quarta-feira, 29 de julho de 2015

Gary Boyle - The Dancer (1977)






Esse é o primeiro disco solo do guitarrista britânico Gary Boyle. Ele foi o líder da excelente banda de jazz-rock Isotope, que ficou como uma referência do gênero. Extremamente talentoso, Boyle sempre foi comparado a John McLaughlin, com quem ainda compartilhava as influências indianas. Boyle nasceu na India e viveu lá seus primeiros anos. The Dancer reúne um "dream team" do jazz-rock: o superlativo Simon Phillips; dois integrantes da Brand X, Lumley e Pert; o ex-Zombies Rod Argent; Dony Harvey da Automatic Man e Dave McRae, ex-Mathing Mole, parceiro de Robert Wyatt.



Gary Boyle - guitarra (1, 2, 4, 5, 6, 7, 8), violão (6, 8)
Dave MacRae - Clavinet (2, 5), piano elétrico (7), sintetizador ARP (7)
Rod Argent - Mini Moog (1)
Robin Lumley - sintetizador de cordas (4, 5, 6, 8), Mini Moog (5, 8), piano elétrico (1, 6, 7)
Zoe Kronberger - piano elétrico (2, 4, 5, 8), piano (2, 3, 5), sintetizador de cordas (2)
Maggie Pert - voz (2)
Doni Harvey - baixo (1, 6, 7, 8)
Steve Shone - baixo (2, 3, 4, 5)
Simon Phillips - bateria (1, 6, 7, 8)
Jeff Seopardie - bateria (2, 4, 5)
Morris Pert - percussão ( 2, 4, 5, 6, 8)



1 Cowshed Shuffle
2 The Dancer
3 Now That We're Alone
4 Lullaby For A Sleepy Dormouse
5 Almond Burfi
6 Pendle Mist
7 Apple Crumble
8 Maiden Voyage (For Brian Auger)

domingo, 26 de julho de 2015

Back Door - 8th Street Nites (1973)






A Back Door foi um trio de jazz-rock britânico com uma formação única: baixo, sax e bateria; e o baixo é que tende a liderar. Outros músicos importantes, como John Entwistle ou Jack Bruce, deram destaque ao baixo, mas estavam, de fato, em bandas lideradas pelas guitarras. Colin Hodgkinson é um baixista tão virtuoso quanto aqueles. Ele tocou com Alexis Korner na New Church em 1970, e em 71 formou a Back Door. O trio costumava se apresentar num clube chamado The Lion Inn e seu proprietário os ajudou a gravar o primeiro disco por um selo independente. Um exemplar chegou às mãos de Chick Corea que os convidou para abrir seus shows no clube Ronnie Scott's, em Londres. Além do som inovador, feito de jams curtas misturando jazz, funk, soul, blues e hard-rock, a técnica de Hodgkinson chamou a atenção e um contrato com a Warner veio logo em seguida. Ela relançou o primeiro disco e caprichou na gravação desse segundo, 8th Street Nites — ele foi produzido pelo ex-membro da Mountain, Felix Pappalardi. 
A Back Door seguiu abrindo shows para a Emerson, Lake & Palmer e Deep Purple, entre outras. Gravaram um terceiro disco com a adição de Pappalardi e Dave MacRae (Nucleus e da Matching Mole) nos teclados, Peter Thorup nos vocais e Bernie Holland (Jody Grind) na guitarra. Aí perdeu a graça. 



Colin Hodgkinson - baixo, vocal
Ron Aspery - sax alto e soprano, flauta, piano elétrico
Tony Hicks - bateria
Felix Pappalardi - piano elétrico (2), percussão (1, 8, 10)


1   Linin' Track [Leadbelly]
2   Forget Me Daisy
3   His Old Boots (Sein Alter Stiefel)
4   Blue Country Blues
5   Dancin' In The Van
6   32-20 Blues [Robert Johnson]
7   Roberta [Leadbelly]
8   It's Nice When It's Up
9   One Day You're Down, The Next Day Your Down
10 Walkin' Blues [Robert Johnson]
11 The Bed Creaks Louder
12 Adolphus Beal

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Lead Belly - The Definitve Lead Belly (2008)






No mês passado aconteceu no Royal Albert Hall o Lead Belly Fest, uma celebração da vida e obra do músico americano. Esse apresentou, entre outros, o guitarrista Walter Trout e marcou a volta de Walter aos palcos depois do transplante de fígado a que se submeteu. Então, para mim, foi a celebração também da obra e vida de Walter, que passou à um tantinho assim do céu.
Lead Belly, como está no seu túmulo, ou Leadbelly, como ele assinava suas músicas, foi um precursor do blues como o conhecemos. Ele tocava folk, spirituals, blues rural e até música para crianças; daí seu amplo espectro de influência. Bob Dylan, Tom Waits, The Byrds, The Doors, Eric Burdon..., todos o citam como uma grande influência. Porém, uma frase que bem define isso foi aquela dita por George Harrison: Sem Lead Belly, sem Lonnie Donegan. Portanto, sem Lead Belly, sem Beatles. Lonnie Donegan foi o precursor do pop britânico, o cara que encorajou John Lennon a formar a The Quarrymen, e ele foi profundamente influenciado por Leadbelly.
Huddie Ledbetter nasceu e cresceu numa propriedade rural do Texas e encontrou na música uma forma de fugir do racismo e da opressão. Ele cumpriu pena três vezes e foi descoberto na prisão, nos anos 30, pelos musicólogos Allan e John Lomax. Aliás, foi na prisão que fizeram suas primeiras gravações. Suas músicas retratavam tudo isso a sua volta e, após sua soltura, o levaram ao cenário politizado de Nova Yorque. Ele faleceu em 1949 mas seu legado está aí: Kurt Cobain dizia que ele foi sua maior influência e gravou "Where Did You Sleep Last Night" com a Nirvana. A banda Ram Jam estourou com "Black Betty". A música "House of the Rising Sun" é de autor desconhecido mas foi Leadbelly quem lhe deu forma para suas últimas gravações em 1948, até que Eric Burdon e a The Animals a transformassem num clássico em 1964. "Rock Island Line" foi a número um na Grã Bretanha com Lonnie Donegan. "Nobody Knows You When You're Down and Out" havia sido gravada por Bessie Smith antes, mas foi divulgada por Leadbelly nos anos 40 e virou sucesso com a Derek & The Dominos de Clapton e Cia. Por fim, a grande sacanagem: a Led Zeppelin pegou a música "Gallis Pole" de Leadbelly, só mudou o título para Gallows Pole e a incluiu no Led Zeppelin III sem crédito ao autor. Algumas dessas músicas estão nessa coletânea aqui. Existem coletâneas mais completas, caixas e tal, mas essa é bacana porque foi muito bem remasterizada e o som ficou mais próximo do que seria ouvir Leadbelly tocando seu violão de 12 cordas hoje, sem aquele som de gramofone.
Em tempo, Lead Belly é chamado de " Rei das 12 Cordas" — o violão Stella que ele usava tinha a escala um pouco maior e ele abusava das notas de tensão. Também consta que Adolph Rickenbacher lhe teria entregue, pessoalmente, uma de suas primeiras guitarras elétricas para que experimentasse.



Huddie Ledbetter - violão 12 cordas, vocal, piano, concertina, acordeon
com, entre outros:
Brownie McGhee - violão (1-5)
Josh White - violão (1-15, 1-16)
Sonny Terry - harmônica (1-5)
Willie "The Lion" Smith - piano (1-5)
George 'Pops' Foster - baixo acústico (1-5)
Paul Mason Howard - zither (1-7, 2-4)


CD 1
01. Midnight Special
02. John Hardy
03. Where Did You Sleep Last Night
04. T.B.Blues
05. Easy Rider  
06. Alberta  
07. Rock Island Line
08. Alabama Bound
09. You Can't Lose-A Me Cholly
10. New York City
11. Roberta
12. Leaving Blues
13. When The Boys Were Out On The Western Plains
14. I'm On My Last Go Round
15. Mother's Blues
16. Pretty Flowers In My Back Yard
17. Pick A Bale of Cotton  
18. Sail On Little Girl  
19. Fannin Street
20. Packing Trunk Blues
21. The Bourgeois Blues
22. Good Morning Blues
23. The Boll Weevil
24. Shorty George
25. Goodnight Irene


CD 2
01. Worried Blues
02. In New Orleans (House Of The Rising Sun)
03. Blue Tail Fly
04. TakeThis Hammer  
05. Stewball
06. The Gallis Pole
07. C.C. Rider
08. Cotton Fields
09. Yellow Gal
10. Ham An' Eggs
11. Don't You Love Your Daddy No More?
12. Howard Hughes
13. Looky Looky Yonder - Black Betty - Yellow Woman's Doorbell
14. Whoa Back, Buck
15. Didn't Ol' John Cross The Water
16. Julianne Johnson
17. Grey Goose
18. Red Cross Store Blues
19. Can't You Line 'Em
20. Swing Low, Sweet Chariot  
21. My Baby Quit Me
22. Black Betty
23. Bottle Up And Go
24. De Kalb Blues
25. Ain't Gonna Study War No More

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Faces - First Step (1970)






A música Wicked Messenger de Bob Dylan, que está no disco John Wesley Harding, foi a escolhida para abrir o primeiro disco da Faces. E a Faces é a Small Faces sem o Steve Marriott, que saiu em 69 para formar a Humble Pie. 
O movimento mod estabeleceu um novo padrão de refinamento para o rock londrino e a Small Faces foi muito importante nele. Eles deram mais agressividade ao rhythm & blues e o grande mérito vai para as linhas de baixo de Ronnie Lane. Ele ensinou muita gente a experimentar sobre o blues e o soul sempre em volume alto e, de certo modo, inventou a dinâmica do hard-rock. A música Itchycoo Park, por exemplo, foi a primeira a apresentar distorções de guitarra e efeitos na bateria, isso em 1967. Porém, a banda deixou a vanguarda em favor da sofisticação dos arranjos jazzísticos, e o histriônico Marriott saiu. No seu lugar entraram Stewart e Wood, vindos do Jeff Beck Group, e o nome foi encurtado para Faces. O som também mudou para o soul-rock com letras populares e boas melodias que arrebanharam uma legião de fãs. Além do Ronnie Lane, Ian McLagan merece um crédito especial. Martin Birch, o engenheiro da Deep Purple, também cuidou desse disco.



Ron Wood - guitarra, gaita (4)
Ian McLagan - órgão, piano
Rod Stewart - vocal, banjo (4)
Ronnie Lane - baixo, guitarra (4)
Kenny Jones - bateria



1   Wicked Messenger
2   Devotion
3   Shake, Shudder, Shiver
4   Stone
5   Around The Plynth
6   Flying
7   Pineapple And The Monkey
8   Nobody Knows
9   Looking Out The Window
10 Three Button Band Me Down


terça-feira, 14 de julho de 2015

Affinity - Affinity (1970)






Do álbum John Wesley Harding de Bob Dylan, a música All Along the Watchtower se tornou antológica na interpretação de Jimi Hendrix, gravada seis meses depois. Por décadas, incontáveis músicos fizeram suas versões: Grateful Dead, Spirit, Neil Young... Uma versão que eu gosto muito está nesse único álbum da banda inglesa Affinity. Ela foi formada por Grant Serpell e Lynton Naiff na Universidade de Sussex com mais alguns colegas que tinham interesse por jazz. Quando se formaram, Naiff e Serpell fizeram audições para adicionar os demais — o guitarrista Mike Joop é o cara que tinha substituído Jeff Beck na banda The Tridents. A orientação musical era combinar a acessibilidade do pop e do rock com a liberdade de improvisação dada pelo jazz. Desse modo, All Along The Watchtower ficou com mais de onze minutos em improvisações no Hammond. Eles estrearam no clube Ronnie Scott's e foram contratados como banda da casa. O próprio Scott tornou-se seu empresário e assinaram contrato com o selo Vertigo. A produção desse disco foi caprichada e o responsável pelos arranjos das faixas 1 e 2 é John Paul Jones, da Led Zeppelin. Há quem os classifique como prog mas o que se tem é um rock psicodélico com uma grande vocalista e um grande tecladista, um pouco na veia da dupla Auger & Driscoll, outro tanto a lembrar Vincent Crane da Atomic Rooster. 
No ano seguinte, durante a turnê americana, a banda se separou. Serpell formou a banda pop Sailor; Foster foi para a Nucleus; Linda lançou um disco solo e dos demais eu não sei.



Lynton Naiff - órgão, piano, piano elétrico, Harpsichord, vibrafone
Linda Hoyle - vocal
Mike Jopp - guitarra, violão 12 cordas
Mo Foster - baixo elétrico e acústico
Grant Serpell - bateria, percussão


1 I Am And So Are You
2 Night Flight
3 I Wonder If I Care As Much
4 Mr. Joy
5 Three Sisters
6 Cocoanut Grove
7 All Along The Watchtower
8 Eli's Coming
9 United States Of Mind

domingo, 12 de julho de 2015

Bob Dylan - John Wesley Harding (1967)




Ao apagar das luzes de 1967 Bob Dylan lançou seu oitavo álbum. Ele começou a germinar quando o álbum anterior, Blonde on Blonde, uma obra prima, ainda estava em turnê. Nessa época Dylan estava imerso nas drogas e em sua intrincada personalidade crescia o horror ao mito, bem como um lado sinistro. No dia 30 de julho de 1966 ele sumiu. A versão oficial foi que ele sofreu um acidente de moto, arrebentou-se e corria o risco de paralisia, muito embora não houvesse registro algum disso. Claro que vieram as especulações sobre o uso de drogas, fundiu a cuca, tá na rehab... Crescia o mito; cresciam as vendas de seus discos e as versões gravadas por todo tipo de músico. Durante a sua recuperação, Dylan refugiou-se em Woodstock e gravou com a The Band o álbum The Basement Tapes, lançado só em 75. Então, John Wesley Harding veio e não veio na sequência de Blonde on Blonde. Ele é uma volta ao acústico e às raízes country. E, muito embora o mote seja uma ode à um pistoleiro, o clima é suave, tranquilo. Os tempos, eles estavam mudando de novo, e ele tinha consciência disso. Nadando contra a corrente (e seus fãs), Dylan já tinha decretado o folk obsoleto, e agora decretava a psicodelia obsoleta. 



Bob Dylan - violão, harmônica, piano, vocal
Pete Drake - pedal steel (11, 12)
Charles McCoy - baixo
Kenny Buttrey - bateria



1   John Wesley Harding
2   As I Went Out One Morning
3   I Dreamed I Saw St. Augustine
4   All Along The Watchtower
5   The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest
6   Drifter's Escape
7   Dear Landlord
8   I Am A Lonesome Hobo
9   I Pity The Poor Immigrant
10 The Wicked Messenger
11 Down Along The Cove
12 I'll Be Your Baby Tonight

sábado, 11 de julho de 2015

Beefeaters - Beefeaters (1967)





A Beefeaters já existia em Copenhague desde 1964 com um entra e sai de músicos, e só foi estabilizar-se e ganhar fama com a entrada de Peter Thorup em 1966. Ela foi uma banda de blues-rock de primeira linha, tão boa quanto a Bluesbreakers, a Fleetwood Mac dos primeiros tempos, ou quanto a Cuby & The Blizzards. Contudo, não eram puristas e exibiam influências do beat-rock e da soul music. Essa característica os recomendou para abrir vários shows da Pink Floyd, de Jimi Hendrix e do próprio Mayall. Esse é o primeiro disco, um dos melhores de 1967, mesmo tendo uma maioria de covers.


Peter Thorup - guitarra, vocal, flauta
Morten Kjærumgård - órgão Farfisa, piano
Flemming "Keith" Volkersen - baixo
Erling "Mozart" Madsen - bateria


1   It Ain't Necessarily So (George/Ira Gershwin)
2   Crossroads (Robert Johnson)
3   My Babe (Willie Dixon)
4   I Want You (Grahan Bond)
5   Hey Little Girl (Grahan Bond)
6   Papa's Got A Brand New Bag (James Brown)
7   Let Me Down Easy (Unknown)
8   Shankin' Fingerpop (Beefeaters)
9   Night Flight (Beefeaters)
10 Summer Scene (Jimmy Campbell/Beefeaters)


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Kaleidoscope - Tangerine Dream (1969)






Essa Kaleidoscope (existem outras duas no mesmo período) surgiu em Londres, em 1967, e é um dos melhores frutos do "verão do amor". Eles fizeram um rock psicodélico com ótimas melodias, tudo inspirado em contos de fadas — e com algumas letras bobinhas mesmo. Esse som foi rotulado como a "música do amanhã". Quem dera que hoje fosse o amanhã que eles imaginaram. Esse foi o primeiro disco e um segundo foi lançado no ano seguinte, exatamente enquanto mudavam o nome da banda para Fairfield Parlour.



Peter Daltrey  - teclados, vocal
Eddie Pumer - guitarra
Steve Clark - baixo, flauta
Danny Bridgman - bateria


1   Kaleidoscope
2   Please Excuse My Face
3   Dive Into Yesterday
4   Mr. Small, The Watch Repairer Man
5   Flight From Ashiya
6   The Murder Of Lewis Tollani
7   (Further Reflections) In The Room Of Percussion
8   Dear Nellie Goodrich
9   Holidaymaker
10 A Lesson, Perhaps
11 The Sky Children
12 A Dream For Julie
13 Jenny Artichoke
14 Just How Much You Are

quinta-feira, 9 de julho de 2015

The Beat Of The Earth - The Beat Of The Earth (1967)




Eu não tenho muita informação sobre esse disco de 1967. Não sei, por exemplo, quem toca o quê. São duas faixas de jams lisérgicas que lembram bastante coisas que a The Doors fez, mas que não se atreveu a alongar além dos oito minutos. Esse único álbum desse grupo, apesar de obscuro, pode ter cruzado o Atlântico e influenciado bandas como a Agitation Free e a Amon Duul, por exemplo. Seu líder, Phil Pearlman, foi um cara oriundo da surf music e que mais adiante formaria a banda The Electronic Hole. Quem curte Spirit, Iron Butterfly e os Jeffersons deve gostar.


Phil Pearlman - guitarra, percussão ...
Karen Darby - violão, piano, vocal, ...
Ron Collins - órgão, ...
J.R. Nichols - 
Phil Phillips - 
Sherry Phillips - 


1 Beat of the Earth pt. 1 
2 Beat of the Earth pt. 2

terça-feira, 7 de julho de 2015

Cream - Disraeli Gears (1967)





A Cream não inventou o blues-rock mas é como se tivesse. Os três carinhas pegaram a fusão germinada por Alexis Korner e John Mayall e a levaram onde ninguém tinha ido. Eles pegaram a batida do rhythm'n'blues, colocaram em melodias pop e se soltaram em solos e improvisações dignos do free-jazz. Em 1967 eles lançaram o segundo disco. Produzido pelo "Mountain" Felix Pappalardi e com a maioria das músicas compostas por Jack Bruce, Disraeli Gears alterou o formato do rock e do pop. Com longas jams ao invés daqueles famosos três minutos, eles transformaram o blues num rock intelectualizado e seduziram o público que estava farto dos Beatles. 
A faixa Tales Of Brave Ulysses, composta por Clapton, disputa com a Burning of the Midnight Lamp de Hendrix, o título de primeira música a usar um pedal wah-wah.



Eric Clapton - guitarra, vocal
Jack Bruce - baixo, harmônica, vocal
Ginger Baker - bateria, vocal



1   Strange Brew
2   Sunshine Of Your Love
3   World Of Pain
4   Dance The Night Away
5   Blue Condition
6   Tales Of Brave Ulysses
7   SWLABR
8   We're Going Wrong
9   Outside Woman Blues
10 Take It Back
11 Mother's Lament

segunda-feira, 6 de julho de 2015

The Zodiac - Cosmic Sounds (1967)






A idéia desse álbum conceitual partiu do presidente da gravadora Elektra e saiu a reboque do sucesso que o primeiro disco da The Doors teve — antes dele, a Elektra dedicava-se ao folk. Um engenheiro da Elektra chamado Alex Hassilev conheceu Robert Moog numa convenção, ficou encantado com o instrumento que ele inventou e levou a idéia de usá-lo ao estúdio. Então, Cosmic Sounds foi um dos primeiros discos a usar o sintetizador analógico Moog; eles alugaram uma unidade de demonstração.
The Zodiac foi uma espécie de coletivo reunindo alguns dos músicos de estúdio mais experientes de Los Angeles e que, ao que tudo indica, levavam a astrologia muito a sério. Paul Baever, por exemplo, era um especialista em efeitos sonoros para cinema. Portanto, o resultado foi um interessante exemplo de rock psicodélico, bem viajante a ponto de recomendar-se sua audição no escuro, mas feito por músicos totalmente sóbrios, que podiam curtir os astros, sim, mas eram alheios a certos elementos da Tabela Periódica.



Mort Garson - música
Jacques Wilson - letras
Paul Beaver – Moogs, teclados, eletrônicos
desconhecido - guitarras, sítara
Bud Shank - flauta baixo
Mike Melvoin - órgão, Harpsichord
Carol Kaye - baixo
Hal Blaine - bateria
Emil Richards - percussão
Cyrus Faryar - narração



1   Aries: The Fire-Fighter
2   Taurus: The Voluptuary
3   Gemini: The Cool Eye
4   Cancer: The Moon Child
5   Leo: The Lord Of Lights
6   Virgo: The Perpetual Perfectionist
7   Libra: The Flower Child
8   Scorpio: The Passionate Hero
9   Sagittarius: The Versatile Daredevil
10 Capricorn: The Uncapricious Climber
11  Aquarius: The Lover Of Life
12  Pisces: The Peace Piper

domingo, 5 de julho de 2015

The Syn - Armistice Day (2007)





Esse é o outro álbum da The Syn em que Chris Squire tocou, acompanhado por outro membro da Yes, o Alan White. Também participa o ótimo guitarrista Shane Theriot, um cara que transita por vários gêneros e que integrou a The Syn na turnê do álbum Syndestructible. Esse disco tem faixas de estúdio com tema pacifista e faixas acústicas gravadas ao vivo que pertencem ao álbum anterior.


Chris Squire - baixo
Steve Nardelli - vocal
Shane Theriot - guitarra
Gerard Johnson - teclados
Alan White - bateria 
Tom Misselbrook - bateria (1)


1 Armistice Day
2 Silent Revolution
3 Cathedral Of Love
4 21st Century
5 Golden Age
6 Some Time, Some Way
7 Reach Outro

sábado, 4 de julho de 2015

The Moody Blues - Days Of Future Passed (1967)





A Moody Blues foi formada em 1964 e então era uma banda de rhythm and blues liderada pelo tecladista Mike Pinder e pelo flautista Ray Thomas, ambos vindos de uma banda de rockabilly chamada Riot. Essa formação também teve Denny Laine nos vocais e guitarra. Depois de alcançarem muito sucesso com um cover da música Go Now, a banda foi praticamente refundada com a entrada de John Lodge e Justin Hayward. Eles adotaram harmonizações vocais em quatro vozes, à la Beach Boys, e Mike Pinder começou a experimentar com teclados. Em 1967 o produtor Peter Knight teve a ideia de usar o Mellotron, um instrumento recém inventado que simulava uma orquestra sinfônica através do rodar infinito de fitas gravadas associadas à cada tecla. Assim surgiu o terceiro álbum deles, Days Of Future Passed, tanto emulando a grandiosidade de uma orquestra como utilizando uma de verdade, e harmonizando vocais com inspiração renascentista e gospel, algo um tanto pretensioso para a época. Contudo, ele não foi o primeiro álbum de rock a utilizar uma orquestra, mas acabou por ser o mais coerente até então, pela qualidade do material composto. Inicialmente, o projeto proposto pela gravadora era gravar uma versão de uma sinfonia de Dvorak, que por bem foi abandonado em favor do material que eles mesmos estavam lapidando há tempos. O resultado não foi clássico e não foi pop. Tampouco foi prog, como querem alguns. It's psychedelic baby.



Justin Hayward - violão, guitarra, piano, teclados, vocal
John Lodge - baixo, guitarra, vocal
Mike Pinder - teclados, Mellotron, piano, vocal
Ray Thomas - flauta, cornetas, percussão, teclados, vocal
Graeme Edge - bateria, percussão, vocal
The London Festival Orchestra
Peter Knight - regente



1   The Day Begins
2   Dawn: Dawn Is A Feeling
3   The Morning: Another Morning
4   Lunch Break: Peak Hour
The Afternoon:
5a Forever Afternoon (Tuesday?)
5b (Evening) Time To Get Away
Evening:
6a The Sun Set
6b Twilight Time
7   The Night: Nights In White Satin
8   Don't Let Me Be Misunderstood
9   Fly Me High
10 I Really Haven't Got The Time
11 Love And Beauty
12 Leave This Man Alone
13 Cities
14 Tuesday Afternoon (Alternate Mix)
15 Dawn Is A Feeling (Alternate Version)
16 The Sun Set (Alternate Version Without Orchestra)
17 Twilight Time (Alternate Vocal Mix)


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Love - Forever Changes ( 1967)





Em 1967 a banda californiana Love lançou seu terceiro disco. Ele é aclamado como o melhor álbum de rock psicodélico de todos os tempos. A Love, como tal, foi formada em 1965 mas sua origem está mais longe, quando Arthur Lee, Johnny Echols e Billy Preston (sim, o tecladista Billy Preston) formaram uma banda no colégio. O sucesso que a banda teve, mesmo se recusando a excursionar muito além da sua região, deveu-se a habilidade de combinar as raízes folk do rock psicodélico com o jazz e com belas harmonias vocais à la Beach Boys. Além de tudo isso, Arthur Lee é um ótimo guitarrista, na melhor tradição do blues-rock. Note que há músicos convidados em duas faixas, mas eles não foram exatamente convidados. É que a banda quebrou o pau no estúdio e cada um foi para um lado. Quando viram que a gravadora Elektra tinha trazido os caras para gravar no lugar, se acertaram e retomaram o trabalho, sem regravar essas duas faixas. Mas nem isso estragou.



Arthur Lee - guitarra, vocal
Bryan Maclean - guitarra rítmica, vocal
Johnny Echols - guitarra
Ken Forssi - baixo
Michael Stuart - bateria, percussão
com
Billy Strange - guitarra (3, 4)
Don Randi - piano (3, 4)
Richard Leith - trombone
Ollie Mitchell - trompete
Bud Brisbois, Roy Caton - metais
Jesse Ehrlich - viola
Norman Botnick - violino
Arnold Belnick, Darrel Terwilliger, James Getzoff, Marshall Sosson, Robert Barene - cordas
Carol Kaye - baixo (3, 4)
Chuck Berghofer - baixo acústico
Hal Blaine - bateria (3, 4)



1   Alone Again Or
2   A House Is Not A Motel
3   Andmoreagain
4   The Daily Planet
5   Old Man
6   The Red Telephone
7   Maybe The People Would Be The Times Or Between Clark And Hilldale
8   Live And Let Live
9   The Good Humor Man He Sees Everything Like This
10 Bummer In The Summer
11 You Set The Scene


quarta-feira, 1 de julho de 2015

The Syn - Syndestructible (2005)






E mais um músico extraordinário partiu: Chris Squire faleceu no último dia 22. O último trabalho dele foi com Steve Hackett mas o primeiro foi nessa banda "The Syn". Ela se estabeleceu aí por 1965 quando Chris Squire encontrou-se com Stephen Nardelli num duelo de bandas e gravou dois singles no ano de 1967. Além de Squire, esteve nela o Peter Banks, outro futuro membro da Yes. Apesar do som daqueles singles não ser prog e sim um mod-psicodélico, ele já tinha certa familiaridade com a Yes. Ainda em 1967, a banda acabou — mesmo tendo aberto shows para a The Who, Pink Floyd e Jimi Hendrix — e Squire e Banks formaram a Mabel Greer's Toyshop com Jon Anderson.
Em todos esses anos, Chris Squire tornou-se o grande mestre do baixo e o membro mais permanente de uma das bandas mais longevas e cultuadas do planeta. Além do trabalho todo da Yes, ele deixou-nos uma obra-prima chamada Fish Out of Water. Por sua vêz, Stephen Nardelli, co-fundador, compositor e vocalista da The Syn, tornou-se um lojista de roupas.
Em 2004 Squire e Nardelli ressuscitaram a banda com um pessoal mais jovem e um selo chamado Umbello foi fundado por eles para lançar esse disco aqui. Ele foi gravado no estúdio de propriedade do guitarrista Paul Stacey, que também foi o engenheiro e produtor. Agora o som é prog — ou retro-prog — , porém, despretensioso e refrescante. Os fãs da Yes vão encontrar certa similaridade; há boas harmonias vocais e melodias também. Enfim, um ótimo disco, que definitivamente não é um projeto paralelo do Squire. A banda continuou e ele gravou mais um com ela.



Chris Squire - baixo, vocal
Stephen Nardelli - vocal
Paul Stacey - guitarra, vocal
Gerard Johnson - teclados, vocal
Jeremy Stacey - bateria


1 Breaking Down Walls
2 Some Time, Some Way
3 Reach Outro
4 Cathedral Of Love
5 City Of Dreams
6 Golden Age
7 The Promise