segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Crow - Crow Music (1969)








Crow foi formada em 1967 na cidade de Minneapolis pelos irmãos Larry e Dick Wiegand. Eles venceram uma batalha de bandas que lhes deu o direito de ir à Chicago gravar demos nos estúdios Columbia, mas a gravadora os rejeitou por achá-los muito parecidos com a Steppenwolf. De fato eram, só que um bocadinho mais funky. De qualquer forma, uma produtora ouviu as demos, gostou e conseguiu-lhes um contrato com um selo menor.

Crow Music foi o primeiro disco da Crow e ficou célebre por conter a música "Evil Woman". Ela foi um grande sucesso nos EUA, vendeu 600.000 cópias e permitiu que a Crow abrisse shows para a Jefferson Airplane, Iron Butterfly, Janis Joplin e para a própria Steppenwolf. Ainda mais célebre é o fato de Evil Woman ter se tornado o primeiro single da Black Sabbath e depois ter sido incluída no seu primeiro LP. A grande diferença entre as versões é que na da Crow houve a adição de metais sem que a banda fosse consultada. Não que eles não tenham gostado, mas o problema é que eles não tinham essa sessão de metais para tocá-la ao vivo. 





David Wagner - vocal
Dick Wiegand - guitarra
Kink Middlemist - teclados
Larry Wiegand - baixo
Denny Craswell - bateria





1 Evil Woman (don't play those games with me)
2 White Eyes
3 Thoughts
4 Da Da Song
5 Busy Day
6 Time To Make A Turn
7 Rollin'
8 Listen To The Bop
9 Gonna Leave A Mark

sábado, 27 de janeiro de 2018

Steve Hunter - Short Stories (2008)








Steve Hunter é mais conhecido como o guitarrista de Lou Reed e Alice Cooper mas a lista de colaborações segue muito adiante com Dr. John, Jack Bruce, Tracy Chapman, Leslie West... Ele deu muitas idéias para Peter Gabriel no seu primeiro disco solo pós Genesis também. Contudo, a última grande turnê que ele fez foi em 2011 com Alice Cooper e desde então ele tem se dedicado às próprias composições. É que ele teve um glaucoma muito agressivo e agora é considerado legalmente cego. Não está totalmente cego mas luta para não ficar.
Short Stories é fruto da sua paixão por Edgar Alan Poe, não pelo terror ou mistério, mas pela habilidade de contar estórias curtas. Então, aqui são 15 delas, todas instrumentais e nelas Hunter toca tudo. E é um disco bom demais.





1  One Night In Baghdad
2   Blue Sun
3   Skin 
4   Nylon Cafe
5   Tank Top 
6   Flying Hippo
7   Long Shadow
8   Gotta Strut
9   Busted Trigger Finger 
10 Funk Booty
11 PeaceWork 
12 Spider Web
13 Goodbye Abigail 
14 Flying
15 Blue 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Panzerballett - Tank Goodness (2012)








Um dos caminhos seguidos pelas mentes progressivas foi pela aproximação com o metal e o com o jazz. Assim surgiram grandes bandas como Attention Deficit, Djam Karet, Ozone Quartet, Spaced Out e a Panzerballett. Esse quinteto virtuoso alemão foi formado em 2004 e faz uma mistura muito bacana daqueles dois gêneros, mais algumas doses de funk. As músicas são sempre quase todas instrumentais e a polirritmia domina os arranjos. Tank Goodness é o quarto disco dela e ilustra bem seu estilo: Tem Coltrane e tem a clássica Take Five imortalizada por Dave Brubeck e, aqui, na segunda melhor versão alternativa que eu conheço (a da Plankton é a que mais gosto); e, por outro lado, tem o extraordinário Mattias Eklundh. Mas se quiser dizer que isso tudo é fusion, Randy Brecker permite.





Jan Zehrfeld - guitarra
Joe Doblhofer - guitarra
Alexander von Hagke - sax tenor
Heiko Jung - baixo
Sebastian Lanser - bateria
com:
Randy Brecker - trompete (1)
Mattias "IA" Eklundh - guitarra, vocal (7)
Conny Kreitmeier - vocal (5)
Ron van Lankeren - vocal (5)





1 Some Skunk Funk
2 Mustafari Likes Di Carnival
3 Giant Steps (John Coltrane)
4 Zehrfunk
5 (I've Had) The Time Of My Life
6 Vulgar Display Of Sauerkraut
7 The IKEA Trauma
8 Take Five (Paul Desmond)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Ten Years After - Stonedhenge (1969)








Stonedhenge é o segundo disco de estúdio da TYA e, apesar da bela capa produzida pelo estúdio londrino "Shoot That Tiger!", tem pouco a ver com a mitologia saxônica — a percussão, talvez. O título na verdade refere-se à geração que imergia inconsequentemente nas drogas. 
Este álbum foi uma guinada no estilo feroz e veloz da TYA pois metade dele é semi-acústico e está infectado pelo jazz. Considerando o refinamento de como as coisas são misturadas e a forma vanguardista, poderia-se dizer que Alvin Lee e Cia. foram pioneiros não reconhecidos do jazz-rock, mesmo porque Bitches Brew ainda estava em gestação. Essa mudança, contudo, não diminuiu o delírio da platéia em Woodstock ao ouvir Hear Me Calling, A Sad Song e No Tittle.





Alvin Lee - guitarra, vocal, piano, percussão
Chick Churchill - órgão, piano, celeste
Leo Lyons - baixos, percussão
Ric Lee - bateria, percussão
com
Count Simon (Stable) de la Bedoyere - bongôs
Mike Vernon - vocalização, produção





1  Going To Try
2  I Can't Live Without Lydia
3  Woman Trouble
4  Skoobly-Oobly-Doobob
5  Hear Me Calling
6  A Sad Song
7  Three Blind Mice
8  No Title
9  Faro
10 Speed Kills
11 Hear Me Calling (Single Version)
12 Women Trouble (US Version)
13 I'm Going Home (Single Version)
14 Boogie On

sábado, 20 de janeiro de 2018

Primevil - Smokin' Bats At Campton's (1974)








Esse disco é um dos meus favoritos e é outra daquelas bandas que estrearam com um excelente álbum e depois desapareceram. Smokin' Bats At Campton's faz um coquetel com blues-rock, rock psicodélico e hard rock que, se fosse mesmo um coquetel, teria graduação alcoólica perto dos 50. São dois guitarristas virtuosos que foram rotulados como os "últimos pioneiros do heavy metal". Na verdade, hoje o disco é rotulado como a pedra fundamental do stoner rock.





Dave Campton - vocal, gata, percussão
Larry Lucas - guitarra, violão, vocal
Jay Wilfong - guitarra
Mark Sipe - baixo
Mel Cupp - bateria




1 Leavin' 
2 Progress  
3 Fantasies 
4 Pretty Woman 
5 Tell Me If You Can  
6 Hey, Lover   
7 High Steppin' Stomper  
8 Your Blues


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sopwith Camel - Hello Hello (1967)








Esse disco foi lançado originalmente com o título Sopwith Camel e algumas reedições receberam o título Hello, Hello. A justificativa era a necessidade de fazer o público lembrar da banda através do seu maior sucesso. Isto porque a banda desapareceu seis meses depois de lançar o álbum.
A Sopwith Camel foi formada em São Francisco em 1965 na ebulição da contracultura. Ela foi a segunda banda psicodélica a assinar um contrato com uma grande gravadora, depois da Jefferson Airplane. Falando em avião, o nome dela refere-se a um biplano inglês da primeira guerra. A grande influência dela foi a Big Brother and the Holding Company que ensaiava no andar de baixo de onde o Peter Kraemer morava. A Sopwith Camel até que ia fazendo bastante sucesso — a Doors abriu shows para ela — mas sumiu mesmo assim. Eles tentaram um retorno em 1971 que fracassou.





Peter Kraemer - teclados, vocal, sopros
Terry MacNeil - guitarra, teclados
William Sievers - guitarra
Martin Beard - baixo
Norman Mayell - bateria, sitar, harmônica





Hello, Hello
2  Franti Desolation
3  Saga Of The Low Down Let Down
4  Little Orphan Annie
5  You Always Tell Me Baby
6  Maybe In A Dream
7  Cellophane Woman
8  The Things That I Could Do With You
9  Walk In The Park
10 The Great Morpheum
11 Postcard From Jamaica


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Status Quo - Hello! (1973)








Hello! é o sexto disco de estúdio da Status Quo e talvez o grande favorito dos fãs da banda. O álbum anterior, chamado Piledriver, foi um grande sucesso e ganhou o mercado mas Hello! jogou uma sombra sobre ele no ano seguinte. Assim que foi lançado ele chegou ao primeiro lugar nas paradas. A virtude para tanto é para alguns um defeito: Esse álbum trouxe um bom balanço no seu conteúdo — uma balada aqui, algo rural ali, e o bom e velho boogie por toda parte. Assim tornou-se um clássico contendo músicas que são obrigatórias em todos os concertos até hoje. Hello! também traz o multi-instrumentista 
Andy Brown numa participação modesta, mas ele viria a tornar-se membro fixo da banda pelos próximos quarenta anos.





Francis Rossi - guitarras, vocal
Richard Parfitt - guitarra rítmica, piano, vocal
Alan Lancaster - baixo, vocal
John Coghlan - bateria, percussão
com:
Steve Farr - sax alto
Stewart Blandamer - sax tenor
Andy Brown - piano (4) 
John Mealing - piano (8)





1 Roll Over Lay Down 
2 Claudie
3 Reason for Living 
4 Blue Eyed Lady 
5 Caroline 
6 Softer Ride
7 And It's Better Now
8 Forty-Five Hundred Times
9 Joanne (bonus B-side)

sábado, 6 de janeiro de 2018

Man - Back Into The Future (1973)








A Man foi a primeira banda do País de Gales a entrar para o circuito do rock britânico. Ela surgiu em 1969 liderada por Micky Jones, que foi o único membro permanente nas suas 14 formações e nos seus 30 álbuns. Micky faleceu em 2010.
Ela se diferenciou por misturar o prog à música característica da costa oeste  americana, e ficou famosa por ser muito melhor ao vivo. E assim é Back Into The Future. Aqui está a segunda formação da Man e o LP dividia-se em metade no estúdio, gravada em maio de 73, e metade ao vivo, gravada no Roundhouse de Londres no mês seguinte. Essa edição em CD incrementou esse lado.





Micky Jones - guitarra, violão, vocal
Alan "Tweke" Lewis - guitarra, violão, vocal (5-9)
Phil Ryan - órgão Hammond, piano elétrico, Moog Satellite, vocal
Will Youatt - baixo, vocal
Terry Williams - bateria, percussão

com
Gwalia Male Voice Choir (7,8,2.1,2.3)





CD 1: 1973 original
1 A Night In Dad's Bag 
2 Just For You 
3 Back Into The Future 
4 Don't Go Away 
5 Ain't Their Fight 
6 Never Say Nups To Nepalese 
7 Sospan Fach (Live) 
8 C'mon (Live) 
9 Jam Up Jelly Tight / Oh No Not Again [Spunk Rock '73] (Live)


CD 2: 2008 remaster
1 Sospan Fach (Live)
2 A Night In Dad's Bag (Live)
3 C'mon (Live)
4 Just For You (Live) 
5 Jam Up Jelly Tight / Oh No Not Again [Spunk Rock '73] (Live)


CD 3: 2008 remaster
1 Bananas (Live)
2 Life On'the Road (Live)
3 Ain't Their Fight (Live)
4 The Single [I'm Dreaming] 
5 The Symbol Who Came To Dinner

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Jethro Tull - Living in the Past ( 1972)








Living in the Past é o melhor roteiro para se conhecer a Jethro Tull nos seus primeiros quatro anos. Essa semi-coletânea foi lançada após o estrondoso sucesso de Aqualung e foi pensada para apresentar a banda ao público norte-americano que não tinha ouvido muito da sua música até então. Ela contém singles, lados A e B, músicas de estúdio não incluídas em álbuns, duas faixas ao vivo e o EP Life is a Long Song (5 últimas). Se fôssemos considerar Living in the Past como sendo da discografia, ele seria um dos melhores da JT. Nessa versão em CD, a bem da qualidade sonora, foram deixadas de fora duas faixas que estavam do LP duplo original: Bouree e Teacher em versão americana.





Ian Anderson - vocal, flauta, balalaika, bandolim, órgão Hammond, violão
Mick Abrahams - guitarra (1 à 3) 
Martin Barre - guitarra (4 à 21) 
John Evans - celeste, piano (9 à 21) 
Glenn Cornick - baixo, órgão Hammond (1 à 11; 13 à 15) 
Jeffrey Hammond-Hammond - baixo, vocals (16 à 21) 
Barriemore Barlow - bateria (17 à 21) 
Clive Bunker - bateria, glockenspiel, percussão (1 à 11; 13 à 16) 
com
David Palmer - regência e arranjos para orquestra (7)





1  Song For Jeffrey
2  Love Story
3  Christmas Song
4  Living In The Past
5  Driving Song
6  Sweet Dream
7  Singing All Day
8  Witches Promise
9  Inside
10 Just Trying To Be
11 By Kind Permission Of
12 Dharma For One
13 Wond'ring Again
14 Locomotive Breath
15 Life Is A Long Song
16 Up The 'Pool
17 Dr. Bogenbroom
18 For Later
19 Nursie

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Journey - Look Into The Future (1976)








As pessoas que gostam de rock progressivo como eu e que ouviram todos aqueles sucessos da banda Journey que pipocavam nas rádios um após o outro nos anos 80, provavelmente não imaginavam, como eu, que lá no começo da carreira ela foi uma banda muito boa. Nesse início ela era uma banda de jazz-rock que incorporava elementos do hard-rock e do prog. Ela foi formada por dois ex-integrantes da banda do guitarrista Santana (Schon e Rolie), mais um ex-membro da Steve Miller Band (Valory). O baterista original logo foi substituído pelo grande Aynsley Dunbar, ex-Frank Zappa. 
Esse é o segundo disco que ela lançou. Os três primeiros discos parecem ser de uma outra banda. E quase são mesmo, e de uma banda desconhecida. É que eles venderam muito pouco e tiveram pouca difusão também. Então a gravadora CBS começou a pressionar por mudanças. Impôs um novo vocalista, o Steve Perry. Dunbar não gostou e saiu. O próprio Rolie também saiu. Aí a coisa descambou para um pop pomposo e totalmente sem sentido nem inspiração, apenas fantasiado de rock — aquilo que chamam de AOR.





Gregg Rolie - vocal, teclados
Neal Schon - guitarra, vocal
Ross Valory - baixo, vocal
Aynsley Dunbar - bateria, percussão





1 On A Saturday Night 
2 It's All Too Much (George Harrison)
3 Anyway 
4 She Makes Me (Feel Alright)
5 You're On Your Own 
6 Look Into The Future
7 Midnight Dreamer 
8 I'm Gonna Leave You

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Peter Hammill - The Future Now (1978)








Em 1978 a Van Der Graaf Generator se separou pela terceira vez e isso permitiu que Peter Hammil continuasse com o limitado sucesso que obteve na sua carreira solo, pois ele já lançara seis discos enquanto a VDGG estava ativa.
The Future Now não difere muito do álbum anterior da VDGG — e metade dela está aqui — e foca em músicas mais curtas e despidas até o osso. As letras são mais maduras e abordam o envelhecimento, futilidade e política, no caso, o apartheid. Esse é o tema da faixa "A Motor-Bike In Afrika", que trata da prisão e morte de Steve Biko. Essa música teria influenciado seu amigo, vizinho e colega de viagens Peter Gabriel a escrever sua própria canção sobre o mártir sul-africano, que fez um enorme sucesso.
Hammill toca tudo em quase todas as partes intrumentais usando os "tape-loops" e trilhas rítmicas sintetizadas para apoiar seus vocais.





Peter Hammill - vocal, guitarra, violão, baby grand piano, sintetizador análogo, 
harmonium, Aphex Aural Exciter, Roland beatbox, baixo, harmônica 
David Jackson (VDGG) - sax
Graham Smith (String Driven Thing, VDGG) - violino





1  Pushing Thirty
2  The Second Hand
3  Trappings
4  The Mousetrap (Caught In)
5  Energy Vampires
6  If I Could
7  The Future Now
8  Still In The Dark
9  Mediaevil
10 A Motor-Bike In Afrika
11 The Cut
12 Palinurus (Castaway)
13 If I Could (Live)
14 The Mousetrap (Caught In) (Live)




    ... I want a reason to be proud
I want to see the light
   I want the future now ...