domingo, 16 de setembro de 2018

The Kinks - Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire) 1969







Nos anos 60 a The Kinks disputava os primeiros lugares nas paradas com a The Rolling Stones e The Beatles. Eles eram geniais mas também eram considerados uns hooligans bêbados que não suportavam uns aos outros. Brigavam entre si no palco; voavam garrafas e até os pratos da bateria. Numa dessas, um prato atingiu Dave Davies e ele foi pro hospital — Mick Avory foi preso. Eles também brigavam com os promotores dos seus concertos e boicotavam os próprios shows quando discordavam das coisas — tocaram uma versão com 45 minutos de "You Really Got Me" porque exigiram que tocassem só os sucessos. Eventos assim, durante uma turnê americana, acabaram por provocar uma queixa de um promotor ao sindicato dos músicos dos Estados Unidos em 1965, que baniu a banda por quatro anos. 
Foi nesse período que a The Kinks lançou seus melhores discos, tomando um rumo mais elaborado. Mesmo assim, ela foi uma das maiores influências para o Punk e o Heavy Metal. É aquela tal atitude. Enquanto os hippies estavam deitados na grama, chapados, acreditando que mudavam o mundo, a The Kinks tinha os pés na realidade dos anos 60, que não era de paz e amor, mas de frustração. Eles retratavam um mundo onde um homem comum tinha seus sonhos destruídos e o único consolo oferecido eram bens materiais numa ilusão de felicidade. Esse é o tema de "Arthur".
Esse álbum é uma ópera-rock comparada à Tommy da The Who, lançada um pouco antes. Ela foi composta para ser um roteiro de uma produção para a TV que acabou não sendo filmada. É uma história baseada na vida do cunhado dos irmãos Davies, um instalador de carpetes que emigrou para a Austrália como uma saída de risco para a falta de oportunidades na Inglaterra do pós-guerra, e retrata o vazio de uma vida que se torna superficialmente confortável.
O álbum foi aclamado pela crítica e marcou o retorno da banda ao rock'n'roll, bem como aos palcos norte-americanos. O baixista original, Peter Quaife, saiu antes das gravações e foi substituído a altura por John Dalton. O tecladista John Gosling tornou-se membro permanente depois das turnês.





Ray Davies - vocal, guitarra, teclados
Dave Davies - guitarra, vocal
John Dalton - baixo, vocal
Mick Avory - bateria
com
John Gosling - teclados
Lew Warburton - regente dos metais e cordas





1   Victoria
2   Yes Sir, No Sir
3   Some Mother's Son
4   Drivin'
5   Brain Washed
6   Australia
7   Shangri-La
8   Mr. Churchill Says
9   She's Bought A Hat Like Princess Marina
10 Young And Innocent Days
11 Nothing To Say
12 Arthur

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