quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Roy Buchanan - You're Not Alone (1978)







Alguém que olhe fotos de Roy Buchanan sem ter sido apresentado a ele pode achar que toca acordeon ou piano ou qualquer coisa, menos guitarra. E com certeza hesitaria em acreditar que ele foi um dos melhores do mundo. Seus harmônicos influenciaram Clapton, Gary Moore, Jimi Page... e Jeff Beck, que o descreveu como o "melhor guitarrista desconhecido do mundo".
Ele tinha um gosto musical eclético e um arsenal de técnicas. Usava, por exemplo, o dedo mínimo no botão de volume e o dedo anelar no botão de tom para extrair um efeito de wah-wah.
Buchanan fez da sua Telecaster 53, a Nancy, um camaleão tonal. Inspirado por ele, Jeff Beck fez o diabo com uma na Yardbirds. No primeiro disco da Led Zeppelin, Jimi Page usou uma Tele e não a Les Paul.
Este é o sétimo álbum do mestre e não deixa de ser blues, mas um blues misturado a elementos do space-rock. Essa é uma mistura que pareceria tão improvável quanto o cara da foto ser um guitarrista genial, se o cara da guitarra não fosse Roy Buchanan. O disco é quase todo instrumental, tem uma banda de peso e é um dos melhores dele. Nessa época também ele deixou de lado a Tele para alternar entre uma Stratocaster e uma Les Paul Goldtop. Paixão antiga, ele voltaria para a Telecaster anos mais tarde.




Roy Buchanan - guitarra e vocal
Ray Gomez - violão e guitarra
Willie Weeks (Gregg Allman) - baixo
Andy Newmark (Sly & The Family Stone) - bateria
Gary St. Clair - vocal (5)
Krystal Davis, Luther Vandross, Alfa Anderson Barfield, David Lasley - backing vocal (5)




1 The Opening... Miles from Earth 
2 Turn to Stone [Joe Walsh]
3 Fly... Night Bird 
4 1841 Shuffle 
5 Down by the River [Neil Young]
6 Supernova 
7 You're Not Alone 



 


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Robert Calvert - Captain Lockheed and The Starfighters (1974)







Robert Calvert foi um músico, escritor e poeta que colaborou com a Hawkwind. Ele tinha uma certa instabilidade mental que o impediu de ser um membro efetivo da banda. 
Após a turnê Space Ritual ele deixou a banda e lançou dois álbuns em forma de mini óperas-rock. Este é o primeiro deles e trata da história verdadeira do caça Lockheed F-104 Starfighter, apelidado de "Widow Maker" por conta dos inúmeros acidentes. Alternando texto e música, ele é uma mistura da Hawkwind com Monty Python. Aliás, sua banda de apoio é a Hawkwind com Simon King, Lemmy, Nik Turner e Paul Rudolph, mais uma ponta de Dave Brock e vários convidados ilustres.




Bob Calvert - vocal, voz, percussão
Jim Capaldi, Richard Ealing, Tom Mittledorf, Vivian Stanshall - vozes
Dave Brock - guitarra (4)
Arthur Brown - voz (8, 15)
Adrian Wagner - teclados, sintetizador (8, 15)
Twink (Pretty Things, Pink Fairies) - bateria (17, 20)
Paul Rudolph - guitarra, guitarra rítmica, baixo
Nik Turner - sax
Del Dettmar - sintetizador
Brian Peter George St John Le Batiste De La Salle Eno (Brian Eno) - sintetizador, efeitos
Lemmy - baixo, guitarra rítmica
Simon King - bateria
The Ladbroke Grove Hermaphroditic Voice Ensemble - backing vocal




1   Franz Josef Strauss, Defence Minister, Reviews The Luftwaffe In 1958. Finding       It Somewhat Lacking In Image Potential 
2   The Aerospaceage Inferno 
3   Aircraft Salesman (A Door In The Foot) 
4   The Widow Maker
5   Two Test Pilots Discuss The Starfighter's Performance 
6   The Right Stuff 
7   Board Meeting (Seen Through A Contract Lense) 
8   The Song Of The Gremlin (Part One)
9   Ground Crew (Last Minute Reassembly Before Take Off) 
10 Hero With A Wing 
11 Ground Control To Pilot 
12 Ejection
13 Interview 
14 I Resign 
15 The Song Of The Gremlin (Part Two)
16 Bier Garten 
17 Catch A Falling Star Fighter
18 The Right Stuff (Extended Version)
19 Ejection (Single Version) 
20 Catch A Falling Starfighter (Single Version)


 

domingo, 27 de setembro de 2020

Nektar - A Tab In The Ocean (1972)







Nektar foi um grupo de expatriados britânicos que se estabeleceu na Alemanha e ganhava a vida excursionando pelo continente europeu. Desde o primeiro álbum em 1971 eles receberam toda a atenção do produtor e engenheiro Dieter Dierks, uma das figuras mais importantes do prog e do krautrock. 
O álbum de estréia tinha suas raízes no rock psicodélico e este aqui, seu sucessor, avançou ao prog pelo território do space-rock. A primeira faixa ocupava todo o lado A do LP. O lado B começava meio jazzy e ganhava peso no decorrer.
Os dois álbuns que se seguiram fizeram muito sucesso no Estados Unidos e isso motivou uma remixagem de "A Tab In The Ocean". O tecladista Larry Fast, mestre em sintetizadores, foi contratado para supervisionar e o baixista Mo Moore também participou. Esse remix deixou o som mais espaçoso e detalhado, porém perdeu-se um pouco daqueles ecos psicodélicos.
E essa edição de A Tab In The Ocean é bacana por trazer essas duas mixagens como opção de por qual estrada quer-se viajar.




Allan "Taff" Freeman - teclados, vocal
Roye Albrighton - vocal, guitarra
Derek "Mo" Moore - baixo, vocal
Ron Howden - bateria, vocal




Original German Mix 1972:
1 A Tab In The Ocean
2 Desolation Valley / Waves
3 Crying In The Dark
4 King Of Twilight

1976 US Mix:
5 A Tab In The Ocean
6 Desolation Valley / Waves
7 Crying In The Dark
8 King Of Twilight


 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Arthur Brown's Kingdom Come - Galactic Zoo Dossier (1971)







Depois da banda "The Crazy World Of...", Arthur Brown não conseguiu acertar uma banda até 1971 com a Kingdom Come. Ela lançou uma trilogia que partiu do passado psicodélico, passando ao space-rock rumo ao prog.
A Kingdom Come era demente e Galactic Zoo Dossier é um dos álbum mais bizarros da sua época, composto por caos e confusão numa crítica à sociedade humana. Ele é o primeiro disco da trilogia e é apontado como um dos melhores discos de space-rock. Tem ótimos riffs de guitarra e ótimas passagens de órgão.
Ouví-lo em casa não deve se comparar a estar num show da banda. Com maquiagem, figurino, cenário com semáforos e uma seringa gigante, a última coisa que o espetáculo seria é enfadonho.




Arthur Wilton Brown - vocal
Andrew Kenneth Dalby - guitarra, vocal
Michael "Goodge" Harris - órgão
Julian Paul Brown - backing vocal
Desmond John Fisher - baixo
Martin Philip John "Slim" Steer - bateria




1   Internal Messenger
2   Space Plucks [Vincent Crane; Brown]
3   Galactic Zoo
4   Metal Monster
5   Simple Man
6   Night Of The Pigs
7   Sunrise
8   Trouble
9   Brains
10 Medley: Galactic Zoo (Part Two) / Space Plucks (Part Two) / Galactic Zoo (Part Three)
11 Creep
12 Creation
13 Gypsy Escape
14 No Time
15 Metal Monster (Alternate Version)
16 Space Plucks Dem Bones
17 Sunrise (Alternate Version)


 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

UFO - UFO 1 (1970)







A UFO foi formada no norte de Londres em 1969. Bem no início eles tocavam uma mistura peculiar de pop undergorund, prog, folk-rock e R&B. Depois da entrada de Andy Parker substituindo o baterista original, a dose de blues aumentou e a banda ganhou força.
Em março de 1970 eles assinaram contrato com a gravadora Beacon e em seis noites gravaram UFO 1 em quatro pistas. Ele foi produzido por um revendedor de automóveis que licenciou o disco indiscriminadamente para o mundo todo. Na Inglaterra ele passou quase despercebido mas na Alemanha e Japão ele vendeu bem. No Japão também foram lançados dois singles e "C'mon Everybody" chegou ao n°1 nas paradas. Eles que viviam precariamente na Inglaterra, agora eram requisitados no Japão. Uma turnê acompanhando a Three Dog Night foi acertada mas essa última desistiu em cima da hora e a UFO se viu como atração principal e com tratamento de superstars.
A UFO é mais conhecida como uma banda de hard-rock, orientação que ela seguiu após o segundo disco, mas o single contendo as faixas 1 e 5 foi um dos primeiros lançamentos do "space-rock", após o segundo disco da Pink Floyd e junto com o primeiro da Hawkwind. Ela também é mais conhecida com o Michael Schenker na guitarra mas Mick Bolton é ótimo e tem um timbre muito legal. Bolton deixou a banda depois do segundo álbum e também deixou o mundo da música.




Mick Bolton - guitarra
Phil Mogg - vocal
Pete Way - baixo
Andy Parker - bateria




1   Unidentified Flying Object
2   Boogie
3   C'mon Everybody
4   Shake It About
5   (Come Away) Melinda
6   Timothy
7   Follow You Home
8   Treacle People
9   Who Do You Love
10 Evil


 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Jeff Beck - You Had It Coming (2001)







Esse é o segundo de três álbuns nos quais Jeff Beck deu uma chacoalhada na poeira que se formou sobre sua carreira nos anos 90. You Had It Coming não teve nenhuma faixa composta e arranjada previamente, menos a 4, claro. Mas até ela foi "arranjada" na suite do estúdio, tendo o jovem Aiden Love como um protagonista tão em evidência quanto a guitarra. 
No álbum anterior, Who Else?, a eletrônica foi sutil, mas aqui entrou de sola: funk, hip-hop, industrial... o som da moda. 
Bem antes, no final dos anos 70, o funk-rock de George Clinton se misturou com a eletrônica da Kraftwerk para gerar todos esse rótulos que estão por aí. Beck, então, deu um certo sentido pra coisa.
Eu creio que não deva ser muito fácil encontrar músicos virtuosos para acompanhar Beck e arrisco dizer que ele tenha tido vontade de testar os próprios limites criativos, gravando primeiro a guitarra e deixando os consoles preencherem a linha pontilhada. Tanto ele gostou (e o público), que gravou "Jeff" em seguida.




Jeff Beck - guitarra
Jennifer Batten - guitarra
Imogen Heap - vocal (3, 4)
Aiden Love - programação
Randy Hope-Taylor - baixo
Steve Alexander - bateria




1   Earthquake
2   Roy's Toy
3   Dirty Mind
4   Rollin' And Tumblin' [Muddy Waters]
5   Nadia
6   Loose Cannon
7   Rosebud
8   Left Hook
9   Blackbird
10 Suspension


 

domingo, 20 de setembro de 2020

Funkadelic - Funkadelic (1970)







Juntando Funk e Psychedelic a Funkadelic foi formada em 1968 por George Clinton. Suas raízes estão no meio dos anos 50 quando Clinton formou uma banda de doo-woop chamada The Parliaments. Essa banda batalhou até 1967 para ter um sucesso nas paradas e aí expandiu seus horizontes e também o uso dos elementos da Tabela Periódica.
A Funkadelic no início se resumia a um trio formado por Eddie Hazel, "Bass" Nelson e Tiki Fulwood que servia de banda de apoio ao George Clinton. Esse trio só fez uma gravação que a música Good Old Music na faixa 5.
Logo depois muita coisa mudou mas ela se saiu muito bem nessa mistura de soul, rock psicodélico e funk, atraindo a atenção dos fãs da Sly and the Family Stone e de Jimi Hendrix. Hendrix, aliás, é uma grande influência do guitarrista Eddie Hazel.
A primeira faixa pergunta o que é Funkadelic e uma resposta possível é "um bando de malucos fazendo um blues encharcado e drogas.




George Clinton - vocal
Eddie Hazel - guitarra, vocal (1,3)
Tawl Ross - guitarra rítmica, vocal (3)
Ray Monette - guitarra (4)
Billy "Bass" Nelson - baixo (1,4), vocal (1, 3)
Bob Babbitt - baixo ((2)
Mickey Atkins - órgão (1)
Bernie Worrell - órgão (4)
Earl Van Dyke - teclados (4)
Ramon "Tiki" Fulwood - bateria
Brad Innis - bateria (1)
Gasper Lawal - congas (1)
Herb Sparkman - vocal (3)
Fuzzy Haskins - vocal (4)
Calvin Simon - vocal (6)
Ray Davis, Grady Thomas - vocal adicional




1   Mommy, What's a Funkadelic? 
2   I Bet You 
3   Music for My Mother
4   I Got a Thing, You Got a Thing, Everybody's Got a Thing
5   Good Old Music 
6   Qualify and Satisfy 
7   What is Soul
8   Can't Shake it Loose 
9   I'll Bet You
10 Music for My Mother 
11 As Good as I Can Feel
12 Open Our Eyes
13 Qualify and Satisfy (45 Version)
14 Music for My Mother (Instrumental 45 Version)


 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

John Paul Jones - Zooma (1999)







Este é o primeiro disco realmente solo de John Paul Jones. Funk-metal, avant-garde, experimental, pós-punk... Eu não sei exatamente o que ele fez aqui mas é pesado, muito pesado.
JPJ é um dos maiores baixistas de todos os tempos, um multi-instrumentista e um músico excepcional. Sem ele a Led Zeppelin não teria aquele refinamento ao combinar gêneros e talvez nem tivesse decolado. Mas, como tantos outros, ele não recebe o louvor que merece.
De longe, seus dois álbuns solo são mais instigantes, aventurosos, consistentes e coerentes que qualquer coisa que Plant e Page tenham feito juntos, separados ou misturados depois que a LZ acabou.
Com boa vontade dá pra lembrar de Trampled Under Foot ao ouvir a faixa 6.




John Paul Jones - baixos de 4, 6, 10 e 12 cordas, baixo lap steel, guitarra, bandolim elétrico, órgão, software Kyma
Paul Leary - guitarra
Trey Gunn - Warr touch-guitar
Pete Thomas - bateria
Denny Fongheiser - bateria, djembe
London Symphony Orchestra




1 Zooma
2 Grind
3 The Smile Of Your Shadow
4 Goose
5 Bass 'n' Drums
6 B. Fingers
7 Snake Eyes
8 Nosumi Blues
9 Tidal


 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Jimi Hendrix and The Band of Gypsys - 2 Nights at the Fillmore East (1969)







Não falta quem indique a Band of Gypsys como seminal na fusão do funk ao rock, mas a verdade é que bandas como a Funkadelic e a Black Merda já vinham trabalhando nisso. O próprio Buddy Miles já havia trabalhado nisso em dois álbuns: Expressway to Your Skull e Them Changes.
De qualquer forma, Hendrix projetou o gênero como nenhum outro faria.

Hendrix havia terminado com sua Experience mas ainda devia um álbum ao antigo empresário Ed Chalpin. Essa dívida remontava a antes dele e Chas Chandler irem para Londres. Não havia material finalizado em estúdio suficiente para um LP e foi cogitado gravar algumas músicas durante a turnê européia; opção logo descartada. Até que foi acertada a participação dele nos concertos de Ano Novo no Fillmore East, a casa de shows do promoter Bill Graham no East Village em Nova Iorque. Os amigos Billy Cox e Buddy Miles embarcaram na ideia da Band of Gypsys, que não era nova. Jimi estava cada vez mais funky e mais jazzy e utilizou duas músicas de Miles nesses concertos.
Assim surgiu o LP Band of Gypsys com algumas músicas pinçadas dos quatro shows. Hendrix, contudo, não estava satisfeito com Miles e Cox e terminou a banda. 

Posteriormente foram lançados outros discos com mais músicas do Fillmore mas esse aqui contém os quatro shows na íntegra. O material estava em posse do escritório do sócio do empresário Chas Chandler que, pelas voltas que o mundo dá, acabou sendo assumido por Ed Chalpin. Portanto, este não é considerado um lançamento oficial.
Ainda está a venda no Brasil o digipack Machine Gun que contém o primeiro desses shows numa qualidade sonora um pouco superior devida à tecnologia e de alegadamente vir de outras fitas.




Jimi Hendrix - guitarra, vocal
Billy Cox - baixo, backing vocal
Buddy Miles - bateria, backing vocal, vocal (We Gotta Live Together, Changes, Stop)




CD1: 1st Show 7.30pm 31.12.1969
01. Bill Graham Introduction
02. Power Of Soul
03. Lover Man
04. Hear My Train A -Comin'
05. Changes
06. Iza Bel La
07. Machine Gun
08. Stop
09. Ezy Rider
10. Bleeding Heart
11. Earth Blues
12. Burning Desire

CD2: 2nd Show Midnight 31.12.1969 / 1.1.1970
01. Also Sprach Zarathustra
02. Auld Lang Syne
03. Who Knows
04. Step Ping Stone
05. Buring Desire
06. Fire
07. Ezy Rider
08. Machine Gun
09. Power Of Soul
10. Stone Free

CD3: 2nd Show Conclusion
01. Changes
02. Massage To Love
03. Stop
04. Foxy Lady
05. Voodoo Chile (Slight Return)
06. Purple Haze

CD4: 3rd Show 7.30pm 1.1.1970
01. Billing Graham Introducing / Who Knows
02. Machine Gun
03. Changes
04. Power Of Soul
05. Stepping Stone
06. Foxy Lady
07. Stop
08. Earth Blues
09. Burning Desire

CD5: 4th Show 9pm 1.1.1970
01. Bill Graham Introducing / Stone Free
02. Changes
03. Power Of Soul
04. Message To Love
05. Earth Blues
06. Machine Gun

CD6: 4th Show Conclusion
01. Woodoo Chile (Slight Return)
02. We Gotta Live Together
03. Wild Thing
04. Hey Joe
05. Purple Haze



 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Brian Auger's Oblivion Express - Closer To It! & Straight Ahead (1973 - 74)







O pioneiro do jazz-rock europeu Brian Auger reformulou sua banda, mantendo apenas o baixista, e também ajustou seu som para os "novos tempos", ou seja, uma crescente influência do jazz-funk e também dos ritmos latinos, via Caravanserai do Santana, lançado poucos meses antes.
Essa edição reúne dois álbuns do Auger que vão nessa mesma linha funky. "Closer To It!" aparece como um dos melhores discos dele e Straight Ahead foi uma espécie de sequência, inclusive começando da mesma forma com as congas, sem, contudo, o mesmo brilho.




Brian Auger - órgão, piano, sintetizador, vocal
Jack Mills - guitarra
Barry Dean - baixo
Godfrey MacLean - bateria, percussão (1-1, 1-10)
Steve Ferrone (Clapton, Tom Petty) - bateria (2-1, 2-6)
Lennox Laington - congas
Mirza Al Sharif - percussão (2-1, 2-6)




Closer To It!
1   Whenever You're Ready
2   Happiness Is Just Around The Bend
3   Light On The Path
4   Compared To What
5   Inner City Blues [Marvin Gaye]
6   Voices Of Other Times
7   Happiness I Just Around The Bend (Alternate Version)
8   Whenever You're Ready (Alternate Version)
9   Inner City Blues (Alternate Version)
10 Voices Of Other Times (Alternate Version)


Straight Ahead
1 Beginning Again
2 Bumpin' On Sunset [Wes Montgomery]
3 Straight Ahead
4 Change
5 You'll Stay In My Heart
6 Straight Ahead (Live In Denver, Colorado 1975)


 

sábado, 12 de setembro de 2020

Herbie Hancock - Fat Albert Rotunda (1969)








Fat Albert Rotunda é o nono álbum do Herbie Hancock e é de certa forma profético, pois antecipa o jazz-funk do seu celebrado "Head Hunters" e acaba por antecipar o que o próprio jazz-funk viria a ser. 
O ponto de partida foram duas faixas compostas para um especial da TV do humorista Bill Cosby e dessa ideia acabou saindo um álbum completo.
Voltando a comparar com o "Head Hunters", neste não há o amplo uso dos sintetizadores como no outro e a banda é bem mais ampla e notável, principalmente na primeira e na última faixas quando ela é aumentada por músicos que não são creditados e acabam por compor a primeira big-band de jazz-funk que se tem notícia.




Herbie Hancock - piano, piano elétrico
Joe Henderson - flauta, sax tenor
Garnet Brown - trombone
Johnny Coles - trompete, Flugelhorn
Buster Williams - baixo elétrico e acústico
Albert "Tootie" Heath - bateria

Uncredited personel on tracks 1 and 7
Joe Farrell - sax alto, sax tenor
Arthur Clarke - sax barítono
Bernard Purdie - bateria
Jerry Jemmott - baixo elétrico
Ray Alonge - french horn
Billy Butler - guitarra
Eric Gale - guitarra
George Devens - percussão
Benny Powell - trombone
Ernie Royal - trompete
Joe Newman - trompete




1 Wiggle-Waggle
2 Fat Mama
3 Tell Me A Bedtime Story
4 Oh! Oh! Here He Comes
5 Jessica
6 Fat Albert Rotunda
7 Lil' Brother


 

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Catch Up - Catch Up Vol. 1 (1975)







Esse é um dos melhores álbuns de jazz-funk feitos na Europa. 
Um alemão (Greger), um tcheco (Pilar) e um suíço (Antolini) que se conheceram na orquestra do pai de Greger. Pilar e Antolini já eram veteranos com dezenas de participações em álbuns da cena jazzística e partiu de Pilar a concepção inicial desse álbum. Eles gravaram um segundo disco no ano seguinte e depois todos seguiram carreiras solo.




Max Greger Jr. - Fender Rhodes, Mellotron, Moog, órgão, piano
Milan Pilar - baixo 
Charly Antolini - bateria, percussão
com
Hans Herbst - congas




1 Catch Up
2 Bordun
3 Onkel Joe
4 Moonlight On A Baldhead
5 Lydia
6 Blues For The Kaiser
7 A Night Without Dreams / The Little Things That Make Us Happy
8 Spinning Wheel


 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Cincinnato - Cincinnato (1974)







Essa banda nasceu na província de Varese na Lombardia no início dos anos 70. Nessa época seu nome era Eros Natura e seu som estava mais para o hard rock. Com a substituição do baixista original por Annibale Vanetti a banda mergulhou no jazz-rock e conseguiu um contrato para gravar. A gravadora, no entanto, pediu que mudassem seu nome e surgiu a Cincinnato.
Neste único álbum que gravaram todos os instrumentos tem sua parcela de protagonismo e as três primeiras músicas são instrumentais. Ele foi gravado em 73 e quando foi lançado a banda já não existia mais.
Giacomo Urbanelli diz que eles tinham dúvidas quanto a seguir na música e ele próprio decidiu continuar seus estudos de medicina. O único a seguir carreira foi Scolese.
Em 2010 Urbanelli e Fantuzzi ressuscitaram a banda com o nome Thauma Cincinnato.




Giacomo Urbanelli - órgão Hammond, piano, piano elétrico, sintetizador ARP, vocal
Gianni Fantuzzi - guitarra, violão
Annibale Vanetti - baixo
Donato Scolese - bateria, vibrafone, teclados, percussão
Franco Erenti - baixo (7)
Piero Orsini - baixo elétrico e acústico (5, 6)




1 Il Ribelle Ubriaco
2 Tramonto D'Ottobre
3 Esperanto
4 L'Ebete
5 Tramonto D'Ottobre 2006
6 Tangasco
7 Eros Natura (Live 1972)

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Chapman - Whitney - First Cut - Streetwalkers (1974)







Este foi o primeiro trabalho de Roger Chapman e Charlie Whitney depois que a Family acabou. Eles conseguiram reunir um grupo pra lá de respeitável que incluiu ex-membros da própria Family e da King Crimson. 
A proposta musical foi bem diferente daquela desenvolvida na Family e foi mais ao rock clássico com uns toques de funk, coisa em voga na época. Para os fãs da Family essas faixas tão próximas de jams foi um anti-climax.
Se aqui não havia uma banda propriamente dita e sim um grupo de indivíduos muito talentosos, no ano seguinte o nome Streetwalkers batizou uma banda estável com apenas alguns desses caras.
A capa da postagem é a original do LP que se chamava apenas "Streetwalkers". Esse relançamento em CD usa outra capa e incluiu o "First Cut" no título.




Roger Chapman - vocal, percussão
Charlie Whitney - guitarra, steel
Neil Hubbard (Juicy Lucy) - guitarra
Max Middleton (Jeff Beck) - teclados
Tim Hinkley (Vinegar Joe, Snafu) - teclados
Poli Palmer (Family) - vibrafone
Mel Collins (King Crimson) - sopros de madeira, metais
John Wetton (Family, King Crimson) - baixo
Rik Grech (Blind Faith, Traffic, Family) - baixo
Ian Wallace (King Crimson) - bateria
Michael Giles (King Crimson) - bateria
Godfrey MacLean - congas
Jim Cregan ( Blossom Toes), John Wetton, Linda Lewis, Boz Burrell (King Crimson) - backing vocal




1   Hangman
2   Roxianna
3   Sue & Betty Jean
4   Call Ya
5   Just 4 Men
6   Tokyo Rose
7   Creature Feature
8   Parisienne High Heels
9   Systematic Stealth
10 Showbiz Show


 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Family - A Song For Me (1970)







Este é o terceiro álbum da Family e aquele com talvez a mais forte formação da banda. Entraram John Weider, previamente na Animals do Eric Burdon, e Poli Palmer que esteve na Deep Feeling.
A Song For Me foi o maior sucesso comercial da banda por ser mais eclético e, de fato, mais elétrico, com os arranjos se beneficiando da instrumentação mais diversa do Palmer. Ele combina o folk e o rock com uma abordagem progressiva, quase sem elementos psicodélicos.




Roger Chapman - vocal percussão
John Whitney - guitarra, violão, banjo, órgão
John Weider - baixo, guitarra, violino, Dobro
John "Poli" Palmer - vibrafone, piano, flauta
Robert Townsend - bateria, percussão, harmônica




1   Drowned In Wine
2   Some Poor Soul
3   Love Is A Sleeper
4   Stop For The Traffic / Through The Heart Of Me
5   Wheels
6   Song For Sinking Lovers
7   Hey - Let It Rock
8   The Cat And The Rat
9   93's Ok J
10 A Song For Me
11 A Song For Lots (Originally Issued As B-side Of Reprise RS 27005 Today In 1970)