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domingo, 26 de julho de 2020

Fleetwood Mac - Boston (2013)







Ontem correu a triste notícia da morte de Peter Green. Segundo familiares, ele faleceu enquanto dormia. Foi, portanto, uma passagem digna para um homem eminentemente bom. 
Há alguns anos ele declarou que não era mais capaz de tocar. Logo ele que por muitos é considerado o maior guitarrista britânico de todos os tempos. É uma pena que seu nome seja reconhecido apenas por aqueles que tem maior intimidade com o blues e o blues-rock dos anos 60 porque o impacto que causou na maneira de se fazer rock e na maneira de se tocar guitarra é imenso. Ele criou músicas baseadas no blues memoráveis, assim como seus licks na guitarra foram os mais imaginativos. E a banda que ele criou superou os Beatles e os Stones em vendas no final dos anos 70. E aí é preciso separar a Peter Green's Fleetwood Mac da Fleetwood Mac que surgiu depois de 1970 e que é conhecida até hoje. 

"Boston" é uma simpática caixa redonda que reúne três concertos daquela Fleetwood Mac gravados em 5, 6 e 7 de fevereiro de 1970 no The Tea Party em... Boston. Estava planejado lançar um álbum ao vivo mais adiante, só que alguns meses depois dos concertos Peter Green decidiu sair da banda e a confusão acabou por deixar as fitas na lata. No final dos anos 90 elas foram recuperadas e remixadas e lançadas em três volumes separados.

Foi em março de 1970 que Peter Green fez uso de LSD em Munique, evento que serviu de gatilho para esquizofrenia. Nesses concertos, portanto, ele estava em plena forma.

Na caixa estão inclusas cinco bolachas para canecas de cerveja com a capa da caixa estampada de um lado e a foto de cada um deles do outro. Eu não creio que alguém tenha coragem de por uma caneca gelada sobre elas mas, como disse, é uma caixa simpática.

The Tea Party era um local de shows que funcionou de 1967 até poucas semanas depois desses da Fleetwood Mac. Parece até que combinaram com o Peter. 




Peter Green - guitarra, vocal
Danny Kirwan - guitarra, vocal
Jeremy Spencer - guitarra, vocal, piano
John McVie - baixo
Mick Fleetwood - bateria, percussão
com
Joe Walsh - guitarra (Encore Jam) 




CD 1
1 Black Magic Woman
2 Jumping At Shadows
3 Like It This Way
4 Only You
5 Rattlesnake Shake
6 I Can't Hold Out
7 Got To Move
8 The Green Manalishi

CD 2
1 World In Harmony
2 Oh Well
3 Rattlesnake Shake
4 Stranger Blues
5 Red Hot Mama
6 Teenage Darling
7 Keep A-Knocking
8 Jenny Jenny
9 Encore Jam

CD 3
1 Jumping At Shadows
2 Sandy Mary
3 If You Let Me Love You
4 Loving Kind
5 Coming Your Way
6 Madison Blues
7 Got To Move
8 The Sun Is Shining
9 Oh Baby
10 Tiger
11 Great Balls Of Fire
12 Tutti Frutti
13 On We Jam



quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Peter Green Splinter Group - Destiny Road (1999)







Depois de três décadas afastado, Peter Green voltou à música. De certo modo ele foi resgatado por três admiradores: o guitarrista Nigel Watson, que trabalhou com Roger Glover; o baixista Neil Murray da Colosseum II, Black Sabbath e outras; e o grande baterista Cozy Powell. Os quatro gravaram dois discos com clássicos do blues e, na maior parte, ao vivo. Com a morte de Powell a banda deu um tempo e foi reformulada.

Destiny Road é o quarto disco e o primeiro com composições próprias. Depois do redemoinho mental pelo qual Peter Green passou é perfeitamente compreensível que sua sensibilidade ao tocar guitarra não seja a mesma dos tempos de Fleetwood Mac, mas ainda é um grande prazer ouvi-lo. Sua voz também foi afetada, sofre um pouco nas notas altas, mas continua aveludada.

A Splinter Group foi dissolvida em 2004, quando Green admitiu que o tratamento dos seus problemas psicológicos o estava impedindo de tocar como gostaria.




Peter Green - guitarras, harmônica, vocal
Nigel Watson - guitarras, bandolim, vocal
Roger Cotton - grand piano, órgão Hammond, teclados, guitarra rítmica
Pete Stroud - baixo
Larry Tolfree - bateria, percussão
Jennie Evans & Debbie Miller - backing vocal
Derek Nash - sax tenor, sax barítono
Joe Green - sax tenor
Kate Shortt, Guy Theaker, Malcolm Allison, Naomi Fairhurst - cordas




1   Big Change Is Gonna Come 
2   Say That You Want To
3   Heart Of Stone
4   You'll Be Sorry Someday
5   Tribal Dance
6   Burglar
7   Turn Your Love Away
8   Madison Blues (Elmore James) 
9   I Can't Help Myself
10 Indians
11 Hiding In Shadows
12 There's A River (Steve Winwood/Will Jennings) 

sábado, 2 de novembro de 2019

John Mayall & The Bluesbreakers - A Hard Road (1967)







O segundo álbum de John Mayall, o "with Eric Clapton" ou "Beano", como foi apelidado, foi um sucesso que até o surpreendeu e tornou-se uma espécie de bíblia do gênero. 

A Hard Road, lançado em 17 de fevereiro de 1967, mostrou que Beano não havia sido um episódio ao acaso e confirmou o domínio de Mayall não apenas como líder de banda, mas também como um dos últimos visionários do blues. 
Embora ele tenha permanecido um pouco à sombra do Beano, A Hard Road é uma obra de igual importância histórica, já que ele não apenas introduziu o gênio de Peter Green no rock, tanto como guitarrista solo quanto como cantor e compositor, como lançou as bases da futura Fleetwood Mac.
Quando Clapton saiu, Mayall passou dez dias testando novos guitarristas. Peter Green apareceu dizendo-se melhor que qualquer outro e, depois de ouví-lo, Mayall deu-lhe razão. 

Mayall também precisou substituir Hughie Flint. O baterista da Bluesbreakers desde o início estava deprimido e queria abandonar a música. Mayall viu Aynsley Dumbar tocando com Alexis Korner e o convidou na hora. 

As gravações de A Hard Road duraram apenas quatro dias em outubro de 1966, nos estúdios da Decca em Londres, com a formação composta por Mayall, Green, Dunbar e John McVie no baixo. 
Green e McVie eram cada vez mais amigos, e a sensação de um grupo que cresceu dentro de outro tornou-se evidente quando Dunbar deixou a Bluesbreakers após o lançamento deste álbum e foi substituído por Mick Fleetwood.

Não surpreendentemente, menos de um ano após essas gravações, Green, McVie e Fleetwood deixaram o grupo e o primeiro álbum auto-intitulado da Fleetwood Mac, de Peter Green, saltou imediatamente para o topo das paradas britânicas.




John Mayall - órgão, piano, harmônica, guitarra, vocal
Peter Green - guitarra, vocal
John McVie - baixo, vocal (3, 10)
Aynsley Dunbar - bateria
com:
Hughie Flint - bateria
Johnny Almond (Mark-Almond, Keef Hartley) - saxes
Alan Skidmore (Soft Machine) - sax alto
Ray Warleigh (Soft Machine) - sax tenor (5, 7, 13)




CD1
01 A Hard Road 
02 It's Over 
03 You Don't Love Me (Willie Cobbs) 
04 The Stumble (Freddie King, Sonny Thompson)
05 Another Kinda Love 
06 Hit The Highway
07 Leaping Christine
08 Dust My Blues (Elmore James, Joe Josea)
09 There's Always Work
10 The Same Way (Peter Green)
11 The Supernatural (Green)
12 Top Of The Hill
13 Someday After A While (You'll Be Sorry) (King, Thompson) 
14 Living Alone
15 Evil Woman Blues (From Raw Blues)
16 All Of My Life
17 Ridin' On The L&N
18 Little By Little
19 Eagle Eye


CD2
1   Looking Back (Single A-Side)
2   So Many Roads (Single B-Side)
3   Sitting In The Rain (Single A-Side)
4   Out Of Reach (Single B-Side)
5   Mama, Talk To Your Daughter (Session Outtake)
6   Alabama Blues (Session Outtake)
7   Curly (Single A-Side)
8   Rubber Duck (Single B-Side)
9   Greeny (Session Outtake)
10 Missing You (Session Outtake)
11 Please Don't Tell (Session Outtake)
12 Your Funeral And My Trial (Session Outtake)
13 Double Trouble (Single A-Side)
14 It Hurts Me Too (Single B-Side)
15 Jenny (Single A-Side)
16 Picture On The Wall (Single B-Side)
17 First Time Alone (From Blues From Laurel Canyon)





quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Eddie Boyd - Eddie Boyd And His Blues Band feat. Peter Green (1967)







Eddie Boyd gravou com a Fleetwood Mac de Peter Green o celebrado "7936 South Rhodes". Mas um ano antes ele já tinha gravado com Peter Green quando ele ainda era membro da Bluesbreakers de John Mayall. Melhor que isso, a banda de Boyd nesse disco é a própria Bluesbreakers com Mayall, McVie e o grande Dumbar na bateria. Melhor ainda, tem o Tony McPhee da Groundhogs! São os melhores do blues britânico na época. e o melhor do melhor são as frases mágicas que saem da guitarra do Peter Green, talvez as melhores que já gravou.




Eddie Boyd - vocal, piano
Peter Green - guitarra - backing vocal
Tony McPhee - guitarra (slide) (2, 3)
John Mayall - harmônica, backing vocal
John McVie - baixo
Aynsley Dunbar - bateria
Harry Klein - sax barítono
Bob Efford - sax tenor
Rex Morris - sax tenor
Albert Hall - trompete




1    Too Bad, Pt. 1  
2    Dust My Broom  [Elmore James]
3    Unfair Lovers 
4    Key to the Highway  [Big Bill Broonzy]
5    Vacation from the Blues  
6    Steakhouse Rock 
7    Letter Missin' Blues  
8    Ain't Doin' Too Bad 
9    Blue Coat Man  
10  The Train Is Coming  
11  Save Her Doctor  
12  Rack 'Em Back  
13  Too Bad, Pt. 2  
14  The Big Bell 
15  Pinetop's Boogie Woogie [Pinetop Smith]  
16  Night Time Is the Right Time [Jimmy Oden]   

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Peter Green - Man Of The World - The Anthology 1968-1988 (2004)







Hoje é aniversário do Peter Green! Tá fazendo 73 anos — um garoto.
Ao lado de Eric Clapton e Mick Taylor, Peter Green foi responsável por apresentar a incontáveis jovens guitarristas americanos a rica herança do blues do seu próprio país. Eles fizeram isso através das gravações com a Bluesbreakers de John Mayall. Igual em virtuosismo, Peter ainda tem em comum com Clapton o tom matador e o vibrato, num estilo mais jazzístico e controlado. Ele deixou a Bluesbreakers para fundar a Fleetwood Mac, uma banda totalmente diferente daquela que fez sucesso dos anos 70 até hoje, sem ele.
Em termos de equipamento, ele sempre foi espartano. De 1966 à 70 ele tocou numa Les Paul 59 que tinha um captador invertido, plugado em amps Fender e Orange. Essa guitarra ele deu ao saudosíssimo Gary Moore quando percebeu que não estava mais conseguindo tocar. Uma breve experiência com LSD jogou-o numa tormenta mental.
Essa coletânea é legal porque tem versões alternativas e mais ásperas de músicas dele com a Fleetwood Mac e quatro ao vivo. Mais legal ainda é incluir The Green Manalishi (With Two Prong Crown). Essa é uma música poderosa que eu adoro e que a Fleetwood acabou não lançando em disco; é um belo exemplo da mistura do rock psicodélico ao blues-rock, além de mostrar o talento de Peter para a composição.




CD 1

1   Man of the World [Fleetwood Mac]
2   Long Grey Mare [Fleetwood Mac]
3   Cryin' Won't Bring You Back
4   A Fool No More
5   Trying to Hit My Head Against the Wall
6   Last Train to San Antone
7   Walkin’ the Road
8   Uranus [Brunning Sunflower Blues Band]
9   Whatcha Gonna Do
10 Born on the Wild Side
11 Lost My Love
12 Fast Talking Woman Blues [Fleetwood Mac]
13 Long Way From Home
14 Touch My Spirit
15 Seven Stars
16 Loser Two Times
17 Oh Well (live) [Fleetwood Mac]
18 If You Let Me Love You (live) [Fleetwood Mac]


CD 2

1   Jumpin' at Shadows (live) [Fleetwood Mac]
2   Black Magic Woman (live) [Fleetwood Mac]
3   Big Boy Now
4   You Won't See Me Anymore
5   Got to See Her Tonight
6   Same Old Blues
7   Showbiz Blues [Fleetwood Mac]
8   Ride With Your Daddy Tonight [Brunning Sunflower Blues Band]
9   Tribal Dance
10 Give Me Back My Freedom
11 Bandit
12 Baby When the Sun Goes Down
13 What Am I Doing Here?
14 Shining Star
15 Apostle
16 Stranger Blues
17 Lazy Poker Blues [Fleetwood Mac]
18 The Green Manalishi [Fleetwood Mac]


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Peter Green - The End of the Game (1970)







Este é o primeiro disco solo de Peter Green, gravado poucos meses depois de sua saída da Fleetwood Mac. Sobre essa saída existem algumas versões diferentes. Alguns dizem que ele queria tomar uma direção diferente, como bem atesta esse álbum, enquanto os demais queriam mesmo é seguir com o blues rock, rock e pop, como bem atesta a discografia posterior. Peter Green dá uma versão diferente: Numa festa ele ingeriu mescalina — só um pouquinho — e teve a visão de um anjo segurando uma criança que passava fome na Nigéria. Pois ele doou mais de 100 mil dólares para a caridade e queria convencer os demais a doarem os direitos autorais também, o que gerou uma pequena tensão entre eles. 
Com um título sugestivo, esse disco é difícil de classificar — seria uma forma livre, jazz-rock ou fusion, ou experimental... Ele é instrumental e os membros da banda são de diversos matizes: Zoot Money tocou com o jazzista Keith Tippett, mas também com a Animals de Eric Burdon. Nick Buck foi da Hot Tuna. Dmochowski tocou com Zappa nos seus discos mais fusion e MacLean tocou com Brian Auger. De certo mesmo só a guitarra extraordinária do Green. Depois desse álbum ele caiu no mundo, o nosso e o dele. Entre a Inglaterra e Israel ele foi coveiro, enfermeiro e balconista num bar entre outras coisas, numa jornada que passou por um hospital psiquiátrico mas que ainda não acabou. Então, esse não é o fim do jogo afinal. Graças a Deus.




Peter Green - guitarra
Zoot Money - grand piano
Nick Buck - piano elétrico, teclados
Alex Dmochowski - baixo
Godfrey MacLean - bateria, percussão




1 Bottoms Up
2 Timeless Time
3 Descending Scale
4 Burnt Foot
5 Hidden Depth
6 The End Of The Game

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Eddie Boyd With Peter Green's Fleetwood Mac - 7936 South Rhodes (1968)







Aqui está outra jóia. Gravado em Londres, em janeiro de 1968, exatamente um ano antes do Biggest Thing Since Colossus de Otis Span, este tem a recém formada Fleetwood Mac completa. Rhodes, Colossus... O produtor foi o mesmo Mike Vernon.
Eddie Boyd foi um dos grandes compositores do blues, par e passo com Muddy Waters ou Willie Dixon. Também foi um dos grandes pianistas do gênero e um bom cantor. Ele começou a gravar em 1947 mas este aqui é apenas o seu terceiro álbum, e o anterior também contou com uma banda jovem, a holandesa Cubby + Blizzards. Todos parecem estar num grande momento, mas Green tira as notas com raro sentimento. Para quem está de saco cheio de posers, é uma boa.




Eddie Boyd - piano, vocal
Peter Green - guitarra
John McVie - baixo
Mick Fleetwood - bateria




1   You Got To Reap
2   Just The Blues
3   She Is Real
4   Backslap
5   Be Careful
6   Ten To One
7   The Blues Is Here To Stay
8   You Are My Love
9   Third Degree
10 Thank You Baby
11 She's Gone
12 I'll Never Stop (I Can't Stop Loving You)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Peter Green - Reaching the Cold 100 (2003)



Esse é o segundo disco que a nova banda do Peter Green, a Splinter Group, gravou para o sêlo Eagle - o primeiro foi Time Traders. O disco 2 tem 4 clássicos ao vivo.

Peter Green -guitarra,vocal,gaita,banjo
Roger Cotton -teclados,guitarra,vocal
Nigel Watson -guitarra,vocal
Peter Stroud -baixos,vocal
Larry Tolfree -bateria

1 Nothing Gonna Change
2 Look Out
3 Cool Down
4 Dangerous Man
5 Needs Must
6 Must Be A Fool
7 Don't Walk Away
8 Legal Fee Blues
9 Spiritual Thief
10 Ready
11 Smile
12 Nice Girl
13 Somebody Cares

Disco Bonus

1 Black Magic Woman
2 It Takes Time
3 Green Manalishi
4 Albatross

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Peter Green - In The Skies (1979)


Peter Green é um mito, um guitarrista imensamente talentoso que teve sua carreira atrapalhada pelas drogas.
Aos 15 anos Peter Greenbaum foi convidado para tocar com o tecladista Peter Bardens e encurtou o sobrenome judeu.
Aos 19, quando Eric Clapton tirou férias da Bluesbreakers, Peter pediu uma chance ao John Mayall e conseguiu. Clapton voltaria para o lugar mas 6 meses depois sairia de vêz e Peter reassumiu.
Na Bluesbreakers ele conheceu Mick Fleetwood e John McVie e os chamou para formar a Fleetwood Mac junto com o Jeremy Spencer e o Danny Kirwan. Sob seu comando a Fleetwood era uma consistente e respeitada banda de blues com um som levado por 3 guitarras. Contudo, o uso abusivo de LSD começou a mostrar seus efeitos e Peter tornou-se extremamente religioso, passou a subir ao palco vestindo túnicas e ostentando vários crucifixos e ainda tentava convencer os demais a doarem os cachês para caridade. Profundamente atormentado, ele abandonou a banda no início de 70 e lançou um disco solo: The End of The Game. Muito embora as passagens de guitarra desse disco sejam magistrais, ele é disconexo e incoerente, reflexo da própria condição mental.
Após esse disco Peter abandonou tudo. Trabalhou como coveiro, em bar, em hospital e morou numa comunidade israelita. Em 77 o empresário da Fleetwood lhe enviou um polpudo cheque referente aos direitos sobre a execução de suas músicas; ele ficou furioso e foi mandar o cara prá aquele lugar de espingarda na mão, que não estava carregada, graças à Deus. Foi prêso e transferido para uma instituição mental.
Em 79, com o estímulo de velhos amigos, ele voltou. Gravou o ótimo álbum In The Skies na companhia de Peter Bardens, do baterista do Robin Trower, Reg Isidore e de um grande admirador e imitador, o guitarrista da Thin Lizzy, Snowy White. Algumas más línguas espalharam que o Snowy é quem tinha feito todos os solos, que Peter estaria muito debilitado para tocar mas não é verdade, Snowy sola apenas na faixa 1.
Nos anos 90 o Peter sumiu de novo. Fez tramento com medicação pesada e voltou no final da década com uma nova banda, a Splinter Group. Eles têm lançado discos de estúdio e ao vivo com um certo intervalo e todos têm recebido ótimas críticas.
Como história pouca é bobagem, a guitarra dele também tem. Um dia Peter levou sua Gibson Les Paul para uma manutenção de rotina e os caras montaram o captador da ponte ao contrário. O resulatado foi um timbre único que casava direitinho com sua voz suave. Ele adorou e nunca mais mudou. Quando decidiu largar tudo, ofereceu a guitarra à um grande fã, o Gary Moore. Gary disse que não podia pagar por ela e Peter a deu de graça dizendo: cuide bem dela prá mim. Não consta que tenha devolvido.



Peter Green - vocal (1, 3, 5, 7),guitarra(1, 2, 5, 8), guitarra solo (3, 4, 5, 6, 7, 8, 9)
Snowy White - guitarra (3, 4, 6, 7, 9), guitarra solo (1)
Peter Bardens - teclados, Hammond(1, 2), piano elétrico (4, 6)
Kuma Harada - baixo(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)
Reg Isadore - bateria (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7)
Lennox Langton - percussão (1), congas(1, 4, 7, 8), bongôs (2), timbales (6)
Godfrey Maclean - bateria (8)


1 In The Skies
2 Slabo Day
3 A Fool No More
4 Tribal Dance
5 Seven Stars
6 Funky Chunk
7 Just For You
8 Proud Pinto
9 Apostle