quarta-feira, 31 de julho de 2019

Cosmosquad - Live At the Baked Potato (2001)







Esse disco é insano. Se você, caro visitante, gosta de fusion mas pensa que a coisa poderia ser mais picante, achou. 
A Cosmosquad foi formada em Los Angeles, em 1997. Jeff Kollman é um guitarrista fenomenal que veio do hard-rock: tocou com Glenn Hughes e com a Asia também, dentre muitos. Barry Sparks gravou três álbuns com Yngwie Malmsteen e mais uns quatro com Michael Schenker. Shane Gaalaas também gravou com Malmsteen e Schenker, mais Glenn Hugues e Joe Lynn Turner.
O DNA dos caras é pesado mas Kollman, por exemplo, usa muitos acordes de jazz. As músicas são muito bem escritas e alguns tempos são intrincados, coisas de gente progressiva. Então, nem sei se fusion é o rótulo ou se é melhor dizer que a Cosmosquad explora um novo território.
Esse álbum foi gravado num pequeno porém emblemático clube de Los Angeles, provavelmente em mais de uma data, pelas diferenças de captação que são percebidas. Ele reúne músicas dos álbuns anteriores da banda, mais algumas de Jeff Kollman solo. E a interpretação delas é mágica; muito melhor que no estúdio. Kollman é um guitarrista pra lá de subestimado que esbanja técnica e tem o bom gosto de usar os pedais wah-wah e chorus pontualmente. Sua Les Paul tem um timbre que eu, particularmente, gosto muito.




Jeff Kollman - guitarra
Barry Sparks - baixo 
Shane Gaalaas - bateria




1   Sheer Drama
2   Fat, Mean & Nasty 
3   El Perro Vaila 
4   I.N.S. Conspiracy 
5   Road to Tanzania / Tribal Trance 
6   Chinese Eyes 
7   My Guitar Gently Screams 
8   Creepy Spider Part II 
9   Jam for Jason 
10 In Loving Memory 
11 Journey Through Life 
12 Creepy Spider 
13 Funk N' Eh 
14 Red Eye Romp 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Hellborg, Johansson, Selvaganesh, Ia Eklundh, Johansson - Art Metal - Vyakhyan-Kar (2007)







Quatro suecos e um indiano. Hellborg foi membro da Mahavishnu e colaborou com John McLaughlin. V. Selvaganesh foi membro da Remember Shakti de McLaughlin. Os irmãos Johansson tocaram com Allan Holdsworth na Heavy Machinery e com Shawn Lane e Mike Stern na Fission.
Entre si, Hellborg e os irmãos Johansson tem várias colaborações, desde a Jonas Hellborg Band à discos do Ginger Baker. Selvaganesh e Hellborg tem três discos excelentes com o saudoso e fantástico guitarrista Shawn Lane. 
Até aí, tudo muito fusion e experimental. Mas depois que Shawn Lane morreu, Hellborg decidiu recordar suas raízes no metal e no punk. E, já que todos estão acostumados com grandes guitarristas, deixou Mattias Ia Eklundh roubar a cena numa boa. 




Jonas Hellborg - baixo
Mattias Ia Eklundh - guitarra
Jens Johansson - teclados
Anders Johansson - bateria
Selvaganesh - kanjira




1 Muthucutpor
2 Manirambha
3 Nataraja
4 Solitude
5 The Three Princes Of Serendip
6 Round Metal Hat
7 Vyakhyan-kar
8 Art Metal

sábado, 27 de julho de 2019

Mattias IA Eklundh - Freak Guitar (1999)







Mattias IA Eklundh é rápido, tem uma técnica extraterrena e um timbre único. Até aí há alguns outros. Porém IA, como é carinhosamente chamado pelos fãs, foi muito além e deu uma nova perspectiva ao instrumento. Pena que ele só é reconhecido nos círculos mais restritos dos "guitar freaks". 
Quando IA saiu da banda Fate, ele fundou a Freak Kitchen com Björn Fryklund e Christer Örtefors, em 1994. Freak Guitar é o seu primeiro álbum solo, e é solo mesmo. Ele veio na esteira de um vídeo instrucional de mesmo nome e segue um caminho diferente da Freak Kitchen. Aqui ele programa tudo e toca tudo, então o trabalho é mais complexo — a cada ouvida a gente descobre algo novo. 
Mattias se apresentou na Expomusic de 2012 em São Paulo e deixou todo mundo de queixo caído.




Mattias IA Eklundh - guitarra, violão, baixo, bateria, teclados, banjo, ukelele, bandolim, Zither, programação




1   Apparatus
2   God - The Mechanic
3   The Grey Hat Of Compromise
4   Lisa's Passion For Heavy Metal
5   La Bamba [Traditional]
6   Evil Shower
7   When Sam Played It Again
8   Midsummer Night In Hell
9   Numb
10 (Friday Afternoon) In A Galaxy Far Away...
11 The Satanic Moonwalk
12 Cornholed
13 Detroit Rock City [Kiss]
14 The Territorial Thing
15 Time To Breathe
16 Mumbo Jumbo
17 The Mud Man
18 Dr Pangloss Goes To Lisbon
19 The Black Page [Frank Zappa]
20 Revenge Of The Bambi Loving Terrorist
21 Squirrel

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Docker's Guild - The Mystic Technocracy (Season 1: The Age Of Ignorance) 2012







O título já vai entregando que esse é um projeto pomposo. Ele foi idealizado para ser uma ópera-rock em quatro ou cinco partes partes — está na segunda e esta é a primeira — de ficção científica. O autor é Douglas Docker que foi criado na Itália e iniciou sua carreira como pianista clássico, após várias graduações em música. A partir do anos noventa ele tornou-se uma figura relevante na cena do heavy metal e do prog-metal, na cena AOR, e atuando como engenheiro também. 
Desses cenários é que vem os convidados especiais que tocam aqui, com destaque para Guthrie GovanGregg Bissonette.
A história é uma critica ao uso das religiões monoteístas para justificar barbaridades cometidas ao longo da história.
Naturalmente o som é prog com teclados para todos os lados e, se formos buscar comparações, parece Asia, Ayeron, UK e algo mais, misturados.




Douglas R. Docker - teclados, vocal
Guthrie Govan - guitarra 
Jeff Watson - guitarra
Donald D. Docker - clarinete, sax
Amanda Somerville (Avantasia) - vocal
John Payne (Asia) - vocal
Göran Edman (Karmakanic) - vocal
Tony Mills - vocal
Tony Franklin (The Firm) - baixo
Gregg Bissonette (Keith Emerson...) - bateria
Magnus Jacobson - bateria




1   Trailer - A Matter Of Energy
2   Pilot Episode - The Mystic Technocracy
3   Episode 1.1 - Darwin's Tears
4   Episode 1.2 - Twilight Of The Gods - Norse Cosmogony (Part 1)
5   Episode 1.3 - Twilight Of The Gods - Norse Cosmogony (Part 2)
6   Episode 1.4 - Twilight Of The Gods - Judeo-Christian Cosmogony
7   Episode 1.5 - Twilight Of The Gods - The Divine Comedy
8   Episode 1.6 - Legion Of Aliens
9   Episode 1.7 - Loving The Alien
10 Episode 1.8 - The Gem Of Love
11 Episode 1.9 - The Secret Of DNA - The Secret Of DNA (Part 1)
12 Episode 1.10 - The Secret Of DNA - Purple Orb
13 Episode 1.11 - The Secret Of DNA - The Secret Of DNA (Part 2)
14 Episode 1.12 - Prophecy
15 Episode 1.13 - Black Swans

quarta-feira, 24 de julho de 2019

The Aristocrats - The Aristocrats (2011)







Essa banda surgiu meio por acaso em 2011. Bryan Beller é conhecido por acompanhar Steve Vai e Joe Satriani. Marco Minnemann é um multi-instrumentista que tem carreira solo e já tocou com Tony Levin e mais um monte de gente boa, mas que aparece com frequência nos discos de Steven Wilson. Os dois iriam tocar na feira NAMM da Califórnia com um outro guitarrista que não apareceu. Guthrie Govan (Steven Wilson, Asia) estava por lá e se juntou a eles pra quebrar um galho. Bem, esse é um quebra-galhos que todo mundo quer porque Govan é um dos melhores guitarristas do mundo. Enfim, a química foi tão boa que os caras se estabeleceram como banda, ou supergrupo. Supergrupo é um estereótipo e frequentemente engana. Nesse caso aqui não. Todos são virtuosos e todos compõe muito bem, e em grupo. 
Esse é o primeiro disco deles e não se encaixa muito bem em nenhuma categoria. Jazz-rock; jazz-prog; fusion; tanto faz. Eles fazem música com escrita complexa e ainda conseguem colocar humor nela, e se divertem tocando-a — talvez se Frank Zappa fosse mudo...
Eles estiveram no Brasil em 2016. Govan já havia estado antes, em 2011. 




Guthrie Govan - guitarra
Bryan Beller - baixo
Marco Minnemann - bateria




1 Boing!...I'm In The Back  
2 Sweaty Knockers 
3 Bad Asteroid 
4 Get It Like That
5 Furtive Jack 
6 I Want A Parrot
7 See You Next Tuesday 
8 Blues Fuckers   
9 Flatlands  






segunda-feira, 22 de julho de 2019

Schwarzarbeit - James Gordon's Story (1994)







A alemã Schwarzarbeit foi formada nos anos 70 por Klaus Schröder e Jo Post. Em 1979 ela lançou seu primeiro LP de forma independente, que nunca foi relançado em CD. Três anos depois, com nova formação, saiu o segundo disco. Seguiu-se um longo hiato e em 94 saiu este terceiro e último disco. A formação é diferente, com a sessão rítmica vindo da banda de thrash metal Mekong Delta — Jörg Michael também foi da Stratovarius.  
Mas de thrash metal este disco não tem nada. Pelo contrário, é um prog instrumental bem elaborado e delicado, com várias sequências acústicas. Destaca-se a guitarra; e nessas partes acústicas traz Steve Hackett à mente. O álbum é conceitual mas eu não entendi bem a história que ele conta, porque não diz a qual músico James Gordon se refere — e há alguns — nem se ele é fictício. Mas isso é pouco importante.




Klaus Schröder - guitarra, violão, baixo
Jo Post - teclados
Ralph Hubert - baixo, violão, guitarra
Jörg Michael - bateria




1   Non-Stop Movies 
2   The Chamber 
3   The Open Window's Scenario 
4   A Summer Holiday Film 
5   The Change Of An Internal Idea 
6   The Outburst 
7   The Silent Fields After 
8   The Finale 
9   Klavierstunde 
10 Fata Morgana 
11 Purple Shadow-Like Faces (Arno's Endzeit)

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Crosby, Stills, Nash & Young - Déjà vu (1970)







O trio Crosby, Stills & Nash nasceu numa festa da poetisa, compositora e cantora Joni Mitchell. Os caras já se conheciam da cena musical mas essa foi a primeira vez que puderam brincar com as harmonias vocais. Então uma nova banda nasceu das cinzas da The Byrds, da Buffalo Springfield e The Hollies. Logo eles gravaram seu autointitulado álbum que fez um grande sucesso. O problema era que Stephen Stills tinha tocado a maioria dos outros instrumentos que não fossem guitarras e violões no estúdio, e agora eles tinham que tocar ao vivo. Então o pessoal da Atlantic Records sugeriu o ex-companheiro de Stills na Buffalo Springfield: Neil Young.
A CSNY estreou abrindo um show da Joni Mitchell e dois dias depois se apresentou no festival de Woodstock. Mitchell também iria tocar lá mas seu empresário achou por bem desistir. No entanto, ela compôs uma música sobre o evento que se tornou um hino da contracultura justamente nas vozes da CSNY.
"Woodstock" é a faixa 5 do primeiro álbum da CSNY, que consumiu quase 800 horas de estúdio. O clima entre eles nunca foi dos melhores porque todos tinham as mesmas funções, mas estava especialmente ruim para Crosby porque sua namorada havia morrido num acidente. Portanto, o clima de Déjà vu é bem diferente do da CSN. É diferente também por causa da pegada roqueira do Neil Young, muito embora ele tenha sido simplesmente apagado de algumas canções. E aí já começaram os atritos, com um criticando o trabalho do outro. 
Não obstante, Déjà vu tem cinco músicas que são consideradas perfeitas: Carry On, Teach Your Children, Helpless, Woodstock e Country Girl. Quantos discos tem isso? E o disco vai atravessando 50 anos sem criar ferrugem. Como cantou Neil Young: é melhor se queimar do que enferrujar.




David Crosby - vocal, guitarra rítmica
Stephen Stills – vocal, violão, teclados, guitarra, percussão
Graham Nash – vocal, teclados, guitarra rítmica, percussão
Neil Young – vocal, guitarra, violão, teclados, harmônica
com:
Jerry Garcia (Grateful Dead) - steel guitar (2)
John Sebastian (Lovin' Spoonful) - gaita (1)
Greg Reeves - baixo
Dallas Taylor (Manassas) - bateria, percussão




1   Carry On
2   Teach Your Children
3   Almost Cut My Hair
4   Helpless
5   Woodstock
6   Déjà Vu
7   Our House
8   4 + 20
9   Country Girl
    a) Whiskey Boot Hill
    b) Down, Down, Down
    c) Country Girl (I Think You're Pretty)
10 Everybody I Love You

quinta-feira, 18 de julho de 2019

CSNY - Looking Forward (1999)







Looking Forward é o terceiro disco de estúdio da CSNY. Os quatro haviam se separado em 1971 depois de muitas brigas. Houve algumas tentativas de reunião mas os caras não se suportavam por muito tempo. Em 1982 David Crosby foi preso por posse de drogas e porte ilegal de arma. Young prometeu-lhe que se conseguisse se livrar das drogas, ele reuniria a CSNY novamente. Então, em 1988, os quatro lançaram o disco American Dream. Ele até que vendeu bem, mas recebeu críticas muito ruins. É que as pessoas olham para o passado para fazer as comparações, e lá só havia o icônico Déjà vu. 
O título Looking Forward talvez tenha sido uma cutucada. Ele foi gravado ao longo de três anos e as músicas não foram compostas em conjunto. Mesmo individualmente, poucos são os que tem habilidade para escrever melodias tão belas e letras tão cheias de significado. Em conjunto, só eles tem a habilidade de fazer harmonias vocais tão inspiradoras.




David Crosby - vocal, guitarra, violão
Stephen Stills - vocal, guitarra, Hammond B-3, baixo, percussão
Graham Nash - vocal, violão
Neil Young - vocal, guitarra, harmônica, celeste
com:
Joe Vitale (Buffalo Springfield) - bateria, Hammond B-3
Michael Finnigan - Hammond B-3 (3, 4, 8, 11)
Spooner Oldham - teclados (6, 11), órgão a ar (harmonium) (2)
Ben Keith - pedal steel
Denny Sarokin - guitarra (12)
Snuffy Garrett - guitarra (12)
James Raymond - piano (4, 7)
Craig Doerge - teclados (12)
Donald "Duck" Dunn (Booker T & The MG's, ...) - baixo
Gerald Johnson - baixo (4)
James "Hutch" Hutchinson - baixo (7)
Bob Glaub - baixo (12)
Jim Keltner (Clapton, ...) - bateria (2, 6, 9)
Luis Conte - percussão
Alex Acuña - percussão (1)
Joe Lala - congas (1)
Lenny Castro - percussão (4)
Vince Charles - percussão (12)




1   Faith In Me
2   Looking Forward
3   Stand And Be Counted
4   Heartland
5   Seen Enough
6   Slowpoke
7   Dream For Him
8   No Tears Left
9   Out Of Control
10 Someday Soon
11 Queen Of Them All
12 Sanibel


terça-feira, 16 de julho de 2019

Crosby, Stills, Nash & Young - So Far (1974)







So Far é uma coletânea, mas como foi lançada em 1974 e tinha ilustração de Joni Mitchell na capa, muita gente na época pensou que se tratava de um novo álbum. Só que em 74 a CSNY já não existia mais há um bom tempo.
Em 1969 Crosby, Stills & Nash lançaram seu primeiro disco e no mesmo ano Neil Young se juntou a eles. No ano seguinte lançaram Déjà vu. O álbum chegou ao primeiro lugar nas paradas mas com tantos egos envolvidos as brigas foram ficando mais frequentes e feias, até se separarem em 1971.
Esta coletânea então reúne o melhor da CSN e o melhor da CSNY, mais duas faixas que só haviam saído em single. E são essas duas faixas que tornam esse disco especial. A primeira é "Ohio". Ela foi composta por Neil Young em 15 minutos, após Crosby lhe mostrar uma reportagem sobre a morte de quatro estudantes pela Guarda Nacional durante um protesto numa universidade — também houve nove feridos. O protesto era sobre os mais de 40 mil soldados mortos no Vietnam. "Ohio" é uma das mais importantes canções de protesto já feitas. Crosby telefonou para Nash dizendo: Você não vai acreditar na música que o Neil acabou de escrever! No dia seguinte foram gravá-la e se deram conta de que não tinham um lado B. Aí entrou a segunda faixa que é "Find The Cost Of Freedom", uma composição de Stills que tem apenas quatro versos mas tem um significado complexo. Ela é um hino para aqueles mais de 40 mil soldados mortos.




David Crosby - vocal, guitarra rítmica, violão
Stephen Stills - vocal, guitarra, violão, piano, órgão, baixo
Graham Nash - vocal, piano, violão, pandeiro
Neil Young - vocal, violão, guitarra
com:
Greg Reeves - baixo (7, 8 , 9)
Calvin "Fuzzy" Samuels - baixo (5)
Dallas Taylor - bateria (1, 3, 7, 8, 9, 11)
Johnny Barbata (Jefferson Airplane) - bateria (5)
John Sebastian (Lovin' Spoonful) - harmonica (1)
Jerry Garcia (Grateful Dead) - pedal steel (4)




1   Déjà Vu
2   Helplessly Hoping
3   Wooden Ships
4   Teach Your Children
5   Ohio
6   Find The Cost Of Freedom
7   Woodstock
8   Our House
9   Helpless
10 Guinnevere
11 Suite: Judy Blue Eyes

sábado, 13 de julho de 2019

Neil Young & Crazy Horse - Weld (1991)







Bem, hoje é o tal "Dia Internacional do Rock". Se alguém pedisse minha opinião, eu mudaria pra "Dia do Neil Young". Ninguém é mais "rock" que Neil Young. Neil Young é "o Rock". Como se não bastasse, ele está casado com a atriz Daryl Hannah. Fala sério, é "o Rock" ou não é?
O set list de Weld parece-se com o do álbum Live Rust, de 1979. Mas ao contrário de Live Rust, Weld é totalmente elétrico, altamente alto e carregado de distorção. Rock!




Neil Young - guitarra, vocal
Frank 'Poncho' Sampedro - guitarra, sintetizador Univox Stringman, vocal
Billy Talbot - baixo, vocal
Ralph Molina - bateria, vocal




CD 1
1 Hey Hey, My My (Into The Black)
2 Crime In The City
3 Blowin' In The Wind [Bob Dylan]
4 Welfare Mothers
5 Love To Burn
6 Cinnamon Girl
7 Mansion On The Hill
8 F*!#in' Up

CD 2
1 Cortez The Killer
2 Powderfinger
3 Love And Only Love
4 Rockin' In The Free World
5 Like A Hurricane
6 Farmer John [Dewey Terry, Don "Sugarcane" Harris]
7 Tonight's The Night
8 Roll Another Number

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Townscream - Nagyvárosi Ikonok (1997)







Townscream é um projeto do tecladista da banda After Crying, Csaba Vedres. Vedres é um aficionado por música clássica, como aliás muitos músicos do leste europeu, onde o ensino de música é muito sério. Então ele transforma peças genuinamente clássicas em rock progressivo de altíssimo nível. Os instrumentos servem aos dois gêneros mas há uma bateria, quase sempre ausente na After Crying. O idioma inglês limita-se ao nome da banda; todas as letras são em húngaro. Vedres costuma processar os vocais como num Vocoder e eles se diluem na melodia, não tendo muita importância se as letras são de difícil tradução. De qualquer forma elas estão no folheto e são de autoria de Egervári Gábor, flautista e letrista fundador da After Crying.
Nagyvárosi Ikonok é um discaço.




Csaba Vedres - piano, sintetizadores Korg, vocal
Béla Gál - cello, sintetizador
Péter Ács - baixo
Gábor Baross - bateria

com:
Kristóf Fogolyán - flauta
László Préda - trompete
Pál Makovecz - trombone




1   Nagyvárosi Ikonok I
2   Nagyvárosi Ikonok II
3   Nagyvárosi Ikonok III
4   Nagyvárosi Ikonok IV
5   Minden Nap
6   A Lazarus-ból 
7   Fekete Hangulat
8   Koldus 
9   Íme, Hát Megleltem Hazámat
10 Fgy Szólt A Madár
11 Hajnali Enek
12 Alászálla A Poklokra
13 Az Utolsó Ikon

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Dr. Strangely Strange - Heavy Petting (1970)







Dr. Strangely Strange foi uma banda formada em Dublin em 1967 por Ivan Pawle e Tim Booth. Eles se dedicaram ao folk psicodélico de uma maneira única, muitas vezes quase amadora que produzia erros (não mixados) e muitas improvisações altamente inventivas. 
Esse é o segundo disco da banda e foi gravado em várias sessões entre 1968 e 1970. Nele o som aproxima-se mais do rock do que no álbum anterior pela presença forte do baterista Dave Mattacks e de dois caras da Skid Row: Brush Shields e Gary Moore.
Heavy Petting é um álbum que não soa ligado a nenhum tempo em particular e te leva a outro universo, fundindo idéias e imagens, indo do profundo ao surreal. A música é cheia de reviravoltas e as letras em uma parte são sábias, em outra são absurdas.
Se a arte da capa lhe parece familiar, sim, ela é de Roger Dean, o ilustrador dos discos da Yes. Ela tem mangas que se fecham e só por esse trabalho gráfico o disco já merece estar numa coleção.




Ivan Pawle - órgão, baixo, bandolin, violão, baixo, guitarra,assobio, teclados, harmonium, piano
Tim Booth - banjo, vocal, violão, tecldos, harmonium, guitarra, baixo
Tim Goulding - órgão, baixo, vocal, teclados, violino, piano, fiddle de uma corda, harmonium

com:

Gary Moore - guitarra
Brush Shiels - baixo
Caroline "Linus" Greville - percussão, autoharp, assobio, vocal
Andy Irvine - bandolin
Heather Woods - vocal
Johanna Hudson - harmonium, vocal
Annie Xmas - teclados, vocal
Dave Mattacks (Fairport Convention) - bateria, percussão
Johnny Moynihan - bozouki
Jay Myrdal - glockenspiel




1   Ballad of the Wasps 
2   Summer Breeze 
3   Kilmanoyadd Stomp 
4   I Will Lift up my Eyes 
5   Sign on my Mind
6   Gave my Love an Apple 
7   Jove Was at Home
8   When Adam Delved
9   Ashling
10 Mary Malone of Moscow 
11 Goodnight my Friends 

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Skid Row - Skid (1970)






A Skid Row surgiu em Dublin em 1967 liderada por Brush Shields e Noel Bridgeman. Ela foi a primeira banda profissional do Gary Moore mas passou por outras formações antes que ele entrasse em 1969, aos dezesseis anos de idade.
Ela gravou dois singles e algumas faixas para a BCC enquanto abria shows para diversas bandas. Entre elas estava a Fleetwood Mac. Gary Moore foi profundamente influenciado por Peter Green que, por sua vez, ficou muito impressionado com o talento de Moore e o apresentou à gravadora Columbia. Pelo novo selo saiu um terceiro single e logo depois este primeiro álbum. 
Pela superfície Skid mistura blues-rock, boogie-rock e hard-rock, mas por baixo está uma escrita complicada e fórmulas de compassos irregulares — e isso é coisa prog.
A Skid Row gravou mais um LP e quando o terceiro estava sendo finalizado, Gary Moore saiu.




Gary Moore - guitarra, vocal
Brendan "Brush" Shiels - baixo, vocal
Noel "Nollaig" Bridgeman - baeria, vocal




1 Mad Dog Woman
2 Virgo's Daughter
3 Heading Home Again
4 An Awful Lot of Woman
5 Unco-Up Showband Blues
6 For Those Who Do
7 After I'm Gone
8 Man Who Never Was
9 Felicity

domingo, 7 de julho de 2019

Gary Moore - A Different Beat (1999)







Se os puristas já torciam o nariz para o Gary Moore pelo fato de ter dado muito peso ao blues, imaginem quando ouviram o blues misturado ao big beat, techno e acid house. Eu particularmente gosto muito e tenho respeito por quem se aventura na fusão de gêneros, afinal, tem sido assim que a música tem avançado. Claro que o músico precisa de conhecimento formal e bom gosto, senão o resultado pode ser medonho, ou nem ser música. Não é o caso desse álbum. Na primeira ouvida dá até um choque, mas aí vem o primeiro solo, um slide e, pronto, é Gary Moore e é blues.
Moore convidou Roger King para esse projeto e King é o tecladista que vem acompanhando Steve Hackett desde os anos 90. Antes disso ele foi engenheiro e programador para Snoop Dog e Backstreet Boys.  
Gostem ou não, Gary Moore contribuiu muito para manter o blues vivo, e "A Different Beat" foi mais uma iniciativa nesse sentido. De qualquer forma, Moore é um dos maiores guitarristas que o mundo já viu e, talvez prevendo algumas reações, esbanjou seu talento aqui.




Gary Moore - guitarra, vocal, baixo, teclados
Gary Husband - bateria (3, 4)
Roger King - teclados, programação




1   Go On Home
2   Lost In Your Love
3   Worry No More
4   Fire [Jimi Hendrix]
5   Surrender
6   House Full Of Blues
7   Bring My Baby Back
8   Can't Help Myself
9   Fatboy
10 We Want Love
11 Can't Help Myself (E-Z Rollers Remix)

sábado, 6 de julho de 2019

Luther Allison - Love Me Mama (1969)







Luther Allison chegou em Chicago em 1952 e aprimorou-se na guitarra através dos seus contatos com Freddie King e Hound Dog Taylor. Ele inclusive fazia parte da banda de King quando chamou a atenção de um produtor da gravadora Delmark, que lhe convidou para participar de uma coletânea sobre o novo blues de Chicago, chamada Sweet Home Chicago. Essas gravações o levaram a se apresentar pela Califórnia onde tocou e gravou com Sunnyland Slim e tocou com a Canned Heat. 
Em seguida Luther gravou Love Me Mama, seu primeiro disco. Ele tem influências de B.B. King, Otis Rush e Magic Sam, e tem a participação de um companheiro dos clubes de Chicago: Jimmy Dawkins. O sucesso que o disco fez proporcionou a Luther um contrato melhor com a gravadora Motown.
Mesmo no Universo do blues são poucos os músicos que se comparam a Luther Allison quanto ao sentimento transmitido pelo instrumento e pela voz. Um deles é Buddy Guy.




Luther Allison - guitarra, vocal
Jimmy Dawkins - guitarra (2, 5, 8, 9, 13, 14)
Jim Conley - sax tenor (2, 6, 13, 14)
Robert "Big Mojo" Elem - baixo
Bobby Davis - bateria
Bob Richey - bateria (2, 3, 6, 8, 9, 13, 14)




1   Why I Love The Blues
2   Little Red Rooster
3   4:00 In The Morning (Waiting On You)
4   You Done Lost Your Good Thing (Alt)
5   Five Long Years
6   Dust My Broom
7   Every Night About This Time
8   Love Me Mama
9   The Sky Is Crying
10 Help Me
11 You Done Lost Your Good Thing Now
12 Bloomington Closer
13 Little Red Rooster (Alt)
14 Walking From Door To Door

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Jimmy Dawkins - Fast Fingers (1969)







Jimmy "Fast Fingers" Dawkins nasceu no Mississippi e aprendeu a tocar guitarra sozinho. Sua mãe queria que ele tivesse aulas de piano quando estava numa escola católica, mas ele achava que isso era coisa de gente fresca.
Ele chegou em Chicago no meio dos anos 50. Se apresentou em clubes e acompanhou outros músicos por quase quinze anos. Entre eles estiveram Freddie King, Otis Rush, Earl Hooker, Big Walter Horton e Willie Dixon. Em 1968 ele participou do disco "Chicago Blues" de Johnny Young e esse trabalho lhe abriu as portas. Em 1969 ele gravou este disco de estréia.
Dawkins era bastante introvertido e pessimista, e exorcizava seus demônios através da música, na qual também colocava muita consciência social. Seu estilo de tocar era bastante econômico nas notas, frequentemente na escala menor, com uso de tremolo. Como se vê, ele usava uma Fender Jaguar nessa época. Mais adiante ele mudaria para uma Gibson ES-355 com o Lyre Vibrola. Ambas, ele plugava em Marshalls de 100 watts com falantes Cerwin Vega de 15". Ele tocava com peso, mas com muita emoção.




Jimmy Dawkins - guitarra, vocal
Lafayette Leake - piano, órgão
Mighty Joe Young - guitarra
Edddie Shaw - sax tenor
Ernest Gatewood - baixo (2,3,4,6,9,10) 
Joe Harper - baixo (1,5,7,8,11,12)
Lester Dorsie - bateria




1   It Serves Me Right To Suffer
2   I Wonder Why
3   I'm Good For Nothing
4   Triple Trebles
5   I Finally Learned A Lesson
6   You Got To Keep On Trying
7   Night Rock
8   Little Angel Girl
9   I Don't Know What Love Is
10 Breaking Down
11 Sad And Blues
12 Back Home Blues