domingo, 30 de dezembro de 2012

                                                                Dear visitors, 

                                                      Happy Holidays!


Flora Purim - Open Your Eyes You Can Fly (1976)



Antes de lançar esse álbum, Flora passou um ano e meio na cadeia, acusada por posse de drogas. Consequentemente, ele é um trabalho conceitual cujo foco é a liberdade. A partir da capa, sempre há um elemento que remete a esse tema. 


Flora Purim -vocal
Hermeto Pascoal -flauta,piano elétrico,harpsichord,percussão,vocal
George Duke -piano elétrico,ARPs,Moogs,vocal
David Amaro -violão,guitarra
Egberto Gismonti -violão
Alphonso Johnson -baixos
Ron Carter -baixo acústico
Leon Chancler -bateria
Laudir de Oliveira -percussão
Airto Moreira -bateria,percussão
Robertinho Silva -percussão


1 Open Your Eyes You Can Fly   
2 Time's Lie 
3 Sometime Ago   
4 San Francisco River   
5 Andei (I Walked)   
6 Ina's Song (Trip to Bahia) - Transition 
7 Conversation  
8 Medley; White Wing (Asa Branca) - Black Wing

sábado, 29 de dezembro de 2012

Carlos Santana & John McLaughlin - Love Devotion Surrender (1973)



Ambos foram fortemente influenciados por Miles Davis e John Coltrane e ambos eram seguidores do tal guru indiano lá não sei das quantas. Então, é natural que tenham se unido nesse trabalho que é uma espécie de jornada espiritual. Tudo belezinha para os fãs de McLaughlin, mas para os de Carlos foi um choque. Esse pessoal ainda nem tinha digerido a guinada para o jazz feita no álbum Caravanserai, lançado alguns mêses antes, e não reagiu nada bem a esse aqui, muito embora ele tenha recebido os melhores elogios da crítica. Como crítico e fã é tudo a mesma merda, a gente não dá a mínima e curte de montão dois dos maiores guitarristas de todos os tempos, que é só o que importa. De lambuja vai o grande e revolucionário organista Larry Young, Billy Cobham e o tecladista Jan Hammer tocando...bateria! Perceba que a banda é um mix de Mahavishnu e Santana.


Carlos Santana -guitarra
John McLaughlin -guitarras,piano
Khalid Yasin (Larry Young)- órgão
Doug Rauch -baixo
Billy Cobham -bateria
Don Alias -bateria
Jan Hammer -bateria
Mike Shrieve -bateria
Armando Peraza -congas


1 A Love Supreme (John Coltrane)
2 Naima (John Coltrane)
3 The Life Divine
4 Let us Go Into the House of the Lord
5 Meditation

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Santana - Welcome (1973)




Flora Purim fêz uma participação nesse álbum da Santana que marcou a estréia de uma nova formação. Ao que parece, Chick Corea cansou da latinidade depois do álbum Light as a Feather e moveu o som da Return to Forever mais ao rock. Por outro lado, aquele estilo caiu como uma luva na Santana. A crítica aplaudiu e um público que buscava algo diferente do jazz-fusion padrão curtiu bastante.


Carlos Santana -guitarra,violão,kalimba,percussão,vocal
Tom Coster -órgão Yamaha,Hamond,piano elétrico,piano,marimba,vocal
Richard Kermode -Hammond,piano,piano elétrico,Mellotron
Doug Rauch -baixo,vocal
Michael Shrieve -bateria
José Chepitó Areas -percussão
Armando Peraza -percussão,vocal
com:
John McLaughlin -guitarra
Flora Purim -vocal
Leon Thomas -vocal
Douglas Rodriguez -guitarra
David Brown -baixo
Tony Smith -bateria
Wendy Haas -vocal
Joe Farrell -flauta
Jules Broussard -sax
Mel Martin -flauta
Bob Yance -flauta


1 Going Home
2 Love, Devotion and Surrender
3 Samba de Sausalito
4 When I Look into Your Eyes
5 Yours Is the Light
6 Mother Africa
7 Light of Life
8 Flame Sky
9 Welcome

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Flora Purim - 500 Miles High (1974)



Considera-se que esse disco foi gravado quando Flora estava no seu apogeu e tinha todos os holofotes voltados para si. Nessa posição, é natural que tenha reunido uma banda tão fenomenal para Montreux. Os caras são tão especiais que Flora parece até ser ela própria uma convidada da banda e acaba sendo meio histriônica nos seus lai-ri-rí, lai-ra-rai. Aliás, sem tirar os méritos vocais de ninguém, essa é uma mania cretina de todo cantor brasileiro — pô!, por quê não põe um instrumento para frasear e vai tomar uma água? 500 Miles High é outra música da RTF e está no Light as a Feather.


Flora Purim -vocal,violão,percussão
Milton Nascimento -vocal,violão (4)
Wagner Tiso -piano,órgão
David Amaro -violão,guitarra
Ron Carter -baixo
Pat Rebillot -piano,órgão
Airto Moreira -bateria,percussão,vocal
Robertinho Silva -percussão


1 O Cantador [Dori Caymmi]
2 Bridge [Chick Corea]
3 500 Miles High 
4 Cravo e Canela (Cinnamon and Cloves) [Milton Nascimento] 
5 Bahia [Ary Barroso] 
6 Uri (The Wind) [Hermeto Pascoal] 
7 Jive Talk [Hermeto Pascoal] 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Flora Purim - Butterfly Dreams (1973)




Flora é brasileira, casada com o percussionista Airto Moreira, e desde os anos 60 eles vivem nos Estados unidos. Balanceando suas influências brasileiras com as do jazz americano, ela cantou e gravou com o primeiro time do gênero. Sua consagração veio logo em 71, quando integrou a Return to Forever na formação dos seus dois primeiros discos, aqueles que tinham um viés latino. Esse é o primeiro disco solo dela e os caras que a acompanha já dão uma idéia da coisa. A última faixa é uma regravação daquela que está no segundo disco da RTF, que foi composta por Flora e Clarke.


Flora Purim -vocal
Stanley Clarke -baixos
George Duke -piano elétrico,teclados
Joe Henderson -sax,flauta
David Amaro -violão e guitarra
Airto Moreira -bateria,percussão
Ernie Hood -zither


1 Dr. Jive, Pt. 1
2 Butterfly Dreams
3 Dindi [Tom Jobim]
4 Summer Night
5 Love Reborn
6 Moon Dreams
7 Dr. Jive, Pt. 2
8 Light as a Feather

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Christmas - Christmas (1970)




Há um ano eu postei o outro disco dessa banda canadense de blues-rock psicodélico chamado Heritage. Alguns consideram este aqui o segundo e outros, o primeiro. O fato é que ele foi lançado sem o conhecimento da banda e consiste basicamente de duas longas jams e mais três faixas gravadas quando a banda testava uma nova formação após a dissolução da anterior, que ainda não se chamava Christmas, e sim "Reign Ghost".


Bob Bryden -guitarra,vocal
Robert Bulger -guitarra
Tyler Raizenne -baixo
Rich Richter -bateria
Gary Squires -vocal
Wolfgang Hryciuk -vocal


1 Just Suppose
2 Your Humble Suitor
3 Sorry I Bore You Victoria
4 Oasis
5 Jungle Fabulous



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nitzinger - Nitzinger (1972)




John Nitzinger é um ótimo guitarrista texano que está na ativa desde os anos 60 e, mesmo assim, tem uma discografia muito pequena. Poucas também são suas aparições no palco e dizem que se deve a uma longa batalha contra um câncer, que ele venceu, felizmente. Nitzinger despontou em 1970 quando escreveu cinco músicas para seus amigos da banda Bloodrock; depois do sucesso que elas fizeram, ele conseguiu um contrato para gravar. Esse seu power-trio é focado no boogie-rock e mistura hard, psy e southern. Essa bando não durou muito e John pegou a estrada por muitos anos com músicos contratados. Também trabalhou com Carl Palmer e Alice Cooper no álbum e na turnê Zipper Catches Skin.


John Nitzinger -guitarra,vocal
Curly Benton -baixo,vocal
Linda Waring -bateria,vocal


1 L.A. Texas Boy
2 Ticklelick
3 No Sun
4 Louisiana Cock Fight
5 Boogie Queen
6 Witness to the Truth
7 The Nature of Your Taste
8 My Last Goodbye
9 Enigma
10 Hero of the War
11 King's X
12 Pretty Boy Shuffle

Ozric Tentacles - Live Underslunky (1992)




Os Ozrics foram fortemente influenciados por Daevid Allen e as suas Gongs. Do som às capas dos discos, tudo tem referências da Gong. Os caras até se conheceram durante os festivais em que Allen se apresentava. Isto posto, eles se encarregaram de levar o space rock psicodélico adiante. Totalmente instrumental, o som não tem só a Gong como influência, mas muito, muito mais: de Hendrix ao krautrock da Kraan, de Steve Hillage à Steve Vai, do oriental ao techno, tem de tudo. O nome da banda veio enquanto os caras divagavam sobre possíveis nomes para cereais matinais fictícios, então, caixa de Sucrílhos é outra coisa recorrente. Esse é um álbum ao vivo que abrange o repertório dos primeiros trabalhos dos anos 90. A banda foi formada em 83, porém, seus 6 álbuns nos anos 80 foram lançados em cassete e depois reunidos na caixa Vitamin Enhanced. Boa viagem.


Ed Wynne -guitarra, sintetizadores
Joie Hinton -sintetizadores
John Egan -flautas
Zia Geelani -baixo
Merv Pepler -bateria


1 Dots Thots
2 Og-Ha-Be
3 Erpland
4 White Rhino Tea
5 Bizarre Bazaar
6 Sunscape
7 Erpsongs
8 Snake Pit
9 Kick Muck
10 O-I
11 Ayurvedic

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Planet Gong - Planet Gong Live Floating Anarchy 1977



Depois de 1975 a Gong se multiplicou por 2 — dizer que se dividiu confunde mais ainda, mesmo porque, é tudo família. Uma manteve a influência Canterbury e seguiu na direção do jazz, com sax, flauta, xilofone, muita percussão e Holdsworth. Essa era liderada por Pierre Moerlen. A outra, liderada pelo fundador Daevid Allen e batizada de Planet Gong, manteve-se na psicodelia espacial, retirou os parafusos que restavam e flertou com o punk. Ou talvêz tenha sido ao contrário, quero dizer, os caras eram bem aceitos pelo crescente movimento punk por causa da anarquia como ideal. Esse álbum foi gravado ao vivo, com Allen e Smyth sendo acompanhados por outros desparafusados que viriam a ser a banda Here & Now. Alguns dizem que Steve Hillage fez uma ponta nesse concerto mas não é garantido, e a levada do Steffy é bem mais agressiva. É um grande show de space-rock psicodélico, cheio de riffs e complexidade mas com um toque punk, como se Allen quisesse mostrar aos guris quem era anarquista de verdade. Tem até uma paródia na faixa 5.


Dingbat Alien (Daevid Allen) –guitarra e outras coisas
Gilli Smyth –vocal
Prof. Sharpstrings P.A. (Steffy) (Stephan Lewry) –guitarras,vocal
Keith da Missile Bass (Keith Bailey) –baixo
Kif Kif Le Batteur (Keith Dobson) –bateria
Gavin Da Blitz (Gavin Allardyce)–sintetizadores
Suze Da Blooz & Anni Wombat –coro


1 Psychological Overture
2 Floatin' Anarchy
3 Stone Innoc Frankenstein
4 New Age Transformation Try: No More Sages
5 Opium For The People
6 Allez Ali Baba Black-Sheep Have You Any Bull Shit: Mama Maya Mantram

domingo, 16 de dezembro de 2012

Vital Information - Global Beat (1986)




Steve Smith foi o melhor baterista por cinco anos seguidos, segundo a revista Modern Drummer. Pela mesma revista, ainda foi eleito um dos 25 melhores de todos os tempos. Depois de participar do disco Enigmatic Ocean do Jean-Luc Ponty, ele tornou-se baterista da banda Journey, cuja formação original foi definida por um concurso numa radio de São Francisco. O membro mais constante dela foi o ex-Santana Neal Schon e Smith entrou nela para substituir o grande Aynsley Dunbar que já não era o primeiro baterista. Como a Journey tinha boa divulgação comercial, isso cacifou o Smith para conseguir um contrato para sua banda solo. A história da Vital Info começou de verdade bem antes disso, quando Smith, Landers e Wilczewski estudavam juntos. Todos seguiram na música e se encontravam ocasionalmente para umas jams. Landers tocou bastante com Billy Cobhan, inclusive no clássico Stratus, e com Lee Ritenour também. O som da Vital é um fusion dos mais legítimos, pela variedade de estilos que abrange, e os dois primeiros discos dela foram lançados quando Smith ainda tocava na Journey. Este é o terceiro e tem mudança na formação e na direção — a entrada de Tom Coster promoveu a introdução de diversos tipos de percussão, alguns elementos de world  music e um distanciamento do rock em favor do jazz. Coster foi parceiro de Carlos Santana e Dean Brown foi mais um a tocar bastante com Billy Cobham. 


Steve Smith -bateria,percussão,sintetizador
Dean Brown -guitarra
Tim Landers -baixo
Dave Wilczewski -sax
Tom Coster -teclados,harmônica

com:
Jeff Richman -guitarra
Ray Gomez -guitarra
Mike Fisher -percussão
Andy Narell -percussão de aço
Prince Joni Haastrup -talking drum
Kwaku Daddy -talking drum,percussão
Barry Finnerty -guitarra
Armando Peraza -bongôs
Brad Dutz -tablas,percussão

1  One Flight Up
2  Island Holiday
3  Johnny Cat
4  Novato
5  Sunset
6  Jave and a Nail
7  Global Beat
8  Black Eyebrows
9  In a Law Voice
10 Traditions in Transition
11 Blues to Bappe I

sábado, 15 de dezembro de 2012

Focus - Focus Con Proby (1977)



Jan Akkerman e Pierre van der Linden tinham saído, o punk emporcalhava tudo e a new wave já estava ensaiando para estragar uma década inteira. Provavelmente, Thijs van Leer e Bert Ruiter matutaram que aquele prog instrumental de outrora tinha que mudar. E mudou. Há quem deteste de nariz tampado; há aqueles que relevam; e há quem saúde a mudança. Até hoje eu não sei se esses vocais caíram bem, tento isolar o canal. O som propriamente dito, voltou-se muito mais ao jazz, o que credito à participação de Philip Catherine e do grande Steve Smith. Catherine cuidou da parte rítmica, da base, e de algumas composições. Smith é conhecido do grande público como o baterista da banda Journey, mas ele tocou no melhor disco de Jean-Luc Ponty e fundou a Vital Information, uma ótima banda fusion. Além disso, ele acompanhou Alan Holdsworth e Stanley Clarke entre muitos outros. Por sua vêz, Eef Albers fez um bom trabalho na guitarra solo, honrando a vaga deixada por Akkerman. A coisa pega é no vocal. P.J. Proby é um texano chegado ao rockabilly que acabou indo fazer sucesso no pop inglês dos anos 60. Ele chegou a gravar um disco acompanhado pelos quatro carinhas que formariam o Led Zeppelin mas acabou até falido. Van Leer o resgatou do limbo e... Tem horas que não orna. Porém, instrumentalmente é a grande Focus de sempre e nessa parte o novo ar fêz muito bem. Em tempo, a capa do LP é em alto relevo, chique no úrtimo. Ouve aí.

Thijs van Leer -teclados,flauta
Philip Catherine -guitarras
Eef Albers -guitarras
P.J. Proby -vocal
Bert Ruiter -baixo
Steve Smith -bateria

1 Wingless
2 Orion
3 Night Flight
4 Eddy
5 Sneezing Bull
6 Brother
7 Tokyo Rose
8 Maximum
9 How Long

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sunbirds - Sunbirds (1971)




Essa banda foi formada em Munique pelo baterista alemão Klaus Weiss e pelo pianista austríaco Fritz Pauer. Weiss tinha uma longa carreira acompanhando grandes nomes do jazz americano em turnê pela Europa e também tinha sido parceiro do saxofonista Klaus Doldinger antes de ele formar a Passport. A Sunbirds evoluiu do "Klaus Weiss Quartet", adicionando o belga Philip Catherine e o percursionista Romero. O som deles é um jazz rock original com influências do Krautrock e da psicodelia. No ano seguinte Catherine saiu para se juntar à Jean-Luc Ponty e Joachim Kuhn na JLP Experience mas a banda, reformulada, recebeu ninguém menos que o baixista Ron Carter.


Ferdinand Povel -flautas
Philip Catherine -guitarra
Fritz Pauer -piano elétrico
Jimmy Woode -baixo
Klaus Weiss -bateria
Juan Romero -percussão


1 Kwaeli
2 Sunrise
3 Spanish Sun
4 Sunshine
5 Sunbirds
6 Blues for D.S.
7 Dreams
8 Fire Dance

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Larry Coryell & Philip Catherine - Twin House (1977)







Larry Coryell e Philip Catherine apresentaram-se no São Paulo/Montreux Jazz Festival, uma parceria com o festival suíço que colocou o Brasil no roteiro dos grandes nomes da música. Isso foi em 78, e dois anos depois se repetiu ainda mais ousado e diverso. Coryell, o embaixador do jazz, já era bem popular, mas Catherine só era conhecido por aqueles que liam os créditos nos discos de jazz, mais precisamente os de Dexter Gordon e Kenny Drew, ou por aqueles que tinham acabado de comprar o novo disco do Focus, Focus con Proby. Esses últimos tinham certeza de que seria um show elétrico, mas o que se viu foi apenas os dois entrando e sentando nos banquinhos. O belga Catherine foi o responsável pelo encontro. Um admirador de Coryell, ele o convenceu a voltar ao acústico. Antes disso, ele já tinha tocado com gente muito importante, como o Charles Mingus que o chamava de "jovem Django Reinhardt", pela semelhança de estilo com o grande guitarrista. Também tocou na Experience, a de Jean-Luc Ponty. Essa versão em cd é bacana porque acrescenta músicas que entraram num segundo disco da dupla chamado Splendid, que não foi lançado por aqui como o foi o Twin House. No mais, é um disco obrigatório para os estudantes das cordinhas. 





Larry Coryell -violão d 6 e 12 cordas
Philip Catherine -violão de 6 e 12 cordas
Joachim Kuhn -piano (10)





1 Mrs. Julie
2 Homecomings
3 Airpower
4 Twin House
5 Gloryell
6 Nuages
7 Twice A Week
8 Dance Dream [Inédita]

Splendid (1976):
9  Snowshadows
10 Dues Django
11 My Serenade
12 Father Christmas
13 The Train & The River



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Billy Cobham - Culture Mix (2002)




Logo na sequência da apresentação do trio de Larry Coryell em 2005, no então Tom Brasil, Billy Cobham entrou no palco com seu projeto Culture Mix. O panamenho Cobham diz-se afortunado por ter tido a oportunidade de tocar com músicos de diversas partes do mundo durante sua carreira e montou essa banda numa celebração disso. Cada membro é de uma nacionalidade diferente e todos tem a oportunidade de improvisar e expor sua bagagem cultural.


Billy Cobham -bateria
Gary Husband (Inglaterra) -teclados
Junior Gill (Trinidad e Tobago) -tambor de aço
Per Gade (Noruega) -guitarra
Stefan Rademacher (Alemanha) -baixo
Jean Yves Jung (França) -piano


1 Aurora Borealis
2 Blue Line
3 Clairvoyance
4 Demain
5 Sa Pobla
6 Mr. B.C.
7 Five Day Run
8 Dreamer
9 Rites of Petanchi
10 Culture Mix

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Larry Coryell - Live In Chicago (2003)



No final de 2005 — novembro, se bem me lembro — Larry Coryell esteve se apresentando em São Paulo com Wertico e Gray e com um material parecido com o que está aqui: clássicos interpretados numa linguagem de vanguarda e muita liberdade de improvisação, coisa em que esse trio é campeão. Se já não bastasse toda a maestria desses três, a noite teve programa duplo: logo após Coryell, entrou Billy Cobham e seu projeto Culture Mix.


 Larry Coryell -guitarra
Larry Gray -baixo
Paul Wertico -bateria


1 Spoken Intro
2 Autumn Leaves [Johnny Mercer]
3 Black Orpheus
4 Love Is Here to Stay [Gershwins]
5 Star Eyes
6 Something [George Harrison]
7 Bumpin' on Sunset [Wes Montgomery]
8 Good Citizen Swallow
9 Bags' Groove [Milt Jackson]

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Peter Sinfield - Still (1973)



Muito embora jamais tenha tocado ou cantado algo com a King Crimson, Peter Sinfield foi membro fundador da banda e seu letrista pelos quatro primeiros álbuns. Nesse ofício, e sobretudo por esses álbuns, ele é celebrado como um dos maiores de todos os tempos. Depois da KC, ele colaborou com a ELP e com a PFM (tá parecendo coisa de política mas limpemos a mente). Esse é o único disco que lançou e seu som é todo permeado pela King Crimson. Também, pudera. Ele ainda botou mais de uma King Crimson no estúdio!


Peter Sinfield -violão 12 cordas,guitarra,sintetizador,vocal
Keith Tippett (KC)-baixo,piano
Greg Lake -guitarra,vocal
Mel Collins -celeste,flautas,sax
Boz Burrell -baixo
John Wetton -percussão,baixo
Tim Hinckley (Humble Pie,Thin Lizzy) -piano elétrico e acústico
Ian Wallace (KC)-bateria
W.G. Snuffy Walden (Stray Dog)-guitarra
Keith Christmas -guitarra
B.J. Cole -guitarra steel
The Box -baixo Brian Flowers -sintetizadores
Don Honeywell -sax barítono
Chris Pyne -trombone
Stanley Roderick -trompete
Robin Miller (KC)-cor anglais
Greg Bowen -trompete
Richard Brunton -violão,guitarra
Phil Jump -Glockenspiel (xilofone),Hammond,teclados
Steve Dolan -baixo Min -bateria,percussão



CD 1
1. The Song of the Sea Goat
2. Under the Sky
3. Will It Be You
4. Wholefood Boogie
5. Still
6. Envelopes of Yesterday
7. The Piper
8. A House of Hopes and Dreams
9. The Night People

CD 2
1. Hanging Fire
2. Still (first mix)
3. The Song of the Sea Goat
4. Under the Sky
5. Wholefood Boogie
6. Envelopes of Yesterday
7. The Piper
8. A House of Hopes and Dreams
9. The Night People
10. Still (second mix)
11. Can You Forgive a Fool?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ian McDonald & Michael Giles - McDonald & Giles (1971)



Depois de gravarem o "In the Court of...", os membros da King Crimson partiram noutra direção. Greg Lake formou a ELP e os irmãos Giles e Ian McDonald gravaram esse único e ótimo álbum. Muito pouca coisa lembra a KC aqui. Na verdade, existe muito mais a lembrar os Beatles. Não obstante, é um prog refinado e melódico, com um trato sinfônico, um bocado de jazz e outro de folk. Quem também colabora aqui é o Peter Sinfield que era considerado membro honorário da KC.


Ian McDonald -guitarra,piano,órgão,sax,flauta,clarineta,sítara,vocal
Michael Giles -bateria,percussão
Peter Giles -baixo
Steve Winwood -órgão,piano
Michael Blakesley -trombone
Peter Sinfield -letras


1 Suite in C
2 Flight Of The Ibis
3 Is She Waiting?
4 Tomorrow's People - The Children of Today
Birdman:
5 The Inventor's Dream (O.U.A.T.)
6 The Workshop
7 Wishbone Ascension
8 Birdman Flies!
9 Wings In The Sunset
10 Birdman - The Reflection

domingo, 2 de dezembro de 2012

Giles, Giles & Fripp - Brondesbury Tapes (1968)




Aqui está a origem da King Crimson, a melhor banda do mundo, nas palavras de Jimi Hendrix. A gente até pode dizer que aqui está a origem do próprio rock progressivo, na medida em que se encontra o experimentalismo, a técnica e o jazz. O álbum constitui-se de demos feitas particularmente e que seriam lançadas no disco oficial do trio. Só que o "The Cheerful Insanity of..." foi muito mal produzido e acabou vendendo cerca de 500 cópias no primeiro lançamento. Então, Brondesbury se torna mais interessante pois tem uma boa qualidade de som e mostra o quão precisos esses músicos foram, dadas as limitações técnicas. Mais ainda, ele tem a vocalista da Fairport Convention, Judy Dyble, e um futuro membro da King Crimson, o Ian McDonald. Os fãs de carteirinha da KC ainda irão reconhecer a faixa Why Don't You Just Drop In como a idéia original de "The Letters" que está do disco Islands, e o mesmo com "Passages of Time" que evoluiu para a "Peace - A Theme" do Poseidon.


Robert Fripp -guitarra
Peter Giles -vocal,baixo
Michael Giles -vocal,bateria
Ian McDonald -vocal,piano,flauta,sax,clarineta,guitarra
Judy Dyble -vocal
Al Kirtly -piano


1  Hypocrite
2  Digging My Lawn (a)
3  Tremelo Study In A Major (Spanish Suite)
4  Newly Weds 5 Suite No. 1
6  Scrivens
7  Make It Today (a)
8  Digging My Lawn (b)
9  Why Don't You Just Drop In (i)
10 I Talk To The Wind (1)
11 Under The Sky (*)
12 Plastic Pennies
13 Passages Of Time
14 Under The Sky (**)
15 Murder 16 I Talk To The Wind (2)
17 Erudite Eyes
18 Make It Today (B)
19 Wonderland
20 Why Don't You Just Drop In (ii)
21 She Is Loaded

domingo, 25 de novembro de 2012

King Crimson - The Great Deceiver (1992)



The Great Deceiver contém gravações ao vivo feitas entre 73 e 74 pela formação "Larks" da KC. Os discos 1 e 2, por exemplo, registram o concerto que aconteceu no Palace Theatre em Providence, no estado americano de Rhode Island, e que foi a penúltima apresentação dessa formação. Uma boa parte das faixas é de improvisações livres e outras são executadas como foram originalmente compostas, não numa versão enxuta como foram incluídas nos álbuns de estúdio. Esse é o caso de "We'll Let You Know" que está no Starless e "Providence" que está no Red. Por essas e outras, parece até que o Fripp mentalizou o que seus fãs mais queriam ouvir e reuniu as melhores performances com a melhor qualidade de som. Deceiver é o cálice sagrado dos chamados Crimheads.


Robert Fripp - guitarra,Mellotron,piano elétrico
John Wetton - baixo,vocal
David Cross - violino,Mellotron,piano elétrico
Bill Bruford - bateria,percussão




CD 1
01. Walk On ... No Pussyfooting
02. Larks' Tongues In Aspic, Part Two
03. Lament
04. Exiles
05. Improv - A Voyage To The Centre of the Cosmos
06. Easy Money
07. Improv - Providence
08. Fracture
09. Starless




















CD 2
01. 21st Century Schizoid Main
02. Walk Off from Providence/No Pussyfooting
03. Sharks' Lungs in Lemsip
04. Larks' Tongues In Aspic
05. Book Of Saturday
06. Easy Money
07. We'll Let You Know
08. The Night Watch
09. Improv - Tight Scrummy
10. Peace - A Theme
11. Cat Food
12. Easy Money (2)
13. ...It Is For You, But Not For Us




















CD 3
01. Walk On ... No Pussyfooting
02. The Great Deceiver
03. Improv - Bartley Butsford
04. Exiles
05. Improv - Daniel Dust
06. The Night Watch
07. Doctor Diamond
08. Starless12:25
09. Improv - Wilton Carpet
10. The Talking Drum
11. Larks' Tongues In Aspic: Part Two
12. Applause & Announcement
13. Improv - Is There Life Out There?





















CD 4
01. Improv - The Golden Walnut
02. The Night Watch
03. Fracture11:51
04. Improv - Clueless and Slightly Slack
05. Walk On ... No Pussyfooting
06. Improv - Some Pussyfooting
07. Larks' Tongues In Aspic: Part One
08. Improv - The Law of Maximum Distress: Part One
09. Improv - The Law of Maximum Distress: Part Two
10. Easy Money
11. Improv - Some More Pussyfooting
12. The Talking Drum

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Porcupine Tree - In Absentia (2002)




In Absentia é a evolução natural na transformação que a banda foi tendo a partir do álbum Stupid Dream. Mais do que isso, é o ápice. A cada um dos dois discos anteriores, eles foram acrescentando elementos do metal e tornando o som mais áspero. Esse processo continua e, de certo modo, pode ter sido pensado para obter melhores resultados comerciais, o que de fato aconteceu. Com este disco eles estrearam numa gravadora grande, a Lava é subsidiária da Atlantic. Certamente atraiu um público que não daria muita bola para aquele som floidiano espacial do The Sky Moves Sideways e tal. Só que isso não tem nada a ver com o "comercial", artisticamente falando. Eu acho esse disco brilhante do começo ao fim. Começo, aliás, que já é um soco no estômago. É genial a maneira como eles vão transitando entre trechos suaves com belas harmonizações vocais, outros bem pesados e outros ainda com linhas de baixo profundas e aquele climão deprê. Outro ponto muito legau é o bom gosto com que alternam entre o acústico e o elétrico, subitamente até, mas sem quebrar  a onda que leva seu ouvido até o fading do piano lá na faixa 12. Como se não bastasse, há ainda ótimas letras — eu gosto muito da de "Sound of Muzak", faixa que tem um raro e belo solo de guitarra e, de quebra, também tem uma levada jazzística de bateria do Gavin Harrison. Aliás, que baterista fenomenal é esse cara! Resumindo: discão altamente recomendado, imperdível pois obrigatório.

Steven Wilson -guitarra,vocal
Richard Barbieri -teclados
Colin Edwin -baixo
Gavin Harrison -bateria
John Wesley -vocal (1,4,7),guitarra (1)
Aviv Geffen -vocals (4,7)
Dave Gregory -arranjos para as cordas e condução

CD 1
1 Blackest Eyes
2 Trains 
3 Lips of Ashes 
4 The Sound of Muzak 
5 Gravity Eyelids  
6 Wedding Nails  
7 Prodigal
8 .3 
9 The Creator Has a Mastertape 
10 Heartattack in a Layby 
11 Strip the Soul  
12 Collapse the Light Into Earth

CD 2
1 Drown With Me
2 Chloroform
3 Strip The Soul (Video edit)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mike Bloomfield, John Paul Hammond, Dr. John - Triumvirate (1973)



A idéia por trás desse álbum era bastante ambiciosa: juntar um pianista do estilo de Nova Orleans; um cantor e gaitista dedicado ao estilo do Delta; e um mestre da guitarra escolado em Chicago. A intensão seria causar impacto e atrair mais público para o blues. Isso não rolou. O que não quer dizer que o disco não seja bom — com músicos assim não tem como não ser, e eu destaco ainda a participação do grande trompetista Blue Mitchell.


Michael Bloomfield -guitarra
Dr. John -piano,órgão,banjo,vocal
John Hammond, Jr. -guitarra,harmônica,vocal
Thomas Jefferson Kaye -guitarra,vocal
Blue Mitchell -trompete
James Beck Gordon -sax barítono
Jerry Jumonville -sax soprano,alto,tenôr
George Bohannon -trombone
Chris Ethridge -baixo
Fred Staehle -bateria
Benny Parks -percussão
John Boudreaux -percussão
Lorraine Rebennack -vocal
Robbie Montgomery -vocal
Jessie Smith -vocal

1 Cha-Dooky-Doo [Mae Vince]
2 Last Night [Little Walter]
3 I Yi Yi
4 Just to Be with You
5 Baby Let Me Kiss You [King Floyd]
6 Sho 'Bout to Drive Me Wild [King Floyd]
7 It Hurts Me Too [Mel London]
8 Rock Me Baby [B.B. King]
9 Ground Hog Blues [John Lee Hooker]
10 Pretty Thing [Willie Dixon]

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

John Hammond Jr. - So Many Roads (1965)




John Hammond, o pai de John Júnior, foi um lendário descobridor de talentos e um batalhador contra o racismo. Do seu garimpo saíram Bob Dylan, Aretha Franklin, Billie Holiday, Charlie Christian, Count Basie... e Michael Bloomfield. John Júnior não se serviu da influência do pai para entrar para o ramo, já que vivia com a mãe que se separou muito cedo. Ele se interessou pela guitarra ainda na escola e seu ídolo foi Jimmy Reed. Sua ascenção se deu pelos festivais e quando mudou-se para Nova York foi procurado por um tal Jimi Hendrix que pediu-lhe para reunir uma banda, o mesmo Jimi que depois pediu-lhe uma opinião sobre se deveria aceitar um convite para ir à Inglaterra. Evidentemente ele conheceu uma penca de músicos através de seu pai e Michael Bloomfield foi um deles. Da paixão comum pelo blues veio a amizade e várias parcerias. Nesse disco, contudo, Mike só ajuda no piano. De qualquer forma, estão aí jovens talentos quase famosos: Helm, Hudson e Robertson formariam a The Band; e Musselwhite seria Musselwhite. Como se vê, não foi só o nome que ele herdou do pai.


John Hammond Jr. -guitarra,harmônica,vocal
Michael Bloomfield -piano
Charlie Musselwhite -harmônica,vocal
Robbie Robertson -guitarra,vocal
Jimmy Lewis -baixo
Levon Helm -bateria
Eric "Garth" Hudson -órgão


1 Down in the Bottom (Willie Dixon)
2 Long Distance Call (Muddy Waters)
3 Who Do You Love? (Bo Diddley)
4 I Want You to Love Me (Waters)
5 Judgment Day (Robert Johnson)
6 So Many Roads, So Many Trains [Marshall Paul]
7 Rambling Blues (Johnson)
8 O Yea! [Diddley]
9 You Can't Judge a Book by the Cover [Dixon]
10 Gambling Blues
11 Baby Please Don't Go [Big Joe Williams]
12 Big Boss Man [Luther Dixon]

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mike Bloomfield - Live at the Old Waldorf (1976)



Michael Bloomfield veio de uma família judia de Chicago e foi uma criança tímida, calada e solitária. Ganhou seu primeiro violão quando completou 13 anos e já foi se interessando pelo blues. Na adolescência ele frequentava clubes de blues e, não raro, subia ao palco para jams com os veteranos — Robert Nighthawk lhe ensinou um ou dois truques de slide. Preocupados com isso, seus pais o mandaram para uma escola especial para "problemáticos". Contudo, o "problema" continuou mesmo depois da formatura e numa daquelas jams Mike foi descoberto pelo grande John Hammond que lhe arrumou um contrato com a CBS. Lá ele gravou várias sessões mas nada se concretizou pois a CBS não tinha certeza se venderia um bluseiro branco. Veio, enfim, a Butterfield Blues Band que o apresentou como a ponte entre o blues elétrico de Chicago e o rock. Isso era tudo o que queria um tal Bob Dylan. Nessa época ele tinha decidido se plugar, mesmo sob violentos protestos dos xiitas de plantão — a técnica magistral e os solos fluidos de Bloomfield são destaque no "Highway 61 Revisited".
Mike quis se aprofundar nas experiências feitas no segundo álbum da Butterfield BB, East-West, formando a Electric Flag que logo abandonou também. Sua carreira solo se seguiu e ao mesmo tempo foram crescendo a desilusão com o negócio musical e o cansaço com as turnês. Isso o levou ao alcoolismo e ao vício em heroína que acabaram por afastar-lhe dos palcos, dos parceiros e da própria esposa. Quando aparentava ter se recuperado, Mike foi encontrado morto em seu próprio carro depois de uma overdose. Tinha 37 anos apenas e isso foi em 1981.
Esse álbum contém sessões gravadas num clube de São Francisco, não o hotel de NY, feitas em 76 e 77, com Mike em plena forma e com uma banda escolhida a dedo.


Michael Bloomfield -guitarra
Barry Goldberg -Hammond
Nick Gravenites -guitarra,vocal
Mark Naftalin -piano
Bob Jones -guitarra,vocal
Mark Adams -harmônica
Roger Troy -baixo,vocal
George Rains -bateria


1 Blues Medley: Sweet Little Angel/Jelly Jelly
2 Feel So Bad [Lightnin' Hopkins]
3 Bad Luck Baby
4 The Sky Is Cryin' [Elmore James]
5 Dancin' Fool
6 Buried Alive in the Blues
7 Farther Up the Road
8 Your Friends
9 Bye, Bye



The Butterfield Blues Band - East-West (1966)



Muito embora nunca tenha tido um grande sucesso comercial, não dá pra imaginar a música de hoje sem a Butterfield BB. Eles foram os responsáveis por aproximar o blues do público jovem e branco e daí os eventos rolaram em progressão geométrica. Antes da banda, aqueles que queriam tocar blues apenas faziam covers, sem quase mudar uma nota; até mesmo por respeito ou pra levar um pau. Já Butterfield misturou estilos e gêneros, como nesse segundo álbum da banda que tem elementos orientais — influência de Ravi Shankar. Pra impor respeito, ele tinha a seu favor o fato de ser um tremendo gaitista e de ter montado uma banda multi-racial extremamente talentosa. O primeiro guitarrista a entrar no barco foi o Elvin Bishop e logo depois veio Mike Bloomfield, que ficaria até 1967, quando saiu para formar a Electric Flag com o ex-Hendrix Buddy Miles.


Paul Butterfield —harmônica,vocal
Mike Bloomfield —guitarra 
Elvin Bishop —guitarra,vocal
Mark Naftalin —piano,órgão
Jerome Arnold —baixo
Billy Davenport —bateria

1 Walkin' Blues [Robert Johnson]
2 Get Out of My Life Woman [Allen Toussaint]
3 I Got A Mind to Give Up Living
4 All These Blues
5 Work Song [Nat Adderley,Oscar Brown Jr.]
6 Mary, Mary [Michael Nesmith]
7 Two Trains Running [Muddy Waters]
8 Never Say No
9 East-West [M. Bloomfield,Nick Gravenites]



sábado, 10 de novembro de 2012

The Ford Blues Band - A Tribute to Paul Butterfield (2001)



Outra grande influência, outro ótimo tributo. E, nos nossos dias, essa talvez seja a melhor banda que se possa reunir para tanto. O espectro de Butterfield está por toda parte, especialmente sobre os músicos brancos de blues e blues-rock, mas particularmente sobre os irmãos Ford. Patrick Ford diz que a intensão sua e de seus irmãos é de agradecer ao homem que definiu qual tipo de músicos eles seriam, e que escolheram, dentre seus sete primeiros álbuns, uma seleção de músicas que mostrassem a grande diversidade de Paul. Mark Naftalin, que toca na faixa 4, foi membro original da Butterfield BB.


Patrick Ford -bateria
Robben Ford -guitarra,vocal
Mark Ford -gaita,vocal
Gabriel Ford -teclados
Mark Naftalin -teclados
Volker Strifler -guitarra,vocal
Andy Just -harmônica,vocal
Dewayne Pate -baixo
Mick Gillette -trompete,trombone
John Lee Sanders -flauta,sax
John Burr -teclados


1 Screamin'
2 One More Heartache [Smokey Robinson]
3 Last Hope's Gone
4 Good Morning Little Schoolgirl [Sonny Boy Williamson]
5 No Amount of Loving
6 Mary, Mary Robben Ford
7 Work Song [Nat Adderley]
8 In My Own Dream
9 Budd's Advice [Howard "Buzz" Feiten]
10 All These Blues
11 Tollin' Bells [Willie Dixon]
12 Everything's Gonna Be Alright [Little Walter]

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

The Ford Blues Band - In Memory of Michael Bloomfield (2002)



Michael Bloomfield foi um dos primeiros guitarristas brancos a receberem reverências da comunidade bluseira negra. Pelo público em geral e pela crítica ele foi aclamado e logo conduzido ao status de guitar hero, coisa que ele detestava. Sua enorme inventividade e seu tom encorpado influenciaram um sem número de músicos, e entre eles estão Robben Ford e seus irmãos que em 2002 lhe renderam essa excelente homenagem. Embora Bloomfield tenha tido sua carreira solo, seus melhores momentos estão com as bandas nas quais tocou, notadamente a de Paul Butterfield, a Electric Flag e a eletrificação de Bob Dylan. E é basicamente desses momentos que esse tributo é feito, aqui estão algumas de suas melhores passagens executadas por músicos que realmente botaram o coração na coisa, tanto quanto Bloomfield o fazia.


Patrick Ford -bateria
Robben Ford -guitarra,vocal
Chris Cain -guitarra,vocal
Volker Strifler -guitarra
Andy Just -harmônica,vocal
Dewayne Pate -baixo

John Burr -Harpsichord
Tony "Macaroni" Lufrano -órgão,piano
Renato Espinoza -vocals (Background)
Brad Catania -trompete
Mic Gillette -trombone,trompete
John Lee Sanders -sax


 1  Interview
 2  Killing My Love
 3  The 59th Street Bridge Song (Feelin' Groovy)
 4  Stop
 5  Next Time You See Me
 6  Interview
 7  I Got a Mind to Give up Living
 8  Interview
 9  Groovin' Is Easy
10 Peter's Trip
11 The Ones I Loved Are Gone
12 It's About Time
13 Jimi the Fox
14 Mary Ann
15 Interview
16 Blues With a Feeling
17 Interview
18 Blues for MB

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mark Ford - Mark Ford with The Robben Ford Band (1991)



Quem entende muito de gaita — entende e toca muito — como o mestre Marcio Maresia, diz que o Mark é tão criativo e magistral quanto seu irmão Robben Ford o é na guitarra. Dito isso, não resta o que acrescentar.

Mark Ford -gaita,vocal
Robben Ford -guitarra
Roscoe Beck -baixo 4 e 6 cordas
Tom Brechtlein -bateria

1  Mellow Down Easy
2  Ain't Got Dough
3  Heart-Breakin' Blues
4  My Baby Didn't Come
5  Up and Out
6  On the Road Again
7  Up from the Streets
8  Fool for Love
9  Live the Life I Love
10 Hot Cha Cha
11 Is It Makebelieve?


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Yellowjackets - Yellowjackets (1981)



Em 1979 Robben Ford reuniu um grupo de consagrados músicos de estúdio para gravar um disco chamado The Inside Story pela gravadora Elektra. Esses músicos eram Russell Ferrante, Jimmy Haslip e Ricky Lawson. Haslip tinha tocado com Crosby, Stills & Nash; Ferrante com Kitaro e Yusef Lateef; Lawson com os Jacksons, Tom Waits e George Duke. The Inside Story foi basicamente um trabalho instrumental e a gravadora queria, na sequência, lançar um álbum com mais vocal e mais popinho. Os quatro caras, que tinham se entendido muitíssimo bem, não concordaram e decidiram mudar a direção. Por razões contratuais eles não poderiam ser The Robben Ford Group, então criaram um sub-grupo: Yellowjackets. Eles já saíram fazendo bastante sucesso, recebendo ótimas críticas e sendo postos ombro a ombro com Spyro Gyra, Steps Ahead e Crusaders. A diferença é que eles estavam mais para o lado do Rhythm & Blues, às vezes exibindo influências de bandas mais sérias como a Weather Report, por exemplo.
 Sem ser apontado como um líder mas como um colaborador, Robben Ford compôs duas músicas e executou a maioria das partes de guitarra. Essa colaboração iria diminuir com o tempo — mais dois discos, creio eu — até que a principal voz da banda se tornasse o sax de Marc Russo.
Ao longo desses mais de 30 anos, a Yellowjackts mudou de formação muitas vezes e fez um bocado de contorcionismo estético para transpor o beco sem saída que é esse gênero.


Russell Ferrante -teclados
Jimmy Haslip -baixo
Ricky Lawson -bateria
Robben Ford -guitarra

Roland Bautista -guitarra 
Ernie Watts -sax tenôr
Larry Williams -flauta,sax tenôr
Bill Reichenbach Jr. -trombone
Gary Herbig -flauta,sax tenôr
Kim Hutchcroft -sax barítono e tenôr
Bobby Lyle -piano
Lenny Castro -percussão
Paulinho Da Costa -percussão


1 Matinee Idol
2 Imperial Strut
3 Sittin' in It
4 Rush Hour
5 The Hornet
6 Priscilla
7 It's Almost Gone



Haslip, Ferrante, Ford, Lawson

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jimmy Witherspoon - Live at the 1972 Monterey Jazz Festival

 
 
Jimmy Witherspoon foi um dos maiores cantores de blues do pós-guerra e era bastante versátil para também transitar pelo jazz. Ele dividiu palco com todas as grandes estrelas de ambos os gêneros lançou um monte de sucessos. No final dos anos 50 ele começou a sentir o ostracismo que ia tomando conta do blues e chegou a abandonar a coisa, trabalhando como disc jockey em Los Angeles. Mas no início dos 70 voltou com tudo e com uma banda de jovens talentos, que é justamente essa com Robben Ford. Jimmy está na melhor forma, rola descontraído seus grandes hits e o tempo todo cita Robben, incentivando a platéia. A faixa 11 é um exemplo daquela versatilidade; ela não foi gravada nessa edição do festival mas na de 59, e com ele está o Olimpo do jazz.


Jimmy Witherspoon -vocal
Robben Ford -guitarra,sax alto
Paul Nagel -Fender Rhodes piano
Stanley Poplin -baixo
Jim Baum -bateria

faixa 11:
Ben Webster -sax tenôr
Earl "Fatha" Hines -piano
Coleman Hawkins -sax tenôr
Woody Herman -clarinete
Roy Eldridge -trompete
Vernon Alley -baixo
Mel Lewis -bateria

1   I'm Gonna Move to the Outskirts of Town
2  S.K. Blues
3   Kansas City
4   Goin' Down Slow
5  Walkin' by Myself
6   Ain't Nobody's Business What I Do
7  I Want a Little Girl
8   I Don't Know
9   Early One Morning
10 Reds and Whiskey
11 When I Been Drinkin'

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Charlie Musselwhite - Where Have All The Good Times Gone? (1984)



Pra falar desse disco a gente tem que entrar no túnel do tempo. Foi no longínquo ano de 1968 que os irmãos Patrick, Mark e Robben Ford chegaram em São Francisco e fundaram a Charles Ford Band em homenagem ao pai. Um pouco mais adiante, o Patrick caiu na estrada acompanhando o grande gaitista Charlie Musselwhite. E não foi só com ele que tocou, acompanhou Muddy Waters, Lightning Hopkins e Jimmy Witherspoon. No começo dos anos 80 Patrick Ford fundou seu próprio sêlo e produziu ótimos discos como os de Brownie McGhee, Chris Cain e do próprio Musselwhite. Este aqui é um deles. Patrick trouxe Robben que fazia já um tempo que estava afastado do blues, tocando com Tom Scott, Joni Mitchell e na banda própria que viraria a Yellowjackets. Acho que ele precisava mesmo desse refresco porque depois iria encarar Miles Davis. Enfim, Charlie Musselwhite compôs grandes músicas para esse álbum, seu pianista está em grande forma e tudo mais rola perfeito.


Charlie Musselwhite -harmônica,violão,vocal
Robben Ford -guitarra
Clay Cotton -piano
Steve Ehrmann -baixo
Patrick Ford -bateria


 1  Hello Stranger
 2  Seemed Like the Whole World Was Crying
 3  Baby-O
 4  Still a Stranger
 5  Kid Man Blues [Big Maceo Merriweather]
 6  I'll Get a Break Someday
 7  Stretching Out
 8  Where Have All the Good Times Gone?
 9  Goin' Away Baby [Jimmy Rogers]
10 Exodus

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Joni Mitchell - The Hissing Of Summer Lawns (1975)




Esse disco marcou uma virada na carreira da Joni Mitchell e acabou sendo um dos seus trabalhos mais elogiados. Ela que antes fazia um jazz suave, introduziu uma série de instrumentos novos nos seus arranjos e acrescentou elementos multiculturais, bem antes de caras como Paul Simon e Peter Gabriel irem nessa direção. Antes desse álbum Joni vinha se apresentando com a banda L.A. Express liderada pelo saxofonista Tom Scott e que tinha Robben Ford, Max Benett e John Guerin. Ela os manteve ao seu lado e convidou alguns músicos realmente geniais para ir ao estúdio: Larry Carlton tinha sido membro da L.A. Express e Joe Sample também, mas ele e Wilton Felder são mais conhecidos pela banda The Cruzaders.


Joni Mitchell -violão,piano,vocal
Robben Ford -guitarra,Dobro
Jeff Baxter (Doobie Brothers,Steely Dan) -guitarra
Larry Carlton -guitarra
James Taylor -violão,guitarra
David Crosby -vocal
Graham Nash -vocal,harmônica
Wilton Felder -baixo
Max Bennett -baixo
Victor Feldman -piano elétrico,vibrafone,percussão
Joe Sample -piano elétrico
John Guerin -bateria,Moog
Bud Shank -sax e flautas
Chuck Findley -flugelhorn,trompete


1 In France They Kiss on Main Street
2 The Jungle Line
3 Edith and the Kingpin
4 Don't Interrupt the Sorrow
5 Shades of Scarlett Conquering
6 The Hissing of Summer Lawns
7 The Boho Dance
8 Harry's House / Centerpiece
9 Sweet Bird
10 Shadows and Light

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Robben Ford - Discovering The Blues (1978)



Esse álbum reúne performances de dois concertos realizados em 1972, quando Robben tinha 20 ou 21 anos. E mesmo tão jovem, ele mostra aí a técnica impecável e o fraseado fluido e controlado que fazem dele o grande expoente dessa geração.


Robben Ford -guitarra,sax(4),vocal
Paul Nagle -teclados
Stan Poplin -baixo
Jim Baum -bateria


1 Sweet Sixteen [BB King]
2 You Drive a Hard Bargain
3 It's My Own Fault [John Lee Hooker]
4 You Don't Know What Love Is
5 My Time After Awhile
6 Raining in My Heart
7 Blue and Lonesome [Little Walter]

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Wigwam - Being (1974)



Wigwam foi a primeira banda finlandesa a fazer sucesso internacional — sucesso esse que pode ter sido facilitado por possuírem um vocalista inglês — e é uma das pioneiras do Rock Progressivo. Seu som era dominado pelos teclados e incluía elementos folclóricos escandinavos e um pouco de jazz. Esse é seu quinto álbum, um trabalho conceitual com temas políticos e religiosos. O aspecto mais elogiado da Wigwam era sua habilidade de fazer uma música muito complexa e acessível ao mesmo tempo; pelo menos até esse disco. Sim, porque depois dele tanto o Pekka Pohjola como o Jukka Gustavson deixaram a banda e daí em diante a coisa mudou radicalmente.
Being é uma obra prima indispensável.


Pekka Pohjola -baixo,piano,violino,Mini Moog
Jim Pembroke -vocal,piano
Jukka Gustavson -órgão,piano,Mini Moog,vocal
Ronnie Osterberg -bateria,percussão,vocal
com
Seppo Paakkunainen -flauta
Pekka Poyry -flauta,sax soprano
 Ilmari Varila -oboé
Aale Lingren -oboé
Juhani Aaltonen -flauta
Unto Haapa-aho -clarinete
Paavo Honkanen -clarinete
Juhani Aaltonen -flauta solo
Pentti Lahti -flauta
Pentti Lasanen -flauta,clarinete
Juhani Tapaninen -fagote
Kai Veisterä -flauta
Taisto Wesslin -violão


1 Proletrarian
2 InspiRed Machine
3 Petty-Bourgeois
4 Pride of the Biosphere
5 Pedagogue
6 Crisader
7 Planetist
8 Maestro Mercy
9 Prophet
10 Marvelry Skimmer


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mike Oldfield - Ommadawn (1975)

 
 
 
 
Esse é o terceiro álbum do Mike Oldfield e provavelmente seu melhor. Ele pegou os melhores ingredientes dos dois anteriores e amadureceu bastante. As composições incluiram elementos africanos e irlandêses, os arranjos são complexos e as melodias tem grandes passagens de teclados e vocais realmente belíssimos. Essa versão de luxo aqui, além de vários singles, traz o trabalho original que acreditava-se perdido. A história é a seguinte: Oldfield estava finalizando e constantemente retornava a fita para mixar overdubs ou modificar algo. Até aí,tudo bem. Só que aquele carretel em particular estava com uma má formulação química e quando ele foi apresentar o trabalho, a fita estava inaudível. O jeito foi refazer tudo às pressas e do melhor jeito que lembrou. O que ninguém soube até pouco tempo, é que um técnico tinha duplicado a master num carretel perfeito que ficou arquivado lá nas catacumbas da Virgin — ainda que alguns digam que tais não existam.
Oldfield é um predestinado que aprendeu a tocar guitarra aos sete anos e aos dez já compunha suas peças. Ele formou a primeira banda com sua irmã Sally e depois foi tocar com Kevin Ayers. Antes de lançar seu primeiro disco solo Oldfield passou um tempo como músico de dos estúdios Abbey Road, onde teve a chance de pegar intimidade com um monte de outros instrumentos, e, pelo que aprendeu lá, montou seu próprio estúdio em casa. Experimentando muito, tocando de tudo, acabou criando Tubular Bells. Sua carreira tem momentos notáveis como este e como Incantations e Amarok também, mas alterna com trabalhos superficiais que podem ser ouvidos no consultório do seu dentista ou com reciclagens, principalmente sobre o Tubular. Eu creio que pela sua mistura de elementos da música celta — ainda que alguns digam que tal não existe — e pelo trabalho com instrumentos ancestrais, Oldfield é apontado como uma grande influência na formação da tal new age music, que já é old.

Mike Oldfield -violões,guitarras,baixos elétricos e acústicos,bandolim,harpa,bouzouki,banjo,piano,espineta,órgão,sints,bodhran,percussão,glockenspiel Don Blakeson -trompete
Herbie -gaitas de fole
Pierre Moerlen -tímpanos
William Murray -percussão
Terry Oldfield -flautas
Leslie Penning -tapes
David Strange -cello
Julian Bahula, Ernest Mothle, Lucky Ranku, Eddie Tatane -percussão
Sally Oldfield, Bridget St. Johns, Clodagh Simonds, The Penrhos Kids, The Hereford City Band
-vocal

CD 1
1 Ommadawn (Part One) (2010 Stereo Mix by Mike Oldfield Previously Unreleased)
2 Ommadawn (Part Two) / On Horseback (2010 Stereo Mix by Mike Oldfield Previously Unreleased)
3 In Dulci Jubilo
4 First Excursion
5 Argiers
6 Portsmouth


CD 2
1 Ommadawn (Part One) (Original 1975 Stereo Mix)
2 Ommadawn (Part Two) / On Horseback (Original 1975 Stereo Mix)
3 Ommadawn (Lost Version) (1975 Demo - Previously Unreleased)