Poet And Peasant (Franz von Suppé)
2 Passacaglia
3 Memory
4 Raymond's Road
5 Light Cavalry (Franz von Suppé)
6 Sarabande
7 Think


terça-feira, 25 de abril de 2017

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cressida - Cressida (1970)








Cressida surgiu em Londres, em 1968, no Big Bang do rock progressivo. Ela gravou dois discos e o segundo deles, Asylum, foi lançado postumamente em 1971. O pouco tempo na ativa talvez seja o motivo para ela ter permanecido numa certa obscuridade, porque qualidades ela tinha. Esse disco de estréia não é lá muito prog — as faixas são curtas e relativamente acessíveis, embora muito bem compostas. Há o domínio do órgão e uma certa influência da Moody Blues no seu som. Proto-prog então? Proto-prog.
No segundo disco, com um novo guitarrista, a banda entrou mais pelo campo prog. 





Angus Cullen - vocal
John Heyworth - guitarra, vocal (5)
Peter Jennings - órgão, piano, harpsichord
Kevin McCarthy - baixo
Iain Clark - bateria





1   To Play Your Little Game 
2   Winter is Coming Again 
3   Time For Bed
4   Cressida 
5   Home And Where I Long To Be
6   Depression 
7   One Of A Group
8   Lights In My Mind
9   The Only Earthman In Town 
10 Spring '69
11 Down Down 
12 Tomorrow Is A Whole New Day 

domingo, 23 de abril de 2017

Eloy - Floating (1974)








A Eloy nasceu na Alemanha em 1971 e naqueles dias ela era uma banda de rock pesado, ao estilo britânico da Deep Purple, isso quando não tocava umas baladas. O primeiro e auto-intitulado disco está nesse escopo mas já inclui alguns toques psicodélicos. Contudo, o próprio Frank Bornemann o classificou como um álbum "frutuosamente ruim", de uma banda ainda amadora. Depois de repensar tudo, Bornemann assumiu a liderança da banda e os vocais, que lembram os da Jethro Tull, só que com sotaque. Então, o segundo disco chamado "Inside" veio com o space-rock em faixas longas e misturando prog ao rock psicodélico, aí com forte influência da Pink Floyd. Em "Floating" o estilo da banda amadureceu e estabeleceu-se com distinção. São músicas longas e muito bem elaboradas, com maiores passagens instrumentais e com um maior papel para a guitarra. Mas a seção rítmica é que é de deixar a boca aberta.





Frank Bornemann - guitarra, vocal
Manfred Wieczorke - órgão, guitarra
Luitjen Jansen - baixo
Fritz Randow - bateria





1 Floating
2 The Light From Deep Darkness
3 Castle In The Air
4 Plastic Girl
5 Madhouse
6 Future City (Live)
7 Castle In The Air (Live)
8 Flying High (Live)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Neuschwanstein - Alice In Wonderland (1976 - 2002)








A Neuschwanstein foi formada na Alemnha, em 1971, por Thomas Neuroth e Klaus Mayer, músicos que tinham sólida formação acadêmica. Eles também compartilhavam a admiração pelo rock sinfônico, especialmente pelo trabalho de Rick Wakeman. Outras bandas exerceram forte influência sobre eles, como a Camel, a Eloy e a King Crimsom. A banda tornou-se um ícone do prog sinfônico graças ao disco Battlement de 1978, que tem muitas semelhanças com o som da Genesis, principalmente quando lembramos do timbre de voz do Peter Gabriel. Battlement é sempre posto como o primeiro disco dela mas em 1976 ela gravou Alice Im Wunderland, baseado na obra de Lewis Carroll, e que deveria servir de trilha para uma performance ao vivo. Esse disco dormiu na prateleira por trinta anos. Por ser uma gravação ao vivo e não lapidada, a qualidade do som é mais ou menos, mas é um disco muito interessante. 
Os discos da Neuschwanstein foram lançados pelo selo brasileiro Rock Symphony mas estão fora do catálogo.





Roger Weiler - guitarras de 6 e 12 cordas, narração
Thomas Neuroth - piano, órgão, sintetizador
Klaus Mayer - flauta, sintetizador
Rainer Zimmer - baixo
Hans-Peter Schwarz - bateria, percussão





1 White Rabbit 
2 Gate To Wonderland 
3 Pond Of Tears
4 Old Father's Song
5 Five-O'Clock-Tea 
6 Palace Of Wonderland
7 The Court Of The Animals 
8 Alice's Return

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Pops Staples - "Peace" to the Neighborhood (1992)








Roebuck "Pops" Staples nasceu em 1914 e tocou com ninguém menos que Robert Johnson. Além dele, acompanhou Son House, Robert Jr. Lockwood e Charley Patton, entre muitos outros. Com companheiros como esses, era natural que Staples se tornasse um excelente guitarrista também. Contudo, o caminho dele foi diferente, pois seu trabalho era muito voltado para a religião. Assim sendo, ele ingressou em vários grupos gospel e formou o seu próprio, com seus filhos, chamado The Staple Singers. Com o passar do tempo e sob influência de Curtis Mayfield, esse grupo foi gradualmente inveredando pela soul music e depois pelo funk.
Pops nunca perseguiu uma carreira solo até gravar esse disco aqui, já septuagenário. Delicioso, esse álbum marca seu retorno às origens, ao blues e ao gospel. Tem uma bela lista de convidados, foi produzido por Ry Cooder e tem a família também.
Pops Staples faleceu em 2000, depois de sofrer uma queda em casa.





Pops Staples - guitarra, vocal
Ry Cooder - guitarra
Jackson Browne - guitarra, vocal
Jim Keltner - bateria
Bonnie Raitt - guitarra, vocal
Michael Toles - guitarra
Thomas Bingham - guitarra
Lester Snell - teclados
James "Hutch" Hutchinson - baixo
Buell Neidlinger - baixo
Dwyane Thomas - baixo
Milton Price - baixo
Andrew Love - sax
Wayne Jackson - trompete
Steve Potts - bateria
James Robertson - bateria
Ricky Fataar - bateria
Debra Dobkin - percussão
Cleotha Staples - vocal
Mavis Staples - vocal
Yvonne Staples - vocal
Bertram Brown - vocal
Terry Evans - vocal
William "Bill" Greene - vocal
Jackie Johnson - vocal
Arnold McCuller - vocal
Jacquelyn Reddick - vocal





1   World in Motion
2   Love Is a Precious Thing
3   America
4   Down in Mississippi
5   This May Be the Last Time
6   (Peace to) The Neighborhood
7   Miss Cocaine
8   Pray on My Child
9   Pray
10 I Shall Not Be Moved


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Steve Cropper, Pops Staples, Albert King - Jammed Together (1969)









Albert King trocou o selo Bobbin pela ascendente gravadora Stax em 1967. Nela ele gravou um sucesso após o outro, incluindo o icônico Born Under A Bad Sign. Nesses discos ele foi acompanhado pelos músicos da casa, ou seja, Booker T. & the MG's; nem sempre com todos juntos e mais constantemente com o excelente baterista Al Jackson Jr. Esses caras eram os melhores das redondezas e conheciam a fundo tanto o blues quanto o soul, o que deu um tempero extra ao trabalho de King. 
Jammed Together é exatamente o que o título diz. São três guitarristas de estilos diferentes e com diferentes tons, facilmente identificáveis pelo ouvinte. Percebe-se até que eles estão solando um para o outro, divertindo-se. Predominantemente instrumental, este é um álbum de guitarra.





Steve Cropper - guitarra, vocal
Albert King - guitarra, vocal
Roebuck "Pops" Staples - guitarra, vocal 

Booker T. & the MG's:
Booker T. Jones - teclados
Donald "Duck" Dunn - baixo
Al Jackson Jr. - bateria

Isaac Hayes - piano elétrico, piano
Marvell Thomas - piano elétrico
Willie T. Hall - bateria
Terry Manning - harmônica
The Mar-Keys - metais





1   What'd I Say (Ray Charles)
2   Tupelo (John Lee Hooker)
3   Opus De Soul 
4   Baby, What You Want Me To Do (Jimmy Reed)
5   Big Bird (Eddie Floyd)
6   Homer's Theme 
7   Trashy Dog 
8   Don't Turn Your Heater Down 
9   Water 
10 Knock On Wood 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Otis Redding - Otis Blue / Otis Redding Sings Soul (1965)







Esse álbum é um clássico da soul music. Mais que isso, é um marco da música e nem Otis Redding, nem os músicos que entraram com ele nos estúdios da Stax Records imaginaram que ele tomaria tal dimensão. Não seria preciso dizer que é o melhor disco dele, e nem tem as melhores músicas que ele compôs. Talvez tenha sido uma conjunção astral, sei lá. O fato é que a grande motivação de Redding era fazer uma homenagem a Sam Cooke, seu ídolo que tinha falecido havia pouco tempo. Outro desejo foi gravar "Satisfaction" dos Stones, que foi inspirada em Redding e no estilo da Stax. No mais, foi a escolha perfeita do repertório, dos músicos e a química orgânica — as gravações duraram 24 horas apenas. 
Entre os músicos estão os membros da Booker T. & MG's, residentes da casa, agora com um novo baixista, o Duck Dunn que se tornaria um dos mais requisitados em muitos gêneros. 
Otis Redding faleceu dois anos depois num acidente aéreo.





Otis Redding - vocal
Booker T. & the MG's:
Booker T. Jones - órgão, teclados
Steve Cropper - guitarra
Donald "Duck" Dunn - baixo
Al Jackson Jr. - bateria

com
Isaac Hayes - piano, teclados
James Young - guitarra
Floyd Newman - sax barítono
Albrisco Clark - sax tenor
Andrew Love - sax tenor
Robert Holloway - sax tenor
Robert Pittman - sax tenor
Charles "Packy" Axton - sax tenor
Clarence Johnson Jr. - trombone
Gene "Bowlegs" Miller - trompete
Joe Arnold - trompete
John Farris - trompete
Sammie Coleman - trompete
Wayne Jackson - trompete
Ralph Stewart - baixo
Elbert Woodson - bateria
Earl Sims - backing vocals
William Bell – backing vocals





CD 1 - The Original Mono Album
1   Ole Man Trouble
2   Respect
3   A Change Is Gonna Come (Sam Cooke)
4   Down In The Valley (Solomon Burke)
5   I've Been Loving You Too Long
6   Shake (Sam Cooke) 
7   My Girl (Smokey Robinson)
8   Wonderful World (Sam Cooke)
9   Rock Me Baby (B.B. King)
10 Satisfaction (Mick Jagger & Keith Richards)
11 You Don't Miss Your Water

Alternates & Singles:
12 I've Been Loving You Too Long (Mono Mix Of Stereo Album Version)
13 I'm Depending On You (B-Side)
14 Respect (Mono Mix Of Stereo Album Version)
15 Ole Man Trouble (Mono Mix Of Stereo Album Version)
16 Any Ole Way (B-Side)
17 Shake (Live, 1967 - Stereo Mix Of Single Version)Sam Cooke

Live At The Whisky A Go Go 1966
18 Ole Man Trouble
19 Respect
20 I've Been Loving You Too Long
21 Satisfaction
22 I'm Depending On You
23 Any Ole Way


CD 2 - The Original Stereo Album
1   Ole Man Trouble
2   Respect
3   Change Gonna Come
4   Down In The Valley
5   I've Been Loving You Too Long
6   Shake
7   My Girl
8   Wonderful World
9   Rock Me Baby B.B. King
10 Satisfaction
11 You Don't Miss Your Water

Alternate
12 Respect (1967 Version)

Live In Europe 1967
13 I've Been Loving You Too Long
14 My Girl
15 Shake
16 Satisfaction
17 Respect

terça-feira, 11 de abril de 2017

Booker T. & the MG's - Green Onions (1962)


               






E pensar que houve um tempo em que um disco instrumental podia chegar aos primeiros lugares nas paradas e ainda influenciar toda uma geração de jovens músicos do outro lado do Atlântico.
Booker T. Jones teve seu primeiro contato com o piano através da sua mãe que tocava Chopin e Lizt em casa. Aos 17 anos, ainda na escola, ele ganhava dinheiro como músico de estúdio da Stax, e foi aí que tudo começou. Booker T havia sido escalado para acompanhar um músico de rockabilly que não apareceu nos estúdios. Então, ele e os outros músicos, todos a serviço da Stax, começaram a brincar com um blues chamado Behave Yourself. O pessoal da produção curtiu e gravou. Booker disse que estava com um riff de órgão na cabeça e, menos de uma hora depois, surgiu Green Onions que estourou como single.
A banda que nasceu por acidente tornou-se a oficial da Stax Records e trabalhou em centenas de discos dos maiores nomes do blues, soul, etc... De certa forma, eles ajudaram a moldar esses discos anonimamente. 
Tão importante quanto sua influência musical, foi o fato de ter se tornado um símbolo de integração racial no sul dos Estados Unidos, numa época de luta pelos direitos civis — dois membros eram negros e dois eram brancos.





Booker T. Jones - Hammond M3, baixo, guitarra
Steve Cropper - guitarra
Lewie Steinberg - baixo acústico e elétrico
Al Jackson Jr. - bateria





1   Green Onions
2   Rinky-Dink
3   I Got A Woman (Ray Charles)
4   Mo' Onions
5   Twist And Shout 
6   Behave Yourself
7   Stranger On The Shore
8   Lonely Avenue (Doc Pomus)
9   One Who Really Loves You (Smokey Robinson)
10 You Can't Sit Down
11 A Woman, A Lover, A Friend
12 Comin' Home Baby

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Neil Young - After The Gold Rush (1970)








Este álbum é aclamado como o melhor de Neil Young, mesmo que algumas músicas pareçam inacabadas ou não amadurecidas o bastante para terem sido gravadas, e mesmo com a voz esquisita, que sempre foi esquisita, mas que aqui está mais esquisita.
After the Gold Rush foi baseado numa peça de mesmo nome do ator e diretor Dean Stockwell. Diante da possibilidade dessa peça virar filme, Stockwell procurou Young para falar sobre a trilha sonora. O filme não rolou mas Young produziu uma peça delicada que fala direto ao coração. A coisa mais bacana é que o disco é extremamente provocativo e expõe a indignação dele — e nossa — com temas como a injustiça social, a discriminação racial, a exploração dos patrões gananciosos sobre os trabalhadores que não tem direitos salvaguardados pela lei... Isso, numa época de convulsão social, aumentada exponencialmente pela guerra do Vietnam. A música Southern Man, por exemplo, é aquela que deixou os caras daquela banda Lynyr-alguma coisa brabinhos, a ponto de comporem uma resposta. 






Neil Young - guitarra, vocal, harmônica, piano, vibrafone
Stephen Stills - vocal
Nils Lofgren - piano, vocal
Danny Whitten -guitarra, vocal
Jack Nitzsche - piano
Billy Talbot - baixo
Greg Reeves - baixo
Ralph Molina - bateria, vocal






1   Tell Me Why
2   After The Gold Rush
3   Only Love Can Break Your Heart
4   Southern Man
5   Till The Morning Comes
6   Oh, Lonesome Me
7   Don't Let It Bring You Down
8   Birds
9   When You Dance You Can Really Love
10 I Believe In You
11 Cripple Creek Ferry

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Max Roach - We Insist! - Max Roach's Freedom Now Suite (1960)








Max Roach foi um dos maiores bateristas de jazz de todos os tempos. Ele nasceu em 1924 na Carolina do Norte e quatro anos depois sua família mudou-se para Nova Iorque. Sua mãe era cantora de gospel e com dez anos de idade Max tocava bateria na igreja. Aos 18 ele já tocava com os grandes músicos, como Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Charles Mingus e Miles Davis. Seu trabalho foi criativo e inovativo, e ele sempre buscou novos caminhos, chegando a trabalhar com o rap.
Em 1959, ele e o letrista Oscar Brown Jr. começaram a compor esse álbum, pensando nas comemorações do centenário da emancipação dos escravos, promulgada por Abraham Lincoln em 1863. Repare no nome da cantora — e futura esposa. As faixas do álbum referem-se ao movimento de independência dos países da Africa e, consequentemente, ao movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. We Insist! foi tão político e desafiador que colocou Roach na famosa "lista negra", que muitos produtores e contratantes tinham que consultar. Na Africa do Sul ele causou uma onda de rebeliões que o fizeram ser banido. Um disco... banido. Frank Zappa, inteirinho, só conseguiu ser banido do Saturday Night Live.
Sempre aparecem aquelas listas dos discos mais isso, mais aquilo, e é tudo balela. "Freedom Now Suite" sim, realmente mudou muita coisa. De novo, um disco. 
Por aqui os milhares e milhares que saem em passeatas não conseguem mudar nadica de nada. Aí bate um desânimo, aquele calor ou a chuva no domingo, ou o frio, e ficamos na merda mesmo. As manchetes dos jornais parecem referir-se ao planeta Klingon e a manada mansa continua se contentando com pouco, acreditando em tudo e não cobrando nada. 





Max Roach - bateria
Coleman Hawkins - sax tenôr 
Walter Benton - sax tenôr
Julian Priester - trombone
Booker Little - trompete
Abbey Lincoln - vocal
James Schenck - baixo
Ray Mantilla - percussão
Michael Olatunji - percussão
Tomas DuVall - percussão





1 Driva'Man
2 Freedom Day
3 Triptych: Prayer/Protest/Peace
4 All Africa
5 Tears For Johannesburg










quarta-feira, 5 de abril de 2017

We Insist! - Oh! Things Are So Corruptible (2006)








Diga aí, meu amigo! Pelo título esse álbum poderia ser brasileiro, não é? Mas é francês. A França é um celeiro para a música de vanguarda e é isso que temos aqui. Essa banda escolheu seu nome com inspiração num álbum conceitual e politizado do baterista de jazz Max Roach, cujo título é "We Insist! Freedom Now Suite". A música que ela faz é uma combinação da forma livre do jazz com o avant-prog, usando progressão de acordes dissonantes e bruscas interrupções com riffs de metal. Então, nem precisaria dizer que os caras tocam pra caramba pra fazer tudo isso que eu disse antes, mas eu digo mesmo assim: eles tocam pra caramba.





Eric Martin - guitarra
Julien Divisia - guitarra, backing vocal
Cyrille Méchin - sax barítono e alto
François Wong - sax alto e tenor
Julien Allanic - baixo, piano
Etienne Gaillochet - bateria, vocal





1   An Architect
2   Imperial Catechism
3   My Own Delight
4   Seclusion
5   The Great Disorder
6   Half Awake
7   No Coward
8   Time Is Lazy
9   Exhausted
10 The Sailor
11 Down To The Cellar
12 Early Recollections


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Avalanche - Perseverance Kills Our Game (1979)








A banda holandesa Avalanche lançou apenas esse disco numa tiragem de 500 exemplares na época, quase totalmente distribuídos entre familiares e amigos. Considerando o baixo orçamento que tiveram para a gravação, a qualidade do som surpreende. As primeiras faixas são basicamente uma mistura muito legal de folk e rock instrumental, enquanto que a partir da faixa cinco as coisas entram num prog mais complexo e culminam no space-rock psicodélico na melhor tradição do Krautrock. Naturalmente esse álbum virou item caríssimo para colecionadores até seu relançamento em CD pelo selo catalão Guerssen. Normalmente essas raridades obscuras tão cultuadas são uma decepção para os ouvidos, mas esse não é o caso de Perseverance Kills Our Game. Duro é que, aparentemente, nenhum dos membros da banda perseverou na música. 





Rob Dekker - piano, teclados
Daan Slaman - guitarra, violão clássico
Jan Blom - vocal, bandolim, guitarra, baixo
Marcella Neeleman - flautas
Fred Dekker - baixo
Johan Spek - bateria





1 Lodalientje 
2 Cola-tik 
3 Hymn On Wind And Water
4 Maiden Voyage 
5 Gimmick For 20 Fingers 
6 Transcendence (for Leo) 
7 Images Of Long Gone By 
8 Oblivion