sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sahara - Sunrise (1974)






A Sahara é basicamente a Subject Esc. com a substituição do tecladista Peter Stadler por Henner Hering, vindo da Out of Focus. Também foi incorporado um guitarrista estável, vindo da banda Gift. A mudança de nome aconteceu por causa do desejo de livrarem-se do contrato com a Epic/CBS para assinarem com a PAn/Ariola. As três primeiras faixas desse, digamos, disco de re-estréia são uma evolução do trabalho da Subject Esc. mais adentro no prog. A quarta, a suíte Sunrise, é a cereja do bolo. Ela percorre todo o território entre Camel e Cosmic Jokers ou Pink Floyd e Pulsar, por exemplo. É o nirvana cósmico.



Michael Hofmann - sopros de madeira, flauta transversal, Moogs, Mellotron, Elka strings, vocal
Alex Pittwohn - harmônica, sax tenôr, vocal
Henner Hering - Hammond M3, Fender Rhodes, Moog Synthesizer, Korg T3
Nicholas Woodland - Fender Stratocaster, B-Bender Telecaster, Rickenbacker 660, Studio 6 Steel Guitar
Stefan Wissnet - vocal, baixo Fender Precision
Harry Rosenkind - bateria, percussão


 1 Marie Celeste
 2 Circles 
 3 Rainbow Rider
 4 Sunrise : 
                Part 1
a) Sunrise
b) The Divinity Of Being
c) Perception Including "Devils Tune"
d) Paramount Confluence
                Part 2
a) Aspiration
                b) Creativity
c) Realisation






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Subject Esq. - Subject Esq. (1972)





Subject Esq. (ou Esquire) surgiu em Munique no meio dos anos 60, tocando beat music e chamando-se "The Subjects". Eles venceram um concurso e com isso ganharam convites para tocar, inclusive na tv. Contudo, gravaram uma única faixa que apareceu numa coletânea chamada International Beat e editada na Hungria. Depois de algumas mudanças no line-up, a banda virou Prog. E Prog assim, com p maiúsculo. A música é bastante complexa e criativa, fundindo elementos do jazz e da música clássica, e executada com muita competência. As mudanças de tempo e os longos solos reforçam a coisa. Eles gravaram apenas esse disco. Porém, depois de conseguirem um contrato com a gravadora Ariola, mudaram o nome para Sahara.
As faixas de 1 à 6 pertencem ao lp original e as duas últimas foram gravadas ao vivo em Munique alguns meses antes.

Michael Hofmann - flauta, sax alto, vocal
Peter Stadler - teclados
Stephan Wissnet - baixo, vocal
Alex Pittwohn - violão de 12 cordas, gaita, vocal
Harry Rosenkind - bateria
com 
Paul Vincent (Missus Beastly) - guitarras
Franz Loffler - viola


1 Alone
2 Giantania
3 What Is Love 
4 5:13
5 Mammon
6 Durance Is Waiting 
7 Giantania 
8 Untitled 





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Between - And The Waters Opened (1976)





Essa banda transitou entre quase tudo, musical e culturalmente falando. Até mesmo quanto a nacionalidade dos músicos, ela justificou o nome. A Between nasceu em Munique, em 1970, fruto das idéias de Peter Michael Hamel, um teórico e experimentalista. Sua música colocou num mesmo caldeirão o medieval e a vanguarda, o jazz e o rock, o melódico e o desafiador.
Esse é o segundo disco que lançou e é um paço adiante no experimentalismo, acrescentando elementos étnicos. As faixas de 2 à 7 são do LP original e as demais não entraram nele mas foram gravadas no mesmo Abril de 1976.



Peter Michael Hamel - teclados, vocal
Roberto Détrée - guitarra, moto-cello, harpa 
Robert Eliscu - oboé
Cotch Black (percussion)
com
Duru Omson - flauta, percussão, voz (2, 6, 7)
Walter Bachauer - eletrônicos (4)

1 Journey To The Ixtland
2 And The Waters Opened
3 Uroboros
4 Syn
5 Devotion
6 Happy Stage
7 Samum
8 Kalenda Maya
9 Former Times

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Faithful Breath - Fading Beauty (1973)






As origens da alemã Faithful Breath estão em duas outras bandas que se uniram por volta de 1967: Magic Power e Mama Werwoll. Manfred von Buttlar era membro da segunda e, sendo um multi-instrumentista com formação erudita, deu uma direção mais sofisticada à nova banda. Esse seu disco de estréia tornou-se um clássico prog com suas duas longa faixas e o vasto uso dos teclados. Elas alternam entre momentos calmos e outros dramáticos, sobre fantasias de ficção científica. A banda teve um longo hiato e retornou em 1980 com muitas mudanças na formação no álbum Back On My Hill. Depois disso, separou-se. Stabenow e Mikus formaram uma banda de hard-rock chamada Hurricane que mais tarde voltaria a se chamar Faithful Breath, mas aí já fazendo heavy metal.



Manfred von Buttlar - órgão, Mellotron, sintetizadores, piano, violão, vocal
Heinz Mikus - vocal, guitarras, violão 12 cordas 
Jürgen Weritz - bateria, percussão, vocal
Horst Stabenow - baixo, violão 12 cordas, vocal
Renate Heemann - côro 


1 Autumn Fantasia - 1st Movement: Fading Beauty; 
                                  2nd Movement: Lingering Cold

2 Tharsis







domingo, 15 de fevereiro de 2015

Epidaurus - Earthly Paradise (1977)





A Epidaurus foi uma obscura banda alemã que inspirou-se no prog britânico do início dos anos 70, como o da Pink Floyd, na francêsa Pulsar e na conterrânea Eloy. Ela é comumente associada ao krautrock mas segundo definições mais estreitas, como a do livro Krautrocksampler do inglês Julian Cope, ela estaria fora do gênero. De fato, a mistura de Moogs e Mellotrons a aproxima mais do prog sinfônico.
Esse único disco dessa fase da banda foi auto financiado e gravado no estúdio Langendreer que pertencia ao tecladista Günther Henne. A distribuição também foi limitada, daí a obscuridade até o relançamento em cd, primeiro pelo selo Penner e depois pelo Garden of Delights. A banda ressurgiu nos anos 80 com o nome "Choice" mas sumiu de novo. E motivada pelo interesse no cd da Penner, retornou em 1994 para gravar um novo álbum, que é outra história.


Christiane Wand - vocal
Günther Henne - órgão, Mellotron, Moogs, clavinet, piano elétrico
Gerd Linke - órgão, Mellotron, Moog, violão 12 cordas, clavinet, pianos
Heinz Kunert - baixo, Moog Taurus, percussão
Manfred Struck - bateria, percussção
Volker Oehmig - bateria, percussção (1, 2)
Peter Maier - flauta


1 Actions And Reactions
2 Silas Marner
3 Wings Of The Dove
4 Andas
5 Mitternachtstraum





sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Pure Food And Drug Act - Choice Cuts (1972)





Essa banda foi formada, inicialmente, por Larry Taylor e Don "Sugarcane" Harris. Taylor era baixista da Canned Heath e Harris foi da Mothers of Invention, banda do Frank Zappa. Aconteceu que Taylor ficou de saco cheio dos constantes atrasos de Harris, deu uma banana e foi tocar com John Mayall. Victor Conte o substituiu e Harvey Mandell veio para a guitarra principal. Randy Resnick é igualmente talentoso, tocou com grandes bluseiros e ainda é reverenciado como o cara trouxe a técnica do "tapping" para a guitarra, num uso mais extensivo. Graças ao profissionalismo de Harris, a banda lançou só esse disco, que tem a maioria das faixas gravadas  ao vivo e retrabalhadas em estúdio. Uma pena para músicos tão especiais.


Don "Sugarcane" Harris - violino elétrico, vocal
Harvey Mandel - guitarra
Randy Resnick (Mayall) - guitarra
Victor Conte (Tower Of Power) - baixo
Paul Lagos (Kaleidoscope) - bateria


1 Intro: Jim's Message (Jim Luff)
2 My Soul's On Fire
3 'Til The Day I Die
4 Eleanor Rigby (Lennon, McCartney)
5 A Little Soul Food
6 Do It Yourself
7 Where's My Sunshine?
8 What Comes Around Goes Around

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Canned Heat - Future Blues (1970)





Future Blues é o quinto álbum de estúdio da Canned Heat e também é um dos melhores que fizeram. Ele é  particularmente importante no espectro do blues-rock, mesmo cobrindo um território mais amplo. O ótimo guitarrista Harvey Mandel substituiu Henry Vestine. E o grupo, já naqueles dias, demonstrava sua preocupação com o meio-ambiente e o futuro do planeta azul. Uma curiosidade mórbida é o fato da faixa "My Time Ain't Long" ser, de certo modo, premonitória: Alan Wilson, seu autor, morreu poucos meses depois — é verdade que já havia tentado o suicídio e andava muito deprimido quando foi encontrado com uma overdose de barbitúricos. Enfim, Harvey Mandel não continuou na banda e Vestine reassumiu a guitarra.



Robert (Bob) Hite, Jr. - vocal
Alan Wilson - guitarra, harmônica, vocal
Harvey Mandel - guitarra
Samuel Larry Taylor - baixo
Adolfo "Fito" De La Parra - bateria
com
Dr. John - piano (5, 6), arranjo para metais (5)


1  Sugar Bee (Eddie Shuler)
2  Shake It And Break It
3  That's All Right, Mama (Arthur "BigBoy" Crudup)
4  My Time Ain't Long
5  Skat
6  Let's Work Together 
7  London Blues
8  So Sad (The World's In A Tangle)
9  Future Blues
10 Let's Work Together (Single Version / Mono)
11 Skat (Single Version / Mono)
12 Wolly Bully
13 Christmas Blues
14 The Chipmunk Song

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Frijid Pink - Defrosted (1970)





A Frijid Pink surgiu em 1966, primeiro como The Detroit Vibrations e liderada por Rick Stevers. Depois de algumas mudanças no pessoal e na orientação musical, o nome foi mudado e a inspiração veio de um refrigerador Frigidaire. O primeiro sucesso foi uma versão do tradicional folk “House Of the Rising Sun”, que já havia sido gravada por Bob Dylan e The Animals. Com isso eles conseguiram um contrato com a gravadora London para o primeiro e autointitulado disco. Defrosted veio logo depois com um som diferente. Enquanto Frijid Pink apresentava um rock psicodélico baseado no Rhythm & Blues, Defrosted foi mais ao blues.


Gary Ray Thompson - guitarra
Tom Beaudry (aka Kelly Green) - baixo, vocal, percussão
Richard Stevers - bateria, percussão
com
Larry Zelanka - teclados


1  Black Lace
2  Sing A Song For Freedom
3  I'll Never Be Lonely
4  Bye Bye Blues
5  Pain In My Heart
6  Sloony
7  I'm Movin'
8  I Haven't Got The Time
9  We're Gonna Be There
10 Shorty Kline
11 I Love Her
12 Lost Son

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

McKenna Mendelson Mainline - McKenna Mendelson Blues (1969)





Essa foi uma banda de blues-rock formada em Toronto por dois amantes de blues. Ela ganhou prestígio tocando em clubes e abrindo shows para outras bandas, como a The Fuggs e Jeff Beck Group. tanto que, antes mesmo de gravar seu primeiro LP, eles foram convidados para cobrir a falta da recém-separada Jimi Hendrix Experience no festival de Utrcht, na Holanda. Uma vez na Europa, eles excursionaram pela Inglaterra abrindo shows da Fleetwood Mac, de Roryy Gallagher e da recém-criada Led Zeppelin. Na volta para o Canada é que gravaram o primeiro disco, chamado Stink. Só que eles haviam gravado algumas sessões para uma gravadora local chamada Paragon Records, que as lançou como esse "McKenna Mendelson Blues", quase que simultaneamente ao Stink e até mais legal que ele. Nessas sessões estava o baixista Dennis Gerrard, mas logo depois ele deu lugar a Mike Harrison.



Mike McKenna - guitarra
Joe Mendelson - slide, harmônica, vocal
Dennis Gerrard - baixo
Tony Nolasco - bateria


1 Drive You
2 Ramblin' On My Mind [Robert Johnson]
3 Toilet Bowl Blues
4 Bad Women Are Killing Me
5 Pretty Woman [A.C. Williams]
6 Born Under A Bad Sign [William Bell, Booker T. Jones]
7 Help Me

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Young Flowers - 1968 - 1969 (1997)





A dinamarquesa Young Flowers foi formada em Copenhague, em 1967, da reunião de membros de três outras bandas: a Defenders, a Seven Sounds e a Les Rivals. A banda começou fazendo um rock psicodélico com tendência ao prog mas logo foi incluindo mais blues no seu trabalho. Com um guitarrista de primeira classe, ela foi considerada a "Cream escandinava" e, sem dúvida, foi um ótimo power-trio. É forte a influência da Experience e da própria Cream. Esse CD reúne seus dois discos de estúdio: Blomsterpistolen e No. 2. Depois que se separaram, Peer Frost foi tocar com a banda de jazz-rock Midnight Sun e em seguida foi para a Savage Rose.


Peer Frost - guitarra, vocal
Peter Ingemann - baixo, vocal
Ken Gudman - bateria


1  Ouverture / Take Warning
2  The Moment Life Appeared
3  25 Øre
4  Oppe I Træet
5  To You
6  Down Along The Cove (Bob Dylan)
7  April '68
8  You Upset Me Baby (BB King)
9  And Who But I Should Be
10 Party Beat
11 Won't You Take My Place In The Queue
12 Slow Down Driver
13 The Daybreak
14 Kragerne Vender (Free Form Jam Session - Med 1000 Tak For Hjælpen Til The Maxwells Og Steen Fra Burning Red Ivanhoe)






sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

The Birthday Party - Junkyard (1982)







Essa banda nasceu na mesma cena pós-punk londrina em que surgiram a Joy Division e a Bau Haus, por exemplo. Porém, ela era mais desafiadora, hardcore e demente. Formada mesmo, ela foi na Austrália, e seu nome era The Boys Next Door. Na mudança para a Inglaterra é que também mudaram o nome. Lançaram dois discos, dos quais esse é o último. Mudaram-se novamente para Berlin e lá acabaram se separando. Teve origem, então, a Nick Cave & The Bad Seeds.




Nick Cave - vocal
Mick Harvey - guitarra, órgão (1), bateria (3, 5, 12), sax (7), baixo (10)
Rowland S. Howard - guitarra, sax (1)
Tracy Pew - baixo
Phill Calvert - bateria
Barry Adamson - baixo (8)




1  Blast Off
2  She's Hit
3  Dead Joe
4  The Dim Locator
5  Hamlet (Pow, Pow, Pow)
6  Several Sins
7  Big-Jesus-Trash-Can
8  Kiss Me Black
9  6" Gold Blade
10 Kewpie Doll
11 Junkyard
12 Dead Joe (2nd Version)
13 Release The Bats

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Grinderman - Grinderman (2007)





A Grinderman surgiu na Inglaterra depois da longa turnê que Nick Cave & The Bad Seeds fizeram para o álbum Abattoir Blues/The Lyre of Orpheus. Todos os músicos são integrantes da Bad Seeds e por isso ela foi apelidada de "The Mini Seeds". O nome foi escolhido quando Nick Cave pegou-se cantando uma música de Memphis Slim, a Grinder Man Blues que está no álbum All Kinds Of Blues de 1963. Então, é uma banda de garagem fazendo rock de garagem, indie rock, rock enfim.


Nick Cave - vocal, guitarra, piano, órgão
Warren Ellis - guitarra, violino, viola, violão, Hohner Guitaret, bouzouki, vocal
Martyn Casey - baixo, violão, vocal
Jim Sclavunos - bateria, percussão, vocal


1  Get It On
2  No Pussy Blues
3  Electric Alice
4  Grinderman
5  Depth Charge Ethel
6  Go Tell The Women
7  (I Don't Need You To) Set Me Free
8  Honey Bee (Let's Fly To Mars)
9  Man In The Moon
10 When My Love Comes Down
11 Love Bomb

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Nick Cave & The Bad Seeds - Abattoir Blues / The Lyre of Orpheus (2004)





Nick Cave é um australiano quase inclassificável que começou sua carreira na cena berlinense do pós-punk e foi evoluindo até se tornar um menestrel dos mais coerentes. Sua voz, suas letras e melodias às vezes melancólicas, permitem compará-lo á Leonard Cohen, por exemplo. Contudo, ele ainda tem muito daquela agressividade caótica, das dissonâncias, do goticismo agora um tanto cristão. Esse álbum exemplifica bem isso, e é um dos seus melhores. Na verdade são dois álbuns gravados simultaneamente, porém, com orientações distintas. Abattoir Blues é rock, alto e distorcido, a não ser nas faixas com o London Community Gospel Choir. Lyre Of Orpheus é mais calmo, com violões e pianos contrastando com a fúria do primeiro. Melancólico, introspectivo e poético, seu destaque é a belíssima faixa O Children que também acabou sendo destaque no último filme da série Harry Potter.



Nick Cave - vocal, piano
Mick Harvey - guitarra
James Johnston - órgão
Piano – Conway Savage - piano
Warren Ellis - violino, flauta, bandolim, bouzouki
Martyn P. Casey - baixo
Jim Sclavunos - bateria, percussão
Thomas Wydler - bateria, percussão
Ase Bergstrom, Donovan Lawrence, Geo Onayomake, Lena Palmer, Stephanie Meade, Wendy Rose - vocal


Abattoir Blues:
1 Get Ready For Love
2 Cannibal's Hymn
3 Hiding All Away
4 Messiah Ward
5 There She Goes, My Beautiful World
6 Nature Boy
7 Abattoir Blues
8 Let The Bells Ring
9 Fable Of The Brown Ape


The Lyre Of Orpheus:
1 The Lyre Of Orpheus
2 Breathless
3 Babe, You Turn Me On
4 Easy Money
5 Supernaturally
6 Spell
7 Carry Me
8 O Children