sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Doctor Downtrip - Doctor Downtrip (1973)
A Doctor Downtrip é comumente apontada como sequencia de uma outra banda belga, a Burning Plague. Contudo, as duas foram formadas no mesmo ano de 1969 em Bruxelas e co-existiram, só cruzando caminhos em 70. Ambas tocavam blues-rock, mas a Downtrip tinha especial talento para o boogie-rock com vontade de ser hard. A primeira formação da Downtrip, antes de 1970, é controversa. No final 1970 a Burning Plage deu uma parada e seu guitarrista, o americano Michael Heslop, se juntou a Doctor Downtrip. Junto com ele também foi o baterista Van d. Velden. Logo eles estariam abrindo shows para a Genesis, T-Rex e Golden Earring. Esse primeiro e único disco foi gravado entre 29 de outubro e 2 de novembro de 1973. Em 75 Heslop e Serge Paul deixaram a banda, sendo substituídos por um outro único guitarrista chamado José Cuisset. Essa nova formação lançou um single pelo selo Epic com músicas que já estavam no primeiro disco e mais dois LPs que nem aparecem na discografia.
Jean-Paul Goosens -vocals
Michael Heslop -guitarra, vocal
Serge Paul -guitarra
John Hastry -baixo
Paul van der Velden -bateria
1 Nothing the Same / Free Morning Time
2 Walking in the Desert
3 Wanted!
4 Lost City
5 Anything Goes
6 Better Run Away
7 Everything Around
8 Big Blue Train
9 Feeling Good Again
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Dr. Dopo Jam - Entree (1973)
Dr. Dopo Jam foi uma banda dinamarquesa formada por Kristian Pommer em 1968 e que durou até 1974.
O som que eles fizeram é uma mistura muito bacana do estilo Canterbury com Frank Zappa, ou seja, blues, jazz, rock psicodélico, sarcasmo, ironia, bom humor e tudo quanto se pode imaginar. Isso executado por uma banda enorme tem um resultado deliciosamente caótico, especialmente na primeira faixa que tem 25 minutos. Esse é o primeiro disco e no ano seguinte eles lançaram outro. Mas aí o som mudou muito e a banda se separou.
Kristian Pommer -guitarra, piano, vocal
Jørgen Knudsen -guitarra solo
Lars Rasmussen -guitarra solo (6)
Lars Bisgård -vocal
Anders Gårdmand -sax soprano e barítono, flauta, piccolo
Skak Snitker -trombone, trompete, efeitos sonoros
Jesper Hindø -baixo
Bent Clausen -bateria, vibrafone, percussão
Niels "Vejmand" Christensen -bateria
Ethan Weisgård -percussão
1. Opening
a) Opening "HELLO"
b) Essentia I, Sanquine
c) Essentia II, Choleric
d) Essentia III, Melancholic
e) Essentia IV, Phlegmatic
f ) Qvinta Essentia: VITA
g) Heart-Theme, Solaria
h) Brain-Theme, Lunaria
i) Liver-Theme, Jupiter
j) Kidney-Theme, Venus
k) VI: The Complete Pentagram
2. Samelam-Samelam
3. Entrees
4. Spring-Time-Summer-Theme
5. In the Morning
6. Desserts: Flower-Picking-Prelude
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Dr. Lonnie Smith Trio - Purple Haze - Tribute to Jimi Hendrix (1995)
Foxy Lady, o tributo anterior, fez tanto sucesso que o mesmo trio gravou este Purple Haze no ano seguinte.
Esses álbuns não saíram da cartola de nenhum deles, Lonnie Smith tinha uma grande admiração por Hendrix e desde os anos 70 ele fazia fusões com as músicas de Jimi.
Dr. Lonnie Smith -órgão Hammond
John Abercrombie -guitarra
Marvin "Smitty" Smith -bateria
1. Voodoo Chile
2. Up From The Skies
3. Gypsy Eyes
4. Purple Haze - Star Spangled Banner
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Buddy Miles - Tribute to Jimi Hendrix (1997)
Uma coisa boa nesse Tribute to Jimi é que ele não é um tributo ao Jimi — a menos uma única música dele dentre as seis (Red House) possa ser considerada como tal. Outra coisa muito boa é que o disco é pesado, muito pesado. E nem se poderia esperar outra coisa do ex-baterista de Hendrix, que além de ser ótimo ainda é capaz de cantar bem enquanto toca.
Esse álbum foi gravado em 1995 no Arthur's Club de Genebra num evento chamado "New Morning Rock Heroes Festival", e essa banda foi apresentada como MST. Quer outra coisa muito boa? O guitarrista.
Kevon Smith -guitarra
Joe Thomas -baixo
1 Bad Bad Misses
2 Knock on Wood
3 Red House
4 Come Together
5 Medley: a. Peter Gunn; b. Take Higher; c. Superstition
6 Life Is What You Make I
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Lonnie Smith Trio - Foxy Lady: Tribute to Jimi Hendrix (1994)
Aqui estão três mestres em seus instrumentos fazendo uma releitura de Hendrix. Digamos que a ideia geral é dada pela última faixa, um encontro imaginário entre Jimi e Miles Davis, coisa que, de fato, esteve perto de acontecer. Lonnie Smith é um organista de jazz/soul que sempre usa um turbante. Ele nasceu numa família de músicos e começou a tocar num Hammond B3 aí pelos anos 50 em diversos grupos. A primeira parceria veio com o guitarrista George Benson em 66 e produziu dois dos melhores discos do Benson Quartet. Daí em diante Smith perseguiu a carreira solo mas entre 79 e 93 ele deu um tempo, retornando com este mesmo trio num tributo a John Coltrane. Foxy Lady veio em seguida e um ano depois eles lançaram Purple Haze, outra versão jazzística para Hendrix.
Dr. Lonnie Smith -órgão Hammond
John Abercrombie -guitarra
Marvin "Smitty" Smith -bateria
1. Foxy Lady
2. Castles Made Of Sand - Star Spangled Banner
3. Third Stone From The Sun
4. Jimi Meets Miles [Lonnie Smith]
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Jean-Paul Bourelly - Tribute To Jimi (1995)
Existe uma indústria desses tributos; é só o caixa baixar e lá vem um dedicado a alguém que não está mais aqui pra xingar. Hendrix é uma vítima frequente. Via de regra, eles não acrescentam nada e são descartáveis. A menos que o carinha procure inovar na forma e colocar suas próprias idéias ao invés de simplesmente mimetizar. Esse é o caso deste do Bourelly, bem como foi o do Jimi Project do Phil Brown.
Bourelly é um guitarrista de ascendência haitiana nascido em Chicago que iniciou seus estudos no piano e na bateria, mas que aos 14 anos descobriu Hendrix. Ele acabou se debruçando sobre o jazz e tocou com grandes nomes como Miles Davis, McCoy Tyner, Cassandra Wilson e Roy Haynes. No rock ele também acompanhou Jack Bruce, Robin Trower e Buddy Miles (o ex-baterista de Hendrix), além de integrar a Black Rock Coalition fundada pelo Vernon Reid da Living Colour.
De cara, Bourelly já vai detonando em Machine Gun, uma das músicas mais emblemáticas e comprometidas de Jimi, para então ir expondo seu estilo. Mais que um tributo, é uma extensão.
Jean-Paul Bourelly -guitarra, vocal
T.M. Stevens -baixo
Alfredo Alias -bateria
Kevin (K-Dog) Johnson -bateria (6)
Irene Datcher -backing vocal
1 Machine Gun Suite: Machine Gun/Tearin' America Apart
2 Star Spangled Banner
3 Power Of Soul
4 Message Of Love
5 Electric Ladyland
6 Cherokee Mist
7 Straight Ahead
8 Are You Experienced
9 Who Knows / Talkin' Bout My Baby
10 Bombs And Rainbows
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Uriah Heep - Salisbury (1971)
Salisbury é uma cidade inglesa em cujas proximidades o exército costumava fazer exercícios — exército, exercícios... ah, deixa pra lá. Nessa cidade a Uriah Heep certa vez fez um concerto num momento em que estava meio mal de grana e a presença maciça de público salvou a pátria. Então, esse segundo disco da banda foi um agradecimento. Ele vai um pouco mais na direção do prog que o anterior. O vinil tinha o lado A com 5 faixas e a derradeira faixa título tomava todo o lado B. Ela tem o formato épico típico do prog, quase única nessa estrutura na vasta carreira da UH. Contudo, é mais segmentada, como uma jam estanque, contendo três excelentes solos de guitarra de Mick Box. Depois do lançamento de Salisbury, a banda excursionou extensivamente, o que provocou a saída de Keith Baker. Ele foi substituído brevemente por Ian Clarke que deu o lugar para Lee Kerslake que havia tocado com Ken Hensley na The Gods.
Ken Hensley -orgão, piano, violão, guitarra slide, harpshicord, vocal
Mick Box -guitarra, violão,vocal
Paul Newton -baixo, vocal
Keith Baker -bateria
John Fiddy -sopros de metal e madeira (6)
1 Bird Of Prey
2 The Park
3 Time To Live
4 Lady In Black
5 High Priestess
6 Salisbury
7 Simon The Bullet Freak (US Album Version)
8 Here I Am (Previously Unreleased)
9 Lady In Black (Previously Unreleased Version)
10 High Priestess (Single Edit)
11 Salisbury (Previously Unreleased Single Edit)
12 The Park (Previously Unreleased Version)
13 Time To Live (Previously Unreleased Version)
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
The Gods - Genesis (1968)
The Gods foi uma banda precursora da Uriah Heep, no line-up dos seus dois discos estavam Ken Hensley e Lee Kerslake. Mas não foi só a carreira deles dois que ela marcou; quando foi formada, ainda 1965, Mick Taylor era seu guitarrista e saiu para integrar a Bluesbreakers do John Mayall. Greg Lake também foi membro dela antes de ir para a King Crimson. Em termos de importância, musicalmente a Gods é um bom exemplo da transição do rock psicodélico pra o progressivo. Esse é o primeiro disco e seu som é centrado no órgão, porém bem mais leve que o primeiro da UH. O segundo disco foi lançado dois anos depois, quando a banda já havia se desmanchado.
Joe Konas (Toe Fat) -guitarra, vocal
John Glascock (Jethro Tull) -baixo, vocal
Lee Kerslake -bateria, vocal
1 Towards The Skies
2 Candles Getting Shorter
3 You're My Life
4 Looking Glass
5 Misleading Colours
6 Radio Show
7 Plastic Horizon
8 Farthing Man
9 I Never Know
10 Love And Eternity
11 Baby's Rich
12 Somewhere In The Street
13 Hey Bulldog (Beatles)
14 Real Love Guaranteed
terça-feira, 13 de agosto de 2013
King Crimson - Red (1974)
Quando Red começou a ser trabalhado a King Crimson estava no meio de uma tormenta. David Cross saiu logo nas primeiras sessões e a banda seguiu como um trio, ajudado aqui e ali por ex-membros e colaboradores e pelo uso inédito de overdubs de guitarra. Considerando o clima, é ainda mais admirável o que esses caras conseguiram fazer. O que sai do disco não parece ser desse mundo e Red foi eleito um dos 50 álbuns mais pesados de todos os tempos. Ainda que essas eleições sejam de um babaquismo quase petista, no caso de Red foi na mosca. Quem é do tempo em que amp tinha VU, adora ver aquelas agulhinhas pularem. Como uma obra de arte verdadeira, ela reflete o espírito e o momento, então, nem poderia ser diferente. Até mesmo o sax soprano é agressivo. Mas Bill Bruford é que foi "O Cara" — é como se ele dissesse: "Olha aqui ó! É assim que se toca esta coisa, é assim que se encara essas mudanças de 7/8 pra 4/4!"
Fripp acabou dissolvendo a banda logo depois das gravações e Red nunca foi apresentado ao público por esse line-up. E não foi coisa passageira, não. A KC só voltaria em 1981, e nem era pra ser KC. Aliás, Fripp declarou que a KC acabou num momento em que todas a bandas prog deveriam ter acabado. Sei lá, entende... Se fosse 1978...
Robert Fripp -guitarra, pouco violão e Mellotron
John Wetton -baixo e vocal
William Bruford -Bateria e percussão
com
David Cross -violino
Mel Collins -sax soprano
Ian McDonald -sax alto
Robin Miller -oboé
Marc Charig -corneta, cello
1 Red
2 Fallen Angel
3 One More Red Nightmare
4 Providence
5 Starless
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Manfred Mann Chapter Three - Manfred Mann Chapter Three (1969)
Com o sucesso comercial da banda Manfred Mann, Mike Hugg e o próprio Mann acabaram sendo bem sucedidos em outra seara que dava uma boa grana: compondo jingles para a TV. Então eles decidiram por uma empreitada mais séria com a influência de músicos como Miles Davis e John Coltrane. Inicialmente o projeto se chamou Emanon e as composições evitavam as guitarras e eram levadas pelos teclados e livremente pelos metais. A parte dos metais, aliás, é algo parecido com o que a Nucleus e a King Crimson (Lizard) fariam no ano seguinte. Eles tocaram em clubes pequenos e se inseriram no circuito prog mas como seu antigo público não os entendeu nem acompanhou, eles bancaram os custos de um segundo álbum (Volume 2) e partiram para outra. Esse Volume 1 reuniu o primeiro time do jazz britânico na época e foi um dos álbuns que inauguraram o selo Vertigo, junto com o Valentine Suite da Colosseum e o Juicy Lucy da própria.
Mike Hugg -piano,vocal, bateria
Bernie Living -flauta, sax alto
Steve York -baixo, gaita
Craig Collinge -bateria
Derek Wadsworth -arranjos para os metais
Clive Stevens -sax tenôr
Carl Griffiths -sax tenôr
Dave Coxhill -sax barítono
Gerald Drewett -trombone
Sonny Corbett -trompete
1 Travelling Lady
2 Snakeskin Garter
3 Konekuf
4 Sometimes
5 Devil Woman
6 Time
7 One Way Glass
8 Mister You're a Better Man Than I
9 Ain't It Sad
10 A Study in Inaccuracy
11 Where Am I Going
12 Sometimes (Mono)
13 Mother (aka Travelling Lady - Mono)
14 Devil Woman (Single)
15 A Study in Inaccuracy (Alternative Version)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Manfred Mann's Earth Band - Nightingales & Bombers (1975)
Manfred Mann é outro exemplo de longevidade. Nascido na África do Sul em 1940, ele está no ramo desde o final dos anos 50. A primeira banda, ou capítulo um, foi formada por ele e pelo multi-instrumentista Mike Hugg no início dos anos 60 e tinha Paul Jones nos vocais. Mais adiante o line-up mudou, saiu Jones e entrou Mike D'Abo, tornando-se o capítulo dois da banda Manfred Mann. Até aí o som era pop, com o padrão comercial dos três minutos, e até Jack Bruce tocou nela. Em 69 Mike Hugg decidiu que estava cheio daquilo e quis montar uma banda de jazz-rock. Manfred foi na dele e surgiu a Manfred Mann Chapter Three. Foi uma surpresa pois nada que eles tinham feito antes tinha um pingo de jazz mas a competência instrumental deles rendeu elogios e dois discos. Entre o primeiro e o segundo disco eles moveram-se mais ao prog e em 71 sugiu a Manfred Mann's Earth Band — sem o Mike Hugg.
Esse é o sétimo disco da banda e mostra mais um movimento, dessa vêz para trás. Enquanto os álbuns anteriores foram progressivos no sentido mais formal, Nightingales optou por músicas mais curtas e diretas, muito embora os músicos fossem os mesmos e sua competência bem demonstrada. O trabalho é inspirado pela segunda grande guerra e o título saiu de um episódio em que um ornitólogo gravava o som dos rouxinóis quando repentinamente começou um bombardeio aéreo; a gravação está no final da faixa 8.
Mick Rogers -guitarra, vocal
Colin Pattenden -baixo
Chris Slade -bateria, percussão
David Millman -viola
Chris Warren-Green -violino
Nigel Warren-Green -cello
Graham Elliott -cello
David Boswell-Brown -cello
Ruby James -backing vocal
Doreen Chanter -backing vocal
Martha Smith -backing vocal
1 Spirits in the Night
2 Countdown
3 Time Is Right
4 Crossfade
5 Visionary Mountains
6 Nightingales and Bombers
7 Fat Nelly
8 As Above So Below (Recorded Live)
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Man - Rhinos, Winos & Lunatics (1974)
A galesa Man está na estrada desde 1968 e durante os anos 70 ela foi uma das bandas mais originais do reino da Bete, pela sua maneira de fundir o rock 'n' roll ao blues e ao rock psicodélico da costa oeste americana. Estruturando mais a coisa, em alguns dos primeiros discos eles chegaram ao space rock parecido com o da Hawkwind, sua companheira de gravadora. Os caras eram meio doidos-varridos, não se encabulavam de fazer apologia às drogas, porém, de uma forma irônica: Deke Leonard questionava o que seria da indústria da música num mundo sem drogados. Toda banda tem ao menos um e usualmente é o baterista, dizia ele. Já o mundo, bem que poderia passar sem bêbados e lunáticos; rinocerontes já não sei.
Rhinos, Winos & Lunatics é o sétimo disco dos caras e está entre os três melhores.
Micky Jones -guitarra, vocal
Deke Leonard -guitarras, piano, vocal
Malcolm Morley -teclados, guitarra, vocal
Ken Whaley -baixo
Terry Williams -bateria, percussão, vocal
Jim Horn -sax (live)
CD 1
1. Taking the Easy Way Out Again
2. The Thunder and The Lightning Kid
3. California Silks and Satins
4. Four Day Louise
5. Intro
6. Kerosene
7. Scotch Corner
8. Exit
9. Taking the Easy Way Out Again [Single Version]
CD 2 - Whiskey A Go Go, Los Angeles, 12 de março de 74
1. American Mother
2. 7171 551
3. A Hard Way to Live
4. Romain
5. Bananas
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Steppenwolf - Monster (1969)
Existe uma certa confusão sobre a nacionalidade da banda que uns dizem é canadense e outros americana. Então vamos começar pelo seu fundador, John Kay.
Ele nasceu Joachim Fritz Krauledat, em 12 de abril de 1944 numa região da Alemanha então conhecida como Prússia oriental e cresceu ouvindo o rock'n roll das rádios das forças armadas americanas durante a ocupação. Em 1958 Kay mudou-se para o Canadá onde envolveu-se mais e mais com o rock até a formação de uma banda chamada John Kay and The Sparrow, aí pelo meio dos anos 60. Essa banda excursionou bastante, tanto pelo Canadá como pelos EUA, sem chamar muita atenção até 67, quando se separou. Kay, que tinha aprimorado um tipo de rock influenciado pelo blues e que seguia a sonoridade do Cream e do Hendrix, mudou-se para a costa oeste americana e fundou a Steppenwolf em Los Angeles poucos meses depois.
O nome foi retirado do romance Der Steppenwolf do escritor alemão Hermann Hesse e significa Lobo das Estepes. Esse é o apelido não declarado do personagem principal, um escritor chamado Harry Haller, e o romance fala sobre o conflito entre as necessidades da carne e do espírito e do quão solitária pode ser a nossa existência no meio dessa confusão. Essa temática existencialista era muito presente naquela época de profundas transformações sociais e forte contestação de valores, sobretudo da nação americana envolvida com a guerra do Vietnam e com a guerra fria. Em cima disso a banda desenvolveu um trabalho bastante politizado. Monster, aliás, é seu trabalho mais politizado, tratando da guerra do Vietnam, da resistência à convocação pelas forças armadas (os Easy Riders) e a decadência do sistema.
Michael Monarch -guitarra,vocal
Goldy McJohn -teclados
John Russell Morgan -baixo
Jerry Edmonton -bateria
1 Monster/Suicide/America
2 Draft Resister
3 Power Play
4 Move Over
5 Fag
6 What Would You Do (If I Did That To You)
7 From Here to There Eventually
8 Move Over (Mono Single Version)
9 Power Play (Mono Single Version)
10 Monster (Mono Single Version)
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Howlin' Wolf - Evil (2002)
Evil é uma ótima coletânea das músicas dele lançadas pelas gravadoras Sun e Chess nos anos cinquenta.
CD 1
01. Smokestack Lightnin'
02. Moanin' At Midnight
03. How Many More Years?
04. Baby How Long?
05. I Asked For Water (She Gave Me Gasoline)
06. Who Will Be Next?
07. Crying At Daybreak
08. Forty Four
09. Riding In The Moonlight
10. Saddle My Pony (Gonna Find My Baby Out In The World)
11. Evil (Is Going On)
12. Oh Red!
13. The Wolf Is At Your Door (Howlin' For My Baby)
14. My Last Affair
15. I Love My Baby
16. All Night Boogie (All Night Long)
CD 2
01. Goin' Back Home
02. My Life
03. Somebody In My Home
04. Sitting On Top Of The World
05. Poor Boy
06. I'm Leavin' You
07. So Glad
08. Getting Old And Grey
09. Worried All The Time
10. No Place To Go
11. I'll Be Around
12. I Want Your Picture
13. I Have A Little Girl
14. My Baby Stole Off
15. Passing By Blues
16. Mr. Highway Man
17. Don't Mess With My Baby
domingo, 4 de agosto de 2013
No-Man - Flowermouth (1994)
No-Man é citada como um projeto do Steven Wilson paralelo ao Porcupine Tree mas seria mais adequado dizer-se ao contrário, já que foi na No-Man que ele começou em 1987, ao lado do Tim Bowness. Foi esse duo que fez as primeiras experências com fitas e efeitos que iriam compor a atmosfera dos primeiros discos do Porcupine, começando pelo Tarquin's Seaweed Farm. E a No-Man segue como um laboratório, juntando ambient, prog, jazz, trip-hop, tecno e tal.
Esse disco é o mais ambicioso e tem convidados muito especiais.
Steven Wilson (Porcupine Tree,Blackfield) -guitarras, baixo, teclados, programação e voz
Tim Bowness (Henry Fool) -voz
Ben Coleman -violino
Robert Fripp -guitarra
Richard Barbieri (Japan,Porcupine) -teclados.
Ian Carr (Nucleous) -trompete
Steve Jansen (Japan) -bateria, percussão
Lisa Gerrard (Dead Can Dance) -backing vocal
1 Angel Gets Caught in the Beauty Trap
2 You Grow More Beautiful
3 Animal Ghost
4 Soft Shoulders
5 Shell of a Fighter
6 Teardrop Fall
7 Watching Over Me
8 Simple
9 Things Change
10 Angeldust
11 Born Simple