terça-feira, 19 de setembro de 2017

Porcupine Tree - Deadwing (2005)








O neo-prog que surgiu no início dos anos oitenta pegou influências do prog sinfônico mas fez concessões ao mercado, como ser melódico e adotar os sintetizadores como instrumentos dominantes. Do jazz não exibiu vestígios e a complexidade deu lugar à composições lineares, muito próximas do pop. Não a toa, foi um voo de galinha. 
Naturalmente, bons músicos sempre houve e aqueles que queriam fazer um rock com qualidade e boas idéias tiveram que buscar outras fórmulas. Alguns aproximaram-se ainda mais do jazz num som totalmente instrumental, e outros acrescentaram elementos do metal. 
Pessoalmente, eu acho que a grande banda desses nossos dias é a Porcupine Tree, muito embora ela esteja inativa há sete ou oito anos. Ela começou meio que satirizando o som espacial da Pink Floyd mas acabou mergulhada nele. Na sua trajetória ela foi se modificando com muita coerência, integridade e, acima de tudo, talento. Em 2002 ela saiu em turnê com a Yes e muita gente viu nisso um simbolismo, uma passagem de bastão. O que se sente é que essa trajetória sintetiza todo o gênero. 
A partir de 1999 ela lançou uma sequência de quatro álbuns fantásticos, cada um deles com mais e mais riffs típicos do metal, mais peso, até chegar a Deadwing, que eu considero o máximo.
Esse álbum foi baseado num roteiro escrito por Steven Wilson e pelo artista gráfico Mike Bennion para um filme que não chegou a ser realizado. Deadwing seria um personagem desse filme, um fantasma, mas o álbum não é uma trilha sonora. Como se supõe, o clima é soturno e há várias referências religiosas. O som é acessível o suficiente para cativar ouvintes mais jovens, mas é profundo o suficiente para sugerir de onde as coisas vêm. As canções são concisas, com exceção de Arriving Somewhere But Not Here. Ela começa com um minuto e meio de som ambiente, passa para um vocal suave ao som do violão, à la Pink Floyd, e quando a banda toda entra vão-se mais dez minutos de riffs, até o mais pesado, cortesia de Mikael Åkerfeldt.
Essa edição inclui uma faixa bônus e um segundo CD com faixas já conhecidas, algumas em versão ao vivo. 





Steven Wilson - guitarras, violão, teclados, Dulcimer, baixo
Richard Barbieri - teclados
Colin Edwin - baixo
Gavin Harrison - bateria, percussão

com (CD 1):
Adrian Belew - guitarra solo (1,4)
Mikael Åkerfeldt (Opeth, Storm Corrosion) - guitarra (5), vocal (1, 3, 5, 10)





CD 1
1 Deadwing
2 Shallow
3 Lazarus
4 Halo
5 Arriving Somewhere But Not Here
6 Mellotron Scratch
7 Open Car
8 Start Of Something Beautiful
9 Glass Arm Shattering
10 Shesmovedon (2004 Version)

CD 2
1 Even Less
2 Pure Narcotic
3 How Is Your Life Today
4 Buying New Soul
5 Russia On Ice (Live)
6 Blackest Eyes
7 Trains (Edit)
8 Open Car
9 Lazarus (Single Edit)
10 Halo (Live)

3 comentários:

Marcelo disse...

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Alex disse...

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