Mostrando postagens com marcador Robert Fripp. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Robert Fripp. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Andy Summers & Robert Fripp - Bewitched (1984)







Nem mesmo esses dois escaparam do feitiço dos anos 80. Feitiço não, praga — aquela batida eletrônica repetitiva que aniquilava qualquer mente progressiva e jogava tudo na vala do pop.
Bewitched é a segunda colaboração entre Fripp e Summers, não tão emblemática quanto a primeira, mas ainda assim muito melhor do que a maioria dos discos naquele período. Não desista antes da faixa 4; a partir daí a coisa muda e aparecem semelhanças tanto com a King Crimson da trilogia Discipline/Beat/Three of a Perfect Pair, quanto com a The Police.




Andy Summers - guitarra, violão, Tr909 drum machine, Roland guitar synth Gr700 & 300, Roland Jupiter/JX-3P, sequenciador Msq 700, loops
Robert Fripp - guitarra, violão, Tr909 drum machine, Roland guitar synth Gr700 & 300, Roland Jupiter/JX-3P, sequenciador Msq 700, loops
Paul Beavis - bateria
Chris Childs - baixo
Sara Lee - baixo  
Jesse Lota - percussão
Chris Winter - sax




1    Parade  
2    What Kind of Man Reads Playboy?  
3    Begin the Day 
4    Train  
5    Bewitched  
6    Tribe  
7    Maquillage  
8    Guide  
9    Forgotten Steps   
10  Image and Likeness 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Robert Fripp - Pie Jesu (1997)







Pie Jesu (Jesus piedoso) é um trecho de um hino executado na missa dos mortos (Réquiem). Também é o título desse EP do Robert Fripp que antecipou três faixas do álbum The Gates of Paradise e incluiu uma faixa do álbum anterior, A Blessing of Tears. Todos eles pertencem à longa série de "Soundscapes" iniciada em 1994. Nela, Fripp cria paisagens musicais que podem ser rotuladas como "Ambient" mas são muito mais do que isso. 
Ele usa os seus "Frippertronics" que deixaram de ser apenas loops com o uso de fitas e gravadores Revox para serem mais "tronics". 
Essas paisagens representam uma filosofia do Fripp, trabalhada desde a Guitar Craft, segundo a qual a música deve ser criada como uma expressão da alma e o auto-conhecimento é fundamental para isso. 
Só os títulos das músicas já são um convite à reflexão, então, achei oportuno.





Robert Fripp - guitarra e Frippertronics





1 Pie Jesu  
2 Midnight Blue  
3 Abandonment to Divine Providence  
4 Sometimes God Hides 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

FFWD►► - FFWD►► (1994)








Ou Robert Fripp & The Orb
The Orb foi pioneira da "ambient house" e foi formada por Alex Paterson em 1988. Paterson era um roadie que foi influenciado pela house music surgida em Chicago. Esse é um gênero que degenerou-se muito, mas lá no começo ele se caracterizava pelo compasso 4/4 e pelo uso da drum machine e dos sequenciadores Roland TR e TB. Paterson foi trabalhar na EG Records, selo que abrigava Brian Eno e a King Crimson. Então, a aproximação foi óbvia. Quando se deu e como, eu não sei. A The Orb passou por diversas formações e essa parece ser a mais famosa. Digo isso porque não me interessei pela The Orb em si, ou mesmo nas colaborações dela com o guitarrista Steve Hillage, de quem sou admirador. 
FFWD são as iniciais dos carinhas e também é uma referência àquela tecla de avanço. Sacou? Não é putz-putz nem bate-estaca. Esse álbum combina a estratégia das soundscapes de Fripp com esse lado de pesquisa sonora bem intencionada da house music, de um jeito que não se faz mais há muito tempo.






Robert Fripp - guitarra e midis
Thomas Fehlmann - eletrônicos
Kris Weston (Thrash) - eletrônicos
DAR (Duncan Alexander Robert) Paterson - efeitos eletrônicos
Hasson Ramsey - percussão (5)







1  Hidden  
2  Lucky Saddle  
3  Drone  
4  Hempire  
5  Colossus  
6  What Time Is Clock  
7  Can of Bliss  
8  Elevenses  
9  Meteor Storm  
10 Buckwheat and Grits  
11 Klangtest  
12 Suess Wie Eine Nuss  

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Robert Fripp - At the End of Time - Churchscapes, Live in England & Estonia 2006








Os experimentos do Fripp e do Brian Eno com o "tape delay" levaram ao que ficou conhecido como Frippertronics. Na prática, é uma coisa tosca que meu amigo Lico já fazia com dois gravadores Akai 4000 DB no início dos anos 80. É claro que o que estou dizendo é uma heresia porque o que interessa é o que está nas fitas, quem criou aquilo que foi gravado e como é essa criação. No caso das fitas do Licão, elas tinham Fool's Overture do Supertramp. Nos anos 90, Fripp apresentou suas soundscapes como uma busca de autoconhecimento ou coaching da vida. Há quem critique dizendo que um disco desagua em outro e que tudo é muito parecido. Não é assim — apague a luz e verá. 
Neste aqui, Fripp encontrou as salas de concerto perfeitas para seus novos sons e improvisações: foram escolhidas diversas igrejas pela Inglaterra e Estonia. At the End of Time é um outro nível na Ambient Music e é um convite à introspecção. Já que aquela merda de Carnaval começou, fica a dica.






Robert Fripp - Fernandes Custom Gold, Roland GR-1 Guitar Synth, Eventide Eclipse, Rocktron MIDI Raider, Boss Expression pedals, Korg Taktile and iPad






1   Threshold Bells: St. Paul's
2   At The End Of Time: St. Paul's
3   Evensong: Tallinn
4   Evensong Coda: Tallinn
5   At The End Of Time: Broad Chalke
6   Evensong: Viljandi
7   Evensong Coda: Viljandi
8   Future Shift: Haapsalu
9   Evensong: Haapsalu
10 Evensong Coda: Haapsalu








quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fripp & Eno - Evening Star (1975)







Evening Star é a segunda colaboração entre Eno e Fripp. O experimentalismo e a eletrônica foi o que os aproximou. Eno era o não-músico inquieto que deixou a Roxy Music justamente porque o sucesso criou a zona de conforto. Fripp experimentava com o delay entre dois gravadores Revox, naquilo que seus amigos apelidaram de "Frippertronics". 
Esse álbum foi lançado no mesmo ano em que Eno lançou seu Discreet Music e a faixa 4 contém trechos extraídos e reciclados desse álbum. Juntos, Evening Star e Discreet Music definiram o gênero Ambient Music. Sempre há quem ache estranho; alguns podem achar tedioso, especialmente a última e longa faixa; e há até quem pense que o reprodutor está pifando, mas, depois de iniciado, o ouvinte não nega a beleza desse trabalho. J.R.R. Tolkien pregava a "fuga, recuperação e consolação", então, tá aí.





Robert Fripp - guitarra
Brian Eno - sintetizadores, piano, tape loops





1 Wind on Water 
2 Evening Star 
3 Evensong 
4 Wind on Wind 
5 An Index of Metals


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fripp & Eno - (No Pussyfooting) 1973


Foinesse disco que nasceram os tais Frippertronics. Fripp e Eno estavam trabalhando juntos com a composição de texturas baseadas na sobreposição de sons gravados em fitas executadas com um delay obtido quando elas passavam de um gravador para outro — dois Revox. Construída a base, os dois iam solando e incorporando frases sobre ela.

Brian Eno -teclados,sintetizadores,tapes,efeitos,VCS3,vocal
Robert Fripp -guitarras

CD 1

The Heavenly Music Corporation

1 Part I
2 Part II
3 Part III
4 Part IV
5 Part V


Swastika Girls

6 Part I
7 Part II


The Heavenly Music Corportation (Reversed)

8 Part V
9 Part IV
10 Part III
11 Part II
12 Part I

Cd 2

The Heavenly Music Corporation (Half Speed)

1 Part I
2 Part II
3 Part III
4 Part IV
5 Part V

Swastika Girls (Reversed)

6 Part I
7 Part II

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Andy Summers & Robert Fripp - I Advance Masked (1982)


Primeira parceria entre os dois grandes guitarristas, ambos admimiradores de Charles Mingus. Eles exploram todo tipo de textura aqui e ficam claras, faixa a faixa, as idéias de um e de outro.

Robert Fripp -sintetizadores,baixo,guitarra,percussão,Moog sint,Roland sint.
Andy Summers- idem

1 I Advance Masked
2 Under Bridges of Silence
3 China - Yellow Leader
4 In the Cloud Forest
5 New Marimba
6 Girl on a Swing
7 Hardy Country
8 Truth of Skies
9 Painting and Dance
10 Still Point
11 Lakeland/Aquarelle
12 Seven on Seven
13 Stultified

domingo, 16 de outubro de 2011

Cheikha Rimitti - Cheikha (1995)


Esse álbum contém material não incluído no anterior, Sidi Mansour, e tem basicamente a mesma turma da pesada. A performance do Fripp é que está mais, digamos assim, enfezada.
Esses trabalhos lançaram Cheikha para uma audiência muito maior, permitindo que ela excursionasse mais intensamente pela América do Norte.
Logo após seu aniversário de 83 anos e vários concertos com lotação esgotada em Paris, Cheikha Rimitti faleceu de um ataque do coração.

Cheikha Rimitti G-gllal,vocal
Robert Fripp -Frippertronics,guitarra
Flea -baixo
Geza X -percussão eletrônica,loops,guitarra
JBV -percussão eletrônica,baixo sint,sequenciadores,Vocoder
Houari Talbi -teclados,sax
Bill Rhea Mandolin, Violin
Dan Fornero -trompete
Bruce Fowler -trombone
Walt Fowler -flugelhorn,trompete
Tree -trompete
Joe Berardi -bateria
Hamid Ahssani -darbouka


1 Mendirch el Haseb
2 Rah Yabki [Street Mix]
3 Rah Yabki [Dune Mix]
4 Lillette el Ouihda

Cheikha Rimitti - Sidi Mansour (1995)


Essa argeliana nascida em 1923 — seu nome verdadeiro era Saadia — tornou-se um ícone da música do orinte médio e uma espécie de heroína das mulheres dessa região e de todas que emigraram. Ela ficou órfã muito nova e chegou a trabalhar como doméstica até descobrir sua vocação como cantora. Cheikha tornou-se uma figura altamente controversa ao abordar temas delicadíssimos, se não proibidos, no mundo islâmico. Sexo, feminismo, política, perda da virgindade e tudo o que ainda é tabu por lá, já eram ferozmente defendidos em suas canções desde os anos 50. Perseguida, ela se fixou na França e quando a Argélia tornou-se independente as coisas até pioraram: ela e suas músicas foram oficialmente banidas sob o pretexto de serem "pervertidas pelo colonialismo ocidental".
Esse disco é considerado revolucionário para o gênero rai, fruto da reunião das idéias e ritmos de Cheikha com a inovação sonora e tecnológica de Robert Fripp. Se alguém conseguir entender alguma das letras, parabéns, mas o que interessa mesmo é a música, levada por um time de primeira que inclui o "Red Hot" Flea e dois alunos de Frank Zappa.


Cheikha Rimitti -gallal,vocal
Robert Fripp -Frippertronics,guitarra
Flea -baixo
East Bay Ray -guitarra
Geza X -percussão eletrônica,loops,guitarra
JBV -percussão eletrônica,baixo sint,sequenciadores,Vocoder
Houari Talbi -teclados,sax
Bill Rhea -violino,bandolim
Dan Fornero -trompete
Bruce Fowler(Zappa) -trombone
Walt Fowler(Zappa) -flugelhorn,trompete
Tree -trompete
Joe Berardi -bateria
David Kendrick -bateria
Hamid Ahssani -darbouka


1 Nghani Ki Ma Nabghi
2 Sidi Mansour
3 Ha Ray Ha
4 Rah Jey
5 Rouked el Achra
6 Maheyni Maheyni
7 Rah Yabki
8 Serrer a Driote et Stationer

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ten Seconds - Ten Seconds (1996)


Como é que dá pra classificar esse álbum...Industrial-ciber-prog pode?
Ten Seconds começou no estúdio com Bill Forth e Jeff Fayman trocando umas idéias. A coisa começou a rolar e então eles convidaram o companheiro de outras paradas, Robert Fripp. Fripp acrescentou suas soundscapes, o que deixou alguns momentos a lembrar muito o King Crimson. Aliás, o Forth cita o KC como uma influência primária no trabalho, bem como Bartok, Stravinsky e Mahler, sendo o primeiro também uma grande influência para o Fripp.
A parte de percussão foi primeiramente composta em sequenciadores e depois cada baterista teve que tocar exatamente sobre isso e os vocais e as guitarras foram todos processados no Roland GP-16 o que resultou numa sonoridade bem bacana.

Robert Fripp -guitarras
Jeffrey Fayman -teclados
Bill Forth -guitarra, vocal
Bill Rieflin (Ministry) -bateria
Mark Craney (Jethro Tull) -bateria,percussão
Jac Mihanovic -baixo
Jimmy Hawes -baixo
Steve Smalley -teclados

1. PQ Alpha
2. Realside
3. Last Three Minutes 1
4. Nightwebs
5. Zerophase
6. Can't Hold Back the Dawn
7. No Way to Paradise
8. Last Three Minutes 2
9. Worlds Beyond Worlds
10. Realside

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Robert Fripp - Exposure Original plus Third Edition Remastered CD (1979 / 2006)



Embora constem da discografia dele os álbuns No Pussifooting e Evening Star antes desse, o Exposure é o primeiro solo de Fripp, propriamente dito. Ele é mais rock que que todo o trabalho anterior e tem o intrincado diálogo do baixo com a guitarra, uma linha que seria muito mais desenvolvida adiante no League of Gentlemen. Também antecipa muito daquilo que viria a ser a tônica do King Crimson reformado.
Esse álbum reúne o disco original no primeiro cd mais um remix com faixas bônus feito em 83. Pode parecer redundância e excesso, mas o remix foi feito pelo próprio Fripp e ele acrescentou algumas novas partes de guitarra, como em Breathless, e versões com diferentes vocalistas e até mesmo com letras diferentes, como em NY3.

Robert Fripp -guitarra
Barry Andrews -teclados
Phil Collins -percussão,bateria
Brian Eno -teclados
Peter Gabriel -vocal
Daryl Hall -vocal
Peter Hammill -vocal
Tony Levin -baixo
Maggie & Terre Roche -vocais
Narada Michael Walden -bateria

Disco 1, Primeira Edição

1 Preface
2 You Burn Me Up I'm a Cigarette
3 Breathless
4 Disengage
5 North Star
6 Chicago
7 Ny3
8 Mary
9 Exposure (Fripp,P.Gabriel)
10 Haaden Two
11 Urban Landscape
12 I May Not Have Had Enough of Me But I've Had Enough of You
13 First Inaugural Address to I.A.C.E.
14 Water Music
15 Here Comes the Flood(P.Gabriel)
16 Water Music II
17 Postscript

Disco 2, Terceira Edição - Remix de 1983

1 Preface [voc. Daryl Hall]
2 You Burn Me up I'm a Cigarette [voc. Daryl Hall]
3 Breathless
4 Disengage II [voc. Daryl Hall]
5 North Star [voc. Daryl Hall]
6 Chicago [voc. Daryl Hall]
7 New York, New York, New York [voc. Daryl Hall]
8 Mary [voc. Terre Roche]
9 Exposure [voc. Terre Roche]
10 Häaden Two
11 Urban Landscape
12 I May Not Have Had Enough of Me but I've Had Enough of You [voc. Terre Roche & Peter Hammill]
13 First Inaugural Address to the I.A.C.E. Sherborne House
14 Water Music I
15 Here Comes the Flood [voc. Peter Gabriel]
16 Water Music II
17 Postscript
18 Exposure [Alternate Take [voc. Daryl Hall]
19 Mary [Alternate Take [voc. Daryl Hall]
20 Disengage [Alternate Take [voc. Peter Hammill]
21 Chicago [Alternate Take [voc. Terre Roche & Peter Hammill]
22 NY3 [Alternate Take]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Travis & Fripp - Thread (2009)



Theo Travis esteve na última Virada Cultural, em Sampa, integrando a Soft Machine Legacy. Também colaborou com a Jade Warrior, com o Porcupine Tree, No-Man, Gong, The Tangent, Karmakanic e por aí vai. De sólida formação erudita em flauta e sax, ele é um dos mais requisitados e produtivos músicos do jazz britânico.
Robert Fripp eu não sei direito quem é mas posso dizer que esse disco faz uma ponte bem bacana entre seu trabalho pós KC ( Soundscapes) e o início da carreira, quando era frequente o uso dos instrumentos de sopro.
Apesar de os dois dividirem todas as composições e ter sido gravado no estúdio Digital Global Mobile do Fripp, esse disco só está na discografia do Travis e recebeu mixagem e finalização por Steven Wilson do Porcupine Tree, que é outro que nem sei quem é.

Robert Fripp -guitarra, sintetizador para guitarra
Theo Travis -flauta alto, sax soprano

1 Land Beyond the Forest
2 The Apparent Chaos of Blue
3 As Snow Falls
4 Before Then
5 One Whirl
6 The Silence Beneath
7 Curious Liquids
8 The Unspoken
9 Pastorale

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Robert Fripp & The League of Crafty Guitarists - Intergalactic Boogie Express Live in Europe (1991)



Uma impressionante apresentação de Fripp liderando seus dez melhores alunos na Guitar Craft. Impressionante, tanto pela precisão como pelo comprometimento de todos com as técnicas do mestre.

10 violões: Fripp,Steve Ball,Tobin Buttram,Guido Ernst,Nigel Gavin,
Curt Golden,Bert Lams,Hideyo Moriya,David Pittaway,
Paul Richards.

1 A Connecticut Yankee in the Court of King Arthur (Gavin)
2 Rhythm of the Universes (Gavin)
3 Larks Thrak (Fripp)
4 Circulation I (Fripp, LCG)
5 Intergalactic Boogie Express (Fripp)
6 G Force (Gavin)
7 Eye of the Needle (Fripp)
8 Corrente (Bach BWV 825) (Bach, arr. Lams)
9 Driving Force (Fripp)
10 Groove Penetration (Buttram)
11 Flying Home (Golden, McSurely)
12 Circulation II (Fripp, LCG)
13 Fireplace (Ball)
14 Fragments of Skylab (Fripp)
15 Asturias (Lams)
16 Prelude Circulation (Bach)
17 Cheeseballs (Ball)
18 Prelude in C minor (Bach BWV 847) (Bach, arr. Lams)
19 Wabash Cannonball (trad. arr. Ernst)
20 Fractal Jasm (Fripp)
21 Askesis (Geballe)

quarta-feira, 16 de março de 2011

David Sylvian & Robert Fripp - Damage (1994)



A colaboração entre David Sylvian - o líder da banda Japan - e Robert Fripp poderia perfeitamente ser a nova encarnação do King Crimson. A parada do KC deixou claro que eles precisavam mudar de rumo e esse seria bem legau. A coisa talvez não tenha rolado porque os dois tem identidades musicais muito diferentes mas foi suficiente para fazerem o ótimo disco de estúdio "The First Day" e esse ao vivo, que é melhor ainda. Brightness Falls, por exemplo, tem muito mais força aqui. O Sylvian tem muito talento para compor belas e melancólicas canções e o Fripp, de tão desafiador, chega a ser violento. Se você tem dúvidas sobre a técnica magistral dele, tente acompanhar seus dedos alí em Firepower.

David Sylvian -Voz,teclados e guitarra
Fripp -Guitarras
Pat Mastelotto -Bateria
Trey Gunn -Chapman Stick,Grand Stick,voz
Michael Brook -Guitarra

1 God's Money
2 Brightness Falls
3 Every Color You Are
4 Jean the Birdman
5 Firepower
6 Damage
7 Gone to Earth
8 20th Century Dreaming (A Shaman's Song)
9 Wave
10 Riverman
11 Blinding Light of Heaven
12 The First Day

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sunday All Over The World - Kneeling At The Shrine (1991)


Sunday All Over The World foi um projeto do Robert Fripp que incluiu sua espôsa, Toya Willcox, e que também foi seu primeiro trabalho com Trey Gunn, futuro membro do King Crimson. Esse disco bem que poderia ser do KC, algo como o elo perdido entre a trilogia encerrada com o Three of a Perfect Pair e o Thrak. É particularmente interessante porque o Fripp, que sempre trabalhou com vocais masculinos, compõe e adapta seu timbre para uma voz à la Kate Bush.

Toyah Willcox -vocal
Robert Fripp -guitarras
Trey Gunn -Chapman stick,vocal
Paul Beavis -bateria e perc

1 Sunday All Over the World
2 Blood Bruise Tattoo
3 Kneeling at the Shrine
4 Don't Take It Away
5 Transient Joy
6 Open Air
7 Strange Girls
8 If I Were a Man
9 Answered With a Smile
10 Storm Angel
11 Freedom

Robert Fripp

Há quem diga que ele é mau humorado, que nunca sorri. Nem tanto.

Fripp é naturalmente um canhoto que decidiu tocar como destro e é oriundo da escola flamenca de violão. Sua primeira guitarra foi uma Hofner President:

Daí em diante ele mesmo se define como um "homem de Les Paul"...


...muito embora use com frequência uma Tocai japonesa, modelo Les Paul...























...e uma Fernandes em corpo de Les Paul.

Muita gente também acha esquisito o fato de ele tocar sentado e pensa que é um distanciamento da platéia mas é simplesmente porque ele sempre quis ter à mão um Mellotron e mais tarde um pouco, toda a parafernália dos Frippertronics.
À partir da sua colaboração com Brian Eno nos anos 70, Fripp decidiu levar mais à fundo as experiências com fitas e desenvolveu um sistema analógico que batizou de Frippertronics. Ele consistia basicamente em 2 gravadores de rolo Revox mandando a fita de um para o outro, passando por câmaras de eco e outros apetrechos.


A evolução dos Frippertronics veio com a era digital dos anos 80. O surgimento dos sintetizadores para guitarra trouxe possibilidades ilimitadas, eles podiam criar todo tipo de som à partir de um console muito menor. Fripp escolheu para si a Roland GR 300, em cujo console também podia plugar suas Les Paul e Tokai.


Também acrescentou alguns recursos extras como um Harmonizador Eventide 3000SE que é produzido por uma empresa de dispositivos sofisticados de aviação...

...pedais Digitech Whammy, sustainer Fernades (mesmo de Hackett) e instalou nas guitarras o têmolo da marca Kahler. Tudo isso e muito mais é o que ele chama de "Soundscapes".

Em 1984 Fripp fundou a Guitar Craft, uma escola sem fins lucrativos para difundir e pesquisar a técnica de guitarra. Dessa escola surgiu a League of Crafty Guitarists que excursionou pelo mundo todo e em cujos concertos o Fripp tocou basicamente num violão Ovation Legend 1867.









Ele sofisticou a técnica erudita acrescentando métodos de banjo e jazz dos anos 20, naquilo que define como "coração, mãos e mente". Tres dos seus alunos formaram o California Guitar Trio.

Além dessas guitarras, as de uso mais frequente, Fripp possui algumas Fender Stratocaster que ele usa ocasionalmente em trabalhos com outros músicos, tais como Bowie e Andy Summers.


Uma dessas é 57 e foi um presente de Robin Trower em 1975.

Atualmente Robert Fripp está tocando uma Crimson Guitar feita especialmente para sua assinatura.


É mogno brasileiro.


Quem disse que ele não sorri?