Mostrando postagens com marcador Porcupine Tree. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Porcupine Tree. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Gavin Harrison - Cheating The Polygraph (2015)







Parece estranho dizer que há tantas bandas fundindo o prog ao jazz quando se sabe que o jazz foi, em muitos caos, um componente do prog. Não foi o caso da Porcupine Tree mas foi da King Crimson. E o que elas tem em comum é o baterista extraordinário Gavin Harrison.
Harrison revela-se um apaixonado pelos sons dos metais por ser filho de um trompetista. Ele tem uma eclética carreira iniciada nos anos 80. Em 2002 ele substituiu Chris Maitland na Porcupine Tree e gravou os discos mais poderosos da banda. Em 2008 Harrison passou a excursionar com a King Crimson. Além dessas responsabilidades ele tem várias colaborações, projetos e a carreira solo. 
E foi pensando em trabalhar os sons dos metais, de uma big band, que ele criou novos acordes para a música "Futile" da Porcupine Tree. Entusiasmado com o resultado, Harrison retrabalhou mais sete das suas músicas favoritas da Porcupine Tree e das quais foi co-autor.
Cheating The Polygraph é um álbum surpreendente e intrigante à partir do título. Ele traz para o jazz músicas com a força do prog-metal, algo inédito para mim. É interessante ler o que ele escreve no encarte sobre rótulos e seu conceito de música.




Gavin Harrison - bateria, marimba
Laurence Cottle - baixo, piano Fender Rhodes
Dave Stewart (Hatfield And The North, National Health) - percussão orquestral
Andy Findon - flauta
Gareth Lockrane - flauta
Larry Williams - flauta solo
Nigel Hitchcock - sax
Pete Long - sax contrabaixo
Adrian Hallowell - trombone baixo, tuba
Mark Nightingale - trombone
Andy Wood - trombone, trompa tenor, trompa barítono
Freddie Gavita - trompete solo
Tom Walsh - trompete
Ryan Quigley - trompete
John Barclay - trompete
Ben Castle - clarinete
Gary Sanctuary - piano




1 What Happens Now? (de "Nil Recurring EP")
2 The Sound Of Muzak / So Called Friend (de "In Absentia" - "Deadwing")
3 Start Of Something Beautiful (de "Deadwing")
4 Heart Attack In A Layby (de "In Absentia" e "On the Sunday of Life")
5 The Pills I'm Taking (de "Anesthetize")
6 Hatesong / Halo  (de "Lightbulb Sun" e "Deadwing")
7 Cheating The Polygraph / Mother & Child Divided  (de "Nil Recurring EP" e "Deadwing ")
8 Futile (de "Futile" EP)


 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Porcupine Tree - Deadwing (2005)








O neo-prog que surgiu no início dos anos oitenta pegou influências do prog sinfônico mas fez concessões ao mercado, como ser melódico e adotar os sintetizadores como instrumentos dominantes. Do jazz não exibiu vestígios e a complexidade deu lugar à composições lineares, muito próximas do pop. Não a toa, foi um voo de galinha. 
Naturalmente, bons músicos sempre houve e aqueles que queriam fazer um rock com qualidade e boas idéias tiveram que buscar outras fórmulas. Alguns aproximaram-se ainda mais do jazz num som totalmente instrumental, e outros acrescentaram elementos do metal. 
Pessoalmente, eu acho que a grande banda desses nossos dias é a Porcupine Tree, muito embora ela esteja inativa há sete ou oito anos. Ela começou meio que satirizando o som espacial da Pink Floyd mas acabou mergulhada nele. Na sua trajetória ela foi se modificando com muita coerência, integridade e, acima de tudo, talento. Em 2002 ela saiu em turnê com a Yes e muita gente viu nisso um simbolismo, uma passagem de bastão. O que se sente é que essa trajetória sintetiza todo o gênero. 
A partir de 1999 ela lançou uma sequência de quatro álbuns fantásticos, cada um deles com mais e mais riffs típicos do metal, mais peso, até chegar a Deadwing, que eu considero o máximo.
Esse álbum foi baseado num roteiro escrito por Steven Wilson e pelo artista gráfico Mike Bennion para um filme que não chegou a ser realizado. Deadwing seria um personagem desse filme, um fantasma, mas o álbum não é uma trilha sonora. Como se supõe, o clima é soturno e há várias referências religiosas. O som é acessível o suficiente para cativar ouvintes mais jovens, mas é profundo o suficiente para sugerir de onde as coisas vêm. As canções são concisas, com exceção de Arriving Somewhere But Not Here. Ela começa com um minuto e meio de som ambiente, passa para um vocal suave ao som do violão, à la Pink Floyd, e quando a banda toda entra vão-se mais dez minutos de riffs, até o mais pesado, cortesia de Mikael Åkerfeldt.
Essa edição inclui uma faixa bônus e um segundo CD com faixas já conhecidas, algumas em versão ao vivo. 





Steven Wilson - guitarras, violão, teclados, Dulcimer, baixo
Richard Barbieri - teclados
Colin Edwin - baixo
Gavin Harrison - bateria, percussão

com (CD 1):
Adrian Belew - guitarra solo (1,4)
Mikael Åkerfeldt (Opeth, Storm Corrosion) - guitarra (5), vocal (1, 3, 5, 10)





CD 1
1 Deadwing
2 Shallow
3 Lazarus
4 Halo
5 Arriving Somewhere But Not Here
6 Mellotron Scratch
7 Open Car
8 Start Of Something Beautiful
9 Glass Arm Shattering
10 Shesmovedon (2004 Version)

CD 2
1 Even Less
2 Pure Narcotic
3 How Is Your Life Today
4 Buying New Soul
5 Russia On Ice (Live)
6 Blackest Eyes
7 Trains (Edit)
8 Open Car
9 Lazarus (Single Edit)
10 Halo (Live)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Porcupine Tree - Recordings (2001)




Recordings é uma coletânea que reúne faixas não utilizadas nos álbuns Stupid Dream, de 1999, e Lightbulb Sun, de 2000. Uma boa parte delas foi lançada como "lado B" de singles. E o que dizer de uma banda que se dá-se esse luxo? O destaque já vai logo para a belíssima faixa 1 (I'm a shade, and easy to ignore), que só apareceu aqui e numa versão em vinil do Lightbulb. Vale também pela versão completa de Even Less, que no álbum tem uns sete minutos e aqui tem mais de quatorze. Recordings também apresenta as últimas sessões do grande Chris Maitland como membro da banda — no álbum seguinte, In Absentia, ele foi substituído pelo não menos talentoso Gavin Harrison.


Steven Wilson -guitarra, violão, vocal, piano, sampler
Richard Barbieri -teclados, sintetizadores analógicos
Colin Edwin -baixo elétrico e acústico
Chris Maitland -bateria, percussão


1. Buying New Soul (previously unreleased, "Lightbulb Sun" sessions)
2. Access Denied (demo, "Lightbulb Sun" writing sessions)
3. Cure For Optimism ("Shesmovedon" CD single)
4. Untitled ("Shesmovedon" CD single)
5. Disappear ("4 Chords That Made A Million" CD single)
6. Ambulance Chasing ("Piano Lessons" CD single)
7. In Formaldehyde ("Piano Lessons" CD single)
8. Even Less (full length version, "Stupid Dream" album)
9. Oceans Have No Memory (demo, "Stupid Dream" writing sessions)

domingo, 26 de maio de 2013

Porcupine Tree - Lightbulb Sun (2000)





Com Lightbulb Sun a Porcupine faz mais um movimento na direção indicada em Stupid Dream. O som floydiano e espacial vai ficando mais amigável ao rádio e alguns elementos de metal vão sendo adicionados. Parece mesmo ser uma rota planejada, alinhando-se com outras coisas que Steven Wilson vinha fazendo, como o pop sofisticado da No-Man. Belas melodias, belas harmonias vocais, um instrumental mais amplo, uma produção esmerada, enfim, mais um grande disco.


Steven Wilson -guitarra,violão,piano,samples,banjo,cítara,dulcimer,vocal
Richard Barbieri -sintetizadores,Hammond,Mellotron,Fender Rhodes,Clavinet
Colin Edwin -baixo,sax,giumbri,drum machime,vocal
Chris Maitland -bateria,percussão,vocal

1 Lightbulb Sun
2 How Is Your Life Today ?
3 Four Chords That Made A Million
4 Shesmovedon
5 Last Chance To Evacuate Planet Earth Before It Is Recycled
6 The Rest Will Flow
7 Hatesong
8 Where We Would Be
9 Russia On Ice
10 Feel So Low

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Porcupine Tree - In Absentia (2002)




In Absentia é a evolução natural na transformação que a banda foi tendo a partir do álbum Stupid Dream. Mais do que isso, é o ápice. A cada um dos dois discos anteriores, eles foram acrescentando elementos do metal e tornando o som mais áspero. Esse processo continua e, de certo modo, pode ter sido pensado para obter melhores resultados comerciais, o que de fato aconteceu. Com este disco eles estrearam numa gravadora grande, a Lava é subsidiária da Atlantic. Certamente atraiu um público que não daria muita bola para aquele som floidiano espacial do The Sky Moves Sideways e tal. Só que isso não tem nada a ver com o "comercial", artisticamente falando. Eu acho esse disco brilhante do começo ao fim. Começo, aliás, que já é um soco no estômago. É genial a maneira como eles vão transitando entre trechos suaves com belas harmonizações vocais, outros bem pesados e outros ainda com linhas de baixo profundas e aquele climão deprê. Outro ponto muito legau é o bom gosto com que alternam entre o acústico e o elétrico, subitamente até, mas sem quebrar  a onda que leva seu ouvido até o fading do piano lá na faixa 12. Como se não bastasse, há ainda ótimas letras — eu gosto muito da de "Sound of Muzak", faixa que tem um raro e belo solo de guitarra e, de quebra, também tem uma levada jazzística de bateria do Gavin Harrison. Aliás, que baterista fenomenal é esse cara! Resumindo: discão altamente recomendado, imperdível pois obrigatório.

Steven Wilson -guitarra,vocal
Richard Barbieri -teclados
Colin Edwin -baixo
Gavin Harrison -bateria
John Wesley -vocal (1,4,7),guitarra (1)
Aviv Geffen -vocals (4,7)
Dave Gregory -arranjos para as cordas e condução

CD 1
1 Blackest Eyes
2 Trains 
3 Lips of Ashes 
4 The Sound of Muzak 
5 Gravity Eyelids  
6 Wedding Nails  
7 Prodigal
8 .3 
9 The Creator Has a Mastertape 
10 Heartattack in a Layby 
11 Strip the Soul  
12 Collapse the Light Into Earth

CD 2
1 Drown With Me
2 Chloroform
3 Strip The Soul (Video edit)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Porcupine Tree - The Sky Moves Sideways (1995)


O mais floydiano, é inegável a semelhança desse álbum com o Wish You Were Here e lembranças do Dark Side e até The Wall. Esse trabalho, além de ser um dos melhores da banda, também é um divisor de águas: antes dele a Porcupine era mais um projeto paralelo à No-Man, aqui ela se tornou o principal veículo das idéias do Wilson e não só dele que assina a maioria das faixas, mas também do Barbieri que exibe seu talento nas teclas.
Essa versão expandida vale a pena, pois o cd 2 é quase outro álbum e Stars Die é muito bacana com seu toque jazzy.
Boa viajem.


Steven Wilson -guitarra,baixo,flauta,teclados,tapes,vocal
Richard Barbieri -sintetizadores,teclados
Colin Edwin -baixo acústico e elétrico
Chris Maitland -bateria
Theo Travis -flauta
Gavin Harrison -bateria
Suzanne J. Barbieri -vocal
Rick Edwards -percussão


CD 1
1 The Sky Moves Sideways Phase 1
2 Dislocated Day
3 The Moon Touches Your Shoulder
4 Prepare Yourself
5 The Sky Moves Sideways Phase 2

CD 2
1 The Sky Moves Sideways [Alternate Version]
2 Stars Die
3 Moonloop (Improvisation)
4 Moonloop (Coda)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Porcupine Tree - Stupid Dream (1999)




Como esses caras foram bons! Quando eu ouvi esse álbum pela primeira vêz — e os dois que se seguiram a ele, Lightbulb Sun e In Absentia — ,senti que representava aquilo que eu esperava que fosse o novo caminho para o prog. Ele tem toda a receita: álbum temático, faixas inter-relacionadas, mudanças de compasso, letras muito bem feitas e tal. Deixa de lado o rebuscamento e o pedantismo que acabaram levando o prog à um bêco sem saída e acrescenta timbres atuais, sons capazes de atrair os mais jovens, mesmo recorrendo à riffs de metal. Parece que eles perceberam que para se fazer prog de qualidade não são necessárias cascatas de sintetizadores nem solos intermináveis e nem ser exatamente um virtuoso.
Porcupine Tree nasceu a partir do projeto No-Man, uma parceria entre Steven Wilson e Tim Bowness, onde alguns dos membros atuais também tocaram. No início era só o Steven e suas idéias. Ele estudou guitarra e piano e começou a mexer com música fazendo experiências com fitas, daí a sua inclinação pela ambient music. A Porcupine como banda mesmo, com as idéias de um grupo, começou no disco The Sky Moves Sideways, quando Chris Maitland, Colin Edwin e Richard Barbieri entraram de vêz para o negócio. Barbieri tinha estado na banda Japan, que revelou experimentalistas como Steve Jansen, seu irmão David Sylvian e Mick Karn, e é ele o responsável pelo toque de elegância do som, onde o mínimo é o máximo. Nesse sentido, eles balanceiam muito bem o elétrico e o acústico e abrem espaço para ótimas harmonizações vocais.
Grande banda em grande fase. Essa é a versão remasterizada de 2006.

Steven Wilson -guitarra,piano,samplers,vocal
Richard Barbieri -Hammond,Mellotron,sintetizadores análogos
Colin Edwin -baixo
Chris Maitland -bateria
com
Theo Travis -sax,flauta

1 Even Less
2 Piano Lessons
3 Stupid Dream
4 Pure Narcotic
5 Slave Called Shiver
6 Don't Hate Me
7 This Is No Rehearsal
8 Baby Dream in Cellophane
9 Stranger by the Minute
10 Smart Kid
11 Tinto Brass
12 Stop Swimming

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Porcupine Tree - Coma Divine (1997)


Gravado ao vivo em Roma durante 3 concertos em março, o disco representa bem a primeira fase da banda, pegando mais do lisérgico The Sky Moves Sideways ao obscuro Signify. É também uma homenagem aos prog-fãs italianos, que muito contribuiram prá divulgar a banda. Chris Maitland dá um show a parte.

Steven Wilson — vocal, órgão, Mellotron, guitarras
Richard Barbieri — teclados
Colin Edwin — Baixo elétrico e acústico
Chris Maitland — bateria

1 Bornlivedieintro
2 Signify
3 Waiting Phase One
4 Waiting Phase Two
5 The Sky Moves Sideways
6 Dislocated Day
7 The Sleep of No Dreaming
8 Moonloop
9 Radioactive Toy
10 Not Beautiful Anymore