sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Hawkwind - Space Ritual (1973)







Muita gente diz que o space rock começou com a Hawkwind; eu acho injusto com a Pink Floyd. Muita gente compara a Hawkwind com a Pink Floyd; aí acho injusto com a Hawkwind. No primeiro disco, talvez, com benevolência. Acontece que o propósito das duas era diferente e o resultado acabou por sê-lo também. A Hawkwind usou da psicodelia mas nunca foi daquela paz e amor e flores e cores, nem se preocupou com progressão harmônica. Ela pegou o hard-rock pesado, pesadão mesmo, e botou um monte de sintetizadores em cima. A poesia das letras de Robert Calvert e dos textos de Robert Moorcock versava sobre a humanidade e da sua reação ante o infinito do universo. Talvez a banda, no seu início, fosse tão associada ao rock psicodélico e ao movimento hippie pelo fato de tocarem muito, em qualquer lugar e até de graça. As associações com prog vem depois desse disco aqui, com a entrada do violinista Simon House e a saída do Bob Calvert. Space Ritual é um álbum ao vivo que apresenta músicas do anterior Doremi Fasol Latido, na maioria, e esta turnê foi concebida para ser uma ópera rock espacial. Há uma música e então a declamação de uma poesia, outra música e a leitura de texto de Moorcock, outra música e efeitos sonoros, tudo sem intervalos. É a banda no seu pico — de volume também.




Dave Brock - guitarra, vocal
Nik Turner - sax, flauta, vocal
Del Dettmar - sintetizadores
Dik Mik - eletrônicos
Robert Calvert - vocal, poesias
Lemmy Killmister - baixo Rickenbacker, vocal
Simon King - bateria



CD 1
1 Earth Calling / Born To Go
2 Down Through The Night
3 The Awakening
4 Lord Of Light
5 Black Corridor
6 Space Is Deep
7 Electronic No. 1


CD 2
1 Orgone Accumulator
2 Upside Down
3 10 Seconds To Forever
4 Brainstorm
5 Seven By Seven
6 Sonic Attack
7 Time We Left This World Today
8 Master Of The Universe
9 Welcome To The Future