segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Sagrado Coração Da Terra - Farol Da Liberdade (1991)







Farol Da Liberdade é o terceiro e mais elogiado trabalho da mineira Sagrado Coração da Terra. Ela abandonou o estilo new wave dos discos anteriores em favor do progressivo sinfônico, com melodias mais elaboradas que incluem até alguns elementos da música celta, mais comuns na new age music. 
Marcus Viana é um grande violinista com sólida formação erudita e se sai muito bem nos teclados e vocais também. Com esse trabalho ele e a banda conseguiram algo muito raro, senão único, para bandas prog brasileiras: Criar a música tema para uma novela de TV que fez grande sucesso e, consequentemente, colocá-la entre as mais executadas no rádio. Marcus e a Sagrado já haviam criado temas antes, mas não tão belos e de tanto sucesso como a faixa "Pantanal".





Marcus Viana - vocal, violinos, teclados
Sebastiao Viana - flauta
Andersen Viana - flautas
Ronaldo Pelhicano - teclados
Augusto Rennó  - guitarra
Paula Santoro  - vocal
Ivan Correia - baixo
Lincoln Cheib - bateria
Lydston Do Nascimento, Rosane Reis, Rosane Viana, Titi Walter, Vanessa Falabella - coro





1 Dança das Fadas 
2 Solidariedade 
3 Amor Selvagem 
4 Pantanal
5 Olivia 
6 Farol da Liberdade 
7 Raio e Trovão
8 The Central Sun of the Universe

sábado, 27 de outubro de 2018

Hermeto Pascoal - Slaves Mass (1977)







  O brasileiro trabalha 153 dias por ano só para pagar impostos. Numa figura de linguagem, há quem diga que somos escravos. E compreende-se, pois não recebemos sequer uma pequena fração disso em benefícios que são obrigação do Estado. Esse Estado é imenso, ineficiente ou totalmente incapaz — um elefante de chumbo. Também é fisiológico e corrupto até o meio do osso.
  Eu, pessoalmente, acho que a corrupção começou quando o primeiro colonizador ofereceu um presentinho a um índio. O que eu depreendi dos acontecimentos dos últimos anos é que, embora não tenha "inventado" a corrupção, o PT a transformou numa rotina de Estado. Aquilo que era uma vantagem pessoal, obtida para enriquecimento próprio ou campanha de um agente público, foi institucionalizada para perpetuar um partido no poder — o maior escândalo de corrupção do planeta. Não considero exagero dizer que tudo por aqui foi superfaturado sistematicamente para acomodar o lucro do corruptor e a propina do corrupto. O PT não agiu sozinho mas liderou o saque. Ele quase dobrou o número de ministérios, chegando ao absurdo de 39, apenas para lotear cargos em troca de apoio e, então, dividir o butim.
  Graças a Deus tudo foi descoberto antes que todos os segmentos do Estado estivessem totalmente aparelhados. As instituições foram fortes o suficiente para investigar, processar, condenar e prender os líderes de todos os partidos envolvidos. Todos os dias alguém é preso e, oxalá, assim continue.
  Só conseguiremos vermifugar totalmente o Estado se ele for menor, sem cargos por indicação política, com competência, meritocracia. O governo tem que ser regulador e ter cada vez menor ingerência nas nossas vidas. O bem-estar social advém da qualidade dos serviços essenciais e da liberdade com confiança.
  Se trabalhamos a maior parte dos dias úteis para o Estado, isso significa nossa submissão. Significa que nossas vidas importam menos que o Estado. Um partido que trama para se eternizar no poder é antidemocrático e de um autoritarismo disfarçado, portanto hipócrita. Essas são duas características importantes do fascismo, percebam. Mas um partido que rouba nossos dias de trabalho é um facínora. E na mesma medida em que o PT não inventou a corrupção, ele também não inventou os benefícios sociais que alardeia ter "dado". Com a moeda finalmente estabilizada o país andou, nós fizemos andar, e essa gente montou em cima.
  Por essas e outras, eu não consigo entender como cerca de 40% dos eleitores pretendam votar em bandidos. Sinceramente não entendo. 
  Amanhã é domingo e é dia de eleição. Reflita e, por favor, faça com que mais pessoas reflitam bem. Domingo também é dia de missa, missa dos escravos.

Sobre o disco... Dizem que se só tivesse lançado esse disco na vida, já seria o bastante para Hermeto entrar para história do Jazz. Boa missa a todos.





Hermeto Pascoal - piano, Fender Rhodes, gravador, Clavinet, sax soprano, flautas, violão, vocal (4)
Ron Carter - baixo acústico (2-8)
Alphonso Johnson (Weather Report, Jazz Is Dead) - baixo elétrico (1,9,10)
Airto Moreira - bateria (2-8), percussção (2), vocal (4)
Chester Thompson (Zappa, Genesis) - bateria (1,9,10)
Raul de Souza - trombone, vocal (4)
David Amaro (Airto, Flora, George Duke) - guitarra, violão 6 e 12
Flora Purim - vocal (2,4)
Hugo Fattoruso (OPA) - vocal (4) 
Laudir de Oliveira - vocal (4)





1 Tacho (Mixing Pot)
2 Missa dos Escravos (Slaves Mass)
3 Chorinho pra Ele (Little Cry for Him)
4 Cannon (Dedicated to Cannonball Adderley)
5 Escuta Meu Piano (Just Listen) 
6 Aquela Valsa (That Waltz)
7 Geleia de Cereja (Cherry Jam)
8 Campo Aberto (Open Field) 
9 Pica-Pau (take 1)
10 Star Trap (part 2)


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Neil Young - Everybody Knows This Is Nowhere (1969)







Everybody Knows This Is Nowhere é o segundo álbum de Neil Young e foi lançado em maio de 1969, sete meses depois do primeiro. Mas ele tomou uma direção musical diferente à do anterior ao dar início à associação de Young com o trio Crazy Horse. Essa nova  base rítmica lhe permitiu alongar seus solos e desenhar linhas de guitarra que ele ainda não tinha experimentado. E é em duas longas jams que o álbum está centrado: Down By The River e Cowgirl In The Sand. Nessas faixas estão as sementes do Grunge-rock.
Everybody Knows This Is Nowhere inaugurou uma sequência de seis obras-primas essenciais do Rock.





Neil Young - vocal, guitarra
Danny Whitten  - guitarra, vocal
Billy Talbot - baixo
Ralph Molina - bateria, vocal
com
Robin Lane - guitarra, vocal (3)
Bobby Notkoff - violino (6)





1 Cinnamon Girl
2 Everybody Knows This Is Nowhere
3 Round & Round (It Won't Be Long)
4 Down By The River
5 The Losing End (When You're On)
6 Running Dry (Requiem For The Rockets)
7 Cowgirl In The Sand

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Satanique Samba Trio - Sangrou (2007)







Esses caras de Brasília fazem uma coisa que eu gostaria de ouvir com mais frequência por aqui, porque em outros países faz-se muito e acaba por renovar a música. Eles pegam um gênero tradicional e fazem a reengenharia — no caso, o Samba. Então a gente tem aqui um Samba in Opposition. O trabalho deles pode não ser lá muito palatável a todos, mas é muito criativo e original. No cenário nacional ele lembra o estilo doido de pedra do Arrigo Barnabé, só que instrumental. Chega a dar um nó.
A propósito, não é um trio.





Munha - baixo elétrico e acústico
Hideki - cavaquinho, Harmonium, zither, programação, teclado, didjeridu, pífaro, voz
RC - guitarra, viola de 12, violão
Eduardo Santana - trompete, trombone, assobio
Lupa - bateria, percussão
Marcelo Vargues - trompete
com:
Jota Ferreira - piano
DJ Cochlar - vibrafone, melódica, teclado, piano
Ventuinha de Canudo - pífaro
Miguel Farage Neto - vocal
Cass FM - cello
Jean Nardotto - vocal
Coral das Crianças Mortas - vocal
Thiago Francis - violino
Priscila Jota Parente - cello
Cráudio "the butcher" Fernandes - flauta





1   Os Sininhos Dizem Morte
2   Kit De Amputação Asasulista
3   Estilo Ricky Ramirez
4   Auto-Retrato Em Tripas De Cachorro (Face 1)
5   Chuve De Sangue Em Exu (Pe)
6   Salsa Em Carna Viva
7   Comendo Faca
8   Todos Os Santos Na Grelha
9   A Alma Boca Afora
10 Morre, Brasília!
11 Cancerbol
12 Auto-Retrato Em Tripas De Cachorro (Face 2)
13 Salve Satã E Ponto Final
14 Diabolyn
15 Canção Para Atrair Má Sorte (Ato Vi)
16 Peça Para Pó, Pele E Osso Em Dez Por Oito


terça-feira, 16 de outubro de 2018

David Jackson, Guy Evans, Hugh Banton - The Long Hello (1974)







O álbum Pawn Hearts da Van Der Graaf Generator é uma obra prima, foi um grande sucesso, mas depois dele o Peter Hammill dissolveu a banda para seguir em carreira solo. A separação não foi traumática pois os demais contribuíram nos seus discos e vice-versa. Então, David Jackson, Hugh Banton e Guy Evans montaram a banda The Long Hello. Eles convidaram o ex-baixista da VDGG Nic Potter e o guitarrista da Rare Bird Ced Curtis. 
Esse é o primeiro de quatro discos que lançaram com formações diferentes, mas os demais vieram nos anos 80. É que em 1975 a VDGG voltou e a Long Hello ficou no cabide.
O som tem pouco ou quase nada a ver com o da VDGG. É Jazz-rock com influências da cena Canterbury e alguns elementos prog. Os admiradores da VDGG o criticam porque é muito suave, mas é também muito bonito e a interpretação desses caras merece sempre a atenção.
Em alguns lançamentos desse álbum ele é indicado como da "banda The Long Hello". Noutros, é colocado como um trabalho de David Jackson, Guy Evans, Hugh Banton.




David Jackson - sax, flautas, piano
Hugh Banton - baixo (5), todos os instrumentos (7)
Guy Evans - bateria
Nic Potter - baixo
com
Ced Curtis - guitarra, baixo (1)
Piero Messina (Alpha Centauri)- violão, guitarra, piano
Peter Hammill - vocal (8)





1 Fairhazel Gardens
2 Looking At You
3 I've Lost My Cat
4 The Theme From "Plunge"
5 The Ob Session
6 Morris To Cape Wrath
7 Brain Seizure
8 The Liquidator

domingo, 14 de outubro de 2018

Empire - Mark I (1995)







Em primeiro lugar é preciso dizer que esse álbum foi gravado em 1974. 
Depois que sua banda Flash acabou, Peter Banks, brilhante guitarrista e fundador da Yes, reuniu outros músicos e foi para o estúdio gravar este álbum. Banks compôs as músicas e sua esposa Sydney escreveu as letras. Foi Phil Collins quem começou na bateria mas, como as gravações estenderam-se de setembro à novembro, ele precisou sair por conta dos compromissos com a Genesis.
A despeito da capa, o som é Prog e bem parecido com o que a Flash fazia, só que um pouco mais eclético numa ou outra faixa. A faixa de abertura tem até aquele jeitão da Yes.
Aconteceu que eles ficaram sem contrato com um selo para lançar o álbum e ele caiu no esquecimento. Não só este, mas outros dois gravados na sequência e com músicos diferentes também. Em 1995 a gravadora One Way recuperou as masters e lançou já em CD.





Peter Banks - guitarra, teclados, vocal
Jakob Magnusson (Kevin Ayers) - teclados
Sydney Foxx - vocal
John Giblin (Brand X) - baixo, vocal
Preston Ross-Heyman - bateria
com
Phil Collins - bateria, backing vocal
Sam Gopal - tabla





1 Out Of Our Hands
2 More Than Words
3 Someone Who Cares
4 For A Lifetime
5 Hear My Voice On The Radio
6 Shooting Star
   a Part 1 - From The Top
   b Part 2 - Common Ground
   c Part 3 - Iceland On The Rocks
   d Part 4 - Shooting Star
7 Sky At Night


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Syd Barrett - Barrett (1970)







Pouco mais de um mês depois de lançar The Madcap Laughs, Syd Barrett voltou ao estúdio para gravar seu segundo solo. "Barrett" foi produzido por Richard Wright e por David Gilmour, e o clima dos dois primeiros discos da Pink Floyd está por toda parte, notadamente pelo órgão de Wright. Madcap foi gravado em dois dias. Já este levou quase cinco meses para ser concluído. Ele é muito semelhante ao anterior, tem o mesmo estilo folk e algumas letras aparentemente sem sentido para nós. Para Syd, entretanto, elas deveriam conter o sentido da vida. Em algum momento desses cinco meses de gravações, Syd Barrett perdeu o entusiasmo e o álbum foi completado com algumas demos. 
Todas as composições são de Barrett mas não se sabe quanto Gilmour e Wright podem ter contribuído para o resultado final. Seja como for, "Barrett" é muito mais autêntico e profundo que qualquer álbum solo do Roger Waters.





Syd Barrett - vocal, guitarra
David Gilmour - baixo, violão 12 cordas (1), órgão (4, 7), bateria (3)
Richard Wright - órgão, piano, Harmonium
Jerry Shirley (Humble Pie) - bateria, percussão
Willie Wilson - percussão (7)
Vic Saywell - tuba (12)





1   Baby Lemonade
2   Love Song
3   Dominoes
4   It Is Obvious
5   Rats
6   Maisie
7   Gigolo Aunt
8   Waving My Arms In The Air
9   I Never Lied To You
10 Wined And Dined
11 Wolfpack
12 Effervescing Elephant
Bonus 
13 Baby Lemonade (Take 1)
14 Waving My Arms In The Air (Take 1)
15 I Never Lied To You (Take 1)
16 Love Song (Take 1)
17 Dominoes (Take 1)
18 Dominoes (Take 2)
19 It Is Obvious (Take 2)

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Snowy White And The White Flames - Little Wing (1998)







Snowy White havia sido membro da banda Jonathan Kelly's Outside e participado de um disco de Michael Moorcock e outro da cantora Linda Lewis quando foi convidado para ser o guitarrista de apoio na turnê do álbum Animals da Pink Floyd. Da sua estréia em disco até esse convite passaram-se apenas três anos. Autodidata, ele estudou sobre os discos de B. B. King e Buddy Guy.
Ele continuou na PF para as turnês do The Wall e só saiu porque foi convidado para ser membro efetivo da Thin Lizzy. Gravou com o amigo Peter Green e com Rick Wright, e voltou a tocar The Wall com Roger Waters. 

Little Wing é a versão britânica do álbum Melting, lançado nos EUA. A vantagem é que as faixas não receberam cortes e há bônus. Ele é o álbum mais elogiado do Snowy, feito de Blues-rock com sérios problemas psicodélicos e progressivos, consequências da vida pregressa. Tocar ao lado de Gilmour e tomar-lhe a frente em alguns solos mexe com qualquer um.





Snowy White - guitarra, vocal
Walter Latupeirissa - baixo
Juan Van Emmerloot - bateria, percussão, sintetizadores de percussão, samplers





1   Discoveri
2   Long Distance Loving
3   I‘ll Be Moving On
4   The More You Live
5   Little Wing
6   That‘s When I‘ll Stop Loving You
7   Terpisah
8   The First Move
9   Like The Sun
10 That Ain‘t Right
11 Melting
12 There Are Ghosts Walking 
13 Snake Eyes 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Richard Wright - Wet Dream (1978)







Depois do álbum Animals, a Pink Floyd deu um tempo. Durante a última turnê o descontentamento de todos era evidente e as tensões se avolumaram. Roger Waters estava alienado, quando não estava enfurecido a ponto de cuspir num fã que pedia uma música. David Gilmour, por sua vez, ressentia-se de estar sendo 
alijado das composições e reclamava que os concertos estavam se tornando um lixo. Essa é uma parte da história. A outra é que a banda estava falida. Depois de anos de maus investimentos, gerenciamento desonesto e gastos em excesso, a Pink Floyd corria o risco de perder o que restava para pagar impostos. A solução encontrada foi parar e sair da Inglaterra por um ano, ou um exercício fiscal.

Encorajados pelas esposas, Gilmour e Richard Wright decidiram lançar discos solo. Mas esses discos foram gravados na França, no Super Bear Studios, pelas mesmas razões fiscais. O primeiro a gravar foi Gilmour e assim que ele saiu do estúdio entrou o Wright.

Para Wet Dream, ele convidou Snowy White e Mel Collins, músicos de apoio nas turnês da PF. As músicas são leves, tratando sobretudo da melancolia. O próprio Wright foi bastante crítico desse álbum, classificando-o como amador e cujas letras eram fracas. Também não é assim. Wet Dream tem um clima sentimental muito legal e os instrumentistas são impecáveis. É um álbum criminosamente subestimado, até pelo autor.

Wright sempre foi uma força criativa na Pink Floyd — suas progressões harmônicas são a assinatura musical da banda. No entanto, na medida em que Roger Waters ia tomando conta da banda, o papel dos demais foi sendo cerceado. Waters chegou ao cúmulo de demitir Wright, assim como fizera com Syd Barrett. Foram situações diferentes, claro. Quando o megaprojeto The Wall foi imposto por Waters, os produtores ponderaram que o público não reagiria bem à ausência de Wright. Então ele foi contratado como "session man". Dá pra acreditar que um fundador da PF tenha ficado nessa posição?

Richard Wright faleceu em 2008.

Roger Waters acabou aprisionado pelo The Wall. É só o que ele tem feito. Nesse momento ele está tocando em São Paulo, no estádio do Palestra Itália, e tomou uma sonora vaia ao meter o nariz em assuntos que não lhe dizem respeito. O cara que nunca resolveu seus próprios problemas quer resolver os problemas do mundo. Mundo este, que ele vê pela janela da limousine.





Richard Wright - piano, piano elétrico, Hammond, sintetizador Oberheim, vocal
Snowy White - guitarra, violão
Mel Collins (King Crimson) - sax, flauta
Larry Steele (Peter Green, Cat Stevens) - baixo
Reg Isadore (Robin Trower) - bateria





1 Mediterannean C
2 Against The Odds 
3 Cat Cruise 
4 Summer Elegy
5 Waves
6 Holiday
7 Mad Yannis Dance 
8 Drop In From The Top 
9 Pink's Song 
10 Funky Deux 

domingo, 7 de outubro de 2018

Spin XXI - Contraponto (2006)







A Spin XXI é brasileira e foi formada em 1972, em Niterói. O Rock Progressivo dela é, portanto, um espelho do que rolava nessa época. Nota-se a grande influência da Genesis da era Peter Gabriel e também da Yes — a guitarra traz a lembrança de Hackett e Howe, enquanto os teclados nos trazem Tony Banks. 

Em 1979 a banda mudou a formação e passou a chamar-se Contraponto. Ela continuou apresentando-se mas, apesar da qualidade das composições, não conseguiu gravar. 

Em 2002 ela foi reformulada e resgatou o antigo nome, bem como as antigas composições. Esse disco foi preparado durante quatro anos, todas as faixas são dos anos 70 e ele foi lançado pela venerável Rock Symphony, com distribuição mundial do selo Musea. 

Eu achei interessante compartilhar esse belo álbum hoje, dia de eleições. A cena musical brasileira tornou-se um esgoto a céu aberto e esses caras batalharam pra caramba pra resgatar idéias sólidas para uma música de muita qualidade. E a cena musical nada mais é do que um espelho do Brasil. 





Tatoo Magdalena - guitarras, violões, vocal
Eraldo Márcio Corrêa - teclados
Kakao Figueiredo - vocal, instrumentos ocasionais
Marcelo De Alexandre Venancio - baixo, pedal de baixo, violões, vocais
Marcos Serrão - baixo (1)
Sylvio Sá Corrêa - bateria, percussão
Roberto "Alemão" - percussão (4)




1 Sensações Diversas
2 Buscando Algo De Novo
3 Conflitantes Paranóias
   3a Parte 1 Séc. XX
   3b Parte 2 Séc. XXI
4 Ventos Do Passado

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Quiver - Quiver (1971)







Quiver foi uma banda de rock psicodélico formada na Inglaterra em 1970 por Tim Renwick e Cal Batchelor. Ela fez relativo sucesso entre 1971 e 1972 ao abrir shows para a The Who. Entretanto, seus discos não venderam bem e em 1973 ela acabou por fundir-se com outra banda, a Sutherland Brothers.
O que é preciso dizer é que três de seus membros acabaram tornando-se alguns dos mais requisitados "session musicians". 

Tim Renwick já tinha tocado com David Bowie e nas bandas Magna Carta e Cochise. Mais tarde ele seria o "sideman" de Eric Clapton por anos. Mais adiante ele viria a desempenhar o mesmo papel na Pink Floyd de David Gilmour e em discos solo de Roger Waters e Rick Wright. E a lista de colaborações é enorme.

O baterista Willie Wilson também tocou na Cochise e Humble Pie. Ele era amigo de Syd Barrett da Pink Floyd e tocou nos discos solo dele. Também foi membro da banda Joker's Wild, a primeira de David Gilmour, e tocou no primeiro solo dele e no On an Island. Acompanhou Roger Waters no The Wall Live também.

Bruce Thomas tocou com Peter Bardens e depois da Quiver e da Sutherland Brothers integrou a banda de Elvis Costello por muitos anos.

Se existe uma proximidade da história da Quiver com a Pink Floyd, ela aumenta um pouco porque foi o estúdio Hipgnosis que criou a capa desse disco e porque aí está o saxofonista Dick Parry.





Tim Renwick - guitarra, violão, flauta, vocal
Cal Batchelor - guitarra, violão, teclados, vocal
Bruce Thomas - baixo, vocal
Willie Wilson - bateria, percussão, vocal
com
Dick Parry - sax





1  Glad I Came Around   
2  Down Your Way   
3  Killer Man   
4  Take a Train  
5  Cool Evening 
6  Barnes Country 
7  Back on the Road   
8  Just Loving You 
9  Reason for Staying   

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Goblin - The Awakening (2012)







A história da Goblin começou numa outra banda chamada Il Ritratto di Dorian Gray, na qual Claudio Simonetti e Walter Mariano primeiro tocaram juntos. Isso foi em 1971 e ela tocava prog ao estilo britânico. Em 1973 eles adicionaram o guitarrista Massimo Morante e viajaram para Londres, adotando o nome Oliver. Essa banda chamou a atenção do produtor Eddie Offord, da Yes, mas a conversa não progrediu. No ano seguinte eles voltaram para a Itália e assinaram um contrato com a gravadora Cinevox, especializada em trilhas sonoras. Nela gravaram um disco com o nome Cherry Five. Esse disco foi bem recebido pela crítica mas vendeu pouco. Eles estavam para se separar quando conheceram o diretor de filmes de horror Dario Argento, que os convidou para comporem a trilha de seu primeiro longa metragem, batizado de Profondo Rosso. Essa trilha sonora fez mais sucesso que o filme, vendeu um milhão de cópias e chegou ao topo das paradas.
O som da banda era o prog clássico e sinfônico, com o órgão grandioso e o baixo agudo.
Na sequência veio Roller, um álbum de estúdio, o único nesse período, embora no mesmo contexto.
Depois a banda continuou com uma sequência de trilhas sonoras até o meio dos anos 80. E é isso que esta caixa documenta.
O último álbum, chamado Tenebre, é também uma trilha para um filme de Dario Argento, segue a mesma linha, mas não é assinado pela Goblin e sim pelo trio Simonetti, Morante & Pignatelli.






Profondo Rosso Aka Deep Red (1975)

Massimo Morante - guitarra
Claudio Simonetti - teclados
Fabio Pignatelli - baixo
Walter Martino - bateria


1   Profondo Rosso
2   Death Dies
3   Mad Puppet
4   Wild Session
5   Deep Shadows
6   School At Night
7   Gianna
Bonus Tracks
8   Mad Puppet's Laughs (Opening Intro)
9   School At Night (Lullaby - Music Box Version)
10 Profondo Rosso (Jazz Source 1)
11 Profondo Rosso (Paura)
12 Profondo Rosso (Paura 2)
13 School At Night (Lullaby - Instrumental Version)
14 Profondo Rosso (Paura 3)
15 School At Night (Lullaby - Music Box Version)
16 Profondo Rosso (Paura 4)
17 School At Night 2
18 School At Night (Lullaby - Celesta Version)
19 Profondo Rosso (Paura 5)
20 Gianna 2
21 Death Dies (Film Version)
22 Profondo Rosso (Jazz Flute)
23 Profondo Rosso (Jazz Source 2)
24 Deep Shadows (Film Version)
25 Profondo Rosso (Paura 6)
26 Death Dies (Film Version)
27 Profondo Rosso (Jazz Source 3)
28 Deep Shadows See (Film Version 2)
29 School At Night (Lullaby - Child Version)
30 Profondo Rosso (Jazz Source 4)
31 Deep Shadows (Film Version 3)
32 Death Dies (Film Version 3)
33 Profondo Rosso (Jazz Flute 2)
34 School At Night (Lullaby - Echo Version)






Roller (1976)

Claudio Simonetti - órgão, piano, Clavinet, Mini Moog, Logan String Machine
Massimo Morante - guitarra, violão
Maurizio Guarini - piano, piano Fender Rhodes, Hohner Pianet, Moog, clarineta
Fabio Pignatelli - baixo
Agostino Marangolo - bateria, percussão


1 Roller
2 Aquaman
3 Snip-Snap
4 Il Risveglio Del Serpente
5 Goblin
6 Dr. Frankenstein
Bonus Tracks
7 Chi? Part One (Single A)
8 Chi? Part Two (Single B) 






Suspiria (1977)

Claudio Simonetti - órgão, piano, piano elétrico, celesta, Mellotron, violino
Massimo Morante - guitarra, violão, bouzouki, voz
Fabio Pignatelli - baixo, violão, tabla
Agostino Marangolo - bateria, percussão


1   Suspiria
2   Witch
3   Opening To The Sighs
4   Sighs
5   Markos
6   Black Forest / Blind Concert
7   Death Valzer
Bonus Tracks
8   Suspiria (Celesta And Bells)
9   Suspiria (Narration)
10 Suspiria (Intro)
11 Markos (Alternate Version)
12 Suspiria (Alternate Take)






Il Fantastico Viaggio Del Bargarozzo Mark (1978)

Massimo Morante - guitarra, vocal
Claudio Simonetti - teclados
Fabio Pignatelli - baixo
Agostino Marangolo - bateria


1 Mark Il Bagarozzo
2 Le Cascate Di Viridiana
3 Terra Di Goblin
4 Un Ragazzo D'Argento
5 La Danza
6 Opera Magnifica
7 Notte
8 ...E Suono Rock
Bonus Track
9 Yell (Single A)






Zombi - aka Dawn Of The Dead (1978)

Massimo Morante - guitarra, vocal
Claudio Simonetti - teclados, piano
Fabio Pignatelli - baixo
Agostino Marangolo - bateria


1   L'Alba Dei Morti Viventi
2   Zombi
3   Safari
4   Torte In Faccia
5   Ai Margini Della Follia
6   Zaratozom
7   La Caccia
8   Tirassegno
9   Oblio
10 Risveglio
Bonus Tracks
11 L'Alba Dei Morti Viventi (Alternate Take)
12 Ai Margini Della Follia
13 Zombi (Sexy)
14 Ai Margini Della Follia (Alternate Take)
15 Zombi (Supermarket)
16 L'Alba Dei Morti Viventi (Intro - Alternate Take)
17 Zombi (The Living Dead's Voices!)






Tenebre (1982)

Massimo Morante - guitarra, violão
Claudio Simonetti - piano, piano elétrico, Roland Jupiter 8, Roland Mc4, Roland Vocoder Plus, Oberheim Dms Digital Drum, Roland Tr 808 Drum
Fabio Pignatelli - baixo sem trastes Fender


1   Tenebre
2   Gemini
3   Slow Circus
4   Lesbo
5   Flashing
6   Tenebre (Reprise)
7   Waiting Death
8   Jane Mirror Theme
Bonus Tracks
9   Flashing (Film Version)
10 Gemini (Film Version Suite)
11 Flashing (Intro Film Version)
12 Gemini (Alternate Film Version)
13 Jane Mirror Theme (Film Version)
14 Tenebre (Alternate Film Version)
15 Slow Circus (Film Version Suite)
16 Lesbo (Film Version)
17 Tenebre Maniac (Spfx Bonus Track 1)
18 Tenebre Remix (Bonus Track 2)
19 Flashing Remix (Bonus Track 3)