quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Dashiell Hedayat - Obsolete (1971)







Esse é quase um álbum da Gong e se realmente fosse estaria entre os melhores. É que a Gong está todinha aqui e o som é uma prévia daquilo que se ouviria no Camembert Electrique mais adiante, no mesmo ano.
Dashiell Hedayat é um poeta e romancista francês que publicou sob diversos pseudônimos. Ele também é um guitarrista e pianista adequado. Já que assina todas as composições, ele é tão Gong quanto os demais, e ainda mais por fazer imprimir na contracapa a recomendação: "Esse disco deve ser tocado o mais alto possível, deve ser ouvido tão drogado quanto impossível e obrigado a todos".
Falando em chapado, faz aí uma ponta o escritor norte-americano William S. Burroughs, um dos gurus da contracultura. Também participa o filho de Robert Wyatt da Soft Machine, ex-banda de Daevid Allen — Sam Wyatt tinha só cinco aninhos.





Dashiell Hedayat - vocal, guitarra solo (1, 4), teclados
Daevid Allen - guitarra
Didier Malherbe sax, flauta, "water music"
Christian Tritsch - baixo, violão
Pip Pyle - bateria, guitarra (4)
Gilli Smyth - voz, space whisper
William S. Burroughs - voz (3)
Sam Wyatt (Robert's son) - voz infantil





Eh, Mushroom, Will You Mush My Room?:
   1 Chrysler 
   2 Fille de L'Ombre 
   3 Long Song for Zelda 
4 Cielo Drive/17 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Gongzilla - Thrive (1996)







Esse é o segundo disco da Gongzilla e o trio central com Lozaga, Rowe e Moerlen permaneceu. De convidados há apenas dois: Gary Husband de longa colaboração com Allan Holdsworth, e o mestre dos loops e samplers de guitarra David Torn.
O som ficou mais pesado, tendendo ao Hard-rock, mas isso expandiu o horizonte da banda — tem um quê de experimental. David Torn tira sons estranhos da guitarra que muitas vezes parece-se com um teclado. Ele usa loopings de 25 anos atrás por considerar os modernos uma involução. Também usa dois amps Fryette, um só para os loops, dando um efeito estéreo.





Bon Lozaga - guitarra, e-bow 
David Torn - guitarra, pedais EFX, loops Lexicon PCM 80 e PCM 42, Oberheim Echoplex Digital Pro
Hansford Rowe - baixos, vocal
Gary Husband - bateria
Benoit Moerlen - vibrafone, xilofone, marimba 





1 Suffer 
2 Say It Loud 
3 Island 
4 Image
5 Shaman
6 Les Vosges
7 Listen To The Wind 
8 Image (Reprise)
9 Console Warmer

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Gong - Expresso II (1978)







Depois de lançado o disco Gazeuze!, a Gong se separou. Pierre Moerlen foi para os Estados Unidos onde conheceu o jovem baixista Hansford Howe. De volta à França eles reuniram os demais músicos para shows em Paris, o que levou a terem sinal verde da gravadora Virgin para um novo disco — e um dos melhores. Mick Taylor participou de uma faixa em troca da participação de Moerlen em três faixas do seu disco solo. Allan Holdsworth deixa sua assinatura absolutamente distinta em quatro faixas, sendo que a 4 é o ponto alto.





Pierre Moerlen - bateria, glockenspiel, xilofone, sinos tubulares, tímpanos, vibrafone
Hansford Rowe - baixo, guitarra rítmica (2, 3)
Mireille Bauer - marimba, vibrafone
Benoit Moerlen - glockenspiel, vibrafone, xilofone, sinos tubulares, percussão
Francois Causse - congas
com:
Allan Holdsworth - guitarra (1,3,4,6)
Mick Taylor - guitarra (1)
Darryl Way - violino (3,5)
Bon Lozaga - guitarra (2,3)





1 Heavy Tune 
2 Golden Dilemma 
3 Sleepy 
4 Soli 
5 Boring
6 Three Blind Mice


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Gongzilla - Suffer (1995)







A Gongzilla foi formada por Bon Lozaga e Hansford Rowe que se conheceram quando participaram da Gong de Pierre Moerlen, de 1978 à 81. Em seus discos eles reforçam a ideia da "família Gong" convidando músicos relacionados com algum ramo dessa árvore genealógica. No caso desse álbum de estréia, o convidado ilustre é Allan Holdsworth, que tocou na Gong nos álbuns Gazeuse!, Expresso II e Time is the Key. O som, claro, é Jazz-rock com muito improviso à la jam bands. E para não ficar só num Nirvana de guitarras, o Benoit Moerlen faz o contra-ponto — porque tem que ser Gong.





Bon Lozaga - guitarra, e-bow
Hansford Rowe - baixos
Benoit Moerlen - vibrafone, marimba
Bobby Thomas (Weather Report) - percussão
Lionel Cordew - bateria (1~4,6~8,11)
com
Allan Holdsworth - guitarra (1,2,6,9)
Vic Stevens - bateria (9,10)
Ben Perowsky - bateria (5)
Samuel Rowe - vocal (10)





1   Gongzilla 
2   Bad Habits 
3   Sing 
4   Gongzilla's Dilemma 
5   Mr. Sinister Minister 
6   Almost You 
7   Mezzanine 
8   Hip-Hopnosis 
9   Allan Qui? 
10 Senna 
11 Camel 

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Toe Fat - Toe Fat (1970)







A Toe Fat uniu alguns membros da banda The Gods, ou sua extensão, Head Machine, ao veterano vocalista Cliff Bennett. Esse é o primeiro dos dois discos dela e é Hard Rock simples e direto, dominado por Ken Hensley nas guitarras e teclados. Metade das músicas são covers e as demais são de Hensley, embora não sejam creditadas a ele por razões que a razão desconhece. 
Eles conseguiram dois bons contratos, um no Reino Unido e outro nos Estados Unidos mas esse disco não empolgou muito na época. A Toe Fat excursionou abrindo os concertos da Derek & the Dominos e ao final Hensley e Kerslake saíram para formar a Uriah Heep.





Cliff Bennett - vocal, piano
Ken Hensley - órgão, piano, guitarra, vocal
John Konas (John Glascock) - baixo, vocal 
Lee Kerslake - bateria, vocal
Mox Gowland - flauta, harmônica


 
 
1   That's My Love for You
2   Bad Side of the Moon (Elton John)  
3   Nobody       
4   The Wherefors and the Whys 
5   But I'm Wrong      
6   Just Like Me    
7   Just Like All the Rest
8   I Can't Believe
9   Working Nights  
10 You Tried to Take It All 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Head Machine - Orgasm (1970)







Head Machine é uma espécie de pré-Uriah Heep. Ela é uma continuação da banda The Gods que Ken Hensley tinha com os irmãos Glascock, Greg Lake, Lee Kerslake e Mick Taylor. Orgasm é o único disco que lançou e deveria ter sido o terceiro da The Gods, mas foi lançado pela nova banda — ao menos no nome. Por alguma razão contratual seus membros usaram pseudônimos e o vocalista Paramor era o produtor da The Gods. Há quem diga que esse é na verdade um álbum solo não-oficial do Hensley, que pelas mesmas razões contratuais não foi assumido como tal. As composições são atribuídas ao Paramor mas parecem conter todo o DNA de Hensley. 
Orgasm é um ótimo exemplo do rock pesado que se seguiu ao psicodélico no final dos anos 60 e início dos 70. 
Quase ao mesmo tempo do seu lançamento esse pessoal integrou a Toe Fat, gravando um disco. Antes do segundo disco, Hensley e Kerslake saíram para formar a Uriah Heep. Mais adiante ainda, John Glascock foi para a Chicken Shack e depois para a Jethro Tull. Seu irmão Brian foi para a Captain Beyond.





Ken Leslie (Ken Hensley) - órgão, piano, guitarra, vocal
David Paramor - vocal
John Leadhen (John Glascock) - baixo, vocal
Brian Poole (Brian Glascock) - bateria
Lee Poole (Lee Kerslake) - bateria
Mike Road - percussão





1 Climax - You Tried To Take It All
2 Make The Feeling Last
3 You Must Come With Me
4 The Girl Who Loved, The Girl Who Loved
5 Orgasm
6 The First Time
7 Scattering Seeds


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ken Hensley - The Wizard's Diary, Volume One (2005)







Ken Hensley é o mago multi-instrumentista dos primeiros e melhores anos da Uriah Heep. Nela ele foi o principal compositor justamente por ser um grande melodista. Ele tocava um modelo bem caro de Hammond B3 e tem tanta importância nesse instrumento quanto todos os grandes tecladistas do rock. Só que ele é frequentemente esquecido, mais até do que a grandiosa Uriah Heep. Pelo seu visual, ele parecia um personagem saído do livro David Copperfield de Charles Dickens, quem sabe o próprio Uriah Heep, o humilde.
Nesse disco ele revisita grandes sucessos da Uriah Heep. Hensley saiu da sua semi-aposentadoria para conhecer os novos estúdios da Sony em Moscou, gostou do que viu e resolveu gravar por lá com músicos russos no apoio.
Os fãs da UH devem ter ficado esperando pelo Volume 2 mas ele ainda não veio.




Ken Hensley - vocal, guitarras, violões, órgão, piano, Minimoog, sintetizadores, percussão
com:
Igor Kozhin  - guitarra
Vadim Nazarov - piano elétrico, piano
Alexey Ostashev - baixo
Andrey Shatunovsky - bateria
Irina Rodilez - backing vocal
Oleg Kozura - backing vocal
Raisa Saed-Shakh - backing vocal
Andrey Kolchugin - backing vocal
Russia Presidential Symphony Orchestra (1,4,9,10)





1   The Wizard (Hensley/Clarke) 
2   Illusion 
3   Circle Of Hands
4   Rain 
5   Weep In Silence (Hensley/Wetton)
6   Feelings 
7   Sweet Freedom 
8   Lady In Black 
9   Free Me 
10 July Morning (Hensley/Byron)
11 Stealin' 
12 Easy Livin'

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Keith Emerson - Emerson Plays Emerson (2002)







Segundo o filho de Emerson, Aaron, esse foi um trabalho de amor do pai. Ele foi composto e gravado aos poucos e em estúdios diferentes. Muito sutil, há um sintetizador aqui e ali, mas o álbum é primordialmente acústico e instrumental. E é dessa forma íntima que melhor se percebe o grande músico que ele foi.





Keith Emerson - piano
Oscar Peterson - piano (21)
Jerry Watts - baixo (21)
Mike Barsimanto - bateria (21)
Rob Statham - baixo (12)
Frank Scully - bateria (12)





1   Vagrant
2   Creole Dance [Alberto Ginastera]
3   Solitudinous
4   Broken Bough
5   A Cajun Alley
6   Prelude To Candice
7   A Blade Of Grass
8   Outgoing Tide
9   Summertime [George Gershwin]
10 Interlude
11 Roll'n Jelly
12 B & W Blues
13 For Kevin
14 The Dreamer
15 Hammer It Out
16 Ballad For A Common Man
17 Barrelhouse Shakedown
18 Nilu's Dream
19 Soulscapes
20 Close To Home
21 Honky Tonk Train Blues [Meade "Lux" Lewis]
22 Medley
    a. Nicola [Steve Race]
    b. Silver Shoes [John Guarnieri]
    c. I'll See You In My Dreams [Kahn, Jones]


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Gordon Giltrap & Rick Wakeman - From Brush & Stone (2009)







O mestre das cordas e o mestre das teclas dividem as composições neste álbum inspirado por pintores e escultores. São músicas instrumentais, delicadas e com uma incrível riqueza de timbres. Essa ideia já havia sido trabalhada por Giltrap em 1987 na sua "The Brotherhood Suite", portanto, cinco das suas sete faixas são variações daqueles temas.





Gordon Giltrap - violão
Rick Wakeman - piano, teclados





1   The Savannah Bird
2   Caesar Augustus
3   The Kiss
4   Hermes
5   The Thinker
6   David
7   The Discus Tower
8   The Last Of England
9   Spring
10 The Death Of Chatterton
11 The Light Of The World
12 Work
13 By Angle Tarn
14 Maddie Goes West

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Keith Jarrett - The Köln Concert (1975)







 Keith Jarrett chegou em Colônia cansado depois de uma longa viagem e há dois dias sem dormir. Os promotores do concerto lhe arrumaram um piano desafinado, com notas baixas fracas e com problemas nos pedais. Convencido a tocar, ele teve uma performance fantástica que se tornou seu álbum mais famoso e o álbum mais vendido da categoria solo piano-jazz. Keith Jarrett não havia escrito uma nota sequer dessas duas peças antes de sentar-se ao piano.





1 Köln, January 24, 1975 Part I
2 Köln, January 24, 1975 Part II a
3 Köln, January 24, 1975 Part II b
4 Köln, January 24, 1975 Part II c


domingo, 10 de fevereiro de 2019

Patrick Moraz - Future Memories I & II (1979 - 1984)







Esse CD reúne dois trabalhos feitos por Moraz para a TV suíça. O primeiro, de 1979, não foi lançado em CD a não ser nessa compilação. Em ambos ele usou um estúdio em Genebra que foi recheado de câmeras para transmissões ao vivo. E a música também foi composta ao vivo e instantaneamente. É um desafio e tanto, mas comum na carreira de Keith Jarrett. Fica a dúvida se é mais complicado ao piano ou com quatro pilhas de teclados.





Patrick Moraz - Yamaha CP70 electric piano, Mellotron M400, ARP Pro Soloist, ARP Sequencer, Moog Polymoog, Roland RE 201...





I, 1979
1   Here Comes Christmas Again ('Et Revoici Noel')
2   Eastern Sundays
3   Metamorphoses (Mvts II & III)
4   Search

II, 1984
5   Heroic Fantasy
6   Video Games (How Basic Can You Get)
7   Satellite
8   Navigators
9   Flippers
10 Pilot's Games
11 Chess

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

The Pretty Things - S.F. Sorrow (1968)







The Pretty Things foi uma banda de R&B ainda mais rebelde, encrenqueira e ultrajante que a The Kinks e os Stones. Na primeira fase da banda o baterista Viv Prince acabou sendo expulso por botar fogo no palco durante uma turnê na Austrália em 1965, e por ter sido jogado para fora de avião, de tão bêbado que estava — acho que o avião estava em solo; não estou certo.
Por essas e muitas outras a banda não era aceita por boa parte do público e nunca alcançou o sucesso que merecia.
Seus dois primeiros álbuns foram basicamente R&B e o terceiro, Emotions, foi um movimento na direção da psicodelia que dominava a cena. Depois dele a banda foi reformulada. Phil May e Dick Taylor trouxeram Twink, Povey e Allen e esse lin-up gravou S.F. Sorrow.
S.F. Sorrow é baseado num conto escrito pelo próprio May, cujo personagem principal tem esse nome, e é considerado a primeira ópera-rock. Esse álbum influenciou Pete Townshend na composição de Tommy. Para a banda ele representou um avanço musical significativo e acabou influenciando outros músicos e grupos, como a Jethro Tull, por exemplo, no seu Aqualung.





Phil May - vocal
Dick Taylor - guitarra, vocal
John Povey - órgão, percussão, sitar, vocal
Wally Allen - baixo, guitarra, sopros, piano
Twink (John Alder) - bateria, vocal





1   S. F. Sorrow Is Born
2   Bracelets Of Fingers
3   She Says Good Morning
4   Private Sorrow
5   Balloon Burning
6   Death
7   Baron Saturday
8   The Journey
9   I See You
10 Well Of Destiny
11 Trust
12 Old Man Going
13 Loneliest Person
Bonus Tracks
14 Defecting Grey
15 Mr. Evasion
16 Talkin' About The Good Times
17 Walking Through My Dreams
18 Private Sorrow (Single Version)
19 Balloon Burning (Single Version)
20 Defecting Grey (Original Mono Acetate Recording)



domingo, 3 de fevereiro de 2019

United Progressive Fraternity - Fall in Love with the World (2014)







UPF é uma continuação da banda australiana Unitopia — quando esta acabou em 2014, alguns de seus membros se juntaram a Guy Manning nesse projeto. 
Dizer que é uma continuação é apropriado e de forma alguma depreciativo, considerando que o ótimo prog da Unitopia se manteve, como também se manteve um dos temas mais abordados por ela: A ecologia.





Mark Trueack (Unitopia) - vocal
Matt Williams (Unitopia) - guitarra, baixo, vocal
Guy Manning (The Tangent) - teclados, guitarras, vocal
Marek Arnold (Stern Meissen, Unitopia) - sax, flauta, piano, vocal
Daniel Mash (Unitopia) - baixo, vocal
David Hopgood (Unitopia) - bateria, vocal
Tim Irrgang (Unitopia) - percussão


com:
Steve Hackett  - guitarra (6)
Jon Anderson - vocal (4)
Steve Unruh - violino (6)
Ian Ritchie - sax, flauta (7)
Guillermo Cides - Chapman stick (4)
Jon Barrett - baixo sem trastes (7)
Holly Trueack - vocal
Brittany Trueack - vocal
Claire Vezina - vocal





1 We Only Get One World (Overture) 
2 Choices 
3 Intersection 
4 The Water
5 Don't Look Back - Turn Left
6 Travelling Man (The Story Of ESHU) 
7 Fall In Love With The World
8 Religion Of War
9 The Water (Alternative Mix)