segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Robert Fripp

Há quem diga que ele é mau humorado, que nunca sorri. Nem tanto.

Fripp é naturalmente um canhoto que decidiu tocar como destro e é oriundo da escola flamenca de violão. Sua primeira guitarra foi uma Hofner President:

Daí em diante ele mesmo se define como um "homem de Les Paul"...


...muito embora use com frequência uma Tocai japonesa, modelo Les Paul...























...e uma Fernandes em corpo de Les Paul.

Muita gente também acha esquisito o fato de ele tocar sentado e pensa que é um distanciamento da platéia mas é simplesmente porque ele sempre quis ter à mão um Mellotron e mais tarde um pouco, toda a parafernália dos Frippertronics.
À partir da sua colaboração com Brian Eno nos anos 70, Fripp decidiu levar mais à fundo as experiências com fitas e desenvolveu um sistema analógico que batizou de Frippertronics. Ele consistia basicamente em 2 gravadores de rolo Revox mandando a fita de um para o outro, passando por câmaras de eco e outros apetrechos.


A evolução dos Frippertronics veio com a era digital dos anos 80. O surgimento dos sintetizadores para guitarra trouxe possibilidades ilimitadas, eles podiam criar todo tipo de som à partir de um console muito menor. Fripp escolheu para si a Roland GR 300, em cujo console também podia plugar suas Les Paul e Tokai.


Também acrescentou alguns recursos extras como um Harmonizador Eventide 3000SE que é produzido por uma empresa de dispositivos sofisticados de aviação...

...pedais Digitech Whammy, sustainer Fernades (mesmo de Hackett) e instalou nas guitarras o têmolo da marca Kahler. Tudo isso e muito mais é o que ele chama de "Soundscapes".

Em 1984 Fripp fundou a Guitar Craft, uma escola sem fins lucrativos para difundir e pesquisar a técnica de guitarra. Dessa escola surgiu a League of Crafty Guitarists que excursionou pelo mundo todo e em cujos concertos o Fripp tocou basicamente num violão Ovation Legend 1867.









Ele sofisticou a técnica erudita acrescentando métodos de banjo e jazz dos anos 20, naquilo que define como "coração, mãos e mente". Tres dos seus alunos formaram o California Guitar Trio.

Além dessas guitarras, as de uso mais frequente, Fripp possui algumas Fender Stratocaster que ele usa ocasionalmente em trabalhos com outros músicos, tais como Bowie e Andy Summers.


Uma dessas é 57 e foi um presente de Robin Trower em 1975.

Atualmente Robert Fripp está tocando uma Crimson Guitar feita especialmente para sua assinatura.


É mogno brasileiro.


Quem disse que ele não sorri?

Um comentário:

Anônimo disse...

I say Robert Fripp perform a 2+ hour solo concert of Frippertronics here in Canada sometime in the late 1970's I think it was. Seeing him loading a reel-to-reel recorder, play a couple of notes and then turn or the recorder and carry the tape across the stage, thread it through the second recorder and back to the first machine was strange to watch. And then the sounds began to multiply and become more complex and mesmerizing. I can't say I actually liked the music and it took a few more years to get into but it was a memorable concert!

-Brian