quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eero Koivistoinen Music Society - Wahoo! (1973)





O Eero é um jazzista finlandês que começou oficialmente sua carreira em 1967 na banda Blues Section. Essa banda tinha o inglês Jim Pembroke nos vocais que ficaria famoso liderando a Wigwan. Voltando ao Eero, ele graduou-se em composição, violino e sax pela Sibelius Academy e  depois ainda foi para a Berklee especializar-se em jazz. Esse é o sétimo disco solo dele e é candidato ao título de álbum mais funky já feito fora dos Estados Unidos. Em algumas faixas ele usou dois bateristas, dois guitarristas e dois baixistas para dar conta dos arranjos intrincados que fez — daí o tamanho da banda.


Eero Koivistoinen -sax tenôr, soprano e sopranino
Ilja Saastamoinen -guitarra
Matti Kurkinen -guitarra
Olli Ahvenlahti -piano elétrico Fender Rhodes
Esa Helasvuo -Fender Rhodes
Esko Linnavalli -Fender Rhodes
Unto Haapa-Aho -sax alto, clarinete
Juhani Aaltonen -trombone, sax alto
Kaj Backlund -trompete
Heikki Virtanen -baixo
Ilkka Willman -baixo
Esko Rosnell -bateria
Reino Laine -bateria
Edward Vesala -percussão
Sabu Martinez -percussão

1 Hot C
2 7 Up
3 6 Down
4 Suite 19
5 Bells
6 Wahoo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sloche - J'un Oeil (1975)







Sloche foi uma banda formada no Canadá, em 1971, com um line-up totalmente diferente deste aqui. O pianista Yacola foi o primeiro novato, egresso do Conservatório Musical de Quebec, e a medida que os membros originais iam saindo, ele convidava seus colegas de estudos, todos com sólida formação. O nome da banda é como os caras lá chamam aquela lameira desgraçada que se forma nas ruas depois da neve. Quanto ao som, ele tem um toque sinfônico e um lado fusion, ou seja, o tal fusion-jazz progressivo instrumentalmente soberbo. Uma parte desse som é influenciada por bandas como a Gentle Giant, e outra parte pelo estilo Canterbury da Hatfield and the North, por exemplo, bem como pelo jazz de Stomu Yamashita. As composições são sofisticadas e a banda merece os elogios que recebe web afora.


Rejean Yacola -piano,vocal
Martin Murray -órgão,sints,sax,vocal
Caroll Berard -guitarra,vocal
Pierre Hebert -baixo,vocal
Gilles Chiasson -bateria,vocal

1 C'Pas Fin Du Monde
2 Le Kareme D'Eros
3 J'un Oeil
4 Algebrique
5 Potage Aux Herbes Douteuses

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dixie Dregs - Free Fall (1977)






Digamos que este é o primeiro disco da DD, uma vez que o "The Great Spetacular" é considerado um demo e foi timidamente relançado em cd pelo selo deles mesmo, o Dregs, e está há muito tempo fora de catálogo.
Digamos também que a DD é uma banda estudantil, hehe. Morse e West eram colegas de colégio e continuaram colegas na faculdade de música, onde conheceram o Sloan que já era músico da filarmônica de Miami. O som, evidentemente, tem muito de Mahavishnu, Ponty, Goodman, Kansas e Urbaniak, mas não só. Assim como Urbaniak trabalha sua própria cultura, a DD incorporou ao jazz-rock o boogie e o bluegrass, bem como o country sulista que em algumas músicas é a base de tudo. Um ingrediente exclusivo é o humor — quem sabe, uma influência remota, bem remota, de Zappa.


Steve Morse -guitarra, sintetizador de guitarra, banjo
Allen Sloan -violino elétrico, viola
Steve Davidowski -teclados
Andy West -baixo
Rod Morgenstein -bateria

1  Free Fall
2  Holiday
3  Hand Jig
4  Moe Down
5  Refried Funky Chicken
6  Sleep
7  Cruise Control
8  Cosmopolitan Traveler
9  Dig The Ditch
10 Wages Of Weirdness
11 Northern Lights

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Michal Urbaniak - Fusion (1974)






O polonês Urbaniak começou seus estudos de violino aos seis anos de idade e logo depois dedicou-se ao sax também. Influenciado por Miles Davis — que surpresa! — ele dedicou-se ao jazz, que no início era bem ao estilo Mahavishnu. É natural a comparação com Jean-Luc Ponty mas deve-se notar que ele sempre acrescenta elementos do próprio folclore e de conterrâneos eruditos. Além disso, ele faz amplo uso de distorções e efeitos como o wah-wah, bem do jeito que Miles fazia na mesma época. No mais, o título diz tudo.


Michal Urbaniak -violino elétrico, violectra, sax soprano
Urszula Dudziak -vocal, percussão
Adam Makowicz -teclados
Wojciech Karolak -Hammond, Farfisa
Czeslaw Bartkowski -bateria, percussão

1. Good Times, Bad Times
2. Bahamian Harvest
3. Impromptu
4. Seresta
5. Fusion
6. Deep Mountain
7. Bengal

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Lard Free - Gilbert Artman's Lard Free (1973)






Alguns comparam a italiana Dedalus à francêsa Lard Free. Contudo, o jazz-rock da francêsa é bem mais experimental e tem a King Crimson como uma forte influência, embora o fundador Gilbert Artman revele admiração pela Soft Machine também. De 1972 a 1978 a Lard Free mudou várias vezes a formação — mas com Artman à frente — e o som, que foi ficando mais eletrônico.


Gilbert Artman -bateria, grand piano, vibrafone
Philippe Bolliet -sax
François Mativet -guitarra
Hervé Eyhani -baixo

1- Warinobaril
2- 12 Ou 13 Juillet Que Je Sais D'Elle, Part One
3- 12 Ou 13 Juillet Que Je Sais D'Elle, Part Two
4- Honfleur Écarlate
5- Acide Framboise
6- Livarot Respiration
7- Culturez-Vous Vous Même





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dedalus - Dedalus (1973)





Dedalus, na variação de uma palavra grega, significa engenhoso. E Dedalus, banda italiana de jazz-rock, significa a mesma coisa. Esse quarteto formou-se em 1972 no refeitório de uma central elétrica na cidade de Pinerolo, noroeste do país. Eles mesmos situam suas influências entre Stockhausem e Einstein — que gracinha — mas citam Miles Davis, Nucleus, Edgar Varèse e Soft Machine. Ouvindo, lembra mais a Soft, período do Fifth ou do Six. O som se divide em ótimas passagens de guitarra, sax e piano elétrico, com um teco de sintetizador aqui e ali, e outras passagens um tanto experimentais. Depois desse disco o Furio Di Castri saiu e a banda seguiu como um trio, reforçando a parte eletrônica. Um segundo disco foi gravado, porém, a gravadora faliu e como eles eram a única banda dela, ... Existe uma segunda edição desse mesmo cd que inclui o segundo disco.


Fiorenzo M. Bonansone -cello, piano elétrico, sintetizador
Marco Di Castri -guitarras, sax tenôr
Furio Di Castri -baixo, percussão
Enrico Grosso -bateria, percussão
com
Renè Mantegna -percussão

1 Santiago 
2 Leda
3 Conn 
4 C.T.6
5 Brilla

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Jeremy Steig - Fusion (1970)






Este álbum foi gravado logo depois que Jan Hammer lançou seu trabalho de estréia e um pouco antes dele entrar para a Mahavishnu Orchestra. Steig é um mestre da família das flautas que sempre transitou entre gêneros, tocando desde o folk-rock com Richie Havens, o rock com a Plum Nelly, o blues-rock com Johnny Winter, até, e principalmente, o jazz, como com Nat Adderley e Bill Evans. Dito isso, é óbvio que este disco é um delicioso clássico fusion.


Jeremy Steig - flautas
Jan Hammer -piano elétrico, gongo
Eddie Gomez (Bill Evans Trio)-baixo vertical eletrificado (5, 7)
Gene Perla (Nina Simone, Sarah Vaughan) -baixo elétrico e acústico
Don Alias (Nina Simone, Miles Davis) -bateria, percussão


1  Home
2  Cakes
3  Swamp Carol
4  Energy
5  Down Stretch
6  Give Me Some
7  Come With Me
8  Dance Of The Mind
9  Up Tempo Thing
10 Elephant Hump
11 Rock #6
12 Slow Blues In G
13 Rock #9
14 Rock #10
15 Something Else

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Horacee Arnold - Tales Of The Exonerated Flea (1974)






Alguns meses antes de realizar o álbum Like Children com Jerry Goodman, Jan Hammer colaborou neste álbum do baterista Horacee Arnold, que é muito elogiado e apontado como um dos mais importantes do fusion. Arnold trabalhou com muita gente, principalmente com Chic Corea, mas lançou só dois álbuns solo. Ele tinha uma ideia bem ampla de como fazer sua fusão e por isso reuniu um elenco estelar e relativamente eclético. Aqui está outro ex-companheiro de Hammer na Mahavishnu, o baixista Rick Laird que sempre merece menção por segurar as pontas pra todos aqueles globetrotters. Também estão dois grandes guitarristas, Abercrombie e Towner, e o brasileiro Romão.


Horacee Arnold -bateria, percussão
Jan Hammer -piano elétrico, Moogs
John Abercrombie -guitarra
Ralph Towner -violão 12 cordas
Art Webb -flautas
Sonny Fortune -sax soprano, flauta
Clint Huston -baixo
George Mraz (Jan Hammer Trio) -baixo
Rick Laird (Mahavishnu Orchestra) -baixo
Dom Um Romão (Weather Report) -percussão 
Dave Johnson -percussão
David Friedman -vibrafone, marimba


1 Puppett Of The Seasons
2 Sing Nightjar
3 Benzélé Windows
4 Tales Of The Exonerated Flea
5 Delicate Evasions
6 Chinnereth II
7 Euroaquilo Silence

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jerry Goodman & Jan Hammer - Like Children (1974)






Um ano após a dissolução da Mahavishnu Orchestra, Goodman e Hammer lançaram esse álbum de título mais que adequado — estão apenas os dois, cercados dos seus brinquedos e experimentando de tudo em termos de música. Like Children foi um dos primeiros trabalhos a utilizar sequenciadores, que, na época, tinham uns cem plugs e tantos botões quanto uma cabine de Boeing. Jan Hammer toca até bateria e, para felicidade geral da nação, a medonha Linn Drum que ele ajudou a popularizar ainda não tinha sido inventada. Bons tempos. Ótimo trabalho.


Jerry Goodman -violinos, viola, bandolim elétrico, guitarra, violão, vocal
Jan Hammer -baixo, bateria, piano, piano elétrico, Moogs, sintetizadores, Oberheim Digital Sequencer, vocal


1 Country and Eastern Music
2 No Fear 
3 I Remember Me
4 Earth (Still Our Only Home)
5 Topeka 
6 Steppings Tones 
7 Night 
8 Full Moon Boogie 
9 Giving in Gently / I Wonder 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Larry Coryell - Spaces (1970)





Spaces é o terceiro disco de Coryell e talvez aquele pelo qual é mais lembrado. É comum encontrá-lo naquelas listas dos 10 melhores álbuns de fusion mas, embora estejam aqui reunidos alguns dos ícones do gênero, o som não é tão fusion assim — straight ahead cai melhor, sem que sua importância seja menor. John Coltrane é uma lembrança constante aqui, e a faixa 2 é uma homenagem à René Thomas, um grande guitarrista belga que foi discípulo de Django Reinhardt.


Larry Coryell -guitarra, violão
John McLaughlin -guitarra, violão
Chick Corea -piano elétrico
Miroslav Vitous -baixo acústico, cello
Billy Cobham -bateria

1 Spaces (Infinite)
2 Rene's Theme
3 Gloria's Step
4 Wrong Is Right
5 Chris
6 New Year's Day in Los Angeles, 1968

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Larry Coryell - Planet End (1975)






Além do virtuosismo de todos aqui, esse álbum é bacana por colocar na mesma bolacha Billy Cobham e Alphonse Mouzon. As faixas do disco são sessões que não foram incluídas no álbum "Spaces", que tinha o segundo line-up abaixo, e no álbum "Introducing..." da Eleventh House, já sem Randy Brecker. São sessões descontraídas, quase jams, o que é mais bacana ainda.


1, 2, 4: The Eleventh House:
Larry Coryell -guitarra
Mike Lawrence -trompete
Mike Mandel -piano, sintetizador
Danny Trifan -baixo
Alphonse Mouzon -bateria

2, 3, 5:
Larry Coryell -guitarra
Mahavishnu John McLaughlin -guitarra
Miroslav Vitous -baixo acústico
Chick Corea -piano
Billy Cobham -bateria

1 Cover Girl
2 Tyrone
3 Rocks
4 The Eyes Of Love
5 Planet End

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

The Eleventh House - Introducing The Eleventh House With Larry Coryell (1974)





A Eleventh House, formada por Larry Coryell em 1972, foi uma das mais importantes bandas fusion. Em vários aspectos, sobretudo na influência de Miles Davis, ela pode ser comparada às outras grandes, obviamente e em maior medida, com a Mahavishnu —  a alta voltagem entre a guitarra de Coryell e o trompete de Randy Brecker remete à McLaughlin/Goodman — só que sem o lado oriental. Também se assemelha à Headhunnters do Herbie Hancock pela levada de Mike Mandel nos teclados e, da mesma forma poderia ser comparada à Return to Forever, sem a latinidade. Há semelhanças também com a própria Weather Report, da qual recebeu Alphonse Mouzon. Mike Mandel e o baixista Trifan eram colaboradores de Coryell desde o início da carreira e Mandel e Mouzon foram os únicos a permanecer para o segundo disco, Level One.
A propósito, Larry Coryell estará se apresentando no Festival de Petrópolis no próximo dia 12/10.


Larry Coryell -guitarra
Randy Brecker -trompete
Alphonse Mouzon -bateria, percussão
Mike Mandel -piano, sintetizador
Danny Trifan -baixo


1. Birdfingers
2. The Funky Waltz
3. Low-Lee-Tah
4. Adam Smasher
5. Joy Ride
6. Yin
7. Theme for a Dream
8. Gratitude "A So Low"
9. Ism-Ejercicio
10. Right on Y'all

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Weather Report - Weather Report (1971)






A Weather Report foi uma das mais importantes bandas na história do jazz. Fundada pelo tecladista Joe Zawinul e pelo saxofonista Wayne Shorter, ela teve talentos estelares nas suas diversas formações - apenas Zawinul e Shorter foram constantes. Alphonse Mouzon participou desse álbum de estréia após ter colaborado num disco de Shorter, no ano anterior, chamado Odyssey of Iska. No álbum seguinte, gravado ao vivo no Japão, o baterista já seria Eric Gravatt.
A maior contribuição da WR foi a introdução de ritmos e estruturas musicais do mundo todo na sua fusão de jazz, rock e funk. Esse tipo de experimentação teve início quando Shorter, Zawinul e o brasileiro Airto Moreira tocaram na banda de Miles Davis, no período entre os discos In a Silent Way e Bitches Brew.


Joe Zawinul -teclados
Wayne Shorter -saxes
Airto Moreira -percussão
Alphonse Mouzon -bateria
Miroslav Vitous -baixo elétrico e acústico
com
Barbara Burton - percussão (não creditada)
Don Alias - percussão (não creditado)


1 Milky Way
2 Umbrellas
3 Seventh Arrow
4 Orange Lady
5 Morning Lake
6 Waterfall
7 Tears
8 Eurydice




                                             Joe Zawinul faleceu em Setembro de 2007

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Alphonse Mouzon - Mind Transplant (1975)






Mouzon é naturalmente comparado a Billy Cobham. Ambos são virtuosos e rápidos. Ambos dedicaram-se a fusão e participaram de bandas icônicas — Mouzon na Weather Report e na Eleventh House, e Cobham na Mahavishnu. E ambos empregaram o talento de Tommy Bolin — Cobham no álbum Spectrum e Mouzon neste aqui, lançado dois anos depois, e que foi apelidado de Spectrum 2. A diferença é que Cobham colocou Bolin como suporte para Jan Hammer e aqui Mouzon lhe dá maior destaque. Ainda no Spectrum, Cobham empregou outro guitarrista, John Tropea; Mind Transplant conta com mais dois: o super rodado Jay Graydon e o excelente Lee Ritenour.
Este é o terceiro disco da carreira solo dele, que começou após a Weather Report, e o primeiro após sua participação na Eleventh House de Larry Coryell.


Alphonse Mouzon -bateria, ARP 2600, Fender Rhodes, órgão Farfisa, vocal
Jerry Peters -Fender Rhodes, Hammond B3
Jay Graydon -guitarra, ARP 2600
Tommy Bolin -guitarra (3, 7, 8)
Lee Ritenour -guitarra (5, 6)
Henry Davis -baixo

1 Mind Transplant
2 Snow Bound
3 Carbon Dioxide
4 Ascorbic Acid
5 Happiness Is Loving You
6 Some Of The Things People Do
7 Golden Rainbows
8 Nitroglycerin

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

John McLaughlin Trio - Live At The Royal Festival Hall (1990)





Depois da tentativa de ressuscitar a Mahavishnu com o álbum Adventures in Radioland, McLaughlin montou esse trio em 1989 e excursionou muito. O concerto retratado aqui foi em 27 de novembro daquele ano e o que se ouve é quase totalmente acústico, pontuado pelo sintetizador de guitarra aqui e ali. A última música é uma homenagem a Lech Walesa, o líder do sindicato polonês Solidariedade. Não existem adjetivos suficientes para a técnica de McLaughlin e sempre bastam uns poucos acordes para se reconheça que é ele tocando, ou seja, ele é inimitável. Já quanto ao Solidariedade, uns sindicalistas brasileiros que via de regra são mais sujos que pau de galinheiro, resolveram chupar o nome e usá-lo para batizar mais um partidinho de aluguel que já deve estar de pernas abertas a espera da corrupção. Pfff...


John McLaughlin - violão Wechter, K-Muse (Gibson) Photon guitar synthesizer
Kai Eckhardt-Karpeh - baixo 5 cordas
Trilok Gurtu - percussão e voz

1 Blue in Green 
2 Meddley: Just Ideas; Jozy 
3 Florianapolis
4 Pasha's Love 
5 Mother Tongues 
6 Blues for L.W.