quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Joni Mitchell - The Hissing Of Summer Lawns (1975)




Esse disco marcou uma virada na carreira da Joni Mitchell e acabou sendo um dos seus trabalhos mais elogiados. Ela que antes fazia um jazz suave, introduziu uma série de instrumentos novos nos seus arranjos e acrescentou elementos multiculturais, bem antes de caras como Paul Simon e Peter Gabriel irem nessa direção. Antes desse álbum Joni vinha se apresentando com a banda L.A. Express liderada pelo saxofonista Tom Scott e que tinha Robben Ford, Max Benett e John Guerin. Ela os manteve ao seu lado e convidou alguns músicos realmente geniais para ir ao estúdio: Larry Carlton tinha sido membro da L.A. Express e Joe Sample também, mas ele e Wilton Felder são mais conhecidos pela banda The Cruzaders.


Joni Mitchell -violão,piano,vocal
Robben Ford -guitarra,Dobro
Jeff Baxter (Doobie Brothers,Steely Dan) -guitarra
Larry Carlton -guitarra
James Taylor -violão,guitarra
David Crosby -vocal
Graham Nash -vocal,harmônica
Wilton Felder -baixo
Max Bennett -baixo
Victor Feldman -piano elétrico,vibrafone,percussão
Joe Sample -piano elétrico
John Guerin -bateria,Moog
Bud Shank -sax e flautas
Chuck Findley -flugelhorn,trompete


1 In France They Kiss on Main Street
2 The Jungle Line
3 Edith and the Kingpin
4 Don't Interrupt the Sorrow
5 Shades of Scarlett Conquering
6 The Hissing of Summer Lawns
7 The Boho Dance
8 Harry's House / Centerpiece
9 Sweet Bird
10 Shadows and Light

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Robben Ford - Discovering The Blues (1978)



Esse álbum reúne performances de dois concertos realizados em 1972, quando Robben tinha 20 ou 21 anos. E mesmo tão jovem, ele mostra aí a técnica impecável e o fraseado fluido e controlado que fazem dele o grande expoente dessa geração.


Robben Ford -guitarra,sax(4),vocal
Paul Nagle -teclados
Stan Poplin -baixo
Jim Baum -bateria


1 Sweet Sixteen [BB King]
2 You Drive a Hard Bargain
3 It's My Own Fault [John Lee Hooker]
4 You Don't Know What Love Is
5 My Time After Awhile
6 Raining in My Heart
7 Blue and Lonesome [Little Walter]

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Wigwam - Being (1974)



Wigwam foi a primeira banda finlandesa a fazer sucesso internacional — sucesso esse que pode ter sido facilitado por possuírem um vocalista inglês — e é uma das pioneiras do Rock Progressivo. Seu som era dominado pelos teclados e incluía elementos folclóricos escandinavos e um pouco de jazz. Esse é seu quinto álbum, um trabalho conceitual com temas políticos e religiosos. O aspecto mais elogiado da Wigwam era sua habilidade de fazer uma música muito complexa e acessível ao mesmo tempo; pelo menos até esse disco. Sim, porque depois dele tanto o Pekka Pohjola como o Jukka Gustavson deixaram a banda e daí em diante a coisa mudou radicalmente.
Being é uma obra prima indispensável.


Pekka Pohjola -baixo,piano,violino,Mini Moog
Jim Pembroke -vocal,piano
Jukka Gustavson -órgão,piano,Mini Moog,vocal
Ronnie Osterberg -bateria,percussão,vocal
com
Seppo Paakkunainen -flauta
Pekka Poyry -flauta,sax soprano
 Ilmari Varila -oboé
Aale Lingren -oboé
Juhani Aaltonen -flauta
Unto Haapa-aho -clarinete
Paavo Honkanen -clarinete
Juhani Aaltonen -flauta solo
Pentti Lahti -flauta
Pentti Lasanen -flauta,clarinete
Juhani Tapaninen -fagote
Kai Veisterä -flauta
Taisto Wesslin -violão


1 Proletrarian
2 InspiRed Machine
3 Petty-Bourgeois
4 Pride of the Biosphere
5 Pedagogue
6 Crisader
7 Planetist
8 Maestro Mercy
9 Prophet
10 Marvelry Skimmer


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mike Oldfield - Ommadawn (1975)

 
 
 
 
Esse é o terceiro álbum do Mike Oldfield e provavelmente seu melhor. Ele pegou os melhores ingredientes dos dois anteriores e amadureceu bastante. As composições incluiram elementos africanos e irlandêses, os arranjos são complexos e as melodias tem grandes passagens de teclados e vocais realmente belíssimos. Essa versão de luxo aqui, além de vários singles, traz o trabalho original que acreditava-se perdido. A história é a seguinte: Oldfield estava finalizando e constantemente retornava a fita para mixar overdubs ou modificar algo. Até aí,tudo bem. Só que aquele carretel em particular estava com uma má formulação química e quando ele foi apresentar o trabalho, a fita estava inaudível. O jeito foi refazer tudo às pressas e do melhor jeito que lembrou. O que ninguém soube até pouco tempo, é que um técnico tinha duplicado a master num carretel perfeito que ficou arquivado lá nas catacumbas da Virgin — ainda que alguns digam que tais não existam.
Oldfield é um predestinado que aprendeu a tocar guitarra aos sete anos e aos dez já compunha suas peças. Ele formou a primeira banda com sua irmã Sally e depois foi tocar com Kevin Ayers. Antes de lançar seu primeiro disco solo Oldfield passou um tempo como músico de dos estúdios Abbey Road, onde teve a chance de pegar intimidade com um monte de outros instrumentos, e, pelo que aprendeu lá, montou seu próprio estúdio em casa. Experimentando muito, tocando de tudo, acabou criando Tubular Bells. Sua carreira tem momentos notáveis como este e como Incantations e Amarok também, mas alterna com trabalhos superficiais que podem ser ouvidos no consultório do seu dentista ou com reciclagens, principalmente sobre o Tubular. Eu creio que pela sua mistura de elementos da música celta — ainda que alguns digam que tal não existe — e pelo trabalho com instrumentos ancestrais, Oldfield é apontado como uma grande influência na formação da tal new age music, que já é old.

Mike Oldfield -violões,guitarras,baixos elétricos e acústicos,bandolim,harpa,bouzouki,banjo,piano,espineta,órgão,sints,bodhran,percussão,glockenspiel Don Blakeson -trompete
Herbie -gaitas de fole
Pierre Moerlen -tímpanos
William Murray -percussão
Terry Oldfield -flautas
Leslie Penning -tapes
David Strange -cello
Julian Bahula, Ernest Mothle, Lucky Ranku, Eddie Tatane -percussão
Sally Oldfield, Bridget St. Johns, Clodagh Simonds, The Penrhos Kids, The Hereford City Band
-vocal

CD 1
1 Ommadawn (Part One) (2010 Stereo Mix by Mike Oldfield Previously Unreleased)
2 Ommadawn (Part Two) / On Horseback (2010 Stereo Mix by Mike Oldfield Previously Unreleased)
3 In Dulci Jubilo
4 First Excursion
5 Argiers
6 Portsmouth


CD 2
1 Ommadawn (Part One) (Original 1975 Stereo Mix)
2 Ommadawn (Part Two) / On Horseback (Original 1975 Stereo Mix)
3 Ommadawn (Lost Version) (1975 Demo - Previously Unreleased)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pekka Pohjola - The Mathematician's Air Display (1977)

 
 
Pekka Pohjola é um grande baixista e multi-instrumentista finlandês que ganhou renome como membro da banda prog Wigwam entre 1970 e 74. Ainda na Wigwam ele lançou seu primeiro disco solo e depois de sair formou a banda The Group mas seu nome acabou sendo mais usado que o nome da banda, que acabou dispensado. Seu primeiro estudo musical foi sobre o violino clássico e além disso Pekka domina o piano e o órgão, teclados, vários sopros e mais. Como baixista ele conquistou a admiração de Mike Oldfield. Mike, que já tinha lançado três discos de grande sucesso, acertou com a gravadora Virgin sua participação nesse disco. A grande sacanagem é que em alguns mercados o álbum foi lançado como sendo do Oldfield sob o título "The Consequences of Indecisions" ou como "Mike & Sally Oldfield, Pekka Pohjola", casos de Holanda e Alemanha, um total absurdo. A bagunça foi ainda maior pois "The Mathematician's Air Display" também saiu como "Skuggornas Tjuvstart" na Suécia e "Keesojen lehto" (queijo e leite?!) na terra natal. De definitivo temos que Mathematician's é uma orgia prog perpetrada por um músico genial, acompanhado pela nata multinacional do jazz e do prog da época.


Pekka Pohjola -baixo,piano,teclados
Mike Oldfield -guitarra,violão
Georg "Jojje" Wadenius -guitarra,percussão
Wlodek Gulgowski -teclados
Pierre Moerlen -bateria,percussão
Sally Oldfield -vocal
Vesa Aaltonen -bateria


1 Percieved Journey Latern
2 Hands Straighten the Water
3 Mathematician's Air Display
4 Consequences of Head Bending Part One: The Pain Left Melting
5 Consequences of Head Bending Part Two: The Plot Thickens
6 False Start of the Shadows


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Phil Manzanera - Diamond Head (1975)



Ainda enquanto guitarrista da Roxy music e depois de colaborar com John Cale e Brian Eno, Phil Manzanera sentiu-se encorajado a trabalhar em algo que lhe permitisse expressar-se melhor, sem a limitação que o formato bocó e comercial da Roxy impunha. O disco reúne um punhado de músicas sem ligação entre elas e o som tem de tudo: rock, jazz, funk...Mesmo sendo a primeira aventura solo, é um disco muito bom e a fantástica lista de convidados dá uma forcinha.

Phil Manzanera -guitarras,teclados,baixo,baixo fuzz,sint.
Robert Wyatt -voz,címbalos,cabasa,backing vocal
Brian Eno -guitarras,guitarra rítimo,piano,backing vocal
John Wetton -baixo,voz, mellotron
Brian Turrington (Winkies) -baixo
Paul Thompson (Concrete Blonde,Roxi) -bateria
Eddie Jobson (Roxi,UK,Zappa,Tull) -cordas,fender piano,clavinet,sints
Andy MacKay (Roxi) -soprano sax,alto sax,oboé
Bill MacCormick (Matching Mole) -baixo fuzz,vocal
Charles Hayward (Quiet Sun,Gong,This Heat) -percussão
Dave Jarrett -teclados
Ian McDonald (Crimson,Foreigner) -gaita de fole
Sonny Akpan (African Head Charge) -congas
Doreen Chanter -voz
Chyke Hainu -bateria
Danny Heibs -baixo
Mongezi Feza -trompete

1 Frontera
2 Diamond Head
3 Big Day
4 The Flex
5 Same Next Week
6 Miss Shapiro
7 East of Echo
8 Lagrima
9 Alma
10 Carhumba

David Bedford - Rime of the Ancient Mariner (1975)



Mesmo enquanto colhia os louros de seu álbum de estréia, Tubular Bells — aliás, uma das estréias mais retumbantes que eu conheço — Mike Oldfield colaborou bastante tanto com Kevin Ayers, como com o David Bedford. Bedford não é um músico de rock, muito embora ele tenha muitas incursões no gênero. Ele é um compositor e arranjador especializado em orquestrações, muito mais enraizado na música erudita, já que formou-se na Real Academia de Música. Esse álbum começou a ser trabalhado como uma ópera infantil baseada no longo poema de mesmo nome escrito por Samuel Taylor Coleridge em 1797, sobre um marinheiro que retorna de uma longa viagem e suas histórias contadas ao primeiro coitado que viu. No entanto, a ópera não rolou e a obra saiu assim, digamos em dois movimentos pois o disco tinha dois lados, com Bedford tocando tudo e mais um pouco, acompanhado por Oldfield na guitarra, um coral e um narrador à la Viagem ao Centro da Terra. Não é tão intrincado como outros discos dele, nem é tão acessível quanto muitos nos quais trabalhou, mas faz Tubular Bells parecer meio amador.

David Bedford -piano,órgão,órgão tubular,flauta,violino,gongo,percussão
Mike Oldfield -guitarra
Robert Powell -narrador
Queens College Choir -Vocal

1 Rime of the Ancient Mariner
 2 Rime of the Ancient Mariner [Continued]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Kevin Ayers & The Whole World - Shooting At The Moon (1970)




Para apresentar-se com o repertório do seu primeiro disco solo chamado Joy of a Toy, o Kevin Ayers formou essa banda Whole World. E foi a melhor que já reuniu, notadamente por contar com o jovem Mike Oldfield. Destaque também para David Bedford, um músico erudito escolado, dedicado à vanguarda e depois colaborou muito com Oldfield. E também para o Lol Coxhill que rivalizava com Ayers no campo da maluquice — há quem compare o Ayers a Syd Barrett, só que sem precisar de remédios. Enfim, o som do álbum ainda tem muito de prog; prog que iria sendo diluído nos álbuns seguintes.


Kevin Ayers -guitarra,baixo,vocal
Mike Oldfield -guitarra,baixo,vocal
David Bedford -órgão,piano,Marimbaphone,acordeon
Lol Coxhill -sax,flauta
Mick Fincher -bateria,percussão
com
Bridget St. John -vocal
Robert Wyatt -côro

1 May I?
2 Rheinhardt and Geraldine Colores Para Delores
3 Lunatics Lament
4 Pisser dans un Violon
5 The Oyster and the Flying Fish
6 Underwater
7 Clarence in Wonderland
8 Red Green and You Blue
9 Shooting at the Moon
10 Gemini Child
11 Puis Je
12 Butterfly Dance
13 Jolie Madame
14 Hat

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Santana - The Woodstock Experience (2009)




Eu chego a pensar que já existem mais guitarristas no mundo do que políticos corruptos. No entanto, bastam uns poucos acordes para que a gente logo perceba quando é o Carlos Santana tocando. Ele é genial, fundamental e tudo mais, além de ser boa gente prá caramba. Ele pratica ações beneficentes sem fazer alarde movido pelo espírito, não por questões fiscais como muitos. Prova disso é que todo lucro da turnê Supernatural foi doado — se o cara não teve lucro, ia pedir isenção de quê? Esse álbum é parte de uma série comemorativa na qual a Sony quis botar a performance em Woodstock junto com um álbum do artista que fosse o mais próximo da data do festival. Tem do Johnny Winter, do Hendrix, da Jefferson Airplane, Janis... O bacana desse da Santana é que o show aconteceu enquanto ela ainda estava gravando esse primeiro disco que está junto; então a gente ouve quase um ensaio do estúdio e praticamente na mesma ordem. Aí é bom dar um tempo e separar a "banda" Santana do "Carlos". A banda foi criada por ele e pelo Rolie, com o baixista Brown que era colega de escola do Carlos. Ninguém sabia quem era esse Carlos e a Santana só participou de Woodstock porque o produtor Bill Graham mexeu os pauzinhos. Graham percebeu o enorme potencial daquele som inovador e empresariou a banda, lançando-a no seu Fillmore West em 68. Carlos começou tocando nessa Gibson SG vermelha com captadores P90, no disco Abraxas ele usa Les Paul e outra SG, e mais adiante a Paul Reed Smith seria a extensão do seu braço.


Carlos Santana -guitarra,vocal
Dave Brown -baixo 
Gregg Rolie -órgão,piano,vocal
Michael Shrieve -bateria
José Chepitó Areas -percussão
Mike Carabello -percussão


 CD1: Santana
1 Waiting
2 Evil Ways
3 Shades of Time
4 Savor
5 Jingo
6 Persuasion
7 Treat
8 You Just Don't Care
9 Soul Sacrifice

 CD2: Live at the Woodstock Music & Art Fair, Saturday, August 16, 1969
1 Waiting
2 Evil Ways
3 You Just Don't Care
4 Savor
5 Jingo
6 Persuasion
7 Soul Sacrifice
8 Fried Neck Bones and Some Home Fries



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Kevin Ayers - Whatevershebringswesing (1972)




Kevin Ayers sempre foi um grande boêmio e um cara que nunca se levou muito a sério. Se por um lado isso lhe permitiu uma liberdade que nem mesmo a autocrítica limitaria, por outro impediu que sua música alçasse maiores vôos em termos de ambição. Ele foi um dos fundadores da Soft Machine e dividiu as composições com Robert Wyatt, mas só para o primeiro álbum. Depois dele, Ayers saiu em carreira solo e sua música assumiu um lado mais folk, ainda conservando as tintas do estilo Canterbury. Guitarrista, na Soft seu instrumento era o baixo, um Jazz Bass branco que vendeu para Noel Redding da Hendrix Experience. Esse é o seu segundo álbum solo, o mais celebrado pela autenticidade e descontração, e pela forma humanista com que aborda certos absurdos da vida.


Kevin Ayers -guitarra,baixo,vocal
David Bedford -teclados
Mike Oldfield -guitarra solo,baixo
Dave Dufort -bateria
William Murray -bateria
Tony Carr -bateria
Robert Wyatt -vocal
Didier Malherbe -sax,flauta
Gerry Fields -violino
Johnny Van Derek -violino


1 There Is Loving / Among Us / There Is Loving
2 Margaret
3 Oh My
4 Song From the Bottom of a Well
5 Whatevershebringswesing
6 Stranger in Blue Suede Shoes
7 Champagne Cowboy Blues
8 Lullaby
9 Stars
10 Don't Sing No More Sad Songs
11 Fake Mexican Tourist Blues
12 Stranger in Blue Suede Shoes (Early Mix)



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cream - Live Cream & Live Cream II (1970/72)



Eric Clapton tocou extensivamente numa Gibson Firebird durante suas vinte e oito semanas de Cream, com Delaney & Bonnie e mais aquele teco na Blind Faith. Apesar de nas gravações do disco Disraeli Gears ele tocar a Gibson SG e a Les Paul Custom, nos últimos dias de Cream Clapton alternou entre uma Gibson ES 335 e a Fiebird I Reverse, modelo com um captador, de 1963. Ela está presente em todos os últimos concertos, aqueles da chamada "farewell tour" nos EUA e a derradeira despedida no Albert Hall. Seu som era mais fino e frágil que o das outras Gibson, contudo, a potência dos equipamentos foi uma das causas da separação. Consta que os amps Marshall tinham evoluído muito naquele breve período e tanto ele como Jack Bruce faziam aquela bela parede com eles. Então, os três que já não estavam se comunicando bem, nem se ouviam mais. Clapton conta que num dado momento parou de tocar e os outros nem perceberam, e que a bronca mesmo era entre Baker e Bruce. Aí fica claro que o Cream era, acima de tudo, uma grande jam band. Esse álbum reúne os dois volumes de gravações oficiais lançados postumamente. Ambos registram momentos dos últimos concertos em 1968, com a excessão da faixa Lawdy Mama que foi gravada em estúdio um ano antes e não passa de uma versão da música Strange Brew que está no Disraeli, aqui com letra e solo diferentes.


Jack Bruce –baixo,harmônica,vocal
Eric Clapton –guitarra,vocal
Ginger Baker –bateria


CD 1
1 N.S.U.
2 Sleepy Time Time
3 Lawdy Mama
4 Sweet Wine
5 Rollin' and Tumblin' [Muddy waters]

CD 2
1 Deserted Cities of the Heart
2 White Room
3 Politician
4 Tales of Brave Ulysses
5 Sunshine of Your Love
6 Steppin' Out








terça-feira, 9 de outubro de 2012

Clarence "Gatemouth" Brown - Pressure Cooker (1985)

 
 
Clarence Brown foi outro intusiasta da Firebird, escolhendo o modelo V Deluxe com mini humbuckers. Pelo amplo espectro da sua música ele poderia ter escolhido qualquer outra guitarra. O lado jazzy e cajun da Louisiana, sua terra natal, poderia tê-lo levado a uma ES-175; o blues e country do Texas, para onde se mudou, poderiam tê-lo feito adotar uma ES-335 ou uma Gretsch. Mas ele preferiu uma das guitarras mais radicais, que melhor combina com um roqueiro. Gatemouth não é um bluesman, pelo menos não tradicionalmente falando, e muito embora sua influência sobre o blues do Texas seja enorme. Durante a sua carreira que começou lá nos anos quarenta, ele tocou um pouco de tudo e misturou tudo também. Seu pai era um músico de country e bluegrass, ele adorava Count Basie, Lionel Hampton e Duke Ellington, mas sua carreira começou na noite em que assistia a um show de T Bone Walker. Walker estava doente e no meio do show depôs sua guitarra e saiu; Clarence, sem mais nem menos subiu ao palco, pegou a guitarra e tocou uma composição sua chamada Gatemouth Boogie. Ao fim dela ele já tinha 600 dólares em gorjetas, e isso era grana prá chuchú naquela época. Mas a Firebird não é seu único instrumento, em muitos de seus discos ele toca mais o fiddle — que prá mim é violino mesmo — do que a guitarra, afinal são suas raízes. Gatemouth recebeu oito vêzes o prêmio W.C. Handy, dois Grammy e está no Hall da Fama da Blues Foundation. Em 2004 ele perdeu sua casa e todos os instrumentos com a passagem do furacão Katrina e logo depois foi diagnosticado com câncer, falecendo em 2005.
Dos seus discos, esse é o mais bluseiro que eu conheço e as faixas foram gravadas durante uma turnê européia em 73.


Gatemouth Brown -guitarra,vocal
Milt Buckner -órgão
Stan Hunter -órgão
Jay McShann -piano
Hal Singer -sax tenôr
Arnett Cobb -sax tenôr
Michel Attenoux -sax alto
Xavier Chambon -trompete
Claude Gousset -trombone
Al Grey -trombone
Roland Lobligeois -baixo
Chris Columbo -bateria
Paul Gunther -bateria
Michael Silva -bateria


1 She Winked Her Eye
2 Slow Down
3 Just Slippin'
4 My Time Is Expensive
5 Ain't Nobody Here But Us Chickens
6 Pressure Cooker
7 Ain't That Just Like a Woman
8 Deep, Deep Water
9 Cold Strings


 
Acho que dá prá perceber aí nessa foto os furos dos parafusos da ponte tune-o-matic.

sábado, 6 de outubro de 2012

Johnny Winter - Live Bootleg Series Vol. 1 (2007)



Um outro cara que curte muito a Gibson Firebird é o Johnny Winter. É a preferida para slide. O modelo é o III, com 2 captadores e uma ponte simples, não aquela tune-o-matic da Firebird do Manzanera.
 Não se engane com o "bootleg" aí do título, pois todas as gravações foram feitas pelo próprio Winter, que as resgatou do seu arquivo e produziu essa série com 7 CDs. Nesse primeiro, as performances são todas do meio dos anos 70, quando ele se debruçou sobre o rock e punha sua força mesmo quando interpretava clássicos do blues.


 Johnny Winter -guitarra,vocal
Jon Paris -baixo,harmônica
Bobby T. -bateria

 1 Introduction
 2 Johnny B. Goode
 3 Messin' with the Kid
 4 Help Me
 5 Hideaway
 6 Come on in My Kitchen
 7 Rollin' and Tumblin'
 8 Stranger
 9 Jumpin' Jack Flash
 10 Bony Moronie
 11 Closing
 12 It's All Over Now




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Phil Manzanera - Firebird V11 (2008)




Esse álbum é uma homenagem do Manza a uma guitarra que o acompanha há muito tempo: a Gibson Firebird VII. Desenhada por um projetista de automóveis, essa guitarra foi lançada em 1963 e esse modelo VII tem 3 captadores e hard banhado a ouro, corpo e braço de mogno, escala de ébano e tarrachas similares às dos banjos. O som é basicamente instrumental e uma volta às origens, tanto que a primeira e a última faixa foram compostas em 1970 para a Quiet Sun, mas não gravadas na época. Está aí o companheiro de Quiet Sun na bateria a reforçar essa idéia.


Phil Manzanera -Gibson Firebird VII,vocal
Charles Hayward -bateria,vocal
Leszek Mozdzer -piano,teclados,vocal
Yaron Stavi -baixo elétrico e acústico,vocal

1 Fortunately I Had One With Me
2 Cartagena 3 FIReEBIReD
4 Mexican Hat
5 Firebird V11
6 A Few Minutes
7 After Magritte