terça-feira, 30 de novembro de 2010

John Coltrane - A Love Supreme (1965)


John Coltrane é uma das figuras mais importantes e controversas do Jazz. Durante sua breve carreira ele mudou várias vêzes de estilo e integrou várias bandas, algumas simultaneamente. A carreira solo, propriamente dita, só foi lançada em 1960 e sua marca era uma técnica pela qual ele tocava várias notas de uma vêz.
Coltrane nasceu em 26, filho de um alfaiate e músico amador. Ainda garoto, foi tocar clarineta numa banda comunitária e quando estava no ginásio passou para o sax, na banda do colégio.
Em 45, quando ele estava começando a tocar em clubes, veio a convocação para a Marinha. Quando saiu, foi tocando de banda em banda até gravar seu primeiro solo ao sax tenôr num disco de Dizzy Gillespie, em 51:

Em algum ponto por aí, ele se tornou viciado em heroína e isso dificultou muito seu trabalho. Quando contratado em alguma banda, logo era demitido por causa da droga. Foi assim até 55, quando Miles Davis o contratou. Miles mesmo tinha sido viciado e conseguiu largar, talvez por isso tenha dado essa chance. Só que ele também o demitiu duas vêzes. Nesse vai e vem ele participou de uma série de discos do Miles e ao mesmo tempo integrou o quarteto de Thelonious Monk. Em 59 ele participou do seminal Kind of Blue de Davis.
Na carreira solo ele só colheu ótimas críticas e o sucesso lhe proporcionava trabalhar como convidado para um monte de gente.
Em julho de 67 ele foi internado às pressas num hospital e faleceu um dia depois de um câncer no fígado que nem sabia ter.
Sua discografia não era muito extensa, pelo pouco tempo que teve. Mas ele deixou muito material gravado que foi lançado postumamente e até mesmo discos em que participou como acompanhante foram relançados como sendo dele. Gravadoras...



John Coltrane -sax tenor
Jimmy Garrison -baixo
Elvin Jones -bateria
McCoy Tyner -piano

1 Part 1: Acknowledgment
2 Part 2: Resolution
3 Part 3: Pursuance
4 Part 4: Psalm

Trace - Trace (1974)

Trace foi uma banda holandesa de rock progressivo formada em 74, comumente comparada à ELP(com menores egos) e Triunvirat, pela predominância dos teclados. Penso que prá falar da Trace é preciso falar de seu idealizador, o tecladista Rick van der Linden que nasceu em 5 de agosto de 1946 na vila de Badhoevedorp, próxima de Amsterdam. Quando completou 5 anos sua família mudou-se para Rotterdam e aos 11 para Haarlem, onde ele frequentou o Triniteits Lyceum, escola de vários músicos célebres da Holanda. Seu pai era pianista, então, nada mais lógico que Rick desenvolvesse seu interesse por piano. Aos 13 anos foi aceito como aluno do pianista Piet Vincent, muito famoso na Holanda. Complentou seus estudos em órgão tubular de igreja no conservatório de Haarlem e posteriormente no Conservatório Real de Haague, onde foi graduado com honra em órgão, piano e harmonia. Assim, ele foi indicado como professor do Conservatório de Haarlem onde lecionou por alguns anos, enquanto fez crescer seu interesse por outros gêneros de música, como o jazz por exemplo. Depois de tocar com várias bandas e se inspirar vendo Keith Emerson tocando com o The Nice e concertos de Brian Auger, Rick se juntou à Ekseption, grupo holandês que vinha com esse nome desde 66 - e mais remotamente como The Jokers, desde 58 - fazendo variações de temas clássicos e fusão com jazz e rock, usando trompete e sax com muito pouca guitarra e vocal. Essa banda tinha vínculos de produção (Tim Griek) com a Brainbox de Jan Akkerman e o Focus. Em 68 a Ekseption ganhou o Festival de Jazz de Loosdrecht e parte do prêmio era um comtrato com a Phillips para a gravação de um disco. Aí a banda disparou para a fama, tocando no Olympia de Paris, Philharmonie de Hamburgo e Palladium de Londres, com Rick assumindo quase todas as composições. Em 74, querendo dar maior vazão à sua técnica nos teclados, Rick deixa a Ekseption. Por sua vez, o extraordinário baterista Pierre van der Linden (absolutamente nenhum parentesco entre eles) também estava cansado das turnês e do tom operístico do Focus. Juntos, eles decidiram formar a banda "Ace" e convidaram Jaap van Eick para o baixo. Mas os caras logo perceberam que já havia uma banda na Inglaterra com esse nome e mudaram para "Trace". O primeiro álbum, denominado simplesmente Trace, é um bom exemplo da fusão do clássico europeu com o rock. Tem elementos de gospel, blues e a constante incursão pelo jazz bebop(a faixa Once é um exemplo), sempre um desafio, especialmente para o baixista. Todas as faixas parecem unidas numa única suíte, a despeito dos intervalos, e a banda tem uma performance brilhante. Impressionante também é a lista de instrumentos que o Rick usa: Steinway Grand Piano, Hohner Clavinet e Pianet, Hammond B3, um órgão de Igrja, órgão de tubos pequenos, Harpsichord, sints ARP 2600, EMI Synth A, Solina cordas e Mellotron com fitas de cordas, metais e coral.

Rick van der Linden-teclados 
Pierre van der Linden-bateria 
Jaap van Eick- baixo 


Chapter 1
1. Gaillarde  
2. Gare le Corbeau  
3. Gaillarde  
4. Death of Ace  
5. Escape of the Piper   
6. Once 
7. Progression  
8. A Memory  
9. Lost Past  
10. A Memory  
11. Final Trace  
12. Progress  
13. Tabu 
14. Bach-Atel - Single Version
15. A nother World - Demo
16. Gnome Dance - Demo
17. Final Trace - Demo

Chapter 2
1. Fairy Tale - Overture
2. A Swedish Largo
3. Gnome Dance
4. Nocturne
5. Bach-Atel
6. Another World
7. Escape Of The Piper - Extended Version
8. Once - Jam
9. A Memory - Demo
10. A Swedish Largo - Demo
11. Once - Demo

Eric Clapton & Mark Knopfler - The Twelfth Night (1989)


The Twelfth Night é uma peça de William Shakespeare que fala de amor. Oh...
O booster TBX na Strato do Clapton também. Hehe

Eric clapton -guitarra,vocal
Mark Knopfler -guitarra
Steve Ferrone -bateria
Nathan East -baixo
Alan Clark -teclados
Ray Cooper -percussão
Greg Phillinganes -teclados
Tessa Niles -vocais
Katie Kissoon -vocais

CD1
1 Crossroads
2 White Room
3 I Shot The Sheriff
4 Bell Botton Blues
5 Lay Down Sally
6 I Wanna Make Love To You
7 After Midnight
8 Can't Find My Way Home
9 Forever Man

CD2
1 Same Old Blues
2 Tearing Us Apart
3 Cocaine
4 Layla
5 Behind The Mask
6 Sunshine of Your Love

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cream - Royal Albert Hall (2005)


Trinta e oito anos depois, Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce retornaram ao palco do Royal Albert Hall para uma série de 4 concertos em maio de 2005. Cerca de um mês depois, eles também se apresentaram no Madison Square Garden em N.Y.




Disco 1:

1. I’m So Glad
2. Spoonful
3. Outside Woman Blues
4. Pressed Rat And Warthog
5. Sleepy Time Time
6. N.S.U.
7. Badge
8. Politician
9. Sweet Wine
10. Rollin’ & Tumblin’
11. Stormy Monday
12. Deserted Cities of the Heart


Disco 2:

1. Born Under A Bad Sign
2. We’re Going Wrong
3. Crossroads
4. White Room
5. Toad
6. Sunshine Of Your Love
7. Sleepy Time Time (Alternate Take)

Pat Metheny - Watercolors (1977)


Início de uma parceria de 30 anos com o tecladista Lyle Mays e efetivamente o primeiro álbum do Pat Metheny Group, muito embora o baixista fosse um músico de estúdio da ECM.

Pat-guitarras
Lyle Mays-teclados
Danny Gottlieb-bateria
Eberhard Weber-baixo

1 Watercolors
2 Icefire
3 Oasis
4 Lakes
5 River Quay
6 Suite: I. Florida Greeting Song
7 II. Legend of the Fountain
8 Sea Song

Cozy Powell - Over The Top (1979)


Cozy foi um dos melhores bateristas britânicos, membro da Ritchie Blackmore's Rainbow, do Black Sabbath e formou um trio com Greg Lake e Keith Emerson. Além disso, acompanhou Jeff Beck, Robert Plant, Gary Moore e muitos outros. Em 96 ele participou da turnê que marcou a volta do grande Peter Green aos palcos e, infelizmente, pouco mais de um ano depois, faleceu num acidente de carro.

Don Airey -teclados
Jack Bruce -baixo
Dave "Clem" Clempson -guitarra
Bernie Marsden -guitarra
Max Middleton -teclados
Gary Moore -guitarra
Cozy Powell -bateria

1 Theme 1
2 Killer Airey
3 Heidi Goes to Town
4 El Sid
5 Sweet Poison Middleton
6 The Loner Middleton
7 Over the Top

Climax Blues Band - The Climax Chicago Blues Band (1969)


Climax Chicago Blues Band foi formada em Stafford na Inglaterra em 1968, embalada pelo boom do blues britânico que trouxe outras grandes bandas como Savoy Brown, Bluesbreakers, Cream ,Groundhogs e a Fleetwood Mac do Peter Green. Como as outras, eles fizeram um revival do blues norte americano mas se destacavam pela qualidade instrumental superior.
Na liderança estava o vocalista, gaitista e saxofonista Colin Cooper que deixara uma banda de R&B chamada Hipster Image, a qual tinha sido descoberta pelo empresário do Animals e dominou a cena londrina no meio dos 60, mas não gravou. Ao lado de Cooper estavam os guitarristas Derek Holt e Peter Haycock, mais o tecladista Arthur Wood, o baixista Richard Jones e o baterista George Newsome. Eles estrearam em 69 com um álbum auto-entitulado que tinha forte inspiração no que fazia John Mayall então.
Antes mesmo do lançamento do segundo álbum, ainda em 69, o Richard Jones deixou a banda, o que obrigou Derek Holt à mudar para o baixo e logo depois, em 70, eles assinaram contrato com um sêlo maior, o Harvest. A partir daí o som foi gradualmente mudando para mais orientado pelo rock.
Aí por 71 eles deciram retirar o "Chicago" do nome para não fazer confusão com aquela banda americana.
O reconhecimento e a respeitabilidade foram adquiridos nos primeiros álbuns mas o sucesso comercial só veio em 75 no disco Stamp e um pouco mais até no ano seguinte com Gold Plated.
Contudo, a ascenção do punk acabou bloqueando o caminho da banda mesmo com eles tendo deixado para trás o blues de raiz. Continuram gravando e excursionando muito até o disco de 88, Drastic Steps, após o qual decidiram dar um tempo. Retornaram apenas em 94 no excelente disco ao vivo Blues from the Attic.
Durante todo esse tempo na estrada a Climax passou por várias formações:

O baterista George Newsome saiu em 73 e foi substituído por John Cuffley que permaneceu até 83. No seu lugar entrou Jeff Rich que em 85 foi convidado para o Status Quo mas continuou excursionado com a Climax mesmo depois disso. No seu lugar entrou o Roy Adams que permanece até hoje. Ele usa uma Yamaha Dave Weckl Signature.
Como já dito, o baixista Richard Jones saiu em 71 para estudar em Cambridge e no seu lugar ficou o guitarrista rítimico Derek Holt que acabou também saindo em 82 para formar uma banda chamada Grand Alliance. Atualmente ele é o feliz proprietário de um pub em Stafford. No lugar dele entrou John 'Rhino' Edwards que ficou por anos até se juntar à Dexy's Midnight Runners e depois ao Status Quo também. Foi substituido pelo atual baixista Neil Simpson que toca em Warwicks de 6 e 5 cordas.
A primeira baixa na Climax foi, na verdade, do ótimo tecladista Art Wood. Em 71 ele parou de se apresentar em shows, sendo substituído ao vivo por Anton Farmer, mas continuou gravando até 73. Depois disso a banda decidiu seguir como quarteto até 75 quando o baixista original Richard Jones voltou para dar uma força nos teclados. Ficou até 77 quando foi rendido por Peter Filleul e em 80 entrou o atual homem das teclas George Glover, tocando basicamente em Korgs.
Na guitarra principal estiveram apenas dois músicos, e excelentes músicos: Pete Haycock saiu em 84 por divergir dos rumos musicais. Ele excursionou (Brasil inclusive) com o espetáculo "Night Of The Guitar" que tinha apenas Steve Howe, Leslie West, Randy California do Spirit, Andy Powell e Ted Turner do Wishbone Ash, Robby Krieger do Doors, Steve Hunter que tocou com Lou Reed e Alice Cooper e o Alvin Lee do Ten Years After - memorável e ilustrativo de quão bom é o Pete. Depois disso ele formou sua própria banda e em 90 fez parte da nova encarnação da Electric Light Orchestra; com ela,esteve por aqui de novo. Atualmente mora em Frankfurt e realiza projetos para TV.
No seu lugar entrou Lester Hunt que permanece até hoje tocando uma Gibson 347 e uma Fender Telecaster.


1 Mean Old World
2 Insurance
3 Going Down This Road
4 You've Been Drinking
5 Don't Start Me Talkin'
6 Wee Baby Blues
7 Twenty Past One
8 A Stranger in Your Town
9 How Many More Years
10 Looking for My Baby
11 And Lonely
12 The Entertainer

Esse disco foi gravado em apenas 2 dias separados por alguns mêses e contém clássicos do blues de Chicago com algumas músicas próprias,além de mostrar o talento de Pete Haycock e do tecladista Art Wood.

Chicken Shack - 40 Blue Fingers, Freshly Packed and Ready to Serve (1968)


A expressão chicken shack é recorrente em canções antigas de blues e refere-se àqueles restaurantes que servem frango frito. Com esse nome a banda surgiu em 67, durante o boom do blues britânico, no National Blues and Jazz Festival em Windsor. Era liderada pelo ótimo guitarrista Stan Webb que tinha a particularidade de entrar tocando no meio da platéia, graças à um cabo de 100 metros. Eles também tinham a Christine Perfect nos teclados, eleita melhor vocalista feminina por 2 anos consecutivos pela revista Melody Maker. Christine deixou a banda em 69 e também deixou de ser Perfect pois casou com John McVie e assumiu seu sobrenome e sua banda, a Fleetwood Mac.
Chicken Shack foi fortemente influenciada pelo Blues de Chicago, em especial por Freddie King.


Stan Webb -guitarra,vocal
John Almond -sax
Dave Bidwell -bateria
Alan Ellis -trompete
Dick Heckstall-Smith(Collosseum) -sax
Christine Perfect -teclados,vocal
Andy Silvester -baixo

01 Letter
02 Lonesome Whistle Train Blues
03 When the Train Comes Back
04 San-Ho-Zay
05 King of the World
06 See See Baby
07 First Time I Met the Blues
08 Webbed Feet
09 You Ain't No Good
10 What You Did Last Night
11 It`s OK With Me Baby
12 When My Left Eye Jumps
13 Hey Baby
14 When The Train Comes Back

Traffic - Mr. Fantasy (1967)



O Traffic foi formado no auge da psicodelia, em 67, pelo tecladista, cantor e compositor Steve Winwood, logo depois dele deixar a The Spencer Davis Group. Para tanto ele convidou seus amigos Chris Wood (sopros), Jim Capaldi (bateria e vocal) e Dave Mason (guitarras e baixo).
Inicialmente a banda foi concebida para ser uma espécie de comunidade ou ashram, onde todos moravam juntos no interior da Inglaterra e colaboravam em igualdade.
O som à época da estréia era uma mistura de rock e pop bastante influenciado pelos Beatles, contudo, mesmo assim, o Traffic encontrou um estilo único: enquanto o rock do início ao meio dos anos 70 era dominado pelas guitarras, eles basearam o som no órgão Hammond do Winwood e nos sopros do Wood, muitos deles feitos de bambú. A tendência ao pop foi creditada à influência do Dave Mason e quando ele saiu (logo após o disco de estréia em 67) eles foram esticando as músicas e dando mais espaço para improvisações de jazz, muito embora a estrutura de rock fosse mantida.
Como um trio eles encontraram dois problemas derivados do mesmo cara:Dave Mason tocava guitarra e baixo, e sem ele o Winwood tinha que preencher o som usando os pedais de baixo ao mesmo tempo em que cantava e tocava órgão.Além disso, o Mason era um compositor bastante produtivo e sem ele não dava prá cumprir as obrigações de contrato com a gravadora.Assim sendo, houveram por bem reconciliar-se com Mason que contribuiu muito para o segundo disco,compondo metade das canções, inclusive Feelin' Alright? que se tornaria um standard, principalmente na interpretação de Joe cocker.
Só que em 68 mesmo, logo após o início da turnê desse disco, os tres demitiram o Mason e mais adiante o Winwood anunciou o fim da banda.
Capaldi e Wood se juntaram ao Mason mais o tecladista Wynder Frog na banda Wooden Frog -nome fazendo referência aos sopros do Wood- que não chegou à gravar.
O Winwood se juntou ao Eric Clapton e Ginger Baker, que tinham fechado o Cream, mais o ex-baixista do Family, Ric Grech, para formarem a mega-banda Blind Faith, a qual teve vida curta e ao seu final, ele começou a trabalhar num álbum solo chamado John Barleycorn Must Die. Mas como ele chamou o Wood e o Capaldi prá tocarem juntos, o disco acabou sendo lançado como sendo do Traffic mesmo e foi um grande sucesso.
Para a excursão desse álbum eles convidaram o Ric Grech para o baixo e o baterista do Derek and the Dominos, Jim Gordon. Mais adiante veio de novo o Dave Mason (vai entender) e veio também um percurssionista chamado Reebop Kwaku Baah.
A excursão do inverno de 71/72 foi interrompida porque o Winwood estava com peritonite.O Capaldi foi então gravar um disco solo e o Gordon e o Grech deixaram a banda. Com o Winwood recuperado, o Traffic decidiu lançar um novo disco, chamando para tanto, dois músicos de estúdio: o baterista Roger Hawkins e o baixista David Hood.Shoot Out at the Fantasy Factory foi lançado em janeiro de 73 e ganhou um disco de ouro.Sua turnê acabou sendo documentada no disco On The Road que sairia em outubro do mesmo ano e no final dessa turnê o Hawkins, o Hood e o percurssionista Baah saíram.
O ex-baixista do Can, Rosko Gee, foi contratado e o Traffic lançou seu último disco: When the Eagle Flies saiu em setembro de 74 e ganhou outro disco de ouro.Porém ao final da turnê de divulgação o Traffic silenciosamente debandou.
Em 94 o Steve Winwood anunciou uma reunião com Jim Capaldi (Chris Wood havia falecido) e ambos gravaram um disco entitulado Far From Home que não vendeu bem e sua turnê também foi um desapontamento, decretando outro debande.
Jim Capaldi faleceu em 28 de janeiro de 2005.



Como consequência das diferentes inclinações musicais de cada um,esse é um disco bem eclético.Mistura os climas do Sgt. Pepper, da música indiana e jams de blues-rock.

Jim Capaldi -bateria,perc e vocal
Steve Winwood -órgão,baixo,piano,vocal,Harpsichord,guitarra
Dave Mason -guitarra,baixo,cítara,Mellotron
Chris Wood -flautas,saxes,órgão,vocal

01-Heaven Is In Your Mind
02-Berkshire Poppies
03-House For Everyone
04-No Face, No Name, No Number
05-Dear Mr. Fantasy
06-Dealer
07-Utterly Simple
08-Coloured Rain
09-Hope I Never Find Me There
10-Giving To You

Vanilla Fudge - Vanilla Fudge (1967)



O Vanilla Fudge nasceu em 65 quando 3 jovens músicos deixaram a banda Rick Martin & the Showmen para formar sua própria: o tecladista e vocalista Mark Stein, o baixista Tim Bogert e o baterista Joey Brennan. Eles convidaram para a guitarra o Vince Martell que tinha acabado de sair da marinha e batizaram a banda de The Electric Pidgeons e depois apenas The Pidgeons, inspirando-se nas crenças Hititas em que os deuses são coroados com pombos dourados e na mitologia grega onde as sacerdotizas de Zeus eram chamadas de Pleiades ou pombas. Modestos. O pai do Mark Stein ficou como empresário e a banda ensaiava na varanda da casa de Tim Bogert em Nova Jersey. No começo era uma banda de Rhythm & Blues tocando covers dos Righteous Brothers, Doc Pomus e Wilson Pickett, acrescentando aos poucos algumas coisas próprias e fazendo acompanhamento para algumas das tais "Girl Bands", modinha da época. Fazendo 2 ou 3 shows por noite, 6 dias na semana eles criaram uma legião de seguidores e dividiram palco várias vêzes com outras bandas emergentes como Vagrants, The Sparrow, Illusions, Good Rats, Unspoken Word e Hassles do Billy Joel. Segundo eles proprios, sua maior influência foi o The Vagrants de Leslie West e a grande sacada foi fazerem novos arranjos, mais complexos e pesados, para sucessos já esquecidos dos anos 50 e início dos 60. Uma noite o The Vagrants não pode comparecer à um show no clube Action House e o The Pidgeons foi chamado de última hora para substituir. Entre outras releituras, eles tocaram Like A Rolling Stone do Dylan de uma maneira tão possessa que o proprietário, Phil Basille, se ofereceu como agente. O cara tinha os contatos, a banda tinha o talento. Noutra noite, indo para um show, Stein e Bogert ouviram no rádio do carro a música You Keep Me Hangin' On das The Supremes e trocaram uma idéia: e se a gente fizer um arranjo mais lento e carregado? Mais tarde no palco eles criaram uma You Keep Me Hangin' On que tocaria nas rádios por 30 anos. Em Dezembro de 66 Joey Brennan deixou a banda para se juntar à The Younger Brothers Band e Tim Bogert levou os demais ao Headliner Club para ver um jovem baterista chamado Carmine Appice; todos foram unânimes: esse é "o cara". Phil Basille convenceu o compositor e produtor George Morton a ir ao clube para ouví-los mas ele não se intusiasmou muito e quando já estava de saída a banda começou a tocar You Keep Me Hangin' On. Aí o cara endoidou e saiu batalhando um contrato para o primeiro single que saiu em abril ou maio de 67 pela ATCO Records, com Take Me For A Little While das Labelle no lado B. Nesse tempo o The Vagrants tornou-se Mountain; o The Sparrow, Steppenwolf; Billy Joel seguiu solo e o The Pidgeons virou Vanilla Fudge (algo como caramelo de baunilha) por sugestão de uma vocalista local que adorava esse sabor de sorvete de casquinha. Também faria uma alusão à "alma branca" e o cone do sorvete remeteria de novo à mitologia, mas ninguém entendeu, claro. Gravaram oito músicas em 2 canais para um LP chamado "While the Whole World Was Eating Vanilla Fudge" mas esse só foi lançado 6 anos depois. O primeiro LP intitulado Vanilla Fudge saiu ainda em 67 consistindo daquilo que eles faziam melhor: versões mais lentas e caprichadas de grandes sucessos, embaladas pelo órgão Hammond cheio de distorções e vocais bem harmonizados. O repertório foi escolhido à dedo .



Carmine Appice -bateria,vocal
Tim Bogert -baixo,vocal
Vince Martell -guitarra,vocal
Mark Stein -teclados,vocal



1. Ticket to Ride  
2. People Get Ready  
3. She's Not There 
4. Bang Bang
5. a) STA (Illusions Of My Childhood - Part One)
    b) You Keep Me Hanging On 
    c) WBER (Illusions of My Childhood - Part Two) 
6. a) Take Me for a Little While 3:27 
    b) RYFI (Illusions of My Childhood - Part Three) 
7. a) Elanor Rigby 
    b) ELDS 


Cactus - Fully Unleashed - The Live Gigs II (1971)




Carmine Appice -bateria,vocal
Tim Bogert -baixo,vocal
Rusty Day -vocal
Jim McCarty -guitarra,vocal
Duane Hitchings Organ, Piano, Piano (Electric)
Peter French -vocal
Werner Fritzsching -guitarra
Ron Leejack -guitarra


CD1
1. Intro/Tuning
2. Long Tall Sally
3. Parchman Farm
4. Mellow Down Easy
5. Feel So Bad
6. Walkin' Blues
7. Scrambler/One Way Or Another
8. Oleo


CD2
1. Bro. Bill
2. Token Chokin'
3. Slow Blues (Medley)
4. Heebie Jeebies/What'd I Say
5. Evil

Cactus - V (2006)


Reunião dos membros originais, menos o vocalista Rusty Day, falecido em 82. A morte dele foi absolutamente estúpida e trágica: ele devia dinheiro de drogas ao guitarrista da própria banda e esse cara metralhou a casa do Rusty, matando além dele, seu filho de 11 anos e um amigo.

Jim McCarthy -guitarras
Carmine Appice -bateria
Tim Bogert -baixo
Jimmy Kuners -vocal

1 Doin' Time
2 Muscle and Soul
3 Cactus Music
4 The Groover
5 High in the City
6 Day for Night
7 Living for Today
8 Shine
9 Electric Blue
10 Your Brother's Keeper
11 Blues for Mr. Day
12 Part of the Game
13 Gone Train Gone
14 Jazzed

New Cactus Band - Son Of Cactus (1973)


Quando Tim Bogert e Carmine Appice foram se juntar à Jeff Beck, o Duane Hitchings quis levar a banda adiante com esse nome de New Cactus Band. Para completar, chamou o ex-Iron Butterfly, Mike Pinera. O som desse único álbum não lembra muito a Cactus.

Mike Pinera -guitarra,vocal
Roland Robinson -baixo,vocal
Duane Hitchings -teclados,vocal
Jerry Norris -bateria
Manuel Bertematti -bateria

1 It's Getting Better
2 I Can't Wait
3 Hook Line and Sinker
4 It's Just a Feelin'
5 Lady (Spend My Life with You)
6 Ragtime Suzy
7 Blue Gypsy Woman
8 Senseless Rebel
9 Man Is a Boy
10 Hold on to My Love
11 Daddy Ain't Gone

domingo, 28 de novembro de 2010

Watermelon Slim & the Workers - The Wheel Man (2007)


Bill Homans, ou Watermelon Slim, cresceu ouvindo blues na Carolina do Norte e aprendeu a cantar na igreja, e a tocar gaita na rua. Ele foi ferido na guerra do Vietnam e durante sua longa estada num hospital do exército ele acabou aprendendo a tocar violão, usando o próprio isqueiro como slide.
Quando voltou aos EUA, formou a banda Merry Airbrakes com outros ex-combatentes e lançaram um disco de mesmo nome que é o único conhecido que tem músicas de protesto feitas por veteranos de guerra. Depois disso Slim passou 28 anos sem mexer com música. Foi motorista de caminhão, operador de empilhadeira, vendedor de lenha - perdeu parte de um dedo numa serraria - e coveiro. Além de ralar assim, ele formou-se em jornalismo e obteve mestrado em história.
Foi preciso um ataque do coração para fazê-lo repensar a vida e trazê-lo de volta ao Blues. Foi indicado a seis Blues Music Award no mesmo ano, coisa que só BB King, Buddy Guy e Robert Cray conseguiram.

Bill Homans -vocal,gaita,Dobro Slide
Michael Newberry -bateria,perc,vocal
Ronnie "Mack" McMullen -guitarra
Cliff Belcher -baixo,vocal
Ike Lamb -guitarra
David Maxell -piano(2,5,6)
e
Magic Slim -dueto na 1,guitarra e vocal

01. The Wheel Man
02. I've Got News
03. Black Water
04. Jimmy Bell
05. Newspaper Reporter
06. Drinking & Driving
07. Fast Eddie
08. Sawmill Holler
09. Truck Driving Mama
10. I Know One
11. Got Love If You Want It
12. Rattlesnake
13. Peaches
14. Judge Harsh Blues

The Who - Endless Wire (2006)



Pete Townshend-guitarras,teclados,voz
Roger Daltrey-Voz
Pino Palladino(Gilmour,Clapton)-baixo
Zak Starkey-bateria

1 Fragments
2 A Man in a Purple Dress
3 Mike Post Theme
4 In the Ether
5 Black Widow's Eyes
6 Two Thousand Years
7 God Speaks of Marty Robbins
8 It's Not Enough
9 You Stand by Me
10 Sound Round
11 Pick Up the Peace
12 Unholy Trinity
13 Trilby's Piano
14 Endless Wire
15 Fragments of Fragments
16 We Got a Hit
17 They Made My Dream Come True
18 Mirror Door
19 Tea & Theatre
20. We Got A Hit - Extended Version
21. Endless Wire - Extended Version

Robert Wyatt - Rock Bottom (1974)


Robert Wyatt foi o baterista da banda Soft Machine. Enquanto membro dela, ele também colaborou com Syd Barrett do Pink Floyd e Keith Tippett, respectivamente ex-Pink Floyd e ex-King Crimson.
Quando a Soft Machine estava no auge ele decidiu sair e montou a banda Matching Mole, cujo nome é um joguinho com o nome da primeira: Matching Mole se assemelha à Machine Molle, tradução para o francês de Soft Machine. Enfim, essa banda lançou dois discos em 72 e depois disso o Wyatt seguiu solo.
Logo depois de lançar o primeiro disco, durante uma festa, ele caiu de uma janela, fraturou a coluna, ficando paraplégico. Depois de uma longa e penosa internação no hospital ele ressurgiu com Rock Botton. Logo disseram que esse álbum era baseado na sua estada no hospital mas isso foi um engano; a maior parte do material tinha sido escrita antes disso. Mas é certo que o álbum é um marco do Art-Rock.
Evidentemente, sua carreira solo é mais calcada na sua voz de tenor que nas habilidades instrumentais.
Wyatt também é um radical de esquerda, fazendo odes ao comunismo mesmo quando ele desabava no leste europeu.


Robert Wyatt -guitarra,bateria,teclados,voz
Mike Oldfield -guitarra
Gary Windo -clarinetas,saxes
Ivor Cutler -teclados,concertina,voz
Mongezi Feza -trompete
Alfreda Benge -vocais
Fred Frith -piano,viola
Hugh Hopper -baixo
Richard Sinclair -baixo
Laurie Allan -bateria

1 Sea Song
2 A Last Straw
3 Little Red Riding Hood Hit the Road
4 Alifib
5 Alife
6 Little Red Robin Hood Hit the Road

Chick Churchill - You & Me (1974)


Chick foi o tecladista da Ten Years After. Ele conheceu o Alvin Lee e entrou para a banda quando o nome dela ainda era Jaybirds. Na verdade, ele começou como road manager, que é o cara que contrata e cuida do pessoal e das coisas nas viajens mais curtas, diferente do tour manager. Bom, a banda mudou o nome em 66 e ele assumiu as teclas até o final da TYA em 73. Daí prá frente ele virou empresário musical e fundou uma editora.

Chick -piano,órgão,moog e mellotron
Martin Barre(Tull) -guitarra [1,2,5,9]
Leo Lyons(TYA) -baixo [1,2,5,8,9]
Cozy Powell(Rainbow) -bateria [1,5,8,9]
Bill Jackman -sax barítono
Ric Lee(TYA) -bateria [2]
Roger Hodgson(Supertramp) -guitarra e baixo [3,4,6,7]
Rick Davies(Supertramp) -bateria [3,4,6,7]
Bernie Marsden(UFO,Whitesnake,Paice Ashton&Lord) -guitarra [6,7,8]
Gary Pickford-Hopkins(Ancient Grease,Wild Turkey)- voz

1 Come And Join Me
2 Broken Engagements
3 You And Me
4 Reality In Arrears
5 Dream Of Our Maker Man
6 Ode To An Angel
7 You're Not Listening
8 Chiswick Flyover
9 The Youth I Dreamt In Slipped Away
10 Falling Down An Endless Day

sábado, 27 de novembro de 2010

Roy Buchanan - Live Stock (1975)


Numa entrevista, Jeff Beck o chamou de "o maior guitarrista desconhecido do mundo". Foi um pouco de exagero porque ele não é tão desconhecido assim, mas serviu pra demonstrar toda a sua admiração. É bem verdade que Roy Buchanan era avesso à fama, tanto que recusou o convite de Keith Richards para ser membro dos Stones. Mas aqueles que gostam de guitarra certamente o conhecem.
Roy foi um mestre da técnica, um inovador que sempre esteve a procura de uma nova sonoridade, chegando a cortar os falantes com gilete ou encher as válvulas do amp com água, prá ver no que dava.
Todos os grandes guitarristas o têm como referência. Eric Clapton, por exemplo, teimava em imitar seus bends - esticar as cordas para alcançar uma nota acima - e frequentemente estourava uma corda tentando. O Roy fazia esses bends até atrás do nut:

Uns dizem que o apelido Slow Hand de Clapton vem desse fato: ele estourava a corda e enquanto a trocava, a platéia mantinha o rítimo batendo palmas devagar ( Slow Hand Clap).
Ele usou uma boa variedade de guitarras entre hollow-bodies e maciças, em algumas capas de disco está com uma Gibson Les Paul mas a mais associada à ele é a Fender Telecaster '53, plugada em amps Fender Vibrolux Reverb.
Roy Buchanan também foi uma refência no que diz respeito à integridade profissional, sempre brigou para ter liberdade de criação, poucas vêzes com sucesso. Isso o deprimia muito e ele tinha uns probleminhas com bebida.
Seu primeiro contrato foi com a Polydor e a relação foi muito tempestuosa. Roy a abandonou e fundou seu próprio sêlo, chamado BIOYA (Blow It Out Your Ass) que queria dizer mais ou menos o mesmo que "foda-se Polydor". É claro que não deu certo.
Em 76 ele assinou com a Atlantic, que também não foi o que ele esperava, muito embora tenha recebido um disco de ouro por Loading Zone. De saco cheio, ele abandonou tudo em 81 e só voltou 4 anos depois, a convite da Alligator Records. Essa gravadora era reconhecida pela liberdade que dava aos músicos e as coisas pareciam que iam bem, afinal. Os mais chegados diziam que ele estava animado e diminuindo bastante aquele probleminha com a bebida, mas em agosto de 88 ele embriagou-se depois de uma discussão familiar, foi preso e encontrado morto na cela. A versão oficial diz que ele se enforcou com a própria camisa, mas amigos que viram o corpo afirmam que havia hematomas na cabeça.





Roy Buchanan -guitarra e vocal
Billy Price Keystone Rhythm Band -vocais
Byrd Foster -bateria
John Harrison -baixo e vocal
Malcolm Lukens -teclados
Bill Price -vocal

1 Reelin' and Rockin'
2 Hot Cha
3 Further on up the Road
4 Roy's Bluz
5 Can I Change My Mind
6 I'm a Ram
7 I'm Evil

Brand X - Unorthodox Behaviour (1976)


Ela não foi uma banda do Phil Collins. Na verdade, tudo começou pelas mãos do produtor e engenheiro Dennis MacKay. Ele já tinha trabalhado para Al Di Meola, Mahavishnu, Curved Air e Gong quando decidiu juntar alguns músicos realmente muito bons numa jam-band. Eles não decidiam qual nome dar-se, então um funcionário do estúdio escreveu 'Brand X' no cronograma, só para se situar. Ficou.
Acontece que o baterista desistiu no meio da coisa e John Goodsall lembrou que, quando ajudou nas demos para o primeiro disco solo do Peter Gabriel, tocou com o Phil Collins e o cara teria dito que eles bem que podiam fazer algo juntos. Percy Jones lembrou da mesma coisa, só que o encontro tinha sido no álbum Another Green World do Brian Eno. Convite feito, convite aceito.
John Goodsall tinha sido guitarrista da Atomic Rooster e tocou com Bill Bruford. Percy Jones é um super baixista, especialista no fretless, que tinha tocado no Voyage of the Acolyte do Steve Hackett - pode-se dizer que ele assumiu a liderança da Brand X. Robin Lumley vinha da Curved Air e da fantástica Isotope. Jack Lancaster foi da Blodwyn Pig e tocou com um monte de gente boa. Phil Collins...Phil Collins...De onde veio esse cara?



Percy Jones -baixo
John Goodsall -guitarra
Phil Collins -bateria,perc
Jack Lancaster -sopros
Robin Lumley -teclados

1 Nuclear Burn
2 Euthanasia Waltz
3 Born Ugly
4 Smacks of Euphoric Hysteria
5 Unorthodox Behaviour
6 Running of Three
7 Touch Wood



Jean-Luc Ponty - Upon the Wings of Music (1975)


Jean-Luc Ponty nasceu em 29 de setembro de 1942 em Avranches, cidade da baixa Normandia, na França.
Seu pai era o diretor da escola de música nessa cidade e professor de violino que começou a ensiná-lo aos 5 anos de idade, ao mesmo tempo em que sua mãe lhe ensinava piano. Ele deixou a escola normal aos 13 para poder praticar por 6 horas diárias no intuito de tornar-se um concertista. Aos 15 foi aceito no Conservatório de Paris e aos 17 ganhou o primeiro prêmio como instrumentista. Tocou com a Concerts Lamoureux Orchestra por 3 anos e nesse tempo, graças à influência de Stéphane Grappelli (grande violinista de jazz)e Stuff Smith (outro pré-bop), ele começou a se interessar por jazz, só que tocando clarineta e sax tenor, voltando para o violino apenas em 62. De 62 a 64, Ponty serviu o exército e depois disso dedicou-se inteiramente ao jazz mainstream, liderando trios e quartetos e gravando com Grappelli, Smith e Svend Asmussen (outro violinista de jazz). Em 67 ele foi para os EUA participar de um workshop do Festival de Monterrey onde se enturmou com toda diversidade musical americana e acabou gravando com com Frank Zappa e o tecladista George Duke. No seu retorno à França fundou a 'Jean-Luc Ponty Experience' que durou de 70 à 72 quando, então, voltou para os EUA e reintegrou a Mothers Of Invention de Zappa. Em 74 e 75 ele integrou a Mahavishnu Orchestra ao lado de John McLaughlin, Billy Cobham, Jan Hammer... e daí em diante partiu para sua carreira solo, gravando pelo sêlo Atlantic e sempre se associando à excelentes músicos.
Nas suas primeiras apresentações ao violino ele simplesmente amplificou o seu próprio apenas para ser ouvido, depois é que ele passou a usar o violino elétrico propriamente dito, um Barcus-Berry, desenvolvido à partir de 63 por Les Barcus e pelo violinista John Berry, que utilizava um cristal piezo para captação. Ponty foi pioneiro na experimentação com o instrumento usando recursos de guitarra e teclados como Echoplex, Wah-Wah, caixa de distorção e também ao usar o violino de 5 cordas.
Depois do seu álbum de 81, Mystical Adventures, Ponty percebeu que seu trabalho ficara preso à uma fórmula e decidiu debruçar-se sobre os sintetizadores, sequenciadores e todo tipo de eletrônica. Assim, lançou Individual Choice em 83 e continuou nessa linha até o Tchokola de 91, quando jogou a tralha fora e se juntou à músicos africanos explorando novos rítimos, pendendo um pouco para a world music, que não era exatamente uma inovação mas, em se tratando de Ponty...




Durante a criação desse álbum JLP ainda estava com a segunda formação da Mahavishnu mas botou nele sua própria visão do fusion com uma super banda que tinha a excelente tecladista, vocalista, compositora e produtora Patrice
Rushen - que tem váios top ten em R&B e temas para filmes como Homens De Preto - , o baixista Ralphe Armstrong, seu parceiro em vários álbuns e o batera Ndugu que tocou com amadores como Miles Davis, Thelonious Monk, Herbie Hanckock, Santana, George Duke e Weather Report.

Dan Sawyer -Guitarra
Ray Parker -Guitarra
Ralphe Armstrong -Baixo ac.,baixo elétrico
Leon "Ndugu" Chancler -Bateria,Percussão,Tom-Tom
Patrice Rushen -Órgão,Piano elétrico,Clavinet,Piano,Sints
Jean-Luc Ponty -Sints,Violino elétrico,Sint de cordas,Violectra,Violino,
Produtor,Arranjador

1 Upon the Wings of Music
2 Question with No Answer
3 Now I Know
4 Polyfolk Dance
5 Waving Memories
6 Echoes of the Future
7 Bowing Bowing
8 Fight for Life



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Bryce Janey - Blues In My Soul (2010)


Bryce Janey é filho de BillyLee Janey, da superbanda Truth and Janey. Assim como o pai, ele é um guitarrista extremamente talentoso e tem o mesmo estilo rifeiro retrô dos anos 70. Recomendo.

Bryce Janey -guitarra,vocal
Dan DJ Johnson -baixo
Eric Douglas -bateria

1 Country Fever
2 Funky Guitar Blues
3 Mean Old Town
4 Runnin' Down The Road
5 Walkin' On A Live Wire
6 Mission For Love
7 Another Fine Day
8 City Underwater
9 Hard Workin' Man
10 Medicine Man
11 Get You Off My Mind
12 Killing Floor
13 In This Place

Blue Floyd - Begins (2008)



Blue Floyd foi um projeto paralelo do baterista e do baixista da Allman Brothers, no qual eles desconstruíam as músicas do Pink Floyd até a sua raíz no Blues. Allen Woody infelizmente faleceu em 2000, portanto, essas gravações foram lançadas postumamente.

Allen Woody(Gov't Mule,Allman Brothers Band) -baixo,bandolin,slide,vocal
Matt Abts(Gov't Mule,Dickey Betts Band) -bateria e percussão
Marc Ford(The Black Crowes,Burning Tree) -guitarra
Johnny Neel(The Allman Brothers Band) -teclados e piano
Berry Oakley Jr.(Robby Krieger,Bloodline) -baixo
Slick Aguilar(Jefferson Starship) -guitarra e vocal

cd 1:
01. HAL 9000 Intro - Shine On You Crazy Diamond
02. Have A Cigar
03. Fearless
04. Interstellar Overdrive - Wish You Were Here
05. Drums
06. Set The Controls For The Heart Of The Sun
07. Hey You - Another Brick In The Wall Pt. 2

cd 2:
01. In The Flesh - Sheep
02. Money
03. Us & Them - Jam
04. Young Lust
05. Beatjam - Come Together
06. Beatjam - Taxman

Paradox - Paradox (1997)



Banda muito criativa envolvendo um trio de músicos dos mais virtuosos, liderados pelo mestre das baquetas, Billy Cobham. O som deles é muito legau e mistura, na medida, jazz, funk e heavy metal.

Wolfgang Schmid(Passport) -baixo
Bill Bickford (Defunkt) -guitarras
Billy Cobham -bateria

1 Fonkey Donkey
2 Four More Years
3 Quadrant 4
4 Myohmyohyeoye
5 Walking In Five
6 Jam O'James
7 Late Nite
8 Shoes In Seven
9 Five In

Paradox - The First Second (1998)



Wolfgang Schmid -baixos Warwick, Alembic e Lake Placid
Bill Bickford -guitarras ESP
Billy Cobham -bateria Yamaha, pratos Sabian, baquetas Vic Firth

1 Parablue
2 Mozaik
3 Twistedology
4 Pandora's Box
5 Subwayer
6 Serengeti Plains
7 Once In A Blue Mood
8 Nu Mess

Bill Ward - Ward One: Along the Way (1985)



Excelente disco solo do baterista do Black Sabbath.

Bill Ward -bateria,perc,piano,teclados,vocal
Richard Ward -guitarra
Bob Applebaum -bandolim
Jack Bruce -baixo,vocal
Malcolm Bruce -guitarra,vocal
Gordon Copley -baixo
Lanny Cordola -guitarra
Bob Daisley(Sabbath,Raiwbow,Heep) -baixo
Lee Faulkner -baixo
Steve Freidman -didjeridu
Dave Gage -harmônica
Peter R. Kelsey -backing vocal
Leonice -percussão
Keith Lynch -guitarra,vocal
Marco Mendoza(Thin Lizzy) -baixo
Ozzy Osbourne -vocal
Lorraine Perry -backing vocal
Rue Phillips -guitarra slide,vocal
Michael Rodgers -teclados
Frank Silvagni -harmônica
Eric Singer(Badlands,Sabbath) -bateria
Zakk Wylde -guitarra,teclados
Jimmy Yeager -teclados

1 Shooting Gallery (Mobile)
2 Short Stories [Bruce,Ward]
3 Bombers (Can Open Bomb Bays)
4 Pink Clouds an Island
5 Light up the Candles (Let There Be Peace Tonight) [Bruce,Phillips,Ward]
6 Snakes and Ladders
7 Jack's Land
8 Living Naked
9 Music for a Raw Nerve Ending
10 Tall Stories
11 Sweep Ward
12 Along the Way

Keith Jarrett - Paris / London: Testament (2009)



Um músico extraordinário num supremo exercício de entrega da alma.
Jarrett começou no piano aos 3 anos de idade e aos 7 já havia executado um recital. Estudou na Berklee e tocou na Jazz Messengers do Art Blackey e na banda fusion do Miles Davis, ao mesmo tempo em o Chick Corea esteve lá; é possível ouvir os dois duelando no álbum Davis' Live at the Fillmore.
Na carreira solo ele esteve à frente de trios, quartetos e quintetos, além de tocar música clássica. Mas o trabalho mais significativo é quando improvisa sózinho como aqui:

CD 1 - Salle Pleyel, Paris

1. Part I
2. Part II
3. Part III
4. Part IV
5. Part V
6. Part VI
7. Part VII
8. Part VIII

CD 2 - Royal Festival Hall, London

1. Part I
2. Part II
3. Part III
4. Part IV
5. Part V
6. Part VI

CD 3 - Royal Festival Hall, London

1. Part VII
2. Part VIII
3. Part IX
4. Part X
5. Part XI
6. Part XII

Jeff Beck & Eric Clapton - Exhaust Note (2008)



Gravado no Ronnie Scott’s Jazz Club em Londres onde ele se apresentou de 27 de novembro à 01 de dezembro de 2007.

Jeff Beck -guitarra
Tal Wilkenfeld -baixo
Vinnie Colaiuta -bateria
Jason Rebello -teclados
Eric Clapton -guitarra e vocal
Leo Green -sax
Imogen Heap -vocal
The Big Town Playboys:
Ian Jennings -baixo
Chad Strentz – vocal
Mike Morgan – bateria
Jools Webster-Greaves – sax tenor e barítono
Matt Empson – teclados
Dave Wilson – guitarra

Disco 1 - 29 de novembro,2007
01. Leo Green Introduction
02. Beck's Bolero
03. Breath Eternal
04. Stratus
05. Cause We've Ended As Lovers
06. Behind The Veil
07. You Never Know
08. Blast From The East(False Start)
09. Nadia
10. Blast From The East
11. Led Boots
12. Angel Footsteps
13. Scatterbrain

Disco 2
01. Goodbye Pork Pie Hat
02. Brush With The Blues
03. Space Boogie
04. Big Block
05. A Day In The Life
06. Introduction of EC by Jeff Beck
07. Little Brown Bird (c/ Eric Clapton)
08. You Need Your Love (c/ Eric Clapton)
09. Where Were You

Disco 3 - 30 de novembro,2007 - com The Big Town Playboys
01. Leo Green Introduction
02. Race With The Devil
03. Crazy Legs
04. Train Kept A Rollin'
05. My Baby Left Me
06. Matchbox
07. Baby Blue
08. Honky Tonk (c/ Leo Green)
09. Beck's Bolero
10. Breath Eternal
11. Stratus
12. Cause We've Ended As Lovers
13. Behind The Veil
14. You Never Know
15. Nadia
16. Blast From The East
17. Led Boots
18. Angel Footsteps

Disco 4
01. Scatterbrain
02. Goodbye Pork Pie Hat
03. Brush With The Blues
04. Space Boogie
05. Blanket (c/ Imogen Heap)
06. Big Block
07. A Day In The Life
08. Rollin' and Tumblin' (c/ Imogen Heap)
09. Where Were You

Bass Communion - 1 (1998)


Steven Wilson é mesmo um workaholic. Além do trabalho a frente do Porcupine Tree e No Man, ele mantém vários projetos paralelos como o Blackfield, Incredible Expanding Mindfuck e este aqui. Ele mesmo o descreve como experimentos com texturas musicais e a presença de Robert Fripp não deixa dúvida de onde vieram as inspirações. Quem curtiu as Soundscapes do Fripp vai identificar.

Steven Wilson -sints,samplers,loops
Robert Fripp -Frippertronics

1. Shopping
2. Drugged
3. Sleep etc
4. Orphan Coal
5. Drugged [Robert Fripp]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Barefoot Servants - 2 (2005)


Não importa muito o tipo de música que você ouve, é bem possível que você já tenha ouvido um ou outro desses caras. É que eles são alguns dos mais requisitados "session musicians" da coisa.
O nome da banda veio da música All Along the Watchtower do Bob Dylan e pode-se dizer que é uma ironia com sua condição de músicos contratados: serviçais descalços. A idéia de se juntarem foi do Jon Butcher e do Ben Schultz em 1993, o primeiro disco saiu no ano seguinte e este segundo ficou onze anos no forno. É um resumo de tudo em que eles estiveram envolvidos. Recomendo.

Jon Butcher(Outlaws) -guitarra e vocal
Ben Schultz(Wizard,Buddy Miles) -guitarra e vocal
Leland Sklar(James Taylor,Doors,Crosby & Nash,Billy Cobham,Phil Collins,David Samborn...) -baixo
Neal Wilkinson(Ray Charles,Van Morrison,Ultravox,Westlife e até Fagner) -bateria

01 Pharaoh's House
02 I Don't Care at All
03 Crazy
04 When the Day Comes
05 Rude Boy
06 Take My Breath Away
07 Bells of St. Mary's
08 Brown Penny
09 Monsters in Bethlehem
10 Crack the Sky
11 Love You Too Much
12 Dog Days
13 Phases of the Moon