terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Richard Hallebeek - RHP II - Pain In The Jazz (2012)






O holandês Richard Hallebeek é hoje um dos melhores guitarristas da Europa.
O primeiro volume desse seu projeto trazia essa mesma banda, mais Shawn Lane e Brett Garsed como convidados. Tristemente, quando o disco foi lançado em 2004, o grande Shawn Lane já havia falecido. Nove anos se passaram até que o segundo volume fosse finalizado. Ao invés de dois, agora são sete convidados de diferentes matizes. Essa diversidade resulta num fusion autêntico e de primeira classe, com guitarras do mais alto nível.




Richard Hallebeek - guitarras, sintetizador para guitarra
Alex Machacek - guitarra (1)
Jose de Castro - guitarra (2)
Guthrie Govan - guitarra (3)
Eric Gales - gutarra (4)
Kiko Loureiro - guitarra (6)
Andy Timmons - guitarra (8)
Greg Howe - guitarra (9)
Randy Brecker - trompete (7)
Ada Rovatti - sax (7)
Lalle Larsson (Karmakanic) - teclados
Frans Vollink - baixo
Sebastiaan Cornelissen - bateria
Martin Verdonk - percussão




1 Wristkiller 
2 Third Phase 
3 Bring It On 
4 Pain In The Jazz 
5 People 
6 Speed City Blues 
7 Amelia 
8 Think Of Something 
9 East Side Bridge 
10 New World 


 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Jean-Paul Bourelly & The Bluwave Bandits - Blackadelic-Blu (1994)






Jean-Paul Bourelly é um explorador musical e um inovador. Natural de Chicago, ele começou a desenvolver o seu estilo misturando a cultura da comunidade de imigrantes haitianos, da qual seus pais faziam parte, com as raízes afro-americanas e bluseiras da cena local. Aos 18 anos ele mudou-se para Nova York onde gravou com Miles Davis e tocou com Elvin Jones, Pharaoh Sanders.
Este álbum faz parte de uma série de quatro que ele gravou para o selo japonês DIW e nele ele expande as fronteiras do funk com o aprendizado que teve dessa nata do jazz, usando polirritmia e experimentando com a sonoridade da guitarra.




Jean-Paul Bourelly - guitarra, vocal, baixo sub-atômico, teclado baixo
"Kundalini" Mark Batson - teclados (10), vocal (1, 2, 4, 6)
Blue Black (Robert Jackson) - Rap (3, 8)
John Stubblefield - sax tenor (faixas: 6)
Mark Peterson - baixo (5, 8, 9)
Alfredo Alias - bateria (2, 5, 8 ,9)
Kevin "K-Dog" Johnson - bateria (1, 2, 4, 6)




1   Welfare Flower Child
2   Song Of Allah
3   Travelin' Across The Land
4   (Gotta Have) Soul
5   Steppin' On The Giant
6   Runaway Train
7   Lover's Cool-Out
8   Thinkin' Bout Money
9   Restless Waves
10 Surrender


 

domingo, 12 de dezembro de 2021

H.P. Lovecraft - H.P. Lovecraft & H.P. Lovecraft II (1967 - 1968)







George Edwards era um cantor folk que trabalhava como vocalista de estúdio para o selo Dunwich de Chicago. Ali ele conheceu quatro outros músicos de uma banda chamada The Rovin' Kind e entre eles estava Kal David, que mais tarde integraria a The Illinois Speed Press. O nome da banda veio do escritor de romances de terror H.P. Lovecraft. Essa formação gravou alguns singles e logo se desfez. Edwards, então, reformulou a banda e um dos novos membros era Dave Michaels que tinha estudado canto clássico. A combinação dos dois, de folk e clássico, acabou dando a identidade musical da banda, nas belas harmonias vocais.
É rock psicodélico em todos os sentidos do termo; uma atmosfera alucinógena.
Esta é uma coletânea que foi chamada de "At the Mountains of Madness" na sua primeira versão em vinil. Ela reúne os dois álbuns que a banda lançou antes de se separar, após uma tentativa frustrada de se estabelecer na Califórnia.




HP Lovecraft I, 1967

Tony Cavallari - guitarra, vocal
George Edwards - guitarra, violões, vocal
Dave Michaels - órgão, harpsichord,piano, clarinete, vocal
Jerry McGeorge - baixo, vocal
Michael Tegza - bateria, percussão
com:
Eddie Higgins - vibrafone
Paul Tervelt - trompa francêsa 
Jack Henningbaum - trompa francêsa
Len Druss - clarinete, trompa inglêsa, flauta piccolo, sax
Bill Traub - percussão
Herb Weiss - trombone
Ralph Craig - trombone
Clyde Bachand - tuba


1 Wayfaring Stranger
2 Let's Get Together
3 I've Been Wrong Before
4 The Drifter
5 That's The Bag I'm In
6 The White Ship
7 Country Boy & Bleeker Street
8 The Time Machine
9 That's How Much I Love You, Baby (More Or Less)
10 Gloria Patria

HP Lovecraft II, 1968

Tony Cavallari - guitarra, vocal
George Edwards - guitarra, violões, vocal
Dave Michaels - teclados, vocal
Jeff Boyan - baixo, vocal
Michael Tegza - bateria, percussão

11 Spin, Spin, Spin
12 It's About Time
13 Blue Jack Of Diamonds
14 Electrollentando
15 At The Mountains Of Madness
16 Mobius Trip
17 High Flying Bird
18 Nothing's Boy
19 Keeper Of The Keys

Bonus Tracks
20 Anyway That You Want Me
21 It's All Over For You


 

sábado, 4 de dezembro de 2021

The Illinois Speed Press - The Illinois Speed Press (1969)






The Illinois Speed Press foi uma banda formada em fevereiro de 1968 por Paul Cotton, Kal David e Michael Anthony, três músicos significantes em Chicago. Kal David havia sido membro da H.P. Lovecraft.
Este é o disco de estréia e as músicas nele vão do blues-rock ao hard-rock, recoolhendo elementos do country e do folk. Também não faltam referências psicodélicas e o pedal fuzz.
Esse disco recebeu boas críticas e teve relativo sucesso comercial. Contudo, a banda mudou-se para a Califórnia onde seus planos não deram certo. Paul Cotton foi tocar na banda Poco.




Paul Cotton - guitarra, vocal
Kal David - guitarra, vocal
Michael Anthony - teclados, vocal
Rob Lewine - baixo
Fred Page - bateria




1   Overture
2   Get In The Wind
3   Hard Luck Story
4   Here Today
5   Pay The Price
6   P.N.S. (When You Come Around)
7   Be A Woman
8   Sky Song
9   Beauty M. Anthony
10 Free Ride


 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Warlord - Warlord (1974-1977)






Esse é um CD lançado em 2002 contendo músicas de arquivo deixadas por três diferentes formações da mesma banda, a Warlord — ela nunca lançou um disco.
O som dela era proto-metal, influenciado por bandas como Black Sabbath ou os dias mais sombrios da Hawkwind. É tudo pesado, melancólico e curtindo uma desgraça. 
O CD começa pelo fim, ou pelo trio final. Amadorístico e totalmente despretensioso. E é isso que o faz interessante. Até mesmo os vocais horríveis de John Alexander são um componente de autenticidade e espontaneidade.
Parece que os músicos estavam destinados a não lançar discos. Consta que Ivan Coutts compôs e gravou uma ópera-rock chamada "Turn of the Century" com músicos do naipe de Jeff Beck, mas ela nunca saiu das fitas master.




The Blacksmiths (1974)
Ivan Coutts - teclados vocal
Dave Smith - guitarra
Chris Pritchard - guitarra rítmica
Andy Harsent - baixo
Kip - bateria

Warlord (1975)
John Alexander - guitarra
Andy Dunlop - baixo, violão
Paul Cantwell - bateria
Ivan Coutts - teclados, vocal
Richard Roffey - vocal. 

Stallion (1977)
John Alexander - guitarra, vocal
Andy Dunlop - baixo, violão
Paul Cantwell - bateria




1   Jasmin Queen (as Stallion)
2   Explorer (as Stallion)
3   Face Of The Sun
4   Warlord
5   Lady Killer
6   To The Devil A Daughter (as The Blacksmiths)

Live, Drug-crazed Rehearsal Demos (1975, St Peter' Church Hall, Wimbledon)
7   Devil Drink
8   Wild Africa
9   I See The Warlord
10 F ace Of The Sun
11 The Ring
12 Warlord Part II (Reprise)




 

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

The Residents - Duck Stab (1978)







A banda americana The Residents parece ter vindo do nada. Até mesmo a identidade dos seus membros é desconhecida, menos a de um: Hardy Fox, que se aposentou da banda em 2017 e revelou fazer parte dela desde os anos 70. Fez isso porque estava com um câncer no cérebro e sabia que iria morrer — e publicou o próprio obituário antecipado.
O nome da banda também surgiu do acaso quando eles enviaram anonimamente uma fita demo para a Warner e a Warner respondeu ao endereço do remetente como "aos residentes".
Essencialmente, eles soam como nenhuma outra banda. Provavelmente a comparação mais próxima seria com os primeiros álbuns de Mothers of Invention, como We're Only in it for the Money ou Lumpy Gravy. Embora as influências musicais de Zappa sejam geralmente bastante fáceis de refazer, a falta de referências musicais óbvias e a falta de convenções musicais parece maior nos álbuns da The Residents. Sobram anarquia e subversão, contudo.
Duck Stab é o quinto álbum da banda e talvez o mais popular. Kraftwerk e Devo vem a mente mas não há comparação possível. Também é pouco provável que se possa ouví-lo inteiro numa única sessão porque ele, de tão desafiador, pode desafiar a paciência. Mas a perseverança provará ser um álbum inteligente e importante.




Convidados:
Snakefinger (Philip Charles Lithman) - vocal, guitarra
Ruby - vocal (The Electrocutioner)




Duck Stab:
1   Constantinople
2   Sinister Exaggerator
3   The Booker Tease
4   Blue Rosebuds
5   Laughing Song
6   Bach Is Dead
7   Elvis And His Boss
8   Lizard Lady
9   Semolina
10 Birthday Boy
11 Weight-Lifting Lulu
12 Krafty Cheese
13 Hello Skinny
14 The Electrocutioner

Goosebump, 1980:
15 Disaster
16 Plants
17 Farmers
18 Twinkle






 

domingo, 21 de novembro de 2021

Big George And The Business - The Alleged Album (1989)

 







Big George Watt foi um excelente guitarrista e cantor de blues-rock, prematuramente falecido em 2013. Ele começou a carreira em Glasgow inspirado por Rory Gallagher e Hendrix, entre outros, e levou seu talento aos maiores festivais da Europa e dos Estados Unidos, dividindo palco com Buddy Guy, Mick Taylor, Mick Jagger e muitos outros. Big George teve uma parceria com James Dewar, o baixista de Robin Trower e da Stone The Crows, mas como Dewar aposentou-se por problemas de saúde, ele formou esse power-trio.
"O Suposto Álbum" tinha outro título na primeira edição, só que ele esgotou tão rápido que se duvidava que tivesse chegado às lojas. Esse é o primeiro de três discos de estúdio e dois ao vivo.
Em janeiro de 2013 sua casa pegou fogo e ele foi resgatado com sérias queimaduras. Passou semanas internado e acabou por falecer em abril.




George Ross Watt - guitarra, vocal
Tam "Shifty" McLucas - baixo
Greg J. Orr - bateria




1 Long Black Train
2 Thunderbolt
3 Wrong Side Of Town
4 Late Last Night
5 Rose's Home
6 I Gotta Tell You
7 The Storm
8 Roll The Dice
9 I'd Rather Go Blind

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Jamul - Jamul (1970)







Jamul foi uma banda formada na Califórnia e fez um rock mainstream com influências tanto do blues como do country. Eles se apresentavam pelos clubes de San Diego até que um dia Little Richard os ouviu tocando "Long Tall Sally" que havido sido um sucesso na interpretação dele. Richard os convidou para acompanhá-lo na sua primeira gravação em vídeo. Daí veio um convite para gravarem esse único disco da carreira.
"Jamul" tem oito faixas originais, uma versão mais lenta de "Jumpin' Jack Flash" dos Stones, um clássico do blues (Tobacco Road) e uma versão de "Long Tall Sally" cheia de harmônica. 
Se você gosta de sonhar em dirigir um Barracuda Hemi por uma estrada norte-americana, parando de bar em bar, tá aí uma trilha sonora.




Steve Williams - vocal, harmônica
Bob Desnoyers - guitarra, vocal
John Fergus - baixo, vocal
Ron Armstrong - bateria, vocal




1   Tobacco Road [John D. Loudermilk]
2   Long Tall Sally [Robert Blackwell, Little Richard]
3   Sunrise Over Jamul
4   Movin' ToThe Country
5   Hold The Line
6   Jumpin' Jack Flash [Jagger-Richards]
7   All You Have Left Is Me
8   Nickel Thimble
9   I Can't Complain
10 Ramblin' Man
11 Valley Thunder

 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Barclay James Harvest - ...And Other Short Stories (1971)







No mesmo ano em que lançou o aclamado Once Again, a Barclay James Harvest lançou seu terceiro álbum "...And Other Short Stories". E a banda deixou claro que não estava satisfeita com o resultado.
O selo Harvest queria capitalizar com o sucesso de Once Again e eles tiveram entre fevereiro e outubro de 1971 para preparar o álbum, incluindo o tempo em que estavam em turnê.
Se o resultado não os agradou, agradou aos fãs que sempre consideraram ambos os álbuns seus melhores trabalhos.
Aqui a banda parece mais madura e utiliza uma variedade maior de instrumentos. São belas melodias e as partes orquestradas dão um clima pastoral.
Como nem tudo são flores, a banda começou a ter problemas financeiros. Viajar com uma orquestra é algo bastante dispendioso e a BJH não tinha muito sucesso comercial. Além disso, o mau gerenciamento os prejudicou. No regresso de uma turnê eles chegaram a ter os instrumentos penhorados na fronteira porque um dos contratantes não os pagara e nem pagara as taxas do país que lhe eram devidas.




John Lees - guitarras, violão 12 cordas, ressonador, baixo, vocal
Stuart "Woolly" Wolstenholme - Mellotron, órgão, piano, guitarra, violão 12 cordas, vocal
Les Holroyd - baixo, violão, piano, vocal
Mel Pritchard - bateria, percussão
com
Martyn Ford - regência, pandeiro




1 Medicine Man 
2 Someone There You Know 
3 Harry's Song
4 Ursula (The Swansea Song) 
5 Little Lapwing 
6 Song With No Meaning 
7 Blue John Blues 
8 The Poet
9 After The Day 

Bonus:
10 Brave New World (DEMO)
11 She Said (BBC Session) 
12 Galadriel (BBC Session) 
13 Ursula (The Swansea Song)(BBC Session)(Mono) 
14 Someone There You Know (BBC Session) 
15 Medicine Man (BBC Session)(Mono) 


 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Barclay James Harvest - Once Again (1971)







As raízes da BJH estão em duas bandas de R&B de Oldham que se fundiram com o nome de Blues Keepers. O nome Barclay James Harvest foi adotado depois que um negociante local se colocou como empresário e os instalou numa propriedade rural para ensaiar e compor. Consta que eles tiraram os nomes Barclay, James e Harvest de pedaços de papel postos num chapéu.
Os primeiros singles causaram suficiente boa impressão para que o novo selo prog da EMI, Harvest, os contratasse e lhes permitisse usar os estúdios Abbey Road para gravar o álbum de estréia.
Once Again é o segundo disco e por alguns considerado seu melhor. O som não está muito longe da Moody Blues mas as melodias são mais bonitas, os arranjos mais refinados e o trabalho instrumental mais virtuoso. Aqui e ali há melancolia e a faixa 2 chega a ser deprimente, mas ela, em especial, fala sobre a morte de rios entre outras coisas.




John Lees - guitarras, gravador, vocal
Stuart "Woolly" Wolstenholme - órgão, piano, Mellotron, vocal
Les Holroyd - baixo, backing vocal
Mel Pritchard - bateria percussão
com:
Alan Parsons - harpa de judeu (8)
BJH Symphony Orchestra (4,5,9)
Robert Godfrey - regente




1 She Said
2 Happy Old World
3 Song For Dying 
4 Galadriel
5 Mocking Bird
6 Vanessa Simmons 
7 Ball And Chain 
8 Lady Loves 
Bonus:
9 Introduction - White Sails (A Seascape) (Previously unreleased) 
10 Too Much On Your Plate - Live in studio (Previously unreleased) 
11 Happy Old World (Quad mix)
12 Vanessa Simmons (Quad mix)
13 Ball And Chain (Quad mix)


 

sábado, 6 de novembro de 2021

Mary Newsletter - Distratto dal Sole (1998)






Mary Newsletter foi formada em 1992 na região da Lombardia, Itália. Seu primeiro trabalho foi um EP produzido e editado por eles próprios e nesse período o som era próximo do rock progressivo italiano tradicional. Com o passar do tempo a banda amadureceu e criou um estilo bastante distinto que inclui rock psicodélico, elementos étnicos, space rock e o prog em si; mas a mistura não é simples de se classificar. 
Distratto dal Sole é o primeiro álbum oficial, lançado pela gravadora Mellow. As músicas são mais melódicas que complexas e tem elementos orientais e latinos, bem como um toque de música de câmara — nada óbvio nem chato, portanto. O disco foi muito bem recebido e valeu um convite para o festival American ProgDay na edição de 2000.




Massimiliano Galbani - vocal, guitarra, violão
Marco Gusberti - piano, teclados
Davide Pisi - violão, guitarra, sitar
Massimo Necchi - baixo, flauta, bandolim
Mario Valentino Bramè - bateria, percussão, segunda voz

com:
Marcello Barberi - flauta
Maura Bruschetti - viola
Francesco Ciech - cello
Luca Martini - violino
Stefano Roveda - violino
Daniele Nobili - violão clássico
Marco Olivotto - vocal, teclados adicionais
Marco Pisi - bouzouki
Brigitte Raschdorf - fala em alemão




1   Vis Country? 
2   Intermezzo per chitarra classica, flauto e bouzouki 
3   Lontano 
4   Intermezzo per quartetto d'archi e chitarra classica 
5   Cattolica 
6   Intermezzo in modo orientale 
7   La Danza 
8   Ricordo
9   Le coup de fion 
10 M.d.C. 


 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Capsicum Red - Appunti per un'Idea Fissa (1972)





Capsicum Red é uma das menos conhecidas bandas prog italianas e girou em torno do guitarrista Red Canzian, que antes havia feito sucesso como artista pop. Eventualmente ele se encantou pelo prog e seu trabalho inspirou-se nas adaptações de peças eruditas que bandas como a The Nice e a Ekseption faziam. Mas os primeiros singles ainda não chegaram lá e o segundo, com as músicas Tarzan e Shangri-Là, foi gravado na Inglaterra com os músicos da Stone The Crows. 
Esse é o único álbum que ela lançou e os demais músicos foram contratados na cena de Treviso. Ele abre com uma adaptação da sonata para piano "Patética" de Beethoven que é bem mais séria que aquelas feitas pela Ekseption. Infelizmente a mesma inspiração não se mantém ao longo do disco.




Red Canzian - guitarra, vocal
Mauro Bolzan - órgão, piano, Moog
Paolo Steffan - baixo, vocal, piano
Roberto Balocco - bateria


1 Patetica: 1° tempo, 2° tempo, 3° tempo [L. van Beethoven]
2 Lo spegnifuoco 
3 Equivoco
4 Rabbia & poesia
5 Corale 
bonus:
6 Tarzan (with Stone the Crows)
7 Shangri-Là
8 Ocean 
9 She's a stranger


 

domingo, 31 de outubro de 2021

The Moody Blues - In Search Of The Lost Chord (1968)







O álbum anterior, Days Of Future Passed, foi uma aposta pretensiosa que deu muito certo. In Search Of The Lost Chord não dobrou a aposta. A banda deixou de lado a orquestra e mergulhou no universo psicodélico, fazendo uso de instrumentos pouco convencionais e outros do oriente médio. 
Esse álbum explora a contracultura e o espaço espiritual e terrestre de uma forma lírica e lisérgica. Tornou-se um marco do rock psicodélico e recomenda-se ouví-lo com fones de ouvido e bebendo um chá de certas ervas amazônicas — mas não se demore ou elas podem desaparecer.




Justin Hayward - viloão 12 cordas, guitarra, sitar, tabla, piano, Mellotron, baixo, Harpsichord, vocal
Mike Pinder - Mellotron, piano, Harpsichord, cello, violão, baixo, auto-harpa, vocal
Ray Thomas - flautas, sax soprano, vocal
John Lodge - baixo, cello, pandeiro, percussão, violão, vocal
Graeme Edge - bateria, tímpanos, pandeiro, tabla, piano




1   Departure
2   Ride My See-Saw
3   Dr. Livingstone, I Presume
4   House Of Four Doors (Part 1)
5   Legend Of A Mind
6   House Of Four Doors (Part 2)
7   Voices In The Sky
8   The Best Way To Travel
9   Visions Of Paradise
10 The Actor
11 The Word
12 Om
bonus:
13 A Simple Game (Justin Hayward Vocal Mix)
14 The Best Way To Travel (Additional Vocal Mix)
15 Visions Of Paradise (Instrumental Version)
16 What Am I Doing Here? (Original Version)
17 The Word (Mellotron Mix)
18 Om (Extended Version)
19 Dr. Livingstone I Presume
20 Thinking Is The Best Way To Travel
21 A Simple Game


 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

The Graeme Edge Band featuring Adrian Gurvitz - Kick Off Your Muddy Boots (1975)






Graeme Edge é o baterista da veteraníssima The Moody Blues. Depois do álbum Seventh Sojourn ela se afastou dos estúdios por vários anos e seus membros dedicaram-se a projetos solo. Todos se pareceram muito com o trabalho da Moody Blues, menos este de Graeme Edge — que acabou por ser o melhor deles.
Graeme Edge de certa forma "emprestou" a Baker Gurvitz Army. Ginger Baker toca em uma faixa e os irmãos Gurvitz dão o suporte a tudo. Mais que isso, Adrian Gurvitz assina metade das faixas, assume os vocais e divide a produção. Por isso mereceu uma menção na capa. E se a capa parece-se muito com as dos discos da Baker Gurvitz Army, é porque o ilustrador é o mesmo.
O som mistura o rock sinfônico ao hard-rock em boas melodias e arranjos. Não é um clássico mas é muito legal e cresce com o tempo. E os solos de Adrian sempre fazem a diferença.




Graeme Edge - bateria
Adrian Gurvitz - guitarra, vocal
Paul Gurvitz - baixo
Ginger Baker - bateria (7)
Micky Gallagher (Skip Bifferty, The Animals) - teclados
Brian Parrish - vocal (5)
Ray Thomas (Moody Blues) - backing vocal
Barry St. John, B. Parrish, G. Edge, Joanne Williams, Lesly Ducan, N. James, P. Gurvitz, Ruby James, Sunny Leslie - backing vocal




1   Bareback Rider
2   In Dreams
3   Lost In Space
4   Have You Ever Wondered
5   My Life's Not Wasted
6   The Tunnel
7   Gew Janna Woman
8   Shotgun
9   Somethin' Wed Like To Say
10 We Like To Do It


 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Three Man Army - A Third Of A Lifetime (1971)






Three Man Army foi o segundo power trio formado pelos irmãos Gurvitz, que ainda usavam o pseudônimo de Curtis. Após o fim da Gun, Paul formou com Brian Parrish a Parrish & Gurvitz Band e Adrian foi tocar com Buddy Miles. 
A banda pode ser comparada à James Gang ou à Mountain, ou a qualquer power trio de primeira classe. Se o que todas essas bandas tem em comum são grandes guitarristas, está aí a justificativa.
Adrian Gurvitz é um dos melhores guitarristas da história do rock, e só não tem um tom tão distinto quanto Robin Trower e Hendrix. Mas ele influenciou fortemente muitos guitarristas do hard-rock nos anos 70.
"A Third Of A Lifetime" é o álbum de estréia, tem Buddy Miles como convidado e tem solos e riffs memoráveis.




Adrian Gurvitz - guitarra, órgão, Mellotron, vocal
Paul Gurvitz - baixo, vocal
Mike Kelly (Joe Cocker, Spooky Tooth) - bateria
com
Buddy Miles - bateria (1), baixo (5), órgão (9)




1   Butter Queen
2   Daze
3   Another Day
4   A Third Of A Lifetime
5   Nice One
6   What's My Name
7   Three Man Army
8   See What I Took
9   Midnight
10 Together
11 What's Your Name (Single Version)
12 Travellin'
13 What's Your Name (Previously Unreleased Version)


 

domingo, 24 de outubro de 2021

Passport - Doldinger Jubilee Concert (1974)






Já que Fusion é feito pela mistura de diferentes gêneros, melhor ainda se juntar músicos de diferentes gêneros.
Neste concerto gravado em Dusseldorf está a formação clássica da Passport, mais alguns convidados inusitados. Foi usada a unidade móvel dos Rolling Stones, portanto o som é ótimo. O engenheiro foi Dieter Dierks da Ash Ra Tempel e The Cosmic Jokers, e as músicas são as melhores até então.




Klaus Doldinger - sax tenor (1, 3, 4, 6), sax soprano (5)
Johnny Griffin - sax tenor (1, 3, 4, 6)
Brian Auger - órgão (1, 2, 4 - 6)
Kristian Schultze - Mellotron (4), piano elétrico (3, 4, 6), piano (1), Moog (1)
Alexis Korner - guitarra (4 - 6), vocal (5)
Volker Kriegel - guitarra (1, 3 - 6)
Wolfgang Schmid - baixo
Curt Cress - bateria (1 - 4, 6), percussão (5)
Pete York - bateria (2 - 5), percussão (1, 2, 6)




1 Handmade
2 Freedom Jazz Dance
3 Schirokko
4 Rockport
5 Rock Me Baby
6 Lemuria's Dance


 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Passport - Talk Back (1988)






Passport era na verdade o nome de um álbum de Klaus Doldinger, lançado em 1971, que se provou tão popular que, na realidade, Passport se tornou o nome da banda e Doldinger, o título do álbum. Ela veio de uma banda fusion-psicodélica anterior que Doldinger formou com colegas da Amon Düül II, chamada Motherhood. 
A partir do quarto disco a banda, a seu modo, seguiu um caminho similar ao da Soft Machine e ao da Nucleus com sua formação mais famosa, incluindo Curt Cress, Wolfgang Schmid e  Kristian Schultze. O último disco desse quarteto foi gravado no Brasil e se chamou Iguaçu. Daí em diante membros entraram e saíram e a banda caiu na mesmice.
Talk Back é o 16º álbum da Passport e se diferencia dos demais dessa fase pela presença de Brian Auger e Alphonse Mouzon, que dispensam apresentações.




Klaus Doldinger - sax soprano, sax tenor, sax alto, teclados, programação
Brian Auger - teclados
Hermann Weindorf - teclados (1, 2)
Roykey Whydh - guitarra
Jochen Schmidt - baixo
Alphonse Mouzon - bateria
Todd Canedy - vocal (9)
Christin Sargent, Victoria Miles - backing vocal (9)
Guillermo Marchena, Julio Matta - percussão (8)




1 Intro
2 Dancing In The Wind
3 Fire Walking
4 City Blue
5 Sahara
6 Up Front
7 Nico's Dream
8 Todo Legal
9 Talk Back


 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Syrinx - Qualia (2008)






Qualia é a segunda parte da pretendida trilogia abordando a mitologia na visão musical da banda francesa Syrinx.
Em comparação ao álbum anterior a música é mais atmosférica e move-se mais ao jazz. Ela é complexa e pesada mas o uso do violão acústico faz um contraponto muito legal e relaxante. Em certos momentos, mais pelo trabalho do baixo, o som lembra um pouco a Gordian Knot e At War With Self. Enfim, uma abordagem nova para o rock progressivo.




David Maurin - violão
Benjamin Croizy - teclados
Samuel Maurin - baixo
Philippe Maullet - bateria




1 Liber Nonacris
2 Acheiropoiètes 
3 Le Grand Dieu Pan 
4 Le Vingt-et-unième Cercle