sexta-feira, 11 de maio de 2018

Passport - Infinity Machine (1976)







Essa foi a minha porta de entrada para o fusion e, então, para o jazz. Eu era um garoto que detestava os Beatles e os Rolling Stones e que ouvia o que estava disponível de Prog mais tudo o que aguentasse de Hard. Para alguém que precisava recalibrar as orelhas esse álbum foi perfeito. O lançamento do disco no Brasil foi estimulado pela vinda da Passport ao nosso país. Daí, várias faixas serviram de trilha para programas de TV e FM. Eu ouvi a transmissão ao vivo de um dos shows pela rádio Eldorado, creio eu, e adorei. Confesso que quando consegui comprar o LP fiquei um pouco decepcionado, pois ao vivo a coisa é outra quando se trata de músicos tão talentosos. 
Infinity Machine foi o oitavo disco da Passport em cinco anos de existência da banda, e foi lançado quando ela estava no auge. Alguns críticos torcem o nariz por acharem que a banda quase chegou a um "easy-listening" ou que usou uma batida disco, mas também não é assim. O que há é uma mistura muito saudável de Jazz, Funk, Prog, Space-rock e uma batida que engana, mas não é disco. É a batida de Curt Cress, um grande músico. Cress tocou na Orange Peel e com jazzistas como Joachim Kühn. Com a Atlantis, a Lucifer's Friend e até com Freddie Mercury.
Enfim, é esse LP que eu estou postando porque nunca encontrei um CD por um preço justo. O problema com os meus vinis antigos é que eles passaram por várias agulhas diferentes e aí eu me desculpo pelo ruído.





Klaus Doldinger - sax alto, tenor e soprano, Moog, piano elétrico
Kristian Schultze - piano elétrico, órgão, teclados
Wolfgang Schmid - baixo, teclados, guitarra
Curt Cress - bateria, percussão





1 Ju-Ju-Man
2 Morning Sun
3 Blue Aura
4 Infinity Machine
5 Ostinato
6 Contemplation