quinta-feira, 31 de março de 2016

Lunatic Soul - Lunatic Soul (2008)






Lunatic Soul é um projeto paralelo do baixista e principal força criativa da banda polonesa de prog-metal Riverside. Melhor dizendo, Lunatic Soul é Mariusz Duda, uma vez que ele é o único membro fixo nos quatro discos já lançados — este é o primeiro deles. Aqui o tema é a morte e o clima é tão escuro quanto a capa. Mas é um belo álbum que tem pouco a ver com a Riverside, pois não há guitarra elétrica nele. São paisagens musicais, ora melancólicas, ora espaciais, com muitas flautas e percussão.




Mariusz Duda - baixo, violão, percussão, vocal
Maciej Szelenbaum - piano, teclados
Michal Lapaj - órgão hammond
Maciej Meller - e-bow
Wawrzyniec Dramowicz - bateria, percussão




1   Prebirth         
2   The New Beginning
3   Out on a Limb
4   Summerland  
5   Lunatic Soul
6   Where the Darkness Is Deepest
7   Near Life Experience
8   Adrift
9   The Final Truth
10 Waiting for the Dawn

terça-feira, 29 de março de 2016

Indukti - S.U.S.A.R. (2004)






Indukti é uma banda polonesa de prog-metal formada em 2001 e este é o primeiro disco dela. Eu até me solidarizo com aqueles que franziram a testa e torceram o nariz quando leram "prog-metal" mas eu gostaria de lembrar que essa foi uma direção apontada até pela King Crimson no último álbum que lançou. Tem muita coisa boa nesse sub-gênero e aí eu cito a Porcupine Tree, minha favorita. Indukti é uma dessas ótimas bandas. Não à toa, entre suas influências está a própria King Crimson — o violino é uma referência óbvia. O disco é quase todo instrumental e levado pelas duas guitarras sem fritação. Nas vocalizações há a participação especial de Mariusz Duda, da também polonesa Riverside.




Maciej Jaskiewicz - guitarra
Piotr Kocimski - guitarra
Maciek Adamczyk - baixo
Wawrzyniec Dramowicz - bateria
Ewa Jablonska - violino

com
Anna Faber - harpa
Mariusz Duda - vocal



1 Freder
2 Cold Inside...I
3 No. 11812
4 Shade
5 Uluru
6 No. 11811
7 ...And Weak II

segunda-feira, 28 de março de 2016

Days Between Stations - Days Between Stations (2007)







Days Between Stations é um projeto de dois músicos norte-americanos, Samzadeh e Fuentes, iniciado em 2003. Então, até este que é o primeiro disco levou bom tempo de amadurecimento. O nome da veio de um romance do escritor Steve Erickson. Há vários músicos de apoio, incluindo o tio de Sepand Samzadeh, Jeffrey, que é um estudioso da música tradicional iraniana, embora este não seja um elemento forte no disco. O som vai um tanto ao art-rock e outro ao prog. Lembra o início de carreira da Porcupine Tree e lembra também o álbum Division Bell do Pink Floyd. Ele é quase totalmente instrumental e uma passagem vocal na faixa 2 em especial, essa lembra mesmo é o The Dark Side of The Moon. É um excelente disco, um pouco melancólico e soturno, mas comovente também. 




Sepand Samzadeh - guitarras, teclados
Oscar Fuentes - teclados, baixo

com
Jeremy Castillo - guitarra (1,4,7)
Jason Hemmens - sax (5,7)
Sean Erick - trompete (5,7)
Kevin Williams - trombone (5,7)
Jeffrey Samzadeh - vocal (1)
Hollie Shephard - vocal (2)
Marjory Fuentes - vocal (3)
Vivi Rama - baixo (1,2,4,7)
Jon Mattox -bateria, percussão (1,2,4,5,7)




1 Requiem For The Living 
2 Either/Or 
3 Intermission 1 
4 How To Seduce A Ghost 
5 Radio Song
6 Intermission 2 
7 Laudanum 
  a) A Long Goodbye
  b) Every One Is Here But You
  c) Nowhere
  d) The Wake

sexta-feira, 25 de março de 2016

Randy Jacobs - Rhythm And The Beat (2013)






Esse é um álbum solo do guitarrista da Boneshakers. Seu parceiro Sweet Pea Atkinson tem uma pequena participação e uma parte dessa imensa lista de músicos também tocou com a Boneshakers. Contudo, esse disco é bem diferente, bem mais funk. Tem um teco de blues, outro de R&B e outro de jazz, mas o legal é que é, na maior parte, instrumental. 




Randy Jacobs - guitarra, baixo, teclados, vocal
Dave Hooper - bateria
Jamie Mahoberac - teclados
Reggie McBride - baixo acústico
Luis Resto - teclados, piano, Moog baixo
Jon Gilutin - teclados
Ron Reinhart - teclados, órgão (10)
Peter White - violão de nylon
Rick Braun - trompete, flugelhorn
Richard Elliot - sax
Brian Culbertson - sax
Joe Sublett - sax, trompete (10)
Mindi Abair - sax
Dave Koz - sax solo (4)
Sergio Gonzales - bateria (4)
Jervonni Collier - baixo (4)
Tionno Banks - órgão (4)
Bill Bergman - sax (4) 
Sweet Pea Atkinson - backing vocal (4)
Harry Bowens - backing vocal (4)
Donald Ray Mitchell - vocal (10, 11)
Raquel Salaysay - baixo, fala (10)
Mario Resto - bateria (10)
Jimi Ali - baixo (10) 
Michael Brooks - piano (10)
Darrell Leonard - sax, trompete (10) 
Sandra Fever - backing vocal (10)
Hershell Boone - backing vocal (10)





1   Funkolina Brown
2   Secret Plot Deep
3   Groovellephacus
4   (Let's) Get Funky Tonight
5   Love Lessons
6   No Brag, Just Fact
7   Omazing
8   Wake Up Baby
9   McStinkum
10 Free the Man
11 Que Sera Sera

quinta-feira, 24 de março de 2016

The Boneshakers - Shake The Planet (1998)






A pedido, aqui está o segundo e último álbum da dupla Jacobs/Atkinson. Na minha opinião, ele segue na mesma linha do primeiro, com um pouco mais de funk.




Randy Jacobs - guitarra (1 à 12), baixo (3, 4, 5), Talkbox (5)
Sweet Pea Atkinson - vocal (1 à 12)
Jon Gilutin - piano (2, 5, 7, 12), Hammond B3 (6), piano elétrico (7), sintetizador de metais (10)
Tionno Banks - piano elétrico Wurlitzer (4, 5, 6, 8, 9), órgão Hammond B3 (3, 4, 10, 12), clavinet (5, 9), sintetizador de baixo (5)
Jamie Mahoberac - sintetizador (2, 8, 9), teclados (1)
Billy Valentine - vocal (3, 6)
Bill Bergman - sax (3, 7, 8)
Lester Lovitt - trompete (3, 7, 8)
Freddie Washington - baixo (2, 10)
Jervonni Collier - baixo (6, 7, 9, 11)
Trent Stroh - baixo (12)
Abe Laboriel, Jr. - bateria (6, 9, 10, 11)
Denny Weston, Jr. - bateria (4, 5, 7, 8, 12)
Kenny Aronoff - bateria (1, 2, 3)
Lenny Castro - percussão (1, 4, 5, 6, 9, 11)
Harry Bowens, Kathy Kosins, Myrna Smith, Portia Griffith, Randy Jacobs, Tionno Banks, Trent Stroh - backing vocal




1   Hand Over Fist, Heart Over Mind
2   Pouring Gasoline on a Burning Man
3   Ball and Chain
4   Don't Change Horses (In the Middle of the Stream)
5   Yesterday's Gone
6   Compromise, Communicate
7   Teach Me How to Stay
8   Livin'
9   Water in the Well
10 Hype
11 Rush
12 She's a Heartache


segunda-feira, 21 de março de 2016

Duo Gismonti - Vasconcelos - Jazzbühne Berlin '84 (1990)







Esse álbum foi gravado em 17 de junho de 1984 no Teatro do Povo, em Berlim oriental. Portanto, o show aconteceu um pouco antes dos dois músicos gravarem o álbum Duas Vozes. O repertório é diferente e altamente improvisado, no bom sentido. A captação do som é boa, senão não seria um relançamento do selo Repertoire.




Egberto Gismonti - violão
Nana Vasconcelos - percussão



1 Em Familia
2 Dança Das Cabeças
3 O Berimbau
4 Selva Amazônica
5 Corpo / Salvador
6 Dança Solitarie No. 1


domingo, 20 de março de 2016

Egberto Gismonti & Naná Vasconcelos - Duas Vozes (1985)






Duas Vozes é um álbum  intimista e emotivo gravado em Oslo, na Noruega, por esses dois grandes músicos brasileiros. Pode-se dizer que é praticamente um trabalho de percussão, se agente considerar que Gismonti usa seus violões como se assim fossem. Não há nada óbvio nesse encontro, nem mesmo na Aquarela do Brasil.




Egberto Gismonti - violões, piano, flautas, percussão, voz
Naná Vasconcelos - percussão, berimbau, voz



1 Aquarela Do Brasil
2 Rio De Janeiro
3 Tomarapeba
4 Dançando
5 Fogueira
6 Bianca
7 Don Quixote
8 O Dia, à Noite

sexta-feira, 18 de março de 2016

Codona - The Codona Trilogy (2009)







Codona, o nome, reúne as iniciais dos membros dessa banda que gravou três discos, Codona 1, 2 e 3, em 1978, 1980 e 1982, respectivamente. Collin Walcott é um anglo-indiano estudioso da cultura indiana e dos seus instrumentos tradicionais. Don Cherry é um trompetista inovador que tocou durante muitos anos com Ornette Coleman. Nana é Naná. Nesses álbuns o trio torna-se precursor tanto da new age, quanto da world music. Eles tocam todos os gêneros e ao mesmo tempo tocam nenhum, ou tocam Codona. Dentre tantos trabalhos, solo ou em participações, esse talvez seja o mais expressivo e influente de Naná Vasconcelos.




Collin Walcott - sítara, tabla, dulcimer, percussão, vocal
Don Cherry - trompete, xalam, flautas, órgão, melodica, voz
Nana Vasconcelos - percussão, talkimg drum, berimbau, cuíca, voz




CD 1
  1. Like That Of Sky
  2. Codona
  3. Race Face
  4. Sortie
  5. Sir Duke
  6. Mumakata
  7. New Light

CD 2
  1. Que Faser
  2. Godumaduma
  3. Malinye
  4. Drip-Dry
  5. Walking On Eggs
  6. Again and Again, Again

CD 3
  1. Goshakabuchi
  2. Hey Da Ba Doom
  3. Travel By Night
  4. Lullaby
  5. Trayra Boia
  6. Clicky Clacky
  7. Inner Organs


quinta-feira, 17 de março de 2016

Jan Garbarek - Eventyr (1981)






Jan Garbarek é o saxofonista norueguês que estabeleceu sua reputação ao integrar o European Quartet do pianista Keith Jarrett, que existiu de 1974 à 1979. Antes disso, ele já tinha se dedicado ao jazz-rock e ao rock progressivo. Nos anos que se seguiram, Garbarek perseguiu seu próprio estilo sempre experimentando e fundindo, como com a música eletrônica desenvolvida por Brian Eno e com a world music e sua diversidade de ritmos, sobretudo depois do seu trabalho com o brasileiro Egberto Gismonti. Com Gismonti e Charlie Haden, Garbarek gravou dois ótimos discos, Magico e Folk Songs. Eventyr (aventura/contos de fada) foi gravado entre eles. Ele é baseado em canções folclóricas escandinavas mas trabalha sobre os ritmos afro-latinos de Naná Vasconcelos e muitos elementos do oriente médio na guitarra de John Abercrombie.




Jan Garbarek - sax tenôr, sax soprano, flautas
John Abercrombie - guitarras de 6 e 12 cordas, Mandoguitar
Nana Vasconcelos - percussão, talking drum, berimbau, voz



1 Soria Maria
2 Lillekort
3 Eventyr
4 Weaving A Garland
5 Once Upon A Time
6 The Companion
7 Snipp, Snapp, Snute
8 East Of The Sun And West Of The Moon

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       Golpe de Estado

                   Editorial do jornal O Estado de São Paulo, 17/03/2016

Não é outra coisa senão um golpe de Estado a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff. Esse ato foi, simultaneamente, uma declaração de guerra aos brasileiros honestos e às instituições da República e a abdicação de fato da presidente Dilma de seu cargo, entregando-o de vez a seu criador e consumando dessa maneira o tal “golpe” que o PT, Dilma e Lula tanto acusavam a oposição de tramar. Temos agora na Presidência de fato da República um tipo que não recebeu um único voto para ocupar aquela posição nas últimas eleições.
Já os mais de 54 milhões de votos que Dilma recebeu na reeleição foram rasgados com essa assombrosa decisão. Dilma tornou-se, por vontade própria, subalterna do demiurgo petista, na presunção de que este, como “primeiro-ministro” em um parlamentarismo de fancaria, terá o poder que ela não tem mais – e a capacidade que nunca teve – para reverter o colapso de seu triste governo.
Ao mesmo tempo, Dilma aceitou acoitar Lula em seu gabinete, concedendo-lhe foro especial para que o chefão tenha melhores condições de tentar se safar da Justiça – uma sacada que transforma o exercício do governo em algo próximo do mais puro e simples gangsterismo. Também se poderia dizer que o bando, que estava acéfalo, agora tem um chefe.
Investigado em diversas frentes em razão de suas relações promíscuas com o baronato do capitalismo oportunista, Lula foi pilhado vivendo à custa desses generosos patrocinadores, preocupados em lhe proporcionar o bom e o melhor – tudo como pagamento pelos lucrativos serviços que Lula lhes prestou nos governos petistas. A polícia e a Justiça entendem que o capo ainda precisa explicar melhor, sem xingar os investigadores nem debochar das instituições, como ele constituiu tão fraterna confraria – que, não por acaso, está no centro da roubalheira na Petrobrás.
Não era pequena a possibilidade de que Lula fosse preso a qualquer momento em razão dos diversos inquéritos dos quais é alvo em primeira instância. Agora, feito ministro, terá o privilégio de ter seu caso avaliado pelo Supremo Tribunal Federal, onde espera receber – e rogamos para que esteja totalmente enganado – a condescendência que certamente não teria do juiz federal Sérgio Moro.
Assim, Lula se torna o próprio exemplo de uma de suas tantas bravatas a respeito da impunidade no Brasil, na época em que ele ainda era o paladino da ética na política. Disse ele, em 1988: “No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai para a cadeia; mas quando um rico rouba, vira ministro”. Já se pode dizer que, para ser ministro do atual governo, a probidade é dispensável – a única exigência é que o candidato esteja sob investigação da Polícia Federal ou seja réu da Justiça. O Brasil já sente saudade do tempo em que os ministros eram escolhidos apenas como forma de barganha fisiológica.
Se a cartada de Lula será ou não bem-sucedida, só o tempo dirá, mas convém lembrar que o foro privilegiado não livrou da cadeia a quadrilha petista que atuou no mensalão. Enquanto o dia de encarar o tribunal não chega, Lula poderá exercer a Presidência de facto, sem ter recebido um único voto de um único brasileiro para isso. E não se diga, com o cinismo que é peculiar ao lulopetismo, que Lula, afinal, nunca deixou a cadeira presidencial e sempre influenciou Dilma. O que vai acontecer daqui em diante, ao menos na cabeça dos apaniguados do chefão petista, está em outro patamar: Lula vai ditar a política econômica, promovendo a “virada” tão desejada por essa caterva de irresponsáveis.
Já se espalhou que Lula pretende implementar um certo “plano de reanimação nacional”, para reverter a crise econômica. Nem é o caso de perguntar como o mago petista pretende realizar tamanho milagre, pois nada disso é se não rematada empulhação, como quase tudo o que caracteriza sua trajetória. Mas é o suficiente para animar a tigrada, com vista a 2018. O presidente da CUT, Vagner Freitas, por exemplo, já disse que Lula vai mudar “radicalmente” o governo e “dar uma guinada à esquerda”. Pobre Brasil.
Aos cidadãos brasileiros, ofendidos por essa desavergonhada demonstração de desprezo pela democracia, resta exercer nas ruas o direito de manifestação e pressionar o Congresso e o Judiciário a não permitirem que o golpe se complete. O Brasil não pode ser governado por uma quadrilha.
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segunda-feira, 14 de março de 2016

Pat Metheny Group - Travels (1982)







Na semana passada perdemos Naná Vasconcelos, um dos maiores músicos que o Brasil já teve e um dos percussionistas mais requisitados do mundo. Milton Nascimento, Paul Simon, Ginger Baker, Ron Carter, todo aquele povo da gravadora ECM e até B.B. King formam uma pequena amostra dos grandes músicos com quem colaborou. Pat Metheny está entre eles. Naná estreou com ele em 1981 no ábum As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls e continuou no álbum seguinte, o Offramp — no qual estreou o baixista Rodby. Em Offramp, Metheny buscava um novo horizonte na música que fosse além daquelas paisagens bucólicas do meio-oeste americano — ele começou a experimentar com o recém lançado sintetizador para guitarra. Naná foi o contraponto nessa viagem eletrônica e exerceu uma influência tão forte no som de Metheny, que se manteve nítida por mais três álbuns, ao menos. Travels é o registro ao vivo daqueles dois álbuns e tem também algumas músicas que foram surgindo na estrada. Ele é grandioso pela musicalidade e pela interpretação de todos, e é muito simples pela delicadeza dos sentimentos que evoca. Enquanto outros músicos que adotaram a guitarra sintetizada ficaram com seus trabalhos datados, Travels é atemporal e eu acho que é pela parte do Naná. Na primeira fixa, por exemplo, no primeiro solo a guitarra soa como uma harmônica e no segundo parece um trompete ardido... mas é um sambinha simples e muito legal.
Naná Vasconcelos e Pat Metheny voltariam a colaborar dez anos depois no álbum Secret Story.





Pat Metheny - guitarra Gibson ES 175, sintetizador para guitarra Roland GR-300, violão clássico, violão 12 cordas 
Lyle Mays - piano, órgão, sintetizadores, autoharp, Synclavier
Steve Rodby - baixo elétrico e acústico
Dan Gottlieb - bateria
Naná Vasconcelos - percussão, berimbau, voz




CD 1
1 Are You Going With Me?
2 The Fields, The Sky
3 Goodbye
4 Phase Dance
5 Straight On Red
6 Farmer's Trust

CD 2
1 Extradition
2 Goin' Ahead / As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls
3 Travels
4 Song For Bilbao
5 San Lorenzo

quarta-feira, 9 de março de 2016

Armageddon - Armageddon (1975)







Armageddon foi o último trabalho de Keith Relf, algo bem diferente do que tinha feito antes. A banda, a grosso modo, foi uma mistura da Steamhammer e da Renaissance. Pugh e Cennamo foram companheiros na primeira e Relf e Cennamo na segunda. O peixe fora d'água aí é o Bobby Caldwell que antes foi baterista de Johnny Winter e depois integrou a Captain Beyond. A Armageddon foi formada nos Estados Unidos mas acabou gravando esse único disco em Londres, no Olympic Studios em maio de 1975. Ela fundiu muito bem o hard-rock ao rock progressivo. As faixas são longas e divididas em suítes, o que dá bastante espaço ao guitarrista Martin Pugh para exibir suas habilidades. A seção rítmica também não deixa por menos. O álbum foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, apesar da banda ter feito umas poucas apresentações ao vivo. Isso se deveu a saúde frágil de Relf e ao abuso de certas substâncias também. Em pouco tempo eles se separaram. Keith Relf estava trabalhando para reunir a primeira formação da Renaissance numa nova banda a se chamar Illusion, mas faleceu tragicamente antes de concretizar totalmente o projeto. Ele estava no porão da sua casa onde tinha um estúdio, e foi eletrocutado por uma guitarra sem aterramento. Correu uma versão de que estaria com a guitarra numa banheira, mas era fofoca. Relf deixou uma única música pronta para a Illusion. Armageddon é um álbum atemporal e essencial.




Keith Relf - vocal, harmônica
Martin Pugh - guitarra, violão
Louis Cennamo - baixo
Bobby Caldwell - bateria, percussão, piano, vocal




1 Buzzard
2 Silver Tightrope
3 Paths and Planes and Future Gains
4 Last Stand Before
5 Basking in the White of the Midnight Sun

terça-feira, 8 de março de 2016

Strawbs - Hero and Heroine (1974)







Com o fim da primeira formação da Renaissance após o álbum Illusion, o tecladista John Hawken passou dois anos entre participações em discos de outros músicos e bandas, como Luther Grosvenoe e a Third World War. No final de 1973 ele entrou para a Strawbs e com ela gravou este que é o oitavo disco da banda e um dos melhores trabalhos dela. A Strawbs foi formada em 1964 e ainda está na estrada. Ela é lembrada também por ter abrigado músicos do quiilate de Sandy Denny, Sonja Kristina e Rick Wakeman — hoje é o filho de Wakeman, Adam, quem cuida das teclas. O som da Strawbs mudou tanto quanto seu line-up; começou com bluegrass, passou pelo folk, glam e prog. Hero and Heroine, além de Hawken, apresentou também novos baixista e baterista. Chas Cronk tinha tocado no álbum Six Wives do Wakeman, enquanto Rod Coombes tinha estado na Juicy Lucy e na Paul Brett's Sage. Quanto ao som, eles abandonaram quase completamente o folk em favor do rock progressivo. O instrumental é impressionante e, ainda que não seja o mais puro prog, é o mais prog da Strawbs.




Dave Cousins - vocal, violão, guitarra
Dave Lambert - vocal, violão, guitarra
John Hawken - piano, piano elétrico, órgão, Mellotron, sintetizador
Chas Cronk - baixo, sintetizador, vocal
Rod Coombes - bateria, percussão, vocal




1   Autumn
2   Sad Young Man
3   Just Love
4   Shine On Silver Sun
5   Hero And Heroine
6   Midnight Sun
7   Out In The Cold
8   Round And Round
9   Lay A Little Light On Me
10 Hero's Theme
11 Still Mall Voice
12 Lay A Little Light On Me (Early Version)

domingo, 6 de março de 2016

Medicine Head - Dark Side of the Moon (1972)








Quando a clássica Renaissance acabou, Keith Relf e Jim McCarthy foram produzir o segundo disco da banda de jazz-rock If. No ano seguinte Relf também produziu o segundo disco da banda Medicine Head e depois juntou-se à ela nesse que é o terceiro disco.
A Medicine Head era originalmente uma dupla formada por John Fiddler na guitarra, bateria e vocais, e por Peter Hope-Evans nas gaitas. O som deles era blues-rock lento com tons da psicodelia e certa influência prog. Após o segundo disco chamado Heavy on the Drum, Peter Hope-Evans saiu e Keith Relf assumiu o baixo e dividiu os vocais. O título desse disco é um episódio à parte: No final de 1971 a Pink Floyd estava preparando uma excursão com um grupo de músicas para serem executadas numa sequência que se chamaria Dark Side of the Moon: A Piece for Assorted Lunatics. Mas eles foram alertados que a Medicine Head estava para lançar esse disco e mudaram para "Eclipse", que era o nome de uma dessas músicas. Mais tarde, como esse disco da Medicine Head não conseguiu fazer sucesso, a Pink Floyd voltou ao título original. Todos reconheceram que foi mera coincidência, contudo, se esse disco tivesse feito o esperado sucesso, a obra-prima da Pink Floyd teria o outro título.




John Fiddler - guitarra,vocal
Keith Relf - baixo,vocal
John Davies - bateria



1 Back to the Wall
2 In Your Eyes
3 Sittin' in the Sun
4 On This Road
5 You and Me
6 Kum On
7 Only to Do What Is True
8 You Can Make It Here

sexta-feira, 4 de março de 2016

Steamhammer - Speech (1972)







Depois que deixou a Renaissance, Louis Cennamo tocou com Al Stewart e participou de um disco dele. No mesmo ano ele ingressou na Colosseum e com ela gravou o disco Daughter of Time. Depois ele ingressou na Steamhammer.
A Steamhammer começou como uma banda de blues rock e nesse ponto era comparada à Cream, só que mais pesada e até melhor. Houve mudanças na formação e o som dela foi indo na direção do prog, ainda mais quando Cennamo entrou. Esse quarto e último disco é prog e experimental. Como a banda tinha ficado sem vocalista, ao invés de substituí-lo, a parte vocal é que foi reduzida e dividida entre os membros. Na parte instrumental eles inovaram ao fazer jams com uma estrutura polirrítmica progressiva. Cennamo também inovou ao introduzir o baixo tocado com arco — e inspirou Jimmy Page a fazer isso na guitarra. Infelizmente, pouco tempo depois do lançamento de Speech o baterista Mickey Bradley faleceu e a banda acabou. Louis Cennamo voltaria a trabalhar com Keith Relf na célebre Armageddon, e com os outros companheiros de Renaissance na banda Illusion.




Martin Pugh - guitarra, vocal
Louis Cennamo - baixo, vocal
Mickey Bradley - bateria
Garth Watt-Roy - clarineta, vocal




1 Penumb
   I) Entrance
  II) Battlements
  III) Passage To Remorse
  IV) Sightless Substance
  V) Mortal Thoughtra
2 Telegram
3 For Against

quarta-feira, 2 de março de 2016

Renaissance - Renaissance (1969)







Depois da Yardbirds tocar com Sonny Boy Williamsom, foi-se o Clapton, vieram Beck e Page e a banda viajou à exaustão. Quando a Yardbirds acabou, essa exaustão continuou afetando seus membros. As músicas que Keith Relf e Jim McCarty estavam compondo então eram bem mais tranquilas e eles foram pendendo ao folk. Assim tentaram criar uma banda chamada Together mas não rolou. Procurando outra direção, ambos convidaram o baixista Louis Cennamo, ex-Jody Grind, e o pianista John Hawken da Nashville Teens. A irmã de Relf se dispôs a cantar, coisa que nunca tinha feito profissionalmente. O som que eles desenvolveram foi uma mistura de rock, blues, folk e clássico, tudo baseado em arranjos elaborados para o piano e nas linha fluidas da guitarra. O estilo era único e de certa forma anteviu a world music. E esse primeiro disco deles realmente tornou-se um marco. No entanto, aquela exaustão das ininterruptas turnês da Yardbirds produzira efeitos na saúde, tanto de McCarty, quanto de Relf, e eles eram os principais compositores. Metade de uma excursão pela Europa foi cancelada porque McCarty ficou seriamente doente. Desse jeito não dava pra continuar. Louis Cennamo foi para a Colosseum de Jon Hiseman e depois para a Steamhammer. Relf e McCarty continuaram compondo mas McCarty parou de tocar. Havia um contrato com a gravadora para um segundo disco (Illusion) que usou o material da dupla, só que a banda mesmo, se reduziu a Hawken e os irmãos Relf. Hawken convidou seus ex-companheiros de Nashville Teens para interpretarem o álbum em alguns shows e, honrado o compromisso, foi para a Trifle, depois para a Third World War e então para a Strawbs. A Renaissance original acabou aí. 




Keith Relf - guitarra, harmônica, vocal
Jane Relf - vocal, percussão
John Hawken - piano, Harpsichord
Louis Cennamo - baixo
Jim McCarty - bateria, percussão, vocal




1 Kings And Queens
2 Innocence
3 Island
4 Wanderer
5 Bullet
6 Island (Single Version)
7 The Sea