quarta-feira, 31 de maio de 2017

Paul Oscher - Down in the Delta (2005)








Imagine um cara influenciado na gaita por Little Walter, na guitarra por Muddy Waters em pessoa, e no piano por Otis Spann. Esse é Paul Oscher. Agora imagine o quão bom um garoto devia ser, para Muddy Waters o contratar como o único cara branco da sua banda, isso em 1967. 
Quando tinha uns quinze anos de idade, Oscher foi ao teatro Apollo e lá conheceu Muddy Waters por acaso. Ficaram amigos e anos mais tarde Muddy o convidou para tocar num show na mesma Nova Iorque, pois estava desfalcado. Tocou duas músicas e foi contratado.
Esse disco foi eleito o melhor álbum acústico do ano e nele Paul Oscher toca quase tudo, quando não está acompanhado por baixo e bateria. E na cozinha ele apresenta outros dois membros de loga datada banda de Muddy Waters: Calvin Jones e o grande Willie Smith. 





Paul Oscher - violão, harmônica, melódica, piano, vocal
David Maxwell (James Cotton) - piano
Ronnie James (Fabulous Thunderbirds) - baixo
Calvin "Fuzz" Jones (Muddy Waters, Howlin' Wolf, Jimmy Rogers) - baixo
Mudcat Ward - baixo
Richard Innes - bateria
Levon Helm (The Band) - bateria
Willie "Big Eyes" Smith (Muddy Waters,...)  - bateria





1   Driftin' Blues
2   St. Louis Blues
3   Blues And Trouble
4   32-20 Blues
5   Blues before Sunrise
6   Deborah's Baby
7   Sugar Mama
8   Take A Little Walk
9   Things Ain't What They Used To Be
10 I'm Goin' Away Baby
11 So Lonesome
12 You're Still My Baby
13 What A Friend We Have In Jesus
14 Georgia

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Muddy Waters - Muddy Waters At Newport & Muddy Waters Live (1960, 1971)








Em 1960 Muddy Waters participou do Festival de Jazz de Newport numa tentativa de reavivar sua carreira. Aliás, não só a dele. John Lee Hooker também participou e também dividiu o palco com Waters. Quando o concerto terminou, um fotógrafo pediu uma pose e Waters deixou de lado sua Telecaster e segurou a guitarra semi-acústica de Hooker. E essa foi a foto usada na capa original do álbum "Muddy Waters at Newport" que saiu logo depois — aqui é uma alternativa. Acontece que havia um movimento de renascimento do folk e as pessoas, vendo aquela capa, se perguntavam se Waters havia trocado blues elétrico pelo folk blues ou o blues rural. Então o disco vendeu muitíssimo bem. Talvez a capa tenha mesmo colaborado para inicialmente atrair a atenção, contudo, a performance da banda de Muddy nesse festival foi extraordinária e o disco cruzou o Atlântico e foi fazer a cabeça de jovens ingleses como os da banda Rolling Stones, por exemplo. 
Live at Mr. Kellys é apenas o terceiro disco ao vivo de Muddy Waters. Ao que parece, a gravadora Chess não tinha muito interesse em gravações ao vivo e retardava muito esse tipo de registro, e fazia isso com todos os seus contratados. Para piorar, esse disco coincidiu com o ponto mais baixo da carreira de Muddy, não por culpa dele. Ele estava em plena forma, tinha uma grande banda, mas a Chess o havia obrigado a lançar dois discos psicodélicos bem controversos. Deixando isso de lado, At Mr. Kelly's foi gravado em duas noites no clube de Chicago. James Cotton já havia deixado a banda mas aparece como convidado. No seu lugar está Paul Oscher, um cara de Nova Iorque e branco; talvez o primeiro gaitista branco a tornar-se um mestre no estilo de Chicago. Além disso, Oscher era excelente na guitarra slide, no piano e no acordeon também. Ele seguiu carreira como Brooklyn Slim.
Ah! Não tem John Lee Hooker tocando mas tem Boom Boom.





Muddy Waters At Newport, 1960


Muddy Waters - vocal, guitarra
Otis Spann - piano, vocal (9)
Pat Hare - guitarra
James Cotton - harmônica
Andrew Stevenson - baixo
Francis Clay - bateria


1 I Got My Brand On You [Willie Dixon]
2 I'm Your Hoochie Coochie Man [Willie Dixon]
3 Baby, Please Don't Go [Big Joe Williams]
4 Soon Forgotten [James Oden]
5 I Wanna Put A Tiger In Your Tank [Willie Dixon]
6 I Feel So Good [Big Bill Broonzy]
7 Got My Mojo Working [Preston Foster]
8 Got My Mojo Working, Part 2
9 Goodbye Newport Blues


Muddy Waters Live (At Mr. Kelly's), 1971 


Muddy Waters - guitarra, vocal
Pinetop Perkins - piano
James "Pee Wee" Madison - guitarra
Samuel Lawhorn - guitarra
Joe "Denim" (James Cotton) - harmônica
Paul Oscher - harmônica
Calvin Jones - baixo
Willie Smith - bateria


10 What Is That She Go
11 You Don't Have To Go [Jimmy Reed]
12 Strange Woman
13 Blow Wind Blow
14 Country Boy
15 Nine Below Zero [Sonny Boy Williamson]
16 Stormy Monday Blues [T-Bone Walker]
17 Mudcat (Instrumental)
18 Boom, Boom [John Lee Hooker]
19 C.C. Woman







sábado, 27 de maio de 2017

Leslie West - Blues to Die For (2003)








Grande Leslie West! Esse é o primeiro disco que ele fez com clássicos do blues, quase a explicar como ele criou seu estilo e desenvolveu aquele vibrato de violino que ninguém faz igual. O clima é de introspecção e de reverência. Então, ele não berra, abaixa o tom. A Les Paul Junior aparece mas na maior parte são modelos vintage semi-hollow e hollow as usadas — e os amps também. Blues to Die For começa com duas de John Lee Hooker e traz um dos melhores bateristas de todos os tempos. Grande Aynley Dumbar!





Leslie West - guitarra, slide, vocal
Kevin Curry - guitarra rítmica
Gunter Nezhoda - baixo
Aynsley Dunbar - bateria





1   Crawlin' Kingsnake
2   Boom Boom
3   Mean Mistreater
4   I'm Ready
5   Talk To Your Daughter
6   Don't Start Me Talkin'
7   Hellhound On My Trail
8   Born Under A Bad Sign
9   Down By The River
10 I Got The Blues
11 Why I Sing The Blues


quinta-feira, 25 de maio de 2017

The Yardbirds - Ultimate! (2001)









Boom Boom de John Lee Hooker abre essa que é a melhor coletânea da Yardbirds, na minha modesta opinião. Ela apresenta as três fases da banda sob três agentes diferentes e, o mais importante, apresenta os três guitarristas bem meia-boca que tocaram nela. Algumas boas músicas do álbum Roger The Engineer ficaram de fora mas o mundo não é justo mesmo.
A Yardbirds durou de 1963 a 1968 e depois foi remontada algumas vezes. Keith Relf escolheu o nome numa homenagem ao saxofonista de jazz Charlie Parker, o "Yardbird". Ao lado da Bluesbreakers de John Mayall e da Fleetwood Mac do Peter Green, ela foi uma das primeiras bandas a apresentar o blues elétrico de Chicago aos jovens. Essa foi uma característica da primeira fase dela, quando Eric Clapton era o guitarrista. Quando Clapton saiu para tocar na Bluesbreakers, Jeff Beck assumiu seu lugar. Aí o blues deixou de ser a principal orientação e a banda foi acrescentando elementos psicodélicos. Em 1966 Jimmy Page entrou como baixista mas em várias faixas ele tocou guitarra junto com Beck. Quando Beck saiu, ele assumiu. Em 1968 só tinha sobrado ele e não teve outro jeito senão renomear a banda como Led Zeppelin. Que chato.
A Boom Boom foi lançada como single e não foi incluída em nenhum álbum original da Yardbirds. Ela só apareceu em coletâneas e com qualidade não muito boa. Ela também foi incluída como bônus numa versão japonesa do disco Five Live Yardbirds, o mais bluseiro de todos, e a qualidade também é inferior à que está aqui.





Keith Relf - vocal, harmônica, percussão, violão
Chris Dreja - guitarra rítmica (cd1; cd2: 1 à 10, 25, 26),  guitarra  (Questa Volta), baixo (cd2: 13, 15, 17, 19, 24), piano, maracas
Jim McCarty - bateria (cd1; cd2:1 à13, 15 à 26), percussão, backing vocal
Paul Samwell-Smith - baixo (cd1:  -15; cd2: 1, 3, 5, 7, 10, 25, 26)
Eric Clapton - guitarra (cd1: 1 à 12)
Jeff Beck - guitarra (cd1: 3 à 25; CD2: 1 à 13, 25, 26), baixo (Over Under Sideways Down), vocal (The Nazz Are Blue, Psycho Daisies)
Jimmy Page - guitarra (cd2: 11, 13 à 24, 27), baixo (Psycho Daisies)


com:


John Paul Jones - baixo (Happenings Ten Years Time Ago, Little Games, No Excess Baggage, Ten Little Indians, Goodnight Sweet Josephine); arranjos (Little Games, Ten Little Indians)
Brian Auger - harpsichord (For Your Love)
Denny Piercey - bongô (For Your Love)
Ron Prentice -baixo acústico (For Your Love), baixo (Heart Full of Soul)
Giorgio Gomelsky - backing vocal (A Certain Girl, Still I'm Sad)
Joe Osborn - baixo (Shapes in My Mind)
Hal Blaine - bateria (Shapes in My Mind")
Dougie Wright - bateria (Little Games)
Chris Karan - tabla (White Summer)
Ian Stewart - piano (Drinking Muddy Water)
Al Gorgoni - guitarra (Ha Ha Said the Clown)
Rick Nielsen - órgão (Ha Ha Said the Clown)
Joe Macho - baixo (Ha Ha Said the Clown)
Bobby Gregg - bateria (Ha Ha Said the Clown)
Nicky Hopkins - piano (Goodnight Sweet Josephine)
Clem Cattini - bateria (Ten Little Indians, Goodnight Sweet Josephine)


CD 1:
The Giorgio Gomelsky Era

01 Boom Boom [John Lee Hooker]
02 Honey In Your Hips
03 A Certain Girl [Allen Toussaint]
04 I Wish You Would [William Arnold]
05 Too Much Monkey Business (Live) [Chuck Berry]
06 I Got Love If You Want It (Live) [James Moore]
07 Smokestack Lightning (Live) [Howlin' Wolf]
08 Here 'Tis (Live) [Bo Diddley
09 Good Morning Little Schoolgirl [Sonny Boy Williamson]
10 Got To Hurry
11I Ain't Got You [Calvin Carter]
12 For Your Love
13 I'm Not Talking [Mose Allison]
14 Steeled Blues
15 Heart Full Of Soul
16 I Ain't Done Wrong
17 You're A Better Man Than I
18 Shapes Of Things
19 The Train Kept A-Rollin
20 New York City Blues
21 Evil Hearted You
22 I'm A Man [Bo Diddley]
23 Still I'm Sad
24 Questa Volta
25 Pafff...Bum

CD 2:
The Simon Napler-Bell Era

01 Lost Woman
02 Over Under Sideways Down
03 The Nazz Are Blue
04 I Can't Make Your Way
05 Rack My Mind
06 Hot House Of Omagararshid
07 Jeff's Boogie
08 He's Always There
09 Turn Into Earth
10 What Do You Want
11 Happenings Ten Years Time Ago
12 Psycho Daisies
13 Stroll On

The Peter Grant Era

14 Little Games (Single Version)
15 Puzzles
16 White Summer
17 Tinker, Tailor, Soldier, Sailor
18 No Excess Baggage
19 Drinking Muddy Water
20 Only The Black Rose
21 Ten Little Indians
22 Ha Ha Said The Clown
23 Goodnight Sweet Josephine (U.S. Version)
24 Think About It

The Keith Relf Solo Recordings

25 Knowing
26 Mr. Zero
27 Shapes In My Mind


quarta-feira, 24 de maio de 2017

The Animals - The Animals (1964)








O álbum de estréia da The Animals tinha três músicas de John Lee Hooker, incluindo a Boom Boom. Mas isso aconteceu na versão britânica do álbum, porque na norte-americana, lançada um mês antes, só tinha a I'm Mad Again. Esse disco foi lançado primeiro nos Estados Unidos por causa do sucesso dos três singles que a banda havia lançado — The House Of The Rising Sun, uma música de domínio popular, teve um sucesso estrondoso.
Tudo começou numa banda chamada The Kansas City Five, formada em Newcastle em 1961, por Burdon, Price e Steel. Price saiu dela, entrou em outra e acabou formando a sua própria, com Chas Chandler no baixo. Burdon e Steel se juntaram à ela e o guitarrista Valentine também. Aí mudaram o nome para The Animals.
Esse CD é a versão britânica, claro, mas inclui as músicas que estiveram exclusivamente na versão norte-americana como bônus.





Eric Burdon - vocal
Alan Price - órgão, piano, vibrafone, guitarra, baixo
Hilton Valentine - guitarra
Chas Chandler - baixo
John Steel - bateria





1   Story Of Bo Diddley
2   Bury My Body
3   Dimples [John Lee Hooker]
4   I've Been Around [Fats Domino]
5   I'm In Love Again [Dave Bartholomew, Fats Domino]
6   The Girl Can't Help It
7   I'm Mad Again [John Lee Hooker]
8   She Said Yeah
9   The Right Time
10 Memphis [Chuck Berry]
11 Boom Boom [John Lee Hooker]
12 Around And Around [Chuck Berry]

    bônus:
13 Baby Let Me Take You Home
14 Gonna Send You Back To Walker
15 The House Of The Rising Sun
16 Takin' 'Bout You
17 I'm Crying
18 Take It Easy
19 Blue Feeling
20 Dimples (Alternate Take)
21 Talkin' 'Bout You (Full Version)
22 F-E-E-L
23 Baby What's Wrong
24 The House Of The Rising Sun (Edit Version)
25 Blue Feeling (Alternate Take)

terça-feira, 23 de maio de 2017

John Lee Hooker - Burnin' plus Plays And Sings The Blues (1962, 1961)








Esse CD reúne dois álbuns que estão entre os melhores de John Lee Hooker. 
Plays And Sings The Blues foi lançado pela Chess em 1961 com músicas gravadas em 1951, nas quais ele sozinho canta, toca e bate o pé. É o blues como se estivesse sendo tocado numa varanda ou na beira de uma estrada poeirenta; crú, minimalista e poético. 
Burnin' é um clássico, e não é só porque traz a icônica Boom Boom. É comum e admissível que qualquer disco tenha algumas músicas muito boas e outras nem tanto, mas Burnin' é ótimo do início ao fim. Hooker usa sua guitarra favorita, uma Epiphone Zephyr '59 plugada num Fender Twin e com ele está uma banda de estrelas da gravadora Motown. 





Burnin', 1962

John Lee Hooker - guitarra, vocal
Larry Veeder - guitarra
Joe Hunter - piano
Hank Cosby - sax tenor
Andrew "Mike" Terry - sax barítono
James Jamerson - baixo
Benny Benjamin - bateria


1   Boom Boom
2   Process
3   Lost A Good Girl
4   A New Leaf
5   Blues Before Sunrise
6   Let's Make It
7   I Got A Letter
8   Thelma
9   Drug Store Woman
10 Keep Your Hands To Yourself
11 What Do You Say


Plays And Sings The Blues, 1961

John Lee Hooker - guitarra, vocal
Eddie Kirkland - baixo (23)

12 The Journey
13 I Don't Want Your Money
14 Hey, Baby
15 Mad Man Blues
16 Bluebird
17 Worried Life Blues [Major Merriweather]
18 Apologize
19 Lonely Boy Boogie
20 Please Don't Go [Muddy Waters]
21 Dreamin' Blues
22 Hey Boogie
23 Just Me And My Telephone

Bonus Tracks
24 The Road Is So Rough [1956]
25 Send Me Your Pillow [1962]
26 Onions [1962]

domingo, 21 de maio de 2017

Armando Tirelli - El Profeta (1978)








Armando Tirelli é um músico uruguaio com retrospecto no jazz e na música clássica, além da latinidade. Esse é seu único álbum solo e ele é um dos ícones do prog sulamericano. El profeta é baseado no romance do escritor libanês Khalil Gibran que radicou-se nos Estados Unidos e tornou-se um expoente da contra-cultura. O disco segue mais ou menos o enredo do livro mas não há elementos orientais no som. É, isso sim, um rock sinfônico muito mais ao estilo das bandas italianas como a PFM, Apoteosi, etc... Se não fosse pelas letras e pela narração em espanhol, qualquer um poderia dizer tratar-se de uma das grandes bandas italianas. Depois desse disco Tirelli mudou-se para a Espanha, onde tornou-se um compositor e arranjador de destaque.





Armando Tirelli - piano, Mellotron, órgão, sintetizador, vocal
G. Bregstein - sax, flauta
G. Chainbun - flauta
Rody Tróccoli - guitarra
J. Carrara - baixo
Ricardo Bozas - bateria
J. C. Sheppard - bateria, percussão, vocal





1   Prólogo El Profeta
2   Candombe Samba
3   Barco De Los Sueños
4   Tema Central El Profeta
5   El Momento De Partir
6   Amanecer En Orphalese
7   Háblanos Del Matrimonio
8   Háblanos Del Dar
9   Háblanos Del Amor
10 Los Ecos De Almustafá
11 Háblanos De Los Hijos
12 Tocata Scarahuala
13 Tema Central El Profeta

sábado, 20 de maio de 2017

Almendra - Almendra (1969)








Esse disco é apontado como o primeiro álbum de rock verdadeiro da Argentina e revolucionou o modo como o gênero era feito até então, bem como a maneira como passou a ser encarado pela mídia e crítica. Isso se deve à qualidade das suas letras e melodias, quase todas de autoria de Spinetta, que na época tinha uns 19 anos de idade.
No ano seguinte a banda lançou mais um disco, igualmente bom, e separou-se. Spinetta buscava um som mais pesado e acabou por formar a banda Pescado Rabioso.





Luis Alberto Spinetta - vocal, guitarra, harmônica
Edelmiro Molinari - guitarra, órgão, vocal
Emilio Del Guercio - baixo, flauta, vocal
Rodolfo Garcia - bateria, piano, vocal
Rodolfo Alchourron - guitarra (15)
Santiago Giacobbe - órgão (10)





Los Primeros Singles:
1   Tema De Pototo
2   El Mundo Entre Las Manos
3   Hoy Todo El Hielo En La Ciudad
4   Campos Verdes
5   Gabinetes Espaciales
6   Final

El Álbum "ALMENDRA":
7   Muchacha (Ojos De Papel)
8   Color Humano
9   Figuración
10 Ana No Duerme
11 Fermin
12 Plegaria Para Un Niño Dormido
13 A Estos Hombres Tristes
14 Que El Viento Borro Tus Manos
15 Laura Va

Los Singles Que Fueron Y No Fueron:
16 Hermano Perro
17 Mestizo
18 Toma El Tren Hacia El Sur
19 Jingle
20 Rutas Argentinas


quinta-feira, 18 de maio de 2017

M.I.A. - Transparencias (1976)







A sigla significa "Músicos Independientes Asociados" e essa foi uma das melhores bandas prog da Argentina. Pelo jeito, a associação desses músicos se deu com a autorização dos pais deles, dada a pouca idade de todos — Lito Vitale tinha uns 15 anos, sua irmã Liliana tinha 17 e Del Barrio tinha 19. Esse fato deixa o trabalho deles ainda mais surpreendente. Multi-instrumentistas com tão pouca idade, eles criaram excelentes peças sinfônicas inspirados em temas de Bach e em bandas como a Ekseption e a Trace, mas com o acento latino. 





Lito Vitale - bateria, piano, sintetizadores, teclados, flauta, vocal 
Nono Belvis - baixo, vocal
Liliana Vitale - flauta, percussão, bateria, vocal
Daniel Curto - violão
Juan Del Barrio - piano, órgão, bateria, percussão 
Kike Sanzol - bateria (9)




1 Reencontrando El Camino
2 El Casamiento De Alicia
3 Imagen II
4 Contrapunto Ritmico
5 Transparencias
6 Prima Inspiración
7 Segunda Inspiración
8 Tercera Inspiración
9 El Joven Almendro

terça-feira, 16 de maio de 2017

Dogma - Album (1992)








A Dogma é uma banda brasileira que fez um neo-prog instrumental com melodias e arranjos de tirar o chapéu. Ela foi formada em Belo Horizonte em 1991 por Fernando Campos e Barão. Esse é seu disco de estréia e o som é sempre comparado ao da Genesis e ao da Camel por causa dos arranjos sinfônicos para os teclados e também porque a guitarra do Fernando lembra um pouquinho o estilo do Steve Hackett. Aliás, são ótimas as passagens da guitarra. Pelo estilo bem britânico e pelos títulos, fica evidente que a intensão da banda era buscar o mercado externo — o selo é paulista mas o CD foi fabricado no Canada. Quando se quer fazer música de qualidade, ainda mais prog, coitados, não há outra alternativa mesmo. E se deram bem. O CD foi aclamado no Japão e foi eleito o melhor do ano na França. E eles ainda abriram shows do Rick e Adam Wakeman no Brasil. Um segundo disco foi lançado mas com a morte prematura de Barão, a banda se separou. Voltou anos mais tarde e chegou a abrir shows para a Nektar quando esta esteve por aqui em 2005, eu acho.
Marcus Viana acrescenta seu violino de cinco cordas como convidado. Dois anos depois, o Fernando retribuiu participando do álbum Grande Espírito da Sagrado Coração Da Terra.
A Dogma foi a melhor banda que surgiu no nosso país depois da Quaterna Requiem.





Renato Coutinho - teclados
Ferrnando Campos - guitarra, violão
Barão - baixo 
Daniel Mello - bateria, percussão
com
Marcus Viana (Sagrado Coração Da Terra) - violino (2)





1 Beginnings 
2 Clouds 
3 Night Winds 
4 Seven Angels in Hell
5 Movements 
6 A Season for Unions 

sábado, 13 de maio de 2017

BPM - Delete and Roll (2000)








Um visitante deixou um pedido para este disco, que eu não tinha. Mas eu também deixei um pedido e aí está. Então, meus sinceros agradecimentos ao Toekneedee pela gentileza.
Esse é um trio incomum e a música que ele fez também o é. A sonoridade é muito legal e a criatividade para se obtê-la revela o imenso talento desses três. Do Bozzio a gente poderia apenas dizer "o cara tocou um tempão com Frank Zappa" e já estaria de bom tamanho. Preinfalk é um músico de câmara austríaco e Machacek, austríaco também, é comparado a Allan Hodsworth e a John McLaughlin, de quem recebeu grandes elogios. Esse trio começou no final dos anos 90, quando Bozzio foi convidado para ir à Áustria apresentar uma peça de sua autoria para cordas e sopros. Entre os músicos estavam Preinfalk e Machacek. 





Terry Bozzio - bateria, percussão
Gerald Preinfalk - clarinete baixo, sax alto, sax soprano
Alex Machacek - guitarra, guitar sinth





1 Dicht 
2 Strafe 
3 Austin Powers 
4 Invisible 
5 Aug Um Aug 
6 Bulgarianish Folkdance 
7 I Remember Edison 
8 S150 
9 What She Never Heard

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Azigza - Azigza (2000)








A Azigza faz um som muito legal, que mistura o prog psicodélico a elementos musicais do mudo árabe, India e Africa. A banda foi formada na Califórnia nos anos 90 e passou por várias mudanças na sua formação. Esse é o primeiro dos dois discos que lançou, e tem belas melodias guiadas pelo vocal — são poucos os momentos em que um instrumento toma a frente. O guitarrista Kevin Evans é um cara ligado ao fusion e ao gospel que atuou também como produtor e executivo da RCA. Já Aryeh Frankfurter tem muitos trabalhos sobre a música celta e esse é um outro elemento que aparece neste disco.





Aryeh Frankfurter - violino, viola, cello, harpa, violões, bandolin
Kevin Evans - guitarra, sinth guitar, violão, efeitos sonoros
Cyoakha Grace - vocal
Stephan Junca - bateria e percussão
Pierce McDowell - baixo, sitar, tamboura
Raja - percussão, bateria
Pedra Rivera - percussão





1 Glass 
2 Remember 
3 Petra 
4 Touch Moon Window 
5 Ratzinitza 
6 Distance 
7 Zaman 
8 Friends 
9 Edallah ya Rashidi 

terça-feira, 9 de maio de 2017

Aquarium Rescue Unit - In a Perfect World (1996)









O fundador da Aquarium Rescue Unit faleceu em primeiro de maio passado da maneira mais bizarra. Bruce Hampton estava no palco comemorando seus 70 anos com um monte de amigos geniais, quando passou mal, deitou-se no chão, e todo mundo pensou que fosse brincadeira dele. Warren Haynes, da Allman Brothers e Gov't Mule riu até. O show continuou por mais um tempão — há vídeos com toda a cena. Mas, pensando aqui com meus botões, Col. Bruce Hampton foi o avô das jam-bands, ele amava o palco, era ao vivo que todos os seus projetos funcionavam, então, com os devidos pesar e respeito, acho que foi poético. Que Deus o tenha.
Quando In a Perfect World foi lançado, Bruce Hampton já estava afastado por problemas de saúde que não permitiriam que ele viajasse tanto quanto uma banda assim exige. Aí, ele próprio passou a chamar-se "Col. Bruce Hampton, Now Retired". O bandolinista Matt Mundy também já havia saído. Em compensação, a entrada de Kofi Burbridge somou talento ao grupo e ampliou seu som. 




Jimmy Herring - guitarras
Kofi Burbridge - flauta, piano, teclados
Oteil Burbridge - baixos 5 e 6 cordas
Jeff Sipe - bateria
Beth Harris - vocal
Paul Henson - vocal
Count Mbutu - percussão





1   Search Yourself
2   Stand up People
3   How Tight's Yer Drawers
4   The Garden
5   Swallows
6   Headstrong
7   Plain or Peanut
8   Highly Overrated
9   Overload
10 Satisfaction Guaranteed
11 Turn It On
12 Splash