domingo, 29 de setembro de 2019

Bert Jansch - Bert Jansch (1965)







Bert Jansch foi o fundador da banda folk-prog Pentangle e ele pertence à categoria dos "guitarristas dos guitarristas", ou o violonista dos guitarristas, já que todo seu trabalho foi com o instrumento acústico. Ele influenciou muito o Jimmy Page, bem como Neil Young, Donovan e Paul Simon. Johnny Marr afirmou que sem ele o rock teria sido bem diferente e com o lançamento desse álbum em 1965 ele reinventou a maneira de se tocar, e estabeleceu um padrão sem igual. Seu dedilhado intrincado e seus bends tem influenciado gerações.

Jansch nasceu na Escócia e e ficou fascinado pelo violão ainda na escola. Seus pais puderam pagar-lhe apenas algumas aulas sem, contudo, comprar-lhe um instrumento. Jansch tentou então construir um e na segunda tentativa até saiu algo tocável. Violão mesmo, ele só teve aos 15 anos. Daí em diante ele foi autodidata nele e em muitos outros instrumentos. Suas maiores influências foram Big Bill Broonzy, Brownie McGhee e Lead Belly. Seu estilo musical incorporou o blues, música clássica, o jazz, a música celta e o folk inglês.




Bert Jansch - violão, vocal
Keith De Groot - percussão (16, 17) 
John Challis - piano (16, 17)




1   Strolling Down The Highway
2   Smokey River [Jimmy Giuffre]
3   Oh How Your Love Is Strong
4   I Have No Time
5   Finches
6   Rambling's Going To Be The Death Of Me
7   Veronica
8   Needle Of Death
9   Do You Hear Me Now
10 Alice's Wonderland
11 Running From Home
12 Courting Blues
13 Casbah
14 Dreams Of Love
15 Angie [Davy Graham, Nat Adderley]
16 Instrumental Medley 1964
17 Angie (Live) 1964

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Jimmy Page & The Black Crowes - Live At The Greek (1999)







Esse disco é muito legal. Não há novidade alguma e os arranjos das músicas da Led Zeppelin são muito próximos dos originais, senão iguais. Mas é muito legal ouvir essas músicas com três guitarras e órgão — uma festa. Parece que isso deixou Page bem a vontade numa performance muito superior às que vinha fazendo. Chris Robinson foi reverente e não tentou pisar fora das pegadas de Plant, mesmo porque deu umas escorregadas em algumas notas altas. A captação do som é esplêndida, fazendo deste um dos melhores discos ao vivo que ouvi. No mais, ele é um atestado do quão bons foram Bonham, Jones, Plant e Page, pois apenas eles, os quatro, conseguiam uma massa sonora similar a desse septeto. E o ponto alto são os covers de blues, claro.




Jimmy Page - guitarra
Rich Robinson - guitarra, vocal
Audley Freed - guitarra
Chris Robinson - vocal
Ed Harsch - teclados
Sven Pipien - baixo
Steve Gorman - bateria




CD 1
1   Celebration Day
2   Custard Pie
3   Sick Again
4   What Is And What Should Never Be
5   Woke Up This Morning [BB King]
6   Shape Of Things To Come [Yardbirds]
7   Sloppy Drunk [Jimmy Rogers]
8   Ten Years Gone
9   In My Time Of Dying
10 Your Time Is Gonna Come


CD 2
1   The Lemon Song [Howlin' Wolf]
2   Nobody's Fault But Mine
3   Heartbreaker
4   Hey Hey What Can I Do
5   Mellow Down Easy [Willie Dixon]
6   Oh Well [Peter Green]
7   Shake Your Money Maker [Elmore James]
8   You Shook Me [J.B. Lenoir, W. Dixon]
9   Out On The Tiles
10 Whole Lotta Love

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

The Black Crowes - Amorica (1994)







Depois do sucesso do "Southern Harmony..." a Black Crowes gastou um bom tempo trabalhando no próximo. Ele iria se chamar apenas "Band" mas foi descartado quando estava praticamente pronto. Parte das músicas dele foram recicladas, novas foram adicionadas e o terceiro álbum acabou por chamar-se Amorica — com capa censurada e tudo.
Para alguns fãs esse é o melhor disco da banda, para outros foi nele q começaram a perder a mão. Mas, de fato, as músicas são ótimas e pendem mais o blues-rock mais áspero e menos relaxado que o álbum anterior. 




Chris Robinson - vocal, harmônica
Rich Robinson - guitarra
Marc Ford - guitarra
Eddie Harsch - teclados
Jimmy "Two Fingers" Ashurst - bandolim
Bruce Kaphan - pedal steel
Johnny Colt - baixo
Steve Gorman - bateria
Eric Bobo - percussão




1   Gone
2   A Conspiracy
3   High Head Blues
4   Cursed Diamond
5   Nonfiction
6   She Gave Good Sunflower
7   P. 25 London
8   Ballad In Urgency
9   Wiser Time
10 Downtown Money Waster
11 Descending
12 Tied Up And Swallowed


sábado, 21 de setembro de 2019

Burning Tree - Burning Tree (1990)







Burning Tree foi um power trio formado em Los Angeles, em 1987. E foi uma das melhores coisas que apareceram naquela época. Eles conseguiram ser os residentes no Coconut Teaszer de Hollywood, um dos melhores clubes da época. Logo depois já assinaram um contrato com a Epic. A gravadora percebeu que as hair-metal bands e o grunge de Seattle estavam se apagando e investiu em alternativas. 
O som da Burning Tree tinha um pé no final dos anos 60, sendo fortemente influenciado por bandas como a Cream, a Mountain ou mesmo Jimi Hendrix.
Esse único disco dela é um memorável conjunto de ótimas músicas que eram totalmente diferentes do pop-metal pastoso que fazia sucesso na época. Apesar do entusiasmo da crítica, o público não entendeu uma mudança tão radical e as vendas não deslancharam. Aí, os próprios caras desanimaram. Marc Ford, então, entrou para The Black Crowes.




Marc Ford - guitarras, piano, vocal
Mark 'Muddy' Dutton - baixos, piano, vocal
Doni Gray - bateria, percussão, vocal




1   Burning Tree
2   Wigs, Blues And High Heeled Shoes
3   Fly On
4   Mistreated Lover
5   Masquerade
6   Playing In The Wind
7   Last Laugh
8   Crush
9   Same Old Story
10 Baker’s Song
11 Baby Blue
12 Turtle
13 Burning Tree (live)
14 Fly On (live)
15 Mistreated Lover (live)
16 Same Old Story (live) 

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Homesick James - Blues on the South Side (1964)







Um dos estilos mais tradicionais de se tocar blues é o "bottleneck", ou usar o gargalo quebrado de uma garrafa, deslizando-o pelas cordas — slide. O som de cada músico era modulado pelo jeito do gargalo, pela espessura e pela qualidade do vidro. Então, o próprio artefato conferia uma identidade. Com a introdução dos slides metálicos industrializados a coisa ficou padronizada e também ficou mais difícil atingir aquela tensão, ou o calor, ou a paixão. O jeito de tocar é que teve que mudar.
Homesick James era primo de Elmore James e foi um dos grandes dessa técnica tradicional. Ele foi um dos primeiros a usar o slide metálico, mas manteve toda integridade do seu som e todos aqueles atributos da era do vidro.
Blues on the South Side é o seu primeiro LP. Ele foi gravado pela Prestige/Ace, causou forte impressão e permitiu q Homesick tivesse uma participação generosa numa coletânea chamada The Blues Today, pela Vanguard. Essa coletânea teve uma distribuição muito mais ampla que o seu próprio disco e o projetou. Antes praticamente desconhecido em Chicago, Homesick James foi alçado a mestre até mesmo na Europa. Sua presença no palco, a sinceridade das suas músicas e a pureza do seu "bottleneck" lhe deram o sucesso que merecia.





Homesick James - vocal, guitarra
Lafayette Leake - piano
Eddie Taylor - baixo
Clifton James - bateria




1   The Woman I'm Lovin'
2   She May Be Your Woman
3   Goin' Down Swingin'
4   Homesick's Shuffle
5   Johnny Mae
6   Gott Move
7   Lonesome Road
8   Working With Homesick
9   The Cloud Is Crying
10 Homesick's Blues
11 Crawlin'
12 Stones In My Passway (traditional)

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Fernando Pacheco - Himalaia (1986)







Himalaia é um excelente disco solo do Fernando Pacheco, líder da Recordando o Vale das Maçãs. Digamos que é mais ou menos solo, pois as duas primeiras faixas, ou primeira parte, foram gavadas quatro anos antes, ainda com a RVM. As demais faixas, aí sim, são absolutamente solo com Fernando tocando todos os instrumentos. 
É um disco instrumental e o som é similar ao da RVM. Foi muito bem recebido no exterior e pouco ouvido por aqui.
Fernando hoje se apresenta esporadicamente com a RVM e ele é coordenador e professor do curso de pós-graduação em música de uma universidade em Três Corações, Minas Gerais.




Fernando Pacheco - guitarra, violão, sintetizador de guitarra Roland, violino
Moacir Amaral Filho - flauta
Eliseu De Oliveira Filho - teclados
Fernando Motta - violino
Luiz Aranho - violino
Ronaldo Mesquita - contrabaixo
Lourenço Gotti - bateria




   The Past
1 Sonho
2 Himalaia
   The Present
3 Progressivo L-2 Sul
4 Ciclo Da Vida
5 Civilização Maia







sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Recordando O Vale Das Maçãs - As Crianças Da Nova Floresta (1977-1993)







Esse álbum é uma regravação feita em 1993 do LP original de 1977. Nele foram retrabalhadas as principais faixas para um formato apenas instrumental, e acrescentadas duas faixas de um disco solo de Fernando Pacheco, o líder da banda. As capas, tanto do LP como deste CD, são idênticas, o que gera uma certa confusão.
Recordando O Vale Das Maçãs foi uma das melhores bandas prog brasileiras e esse é o seu, digamos assim, único disco. Ele foi premiado no exterior, considerado o melhor lançamento na França naquele ano, e tornou a RVM a primeira banda nacional do gênero a receber reconhecimento internacional.
Seu som é sinfônico, misturando uma série de elementos ao rock, do clássico ao folclore brasileiro. Ele balanceia bem entre o acústico e o elétrico e é pastoral e relaxante, do tipo que eleva o espírito.




Fernando Pacheco - guitarra
Eliseu Filho - teclados, violino 
Ronaldo Mesquita - baixo
Miltom Bernardes - bateria, percussão
Fernando Motta - violão (5, 6) 
Domingos Mariotti - flauta, trompa digital
Fernando Ramos - teclados (5) 




1 Remembering Apples Valley II 
2 The Children Of The New Forest II 
3 Water
4 The Hermit 
5 Himalaia
6 Seeds Of Light 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Capitolo 6 - Frutti per Kagua (1972)






Esta é uma das muitas bandas que permaneceram desconhecidas fora da Itália, a despeito da qualidade de sua música. Ela fez um rock progressivo complexo e inquieto. É também um bom exemplo de como as técnicas de composição clássicas podem ser usadas no rock. A faixa título tem 18 minutos e uma estrutura em três partes. 
O tema do disco, como a capa indica, são histórias sobre os nativos norte-americanos. 
O amplo uso da flauta a aproxima das conterrâneas Jumbo e Museo Rosembach e, pensando numa correspondente britânica, é claro, a Jethro Tull.




Riccardo Bartolotti - vocal, guitarra, flauta
Jimmy Santerini - teclados, vocal
Loriano Berti - sax, flauta
Maurizio Romani - baixo
Lorenzo Donati - bateria, vocal




1 Frutti Per Kagua
2 Grande Spirito
3 Il Tramonto Di Un Popolo
4 L'Ultima Notte


segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Jean-Michel Jarre - Oxygene Trilogy (2016)







Na adolescência Jean-Michel Jarre tocava guitarra em bandas de rock e foi quando começou a experimentar com sons processados através de um gravador que ganhou do avô. O tempo passou, ele entrou mais e mais na música experimental, produziu trabalhos de outros músicos e em 1972 e 1973 ele gravou duas trilhas sonoras. Aí veio a ideia de tratar do tema "meio ambiente" com a música eletrônica, e sem vocais. Um dia, numa exposição de arte ele viu uma pintura do artista Michel Granger intitulada Oxigène e decidiu que aquela teria que ser a capa e aquele teria que ser o título do disco. Comprou-a.

Oxygene foi gravado com poucos equipamentos, alguns defeituosos e com gambiarras feitas com durex, na cozinha do seu apartamento. Ele foi recusado por uma gravadora após a outra, sob a alegação de que não havia uma banda, nem ao menos vocais. Por sorte um produtor visionário chamado Francis Dreyfus viu o potencial e lançou uma tiragem de 50 mil cópias — hoje já vendeu mais de 15 milhões delas.

Vinte anos mais tarde, Jarre retomou o tema em Oxygene 7-13 usando até alguns daqueles equipamentos de 1976. É uma continuação com sons e estilo novos, mas fixada na visão original. E depois de outros vinte anos veio Oxygene 3, tratando das mesmas questões ambientais de uma forma ainda mais visceral e aventurosa.




CD 1 - Oxygene (1976)

Jean-Michel Jarre - sintetizadores ARP, AKS, EMS VCS 3, RMI Harmonic, órgão Farfisa, órgão Eminent, Mellotron, computador rítmico Korg Mini Pops

1 Oxygene (Part 1)
2 Oxygene (Part 2)
3 Oxygene (Part 3)
4 Oxygene (Part 4)
5 Oxygene (Part 5)
6 Oxygene (Part 6)

CD 2 - Oxygene 7-13 (1997)

Jean-Michel Jarre - Mellotron, sampler Akai Mpc3000, sampler DJ 70, Sequencer, Drum Machine TR 80, Theremin, sintetizadorres: ARP 2600, VCS3, AKS, Eminent, CS 80, Quasimidi Raven, Nordlead, JV 90, K2000, RMI, Prophecy

1 Oxygene (Part 7)
2 Oxygene (Part 8)
3 Oxygene (Part 9)
4 Oxygene (Part 10)
5 Oxygene (Part 11)
6 Oxygene (Part 12)
7 Oxygene (Part 13)

CD 3 - Oxygene 3 (2016)

Jean-Michel Jarre - Eminent 310, AKS, VCS 3, Small Stone, Electric Mistress, ARP 2600, ARP 2500, Moog Sub 37, OB6, Mellotron D4000, Korg Polyphonic Ensemble, Mini Pops, Metasonic, Digisequencer, TR8, Animoog, OP1, OP12, OP24, Qchord, teclados analógicos, Virus, Dune, Nordlead 1, Monark, Rblocks, Spire, Serum, Cognosphere, Taurus 1, Micro Monsta, Philicorda.

1 Oxygene (Part 14)
2 Oxygene (Part 15)
3 Oxygene (Part 16)
4 Oxygene (Part 17)
5 Oxygene (Part 18)
6 Oxygene (Part 19)
7 Oxygene (Part 20)