quinta-feira, 28 de junho de 2018

Sensations' Fix - Fragments of Light (1974)







A cena prog italiana é célebre pelo rock sinfônico — a maioria das bandas trabalhou esse estilo. Porém, a Sensations' Fix aproximou-se muito mais de bandas alemãs como a Amon Düül e incorporou vários elementos do Space-rock.
O trio, mais tarde quarteto foi liderado por Franco Falsini que compôs e arranjou quase tudo. O trabalho é focado na parte instrumental e muitas faixas são puramente eletrônicas com os sintetizadores flutuando pela troposfera. Falsini também é um ótimo guitarrista e dá um tratamento eletrônico ao instrumento. Aí ele se parece com Robert Fripp nas suas parcerias com Eno.





Franco Falsini - guitarra, violão, sintetizadores, vocal
Richard Ursillo - baixo, pedais eletrônicos
Keith Edwards - bateria, percussão





1   Fragments Of Light 
2   Nuclear War In Your Brain 
3   Music In Painting In The Air 
4   Windopax And The Stone Sender 
5   Spacer Energy Age 
6   Metafel + Mefalac
7   Space Closure 
8   Music Without Gravity 
9   Do You Love Me? 
10 Life Beyond The Darkness 
11 Telepathic Children 

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Hawklords - 25 Years On (1978)







Hawklords é a Hawkwind tocando com outro nome. Ao retornarem de uma turnê pelos Estados Unidos no início de 1978 os caras brigaram feio e Dave Brock e Robert Calvert desmancharam a banda, dispensando inclusive o agente e a gravadora. Os dois, então, resgataram uma colaboração que tiveram com membros de uma banda chamada Ark no ano anterior, projeto que chamou-se The Sonic Assassins. Dessa forma, por razões contratuais e pela disputa sobre o nome "Hawkwind", eles tiveram que chamar-se Hawklords.
Não foi só o nome que mudou, o som também. Mas isso não chegou a ser surpresa porque esse foi um movimento iniciado já nos dois discos anteriores da Hawkwind. Contudo, esse foi o ponto mais distante que eles estiveram do Space-rock. As músicas e letras são muito boas, os arranjos são ótimos, mas não há "espaço". É tudo muito ajustado, preciso, mais próximo da new wave.





Robert Calvert - vocal, gaita judaica, violão, percussão
Dave Brock - guitarra, violão, sintetizadores, teclaos, baixo, vocal
Steve Swindells - teclados, vocal
Harvey Bainbridge - baixo, vocal
Martin Griffin - bateria (1, 2, 5, 6)
Simon King - bateria (4, 7, 8, 9, 10)
Henry Lowther - trompete
Les McClure - vocal (sussurro)
Simon King - congas





CD 1: The Original Album
1   PSI Power
2   Free Fall
3   Automoton
4   25 Years
5   Flying Doctor
6   The Only Ones
7   (Only) The Dead Dream Of The Cold War Kid
8   The Age Of The Micro Man
9   PSI Power (Single Version)
10 Death Trap (Single Mix)
11 25 Years (Single Mix)


CD 2: The Sonic Assassins
1   Over The Top
2   Magnu
3   Angels Of Life
4   Freefall
5   Death Trap

Hawklords Album Out-Takes
6   The Only Ones (Acoustic Demo)
7   (Only) The Dead Dreams Of The Cold War Kid (Demo)
8   Flying Doctor (Live Studio Rehearsal Version)
9   25 Years (Take One)
10 Assassination
11 Freefall (Take Two)
12 (Only) The Dead Dreams Of The Cold War Kid (Take Two)
13 The Age Of The Micro Man (Take One)
14 Automotion (Full Extended Version)
15 Digger Jam

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Sula Bassana - The Night (2009)







Sula Bassana é um tipo de ganso. Também é Dave Schmidt, um multi-instrumentista alemão que foi influenciado pelo som da Hawkwind e da Pink Floyd. Ele é um cara bastante ocupado, integrando diversos projetos e organizando festivais. 
The Night é seu quarto disco absolutamente solo. Nele Schmidt retorna às raízes psicodélicas do Rock Progressivo e do Space-rock para reconstruir os gêneros. É uma viagem ao nosso cosmos, o interior.





Dave Schmidt - guitarras, baixos, sintetizadores Korg, Moog e Roland, Mellotron, órgão, bateria, gongo, vocal, programação
Stefan Koglek (Colour Haze) - vocal (3)





1 In Space 
2 Lost In Space 
3 The Night 
  a- Part 1 
  b- Part 2
  c- Part 3
  d- Part 4 
4 Meteorritt 
5 Kosmokrator

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Earthless - Sonic Prayer (2005)







Earthless é uma banda de San Diego que faz um psico-stoner-space-rock que põe seu cérebro em órbita. Esse é o primeiro de uma porção de álbuns — de estúdio são seis. Essas duas faixas são mais de 40 minutos de jams, ou de dois solos de guitarra. Como a primeira faixa denuncia, eles são fãs da cultuada banda japonesa dos anos 70.





Isaiah Mitchell - guitarra
Mike Eginton - baixo
Mario Rubalcaba - bateria





1 Flower Travelin' Man 
2 Lost in the Cold Sun 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Dogstar Poets - Off-Planet (2002)







Esse é um álbum muito legal dos ex-membros da Jade Warrior. Glyn Havard foi um dos fundadores e David Duhig entrou para a banda em 1972 — ele é irmão do guitarrista fundador Tony Duhig, falecido em 1990. Allan Price também foi da Warrior; ele entrou como baterista a partir do segundo disco, Released. 
Eles mantém as raízes da Jade Warrior, só que numa roupagem moderna.
Dogstar é como alguns povos referem-se à estrela Sirius.





David Duhig - guitarra, teclados, percussão eletrônica
Glyn Havard - vocal, baixo, letrista
Allan Price - tabla (2, 6)
Dave Lewis - bateria, percussão
Brian Imig - dulcimer (8)





1 Burning Bridges
2 Karmakaze
3 Avalon Mists
4 Turn That Wave
5 Dear John
6 Magic Mile
7 Passion Play
8 Fare Thee Well

domingo, 17 de junho de 2018

Jade Warrior ‎- Jade Warrior (1971)







Imediatamente reconhecida pelos elementos orientais na arte das capas dos seu discos, a Jade Warrior foi uma das primeiras bandas a seguir uma inspiração "world" e foi uma das bandas mais originais da cena progressiva. 
Tony Duhig e Jon Field formaram a banda a partir de outra, chamada July. Aquela originalidade estabelece-se já a partir desse primeiro disco. É apenas um trio que cobre um vasto território musical, do blues ao afro. A música não está ancorada por uma bateria e sim por vários instrumentos de percussão, o que permite essa expansão. Aí, tem-se um baixo que confere substância e a guitarra pode abusar da saturação. Mas a mágica da banda é a dinâmica com que tudo isso acontece.
O nome Jade Warrior teria vindo de uma peça teatral musical escrita por Jon Field anteriormente. Nela, o personagem principal seria um samurai que também era poeta. Aliás, na vela do barco que ilustra a capa há um poema cuja tradução para o inglês eu posto abaixo dos créditos.





Tony Duhig - guitarra
Glyn Havard - baixo, vocal
Jon Field - percussão, flauta





1   The Traveller
2   A Prenormal Day At Brighton
3   Masai Morning
4   Windweaver
5   Dragonfly Day
6   Petunia
7   Telephone Girl
8   Psychiatric Sergeant
9   Slow Ride
10 Sundial Song





The moon in the evening sky
                flickers upon the heart of the small lak
casting broken shadows 
      of intertwined branches.  
                                      
                 Through the opening between the rocks
 the wind comes blowing
  mixing up the leaves 
  of the apple trees.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Hawkwind - Hawkwind (1970)







Em 1969, Dave Brock (então um músico de rua), Mick Slattery e Terry Ollis agregaram Michael Davies e Nik Turner para formar uma banda chamada "Group X". Ela habitou a cena undergrund de Ladbroke Grove, em Notting Hill, oeste de Londres. A Group X chamou a atenção de um produtor quando abriu um concerto da High Tide. Ela foi levada aos estúdios da EMI para gravar umas demos e alí seu nome mudou para "Hawkwind Zoo". Mick Slattery foi substituído por Huw Lloyd-Langton, o nome da banda mudou de novo e a Hawkwind assinou com a United Artists.
O primeiro disco foi produzido em abril de 1970 pelo ex-integrante da Pretty Things Dick Taylor e consistiu de uma longa jam feita ao vivo dentro do estúdio. Seu nome era Sunshine Special e era um total improviso psicodélico. Depois ela foi dividida em sete partes para formar o álbum. 
Eles não eram exatamente os músicos mais competentes mas souberam usar isso a seu favor, pela originalidade. E, talvez, certas substâncias tenham dado uma mão também. 
O sucesso veio a moda antiga, tocando sem parar e em qualquer lugar, muitas vezes gratuitamente — por isso foi apelidada de "banda do povo". 





Dave Brock - violão 12, guitarra, harmônica, percussão, vocal
Huw Lloyd-Langton - guitarra
Mick Slattery - guitarra (8, 9, 10, 11)
Michael "DikMik" Davies - eletrônicos
Nik Turner - sax alto, percussão, vocal
John A. Harrison - baixo
Terry Ollis - bateria





1   Hurry On Sundown
2   The Reason Is?
3   Be Yourself
4   Paranoia (Part 1)
5   Paranoia (Part 2)
6   Seeing It As You Really Are
7   Mirror Of Illusion

Dave Brock:
8   Bring It On Home [Willie Dixon]

Hawkwind Zoo:
9   Hurry On Sundown
10 Kiss Of The Velvet Whip
11 Cymbaline [Roger Waters]

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Jeff Greinke - Lost Terrain (1992)







Jeff Greinke é um americano que se dedica a vários estilos dentro da música eletrônica, como ambient, drone (que enfatiza uma nota ou acorde), minimalismo ou experimental. A pedra fundamental é a influência de Brian Eno no seu trabalho mas esse trabalho tem sua identidade e um som único. A discografia dele é bastante extensa e este álbum é um dos mais elogiados. O objetivo declarado dele é a serenidade, então, dados os nossos dias governo corrupto, de legislativo bandido e de um Supremo Tribunal Federal de merda, ele é medicinal. Greinke toca tudo: sintetizadores, sequenciadores, percussão e sei lá mais o quê.
Se você disser que não tem paciência para esse tipo de música, acredite, precisa ouvir mais que eu.





1 Terrain Of Memory
2 The Cry
3 The Moor
4 River Of Wood
5 Falling Away
6 The Precipice
7 Spires
8 Rendered Motionless
9 Confluence


quarta-feira, 13 de junho de 2018

N.S.U. - Turn On Or Turn Me Down (1969)







N.S.U. foi uma banda de Glasgow, Escócia, que lançou este único disco em 1969. Inexplicavelmente ele fracassou no lançamento e a tiragem ficou limitada a 500 LPs. A banda acabou se separando logo depois. Uma pena, porque ela era muito boa e esse disco também é muito bom. Naturalmente ele atiçou a cobiça de colecionadores o que provocou vários relançamentos. O som é um Blues-rock psicodélico frito em ácido e tem uma inegável semelhança com a Cream.





Ernest Rea - guitarra
John Graham Pettigrew - vocal
Peter Grant Nagle - baixo, gaita
William Hugh Alexander Brown - bateria





1 Turn On, Or Turn Me Down
2 His Town
3 You Can't Take It From My Heart
4 Love Talk
5 All Aboard
6 The Game
7 Stoned
8 Pettsie's Blues
9 On The Road (Floyd Jones)

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Jimmy Page, John Paul Jones, Albert Lee - No Introductions Necessary (1968)







Sabe como é a indústria da música — esse não é um disco do Jimmy Page, como impresso em algumas edições, e também não é de toda essa turma aí embaixo como primeiro foi impresso. Mas veio a Led Zeppelin, Page virou membro da Santíssima Trindade e no relançamento deste álbum estamparam seu nome em letras bem grandes. Normal.

A história conta que um produtor descobriu um cantor chamado Keith De Groot que julgou ter um grande potencial. Então ele investiu em músicos de muito talento para gravar esse álbum. Nessa época todos esses músicos eram mais conhecidos dentro dos estúdios, todos trabalhavam assim, como músicos de 
sessão. John Paul Jones, por exemplo, era um premiado arranjador. Já Page tinha reconhecimento pelo trabalho com a Yardbirds, que ele assumira e que estava pensando em reformulá-la.

Quanto ao talento de todos aí, ele acabou ofuscando Keith De Groot, cuja carreira não decolou. Coitado, o nome dele nem está nessa capa.

A importância desse disco reside no fato de que foi nessas sessões que Jimmy Page e John Paul Jones conversaram seriamente sobre trabalharem juntos. Eles já haviam se encontrado num disco do Donovan; Page afirma que já havia conversado com Jones aí, mas Jones não se lembra ou não deu importância 
nessa ocasião. Foi aqui também que os dois conheceram John Bonham. Então, esse disco pode ser considerado um embrião da Led Zeppelin.





Keith De Groot - vocal (1 → 14)
Jimmy Page - guitarra (2, 3, 7, 9, 12, 13, 15 → 20), piano (15 → 20)
Albert Lee (Green Bullfrog) - guitarra (1, 4, 5, 6, 8, 10, 11, 14)
Big Jim Sullivan (Green Bullfrog) - guitarra (1, 4, 5, 6, 8, 10, 11, 14)
Nicky Hopkins (Climax Blues Band) - piano (1 → 14)
Reg Tracey - piano (1 → 14)
Tenor Saxophone – Chris Hughes - sax tenor (1 → 14)
David Sutch (Lord Sutch) - vocal , produção (15 → 20)
Daniel Edwards - baixo (15 → 20)
John Paul Jones - baixo (1 → 14)
Clem Cattini (Johnny Kidd and The Pirates) - bateria (1 → 14)
John Bonham - bateria (15 → 20)





1   Lovin' Up A Storm
2   Everything I Do Is Wrong
3   Think It Over
4   Boll Weevil Song
5   Livin' Lovin' Wreck
6   One Long Kiss
7   Dixie Fried
8   Down The Line
9   Fabulous
10 Breathless
11 Rave On
12 Lonely Weekend
13 Burn Up
14 Everyday
15 Wailing Sounds
16 'Cause I Love You
17 Flashing Lights
18 Thumping Beat
19 Union Jack Car
20 Baby Come Back