domingo, 31 de outubro de 2021

The Moody Blues - In Search Of The Lost Chord (1968)







O álbum anterior, Days Of Future Passed, foi uma aposta pretensiosa que deu muito certo. In Search Of The Lost Chord não dobrou a aposta. A banda deixou de lado a orquestra e mergulhou no universo psicodélico, fazendo uso de instrumentos pouco convencionais e outros do oriente médio. 
Esse álbum explora a contracultura e o espaço espiritual e terrestre de uma forma lírica e lisérgica. Tornou-se um marco do rock psicodélico e recomenda-se ouví-lo com fones de ouvido e bebendo um chá de certas ervas amazônicas — mas não se demore ou elas podem desaparecer.




Justin Hayward - viloão 12 cordas, guitarra, sitar, tabla, piano, Mellotron, baixo, Harpsichord, vocal
Mike Pinder - Mellotron, piano, Harpsichord, cello, violão, baixo, auto-harpa, vocal
Ray Thomas - flautas, sax soprano, vocal
John Lodge - baixo, cello, pandeiro, percussão, violão, vocal
Graeme Edge - bateria, tímpanos, pandeiro, tabla, piano




1   Departure
2   Ride My See-Saw
3   Dr. Livingstone, I Presume
4   House Of Four Doors (Part 1)
5   Legend Of A Mind
6   House Of Four Doors (Part 2)
7   Voices In The Sky
8   The Best Way To Travel
9   Visions Of Paradise
10 The Actor
11 The Word
12 Om
bonus:
13 A Simple Game (Justin Hayward Vocal Mix)
14 The Best Way To Travel (Additional Vocal Mix)
15 Visions Of Paradise (Instrumental Version)
16 What Am I Doing Here? (Original Version)
17 The Word (Mellotron Mix)
18 Om (Extended Version)
19 Dr. Livingstone I Presume
20 Thinking Is The Best Way To Travel
21 A Simple Game


 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

The Graeme Edge Band featuring Adrian Gurvitz - Kick Off Your Muddy Boots (1975)






Graeme Edge é o baterista da veteraníssima The Moody Blues. Depois do álbum Seventh Sojourn ela se afastou dos estúdios por vários anos e seus membros dedicaram-se a projetos solo. Todos se pareceram muito com o trabalho da Moody Blues, menos este de Graeme Edge — que acabou por ser o melhor deles.
Graeme Edge de certa forma "emprestou" a Baker Gurvitz Army. Ginger Baker toca em uma faixa e os irmãos Gurvitz dão o suporte a tudo. Mais que isso, Adrian Gurvitz assina metade das faixas, assume os vocais e divide a produção. Por isso mereceu uma menção na capa. E se a capa parece-se muito com as dos discos da Baker Gurvitz Army, é porque o ilustrador é o mesmo.
O som mistura o rock sinfônico ao hard-rock em boas melodias e arranjos. Não é um clássico mas é muito legal e cresce com o tempo. E os solos de Adrian sempre fazem a diferença.




Graeme Edge - bateria
Adrian Gurvitz - guitarra, vocal
Paul Gurvitz - baixo
Ginger Baker - bateria (7)
Micky Gallagher (Skip Bifferty, The Animals) - teclados
Brian Parrish - vocal (5)
Ray Thomas (Moody Blues) - backing vocal
Barry St. John, B. Parrish, G. Edge, Joanne Williams, Lesly Ducan, N. James, P. Gurvitz, Ruby James, Sunny Leslie - backing vocal




1   Bareback Rider
2   In Dreams
3   Lost In Space
4   Have You Ever Wondered
5   My Life's Not Wasted
6   The Tunnel
7   Gew Janna Woman
8   Shotgun
9   Somethin' Wed Like To Say
10 We Like To Do It


 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Three Man Army - A Third Of A Lifetime (1971)






Three Man Army foi o segundo power trio formado pelos irmãos Gurvitz, que ainda usavam o pseudônimo de Curtis. Após o fim da Gun, Paul formou com Brian Parrish a Parrish & Gurvitz Band e Adrian foi tocar com Buddy Miles. 
A banda pode ser comparada à James Gang ou à Mountain, ou a qualquer power trio de primeira classe. Se o que todas essas bandas tem em comum são grandes guitarristas, está aí a justificativa.
Adrian Gurvitz é um dos melhores guitarristas da história do rock, e só não tem um tom tão distinto quanto Robin Trower e Hendrix. Mas ele influenciou fortemente muitos guitarristas do hard-rock nos anos 70.
"A Third Of A Lifetime" é o álbum de estréia, tem Buddy Miles como convidado e tem solos e riffs memoráveis.




Adrian Gurvitz - guitarra, órgão, Mellotron, vocal
Paul Gurvitz - baixo, vocal
Mike Kelly (Joe Cocker, Spooky Tooth) - bateria
com
Buddy Miles - bateria (1), baixo (5), órgão (9)




1   Butter Queen
2   Daze
3   Another Day
4   A Third Of A Lifetime
5   Nice One
6   What's My Name
7   Three Man Army
8   See What I Took
9   Midnight
10 Together
11 What's Your Name (Single Version)
12 Travellin'
13 What's Your Name (Previously Unreleased Version)


 

domingo, 24 de outubro de 2021

Passport - Doldinger Jubilee Concert (1974)






Já que Fusion é feito pela mistura de diferentes gêneros, melhor ainda se juntar músicos de diferentes gêneros.
Neste concerto gravado em Dusseldorf está a formação clássica da Passport, mais alguns convidados inusitados. Foi usada a unidade móvel dos Rolling Stones, portanto o som é ótimo. O engenheiro foi Dieter Dierks da Ash Ra Tempel e The Cosmic Jokers, e as músicas são as melhores até então.




Klaus Doldinger - sax tenor (1, 3, 4, 6), sax soprano (5)
Johnny Griffin - sax tenor (1, 3, 4, 6)
Brian Auger - órgão (1, 2, 4 - 6)
Kristian Schultze - Mellotron (4), piano elétrico (3, 4, 6), piano (1), Moog (1)
Alexis Korner - guitarra (4 - 6), vocal (5)
Volker Kriegel - guitarra (1, 3 - 6)
Wolfgang Schmid - baixo
Curt Cress - bateria (1 - 4, 6), percussão (5)
Pete York - bateria (2 - 5), percussão (1, 2, 6)




1 Handmade
2 Freedom Jazz Dance
3 Schirokko
4 Rockport
5 Rock Me Baby
6 Lemuria's Dance


 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Passport - Talk Back (1988)






Passport era na verdade o nome de um álbum de Klaus Doldinger, lançado em 1971, que se provou tão popular que, na realidade, Passport se tornou o nome da banda e Doldinger, o título do álbum. Ela veio de uma banda fusion-psicodélica anterior que Doldinger formou com colegas da Amon Düül II, chamada Motherhood. 
A partir do quarto disco a banda, a seu modo, seguiu um caminho similar ao da Soft Machine e ao da Nucleus com sua formação mais famosa, incluindo Curt Cress, Wolfgang Schmid e  Kristian Schultze. O último disco desse quarteto foi gravado no Brasil e se chamou Iguaçu. Daí em diante membros entraram e saíram e a banda caiu na mesmice.
Talk Back é o 16º álbum da Passport e se diferencia dos demais dessa fase pela presença de Brian Auger e Alphonse Mouzon, que dispensam apresentações.




Klaus Doldinger - sax soprano, sax tenor, sax alto, teclados, programação
Brian Auger - teclados
Hermann Weindorf - teclados (1, 2)
Roykey Whydh - guitarra
Jochen Schmidt - baixo
Alphonse Mouzon - bateria
Todd Canedy - vocal (9)
Christin Sargent, Victoria Miles - backing vocal (9)
Guillermo Marchena, Julio Matta - percussão (8)




1 Intro
2 Dancing In The Wind
3 Fire Walking
4 City Blue
5 Sahara
6 Up Front
7 Nico's Dream
8 Todo Legal
9 Talk Back


 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Syrinx - Qualia (2008)






Qualia é a segunda parte da pretendida trilogia abordando a mitologia na visão musical da banda francesa Syrinx.
Em comparação ao álbum anterior a música é mais atmosférica e move-se mais ao jazz. Ela é complexa e pesada mas o uso do violão acústico faz um contraponto muito legal e relaxante. Em certos momentos, mais pelo trabalho do baixo, o som lembra um pouco a Gordian Knot e At War With Self. Enfim, uma abordagem nova para o rock progressivo.




David Maurin - violão
Benjamin Croizy - teclados
Samuel Maurin - baixo
Philippe Maullet - bateria




1 Liber Nonacris
2 Acheiropoiètes 
3 Le Grand Dieu Pan 
4 Le Vingt-et-unième Cercle 


 

domingo, 10 de outubro de 2021

Acanthe - Someone Somewhere (1973-1977)







Mais triste que uma ótima banda que consegue lançar apenas um disco, é uma ótima banda que não consegue gravar nenhum e desaparece. Esse quase foi o caso da francesa Acanthe. 
Ela foi formada em Grenoble e foi ativa de 1973 a 1977. Era focada nas apresentações ao vivo mas foi incapaz de garantir um contrato, deixando apenas algumas fitas gravadas. Acabou sendo mais uma vítima do crescente desinteresse pelo rock progressivo no final dos anos 70.

Mais de 30 anos depois, Frédéric Leoz, seu líder e principal compositor, encontrou essas fitas e se dedicou a restaurá-las e remasterizá-las. O resultado desse esforço foi esse CD lançado pela Musea em 2009 com as melhores músicas que a banda fez durante sua existência. 
Seu som tinha influências da Camel, da Caravan e da Pink Floyd, sem ser simplesmente derivado delas. Sua música é sofisticada, elegante e executada com maestria, sem ser excessivamente complexa. 




Frédéric Leoz - teclados, guitarra, vocal
Michel Gervasoni - guitarra
Christian Gendry - baixo
Pierre Choirier - bateria




1 Someone Somewhere
2 Objet De Cire
3 Meg Merrilies [poema de John Keats]
4 Touch The Sun
5 Suspension
6 Univers Insensé
7 Oiseau De Feu
8 The Old World Death
9 Riding Earth


 

sábado, 9 de outubro de 2021

Captain Marryat - Captain Marryat (1974)







Essa banda escocesa durou pouco mais de um ano e gravou esse único álbum de forma independente. A intenção deles era gravar apenas um single mas o pessoal do estúdio disse que havia tempo para mais e eles gravaram as cinco músicas que haviam composto e finalizaram com uma jam.
Seu som é o hard-rock com influências da Uriah Heep e da Deep Purple. Ela também tem um viés progressivo.
O disco teve uma tiragem de 250 cópias que foram vendidas nos shows. Não é de se surpreender que algumas cópias chegaram a alcançar três mil libras em leilões.
É um disco legal, embora seja amador. Ou talvez seja por isso mesmo que é legal.
O capitão Frederick Marryat foi um oficial da marinha e escritor inglês. Ele saiu de casa aos 14 anos para descobrir o mundo como um marinheiro. Após uma carreira de sucesso, que terminou como capitão de mar, aposentou-se aos 38 anos e dedicou-se inteiramente à escrita.




Allan Bryce - órgão Hammond M102, piano elétrico
Ian McEleny - guitarras (Fender Strat, Gibson LP)
Tommy Hendry - vocal
Hugh Finnegan - baixo Fender
Jimmy Rorrison - bateria Premier




1 Blindness    
2 It Happened to Me    
3 A Friend    
4 Songwriter's Lament    
5 Changes    
6 Dance of Thor 


 

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Neon Rose - A Dream Of Glory And Pride (1974)







Neon Rose provavelmente foi a primeira banda de hard-rock da Suécia. Seu rock pesado, baseado nas guitarras, foi inspirado pela Deep Purple e pela Alex Harvey Band, e ela até flertava com o prog.
Ela foi formada em 1969 com o nome "Spider" e somente em 1973 conseguiu um contrato, logo com o prestigioso selo Vertigo. No ano seguinte lançou A Dream Of Glory And Pride. A faixa título com seus dez minutos de duração é o traço prog.




Roger Holegård - vocal, guitarra
Piero Mengarelli - guitarra
Benno Mengarelli - baixo, vocal
Stanley Larsson - bateria
Gunnar Hallin - guitarra (10, 11), 




1   Sensation
2   A Picture Of Me
3   Love Rock
4   Primo
5   Let's Go And Get That Boy
6   Julia's Dream
7   A Dream Of Glory And Pride
8   C'Mon Everybody (Single B-Side)
9   War Song (Unreleased Studio Track)
10 Julia's Dream (Live)
11 Love Rock (Live)


 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Strife - Rush (1975)







Esse é o disco de estréia da britânica Strife. Ela foi formada em 1969 mas o line-up original durou cerca de um ano. Gordon Rowley entrou em 1970 e John Reid em 71. A partir daí a banda ganhou musculatura e passou a se apresentar regularmente. Alguns fãs diziam demorar um pouco para recuperar a audição após os shows.
O trio gravou um álbum ao vivo que nunca foi lançado e não se abalou com isso, continuando com os shows.
Em 1975 saiu "Rush" com as melhores músicas que lançaram na estrada. É um hard-rock pesado com bons riffs e boas composições mas que também viaja em jams psicodélicas.




John Reid - guitarra, vocal
Gordon Rowley - baixo, vocal
Paul H. Ellson - bateria




1 Back Street Of Heaven
2 Man Of The Wilderness
3 Magic Of The Dawn
4 Indian Dream
5 Life Is Easy
6 Better Man Than I
7 Rush 
  a) People Running `Round 
  b) More Haste, More Speed 
  c) Final Fling 


 

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

The Band - Rock Of Ages (1972)







Rock Of Ages é um álbum gravado ao vivo pela The Band que compreende músicas dos quatro discos de estúdio gravados até então. Foram quatro shows nas últimas noites de dezembro de 1971, em Nova York, que culminaram na passagem de ano — pode-se ouvir "Happy New Year" da platéia.
Na abertura, Robbie Robertson diz que eles vão tentar algo que nunca fizeram antes, referindo-se a adição de uma seção de metais. E não foi uma seção qualquer. Ela tinha alguns dos melhores nomes do jazz e foi reunida e arranjada por Allen Toussaint, uma lenda de Nova Orleans.
O objetivo dos metais era dar corpo e unidade ao concerto e nesse sentido os arranjos foram soberbos. O objetivo de dar corpo e unidade era porque as drogas e o álcool já atrapalhavam a The Band.
Bob Dylan apareceu de surpresa na última noite e cantou quatro músicas com eles, mas elas só foram incluídas numa versão dupla de CD e bem cara.




Robbie Robertson - guitarra, backing vocal
Garth Hudson - órgão, piano, acordeom, sax tenor e soprano
Richard Manuel - piano, órgão, vocal, clavinet, bateria
Rick Danko - baixo, vocal, violino
Levon Helm - bateria, vocal, bandolim

com
Howard Johnson (Ray Charles, Miles Davis) - tuba, bombardino, sax barítono
Snooky Young (Count Basie, Lionel Hampton) - trompete, flugelhorn
Joe Farrell - sax tenor, sax soprano, trompa inglêsa
Earl McIntyre - trombone
J.D. Parron - sax alto, clarinete




1   Don't Do It
2   King Harvest (Has Surely Come)
3   Caledonia Mission
4   Get Up, Jake
5   W.S. Walcott Medicine Show
6   Stage Fright
7   The Night They Drove Old Dixie Down
8   Across The Great Divide
9   This Wheel's On Fire [B. Dylan, R. Danko]
10 Rag Mama Rag
11 The Weight
12 The Shape I'm In
13 Unfaithful Servant
14 Life Is A Carnival
15 Chest Fever
16 (I Don't Want To) Hang Up My Rock And Roll Shoes