segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Status Quo - Quo (1974)






A Status Quo surgiu no sul de Londres inicialmente como The Spectres e depois como Taffic Jam. O som dela era pop psicodélico leve e até fizeram cover dos Bee Gees. Quando assinaram contrato com a Pye em 1967 é que adotaram o nome definitivo. Contudo, o som permaneceu o mesmo.
No terceiro disco houve uma mudança radical e o Boogie-Rock dentro das progressões dos 12 compassos foi adotado. A partir daí o sucesso foi fenomenal e nenhum álbum dos anos 70 ficou fora do Top 5, ainda que as músicas não fossem um fenômeno de inspiração.
Quo é o sétimo álbum de estúdio e é o ponto mais alto da banda em qualidade e energia, após dois discos de enorme sucesso. É também sempre mencionado como um dos grandes exemplos do Boogie-Rock.




Francis Rossi - guitarras, vocal
Richard Parfitt - guitarra rítmica, vocal
Alan Lancaster - baixo, vocal
John Coghlan - bateria, percussão
com:
Bob Young - harmônica
Tom Parker - teclados




1 Backwater
2 Just Take Me
3 Break The Rules
4 Drifting Away
5 Don't Think It Matters
6 Fine Fine Fine
7 Lonely Man
8 Slow Train
9 Lonely Night


 

sábado, 28 de agosto de 2021

Faces - A Nod Is As Good As A Wink...To A Blind Horse (1971)






A Faces foi formada em junho de 1969 quando três ex-Small Faces (Lane, McLagan e Jones) se juntaram a Rod Stewart e Ron Wood, ex membros da Jeff Beck Group. Stewart também tinha sua carreira solo com um contrato em separado com o selo Mercury e o sucesso que a música Maggie May fez em 1971 ajudou a canalizar as atenções para a Faces. Não que ela já não fizesse bastante sucesso, principalmente por suas performances ao vivo.
Este é o terceiro álbum da Faces e aquele que fez mais sucesso, tanto de crítica como de vendas. Mais consistente que os dois anteriores, ele oscila entre o R&B, o Rock áspero e o Boogie-Rock, sendo apontado como um dos melhores exemplos desse último estilo.




Rod Stewart - vocal, harmônica
Ronnie Lane - baixo, violão, percussão, vocal
Ron Wood - guitarra, slide, violão, pedal steel, harmônica, vocal
Ian McLagan - piano, órgão, vocal
Kenney Jones - bareia, percussão
com
Harry Fowler - steelpan (9)




1 Miss Judy's Farm
2 You're So Rude
3 Love Lives Here
4 Last Orders Please
5 Stay With Me
6 Debris
7 Memphis [Chuck Berry]
8 Too Bad
9 That's All You Need


 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

John Lee Hooker - House of the Blues (1960)







Em 1951 John Lee Hooker já estava em Detroit desfrutando do sucesso de vários singles lançados recentemente. Ele, então, apresentava esses singles para gravadoras maiores e a Chess assinou um contrato com ele. Entre 1951 e 1952 doze lados foram gravados e em 59 a Chess reuniu todos para lançar House Of The Blues no ano seguinte. 
Esse álbum contém músicas importantes que justificam o apelido de Hooker como "King of the Boogie". Suas marcas registradas eram esse tipo de blues falado, livre de métrica, e também o ritmo dado pelo bater do pé no piso de madeira e a guitarra absolutamente selvagem.




John Lee Hooker - guitarra, vocal
Bob Thurman - piano (4, 12)
Eddie Kirkland - guitarra (9, 11)




1   Walkin' The Boogie
2   Love Blues
3   Union Station Blues
4   It's My Own Fault
5   Leave My Wife Alone
6   Ramblin' By Myself
7   Sugar Mama
8   Down At The Landing
9   Louise
10 Ground Hog Blues
11 High Priced Woman
12 Women And Money
Bonus:
13 Hey Boogie
14 Mad Man Blues


 

domingo, 22 de agosto de 2021

Stone The Crows - Stone The Crows (1969)







O grupo surgiu na Escócia tocando blues-rock pesado e era originalmente conhecido como "The Power". Ele tocou em clubes e bases militares por toda a Europa e acabou sendo descoberto pelo empresário da Led Zeppelin, Peter Grant, que os rebatizou como "Stone The Crows" e lhes conseguiu um contrato com a Polydor.
Eles tinham uma vocalista poderosa que foi aclamada como a melhor da Grã-Bretanha em 1972; tinham um ótimo guitarrista que era irmão do Alex Harvey, o genial líder da Sensational Alex Harvey Band, e tinham um baixista muto seguro que tinha uma boa voz para acompanhar Maggie.
Essa formação gravou dois ótimos discos, dos quais esse é o primeiro. Contudo, a receptividade da crítica foi muito aquém do eles mereciam. Desanimados, James Dewar e John McGinnis deixaram a banda após o segundo disco. Dewar foi ser parceiro de Robin Trower nos melhores álbuns da carreira do guitarrista.
Com substitutos, a Stone The Crows lançou mais dois discos.
Les Harvey morreu tragicamente em pleno palco, eletrocutado por um microfone que não estava aterrado. Maggie Bell seguiu carreira solo mas também não recebeu o reconhecimento que merecia.




Maggie Bell - vocal
Les Harvey - guitarra
John McGinnis - órgão, piano
James Dewar - baixo, vocal
Colin Allen (John Mayall, Focus) - bateria, percussão




1 The Touch Of Your Loving Hand
2 Raining In Your Heart
3 Blind Man [Josh White]
4 Fool On The Hill [Lennon/McCartney]
5 I Saw America

 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Big Bill Broonzy - The Bill Broonzy Story (1961)







Até sua morte em 1958, Big Bill Broonzy foi um livro ambulante sobre a história do Blues. Ele conheceu todos os pioneiros e influenciou todas as gerações posteriores.
Big Bill nasceu em 1893 ou 1903, não se sabe bem ao certo. Incerto também é o local de nascimento mas ele cresceu numa plantação de algodão onde seus pais, ex-escravos, eram meeiros. Dezessete filhos e extrema pobreza.
Aos dez anos ele construiu uma rabeca, ou fiddle, a partir de caixas de madeira e com ela passou a se apresentar na igreja e em pequenos eventos. Casou-se aos dezessete e abandonou a música pra trabalhar duro na terra. Lutou na Primeira Guerra Mundial mas não foi recebido como herói; pelo contrário, foi perseguido pelos racistas do Arkansas. 
Big Bill mudou-se para Chicago em 1920, em busca de um ambiente melhor. Trocou a rabeca pelo violão e nele desenvolveu uma técnica tão especial que fazia com que outros guitarristas, tanto nos Estados Unidos como na Europa, o seguissem de apresentação em apresentação para conseguirem absorvê-la. Ele influenciou gerações no blues e no rock. John Lennon o citava com frequência.
Em 1957, aos 64 anos, Big Bill entrou no estúdio da gravadora Verve acompanhado apenas de seu violão e pelo produtor e historiador de música Bill Randle. Randle quis documentar o máximo de clássicos compostos por Broonzy ao longo da vida e com o máximo de qualidade sonora. Assim saiu "The Bill Broonzy Story", inicialmente numa caixa com 5 LPs. 
No dia seguinte à última sessão de gravações Big Bill foi hospitalizado para operar um câncer de pulmão que acabaria por tirar-lhe a vida um ano depois.
Portanto, The Bill Broonzy Story não é uma mera coletânea mas sim regravações e o último trabalho de estúdio do mestre. A qualidade do som realmente impressiona, tanto quanto a voz clara e forte e o virtuosismo de um homem com a saúde tão comprometida.




CD1:
1   Key To The Highway
2   Dialogue
3   Mindin' My Own Business
4   Dialogue
5   Saturday Evening Blues
6   Dialogue
7   South Bound Train
8   Dialogue
9   Tell Me What Kind Of Man Jesus Was (ananias)
10 Dialogue
11 Swing Low, Sweet Chariot
12 Dialogue
13 Joe Turner Blues
14 Dialogue
15 Joe Turner Blues
16 Dialogue
17 Plowhand Blues
18 Dialogue
19 Goin' Down The Road Feelin' Bad
20 Dialogue
21 Makin' My Getaway

CD2:
1   Dialogue
2   Stump Blues
3   Dialogue
4   See See Rider
5   I'm Gonna Move To The Outskirts Of Town
6   Dialogue
7   This Train
8   Dialogue
9   Hush, Hush
10 Dialogue
11 Backwater Blues
12 Slow Blues - Insrumental
13 Dialogue
14 It Hurts Me Too
15 Dialogue
16 Kansas City Blues
17 Dialogue
18 In The Evenin' (When The Sun Goes Down)
19 Dialogue

CD3:
1   Dialogue
2   Worried Life Blues
3   Dialogue
4   Trouble In Mind
5   Dialogue
6   Take This Hammer
7   Dialogue
8   The Glory Of Love
9   Dialogue
10 Louise Blues
11 Dialogue
12 Willie Mae Blues
13 Dialogue
14 Alberta
15 Old Folks At Home (Swanee River)
16 Dialogue
17 Crawdad Song
18 Dialogue
19 John Henry
20 Dialogue
21 Just A Dream (On My Mind)
22 Dialogue
23 Frankie And Johnny
24 Dialogue
25 Bill Bailey, Won't You Please Come Home ?
26 Dialogue
27 Hollerin' The Blues






 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Dillinger - Dillinger (1974)







Essa banda foi formada em 1973 pelos irmãos Harrison em Montreal, mas logo mudou para Toronto em busca de uma audiência maior. Uma noite o presidente da Daffodil Records os ouviu tocar e formalizou um contrato.
Esse aqui é o álbum de estréia que mistura o prog ao psicodélico e ao jazz em menores doses, levado pelo órgão e pela guitarra pesados. São apenas quatro faixas mas só a faixa 3, um cover da banda Spirit, era curta o suficiente para ser tocada no rádio. 
Então, apesar de receber boas críticas e de a banda se apresentar bastante, o álbum falhou comercialmente.
No ano seguinte eles gravaram um segundo disco com um repertório bem mais acessível e mais adiante a banda foi reformulada e mudou seu nome para The Hunt.




Jacques Harrison - vocal, órgão, flauta, sax
Paul Cockburn - guitarra, violões, vocal
Terry Bramhall - baixo, acordeon, vocal
Robert Harrison - percussão,vocal




1 People
2 City Main
3 Nature's Way [Spirit]
4 Live and Return


 

sábado, 14 de agosto de 2021

Lotus - Lotus (1974)







Lotus foi uma obscura banda sueca liderada por Anders Lindvall e Claes Ericsson. Ericsson havia estado na banda Asoka mas a direção musical aqui é diferente do hard-rock anterior. A Lotus fez um competente jazz-rock instrumental no qual se sobressaem as duas guitarras. São ótimas e energéticas melodias em músicas curtas que, mesmo assim, surpreendem. A banda poderia ser comparada à dinamarquesa Secret Oyster ou a uma Camel sem vocais.
Ela lançou dois discos. Este é o primeiro e mereceu apenas dois relançamentos em CD. O LP é item caríssimo entre os colecionadores.




Claes Ericsson - órgão, piano, piano elétrico
Robert Larsson - guitarra
Anders Lindvall - guitarra
Stefan Berggrensson - baixo
Henning Öfverbeck - bateria




1   Eelass-Ooles
2   Bonnalåt = Farmer's Tune
3   At El-Yago 9-3
4   Zero
5   Mac
6   Musen = The Pussy
7   Ungersk Dans = Hungarian Dance
8   Gatta Gatta
9   Marschvals = Marsch Waltz
10 Chico's Shuffle
11 Sketan = The Shit Hole
12 Tappen = The Icicle
13 Gatsby
14 Baldakinens Skräck = The Dance Hall Frenzy
15 Chico's Shuffle
16 '75-'76 Untitled studio demo
17 '75-'76 Untitled studio demo

 

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Tyburn Tall - Tyburn Tall (1972)







Tyburn Tall surgiu no meio dos anos 60 na Alemanha como uma banda Beat chamada The Screamers. Eventualmente eles mudaram seu estilo na medida em que foram absorvendo influências de bandas com as quais excursionavam, como a Colosseum, a The Nice, Frumpy e Renaissance. Assim, e após algumas mudanças no line-up, sua música se identificou com o Hard-Rock levado pelo órgão e pela guitarra com algumas aspirações progressivas. Atomic Rooster não seria uma comparação inválida e a tendência jazzística de Rheinhard Magin justifica a admiração pela Colosseum.
O vocalista é um caso à parte. Talvez seu pai tenha comprado todo o equipamento ou talvez ele fosse o dono da van. O fato é que se identificou demais com o nome anterior da banda.
Esse é o único disco que lançaram de forma privada e limitada em 200 cópias. Evidentemente ele atingiu preços indecentes entre os colecionadores até seu relançamento em CD.




Werner Gallo - guitarra
Rheinhard Magin - órgão, piano, vocal
Klaus Fresenius - vocal
Stefan Kowa - baixo, vocal
Hanns Dechant - bateria, percussão




1 War Game [Intro: J.S. Bach]
2 In The Heart Of The Cities (Broken People)
3 I Am America Too
4 Strange Days Hiding
5 Lost Angeles [Colosseum]
6 Bring Out Your Dead [Colosseum]


 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Junipher Greene - Friendship (1971)







A norueguesa Junipher Greene começou a se apresentar em 1967 e este seu primeiro disco levou anos para ser composto.
Friendship foi um trabalho ambicioso que fez a ponte entre o idealismo hippie dos anos 60 e as aspirações instrumentais dos anos 70. E foi a qualidade da composição que colocou a Junipher Greene acima dos seus pares. 
Foi um LP duplo logo na estréia, algo que só ocorrera antes com a Mothers Of Invention, com a Magma e com a Burnin' Red Ivanhoe.
As primeiras faixas tem inspiração na Pretty Things e na Beatles, com os efeitos das caixas Leslie que John Lennon gostava. Aí vão surgindo influências da Deep Purple, Pink Floyd e Jethro Tull até a suíte Friendship, de mais de 25 minutos.
Este álbum é um marco do Prog escandinavo e, por que não, do europeu também.




Helge Grøslie - órgão, vocal
Bent Åserud - guitarra, flauta
Freddy Dahl - guitarra, vocal
Øyvind Vilbo - baixo
Geir Bøhren - bateria




1   Try To Understand
2   Witches Daughter
3   Music For Our Children
4   A Spectre Is Haunting The Peninsula
5   Sunrise / Sunset
6   Magical Garden
7   Autumn Diary
8   Maurice
9   Attila's Belly-Dance
10 Friendship: Prelude: Take The Road Across The Bridge
11 Friendship (Contd.):
    a. Friendship
    b. Interlude
    c. Mountain Voices
    d. Land Of The Foxes/Friendship That's Earned
    e. Into The Cloudburst
    f. Manitou's Skylands & Down To Earth
    g. Friendship


 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Showmen 2 - Showmen 2 (1972)







Showmen surgiu em Nápoles no meio dos anos 60 tocando Pop. Um dos seus membros originais era Elio d'Anna que iria formar a Osanna. A banda se separou e os remanescentes convocaram novos músicos para a Showmen 2. Dessa vez a orientação musical foi outra e misturou o Prog ao Jazz de um jeito melódico que pode ser comparado ao primeiro disco da banda Chicago (ou Chicago Transit Autority).
Esse é o único disco dela, que não vendeu muito e provocou uma nova separação.
Talvez ainda por influência da Chicago ela mudou seu nome para Napoli Centrale, continuou na mesma linha, mas fez sucesso e lançou vários discos, permanecendo como um dos mais importantes grupos de Jazz-Rock da Itália.




James Senese - vocal, sax tenor, sax barítono, flauta, percussão
Gianmichele Mattiuzzo - órgão, piano, vocal
Piero Alonso - guitarra
Mario Archittu - trombone, piano
Giuseppe Botta - baixo, vocal
Franco Del Prete - bateria, percussão




1 Abbasso Lo Zio Tom
2 Amore Che Fu
3 Epitaffio
4 Corri Uomo Corri
5 E La Vita Continua
6 Ma Che Uomo Sei


 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Alan Hull - Squire (1975)







Alan Hull foi o líder da banda Lindisfarne e o seu primeiro álbum solo de 1973, chamado Pipedream, é um clássico. Em 1974 ele foi convidao para estrelar uma peça da BBC chamada Squire, para a qual também compôs a trilha sonora. 
Da peça ele pegou o título e da trilha ele pegou a faixa-título para lançar este segundo álbum solo. Ele é uma obra que deve ser entendida no todo; nenhuma canção se destaca, elas vão fluindo deliciosamente.
Humor, sensibilidade e delicadeza de um artista que antes de sê-lo trabalhou numa instituição mental.




Alan Hull - guitarra, violão, Mellotron, gravadores, piano, vocal, percussão
Micky Moody - guitarra
Albert Lee - guitarra
Kenny Craddock (Ginger Baker's Air Force, Lindisfarne) - guitarra, violão 12 cordas, percussão, vibrafone, órgão, piano elétrico e acústico, Mellotron, Mini-Korg
Brian Chatton (Flaming Youth, Snafu) - piano
Jean Roussel - órgão
Ray Jackson (Lindisfarne) - harpa, bandolim
Colin Gibson (Ginger Baker's Air Force) - baixo, percussão
Ray Laidlaw (Lindisfarne) - bateria
Terry Popple (Tramline) - bateria
Jo Newman - backing vocal
Lesley Duncan - backing vocal




1   Squire
2   Dan The Plan
3   Picture A Little Girl
4   Nuthin' Shakin'
5   One More Bottle Of Wine
6   Golden Oldies
7   I'm Sorry Squire
8   Waiting
9   Bad Side Of Town
10 Mr. Inbetween
11 The End
12 Crazy Woman
13 Carousel