terça-feira, 30 de abril de 2019

Poços & Nuvens - Clouds on the Road (2012)







Poços & Nuvens foi formada em 1996, no Rio Grande do Sul, com o intuito de misturar o prog à música tradicional gaúcha. Dois anos depois a banda lançou o primeiro disco chamado Ano Veloz Outono Adentro. Em 2002 saiu Província Universo, o segundo. Clouds on the Road é um disco ao vivo com o repertório desses dois discos gravado em 2005. Como se vê, a vida de uma banda prog no Brasil não é fácil — sete anos pra lançar um disco que é excelente. A própria banda fez algumas pausas.
Ela diz que suas principais influências são a Yes e a Djam Karet, mas ouve-se elementos da Camel, Jetro Tull e PFM também. O foco é a parte instrumental que usa uma maior variedade de instrumentos e tem muitas variações de ritmo e estrutura. As letras foram escritas em português, apesar do título do disco.
Poços & Nuvens é uma grande banda, uma das nossas melhores prog. Seus discos podem ser comprados no site da Rock Symphony.




Gérson Werlang - guitarra,violão, voz, efeitos 
Sávio Werlang - teclados, acordeon, voz
Edgar Sleifer - guitarras, flauta, vocal 
Iva Giracca - violino, voz
Chico Gonçalves - baixo, voz
Rodrigo Bernardon - bateria, percussão




1   Vega 
2   Vindima E Ventania 
3   Copla 
4   Balada Outonal 
5   A Sagração Do Outono 
6   Amanhecer 
7   Dança Ao Crepúsculo 
8   Milonguita 
9   Incenso E Chuva 
10 No Inverno 
11 Todas As Estações
12 Geração Perdida 
13 Poços E Nuvens 



sexta-feira, 26 de abril de 2019

Roine Stolt - Wall Street Voodoo (2005)







Roine Stolt é um veterano da cena prog sueca. Seus talentos são de produtor, engenheiro, compositor, tecladista, baixista, cantor, mas principalmente um guitarrista muito habilidoso. Ele é um workaholic, atuando em projetos/bandas como Kaipa, TransAtlantic e The Flower Kings. Seu estilo de composição é melódico e sinfônico que parece simples, mas contém arranjos meticulosos e interpretações virtuosas.
Wall Street Voodoo é seu sexto álbum solo e é bastante diferente dos demais e também diferente dos outros projetos. Stolt retorna às suas raízes de blues e do rock clássico, e o CD 2 até tem vapores de jazz numa clara influência de Frank Zappa. Mas a maior diferença é que ele não tem os excessos que todos os outros tem.
O tema são suas perspectivas políticas e sua análise do capitalismo, do dinheiro e da ganância.





Roine Stolt - vocal, guitarras, slide, violões, Mini Moog (2), Echoplex (10), vocoder, glockenspiel (16), percussão
com:
Neal Morse - vocal (2,4,11), backing vocal, Hammond B3 solo (2)
Slim Pothead - piano, Wurlizer, Mini Moog, Hammond B3, Mellotron, Fender Rhodes, eMagic synth (6), Hohner clavinet (11)
Gonzo Geffen (The Flower Kings) - Moog, Yamaha CS80 sequencing (8,13), percussão (2, 8,11), loops (12,13), eMagic synth (13)
Hasse Bruniusson (Samla Mammas Manna) - percussão (4,14), marimba (7)
Oil Dollar Horns - trombone, trompa francêsa (12)
Grandmother Strings - violino, viola (12)
Victor Woof - baixos, Moogbass (3,7,9,10), backing vocal 
Marcus Liliequist - bateria, percussão




CD 1
1 The Observer 
2 Head Above Water 
3 Dirt
4 Everyone Wants To Rule The World 
5 Spirit Of The Rebel 
6 Unforgiven
7 Dog With A Million Bones
8 Sex Kills 
9 Outcast 


CD 2
10 The Unwanted
11 Remember 
12 It's All About Money 
13 Everybody Is Trying To Sell You Something
14 Hotrod (The Atomic Wrestler)
15 Mercy
16 People That Have The Power To Shape The Future

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Captain Beefheart & His Magic Band - Trout Mask Replica (1969)







O DJ John Peel, que sabia um bocado sobre música, vaticinou que esse disco era o único que poderia ser chamado de uma obra de arte e reconhecido como tal por praticantes de outros tipos de arte. Único isso, único aquilo, alguns críticos afirmam que ele é o mais legítimo representante do dadaísmo na música, ou seja, contestador, controverso, concebido para chocar e composto ao acaso.
Trout Mask Replica é o terceiro álbum de Beefheart. Ele tinha reformulado sua banda e reencontrou seu amigo de escola Frank Zappa, que na época estava ocupado em criar seu próprio selo chamado Straight. Zappa quis produzí-lo e lhe prometeu total liberdade para criar. O resultado não poderia ser menos bizarro. A banda gravou a música em quatro horas e adicionou as letras em mais quatro horas e meia, sem ouvir a música. Beefheart apresentou a eles figuras e desenhos daquilo que esperava que as músicas suscitassem. Muitas delas não tem propriamente uma forma, mas longe de serem espontâneas, elas foram ensaiadas ao ponto da obsessão.
O álbum se tornou um clássico underground daqueles que se ama, ou se odeia. Só não se deve decidir na primeira audição. Nem na segunda.




Captain Beefheart - clarinete baixo, sax tenor, sax soprano, vocal, trompa (20), musette (20)
The Mascara Snake (Victor Hayden) - clarinete baixo, vocal
Zoot Horn Rollo (William Earl Harkleroad) - guitarra slide (vidro), flauta
Antennae Jimmy Semens (Jeff Cotton) - guitarra slide (aço), efeitos (4), vocal (15)
Doug Moon - guitarra (11)
Rockette Morton (Mark Boston) - baixo, narrador
Drumbo (John Stephen French) - bateria
com:
Frank Zappa - voz (15, 25), produção
Gary Marker - baixo (6, 28)
Roy Estrada (Zappa) - baixo (25)
Arthur Tripp III (Zappa) - bateria (25)
Don Preston (Zappa) - piano (25)
Ian Underwood (Zappa) - sax tenor e alto (25)
Bunk Gardner (Zappa) - sax tenor e alto (25)
Buzz Gardner (Zappa) - trompete (25)




1   Frownland
2   The Dust Blows Forward 'N The Dust Blows Back
3   Dachau Blues
4   Ella Guru
5   Hair Pie: Bake 1
6   Moonlight On Vermont
7   Pachuco Cadaver
8   Bills Corpse
9   Sweet Sweet Bulbs
10 Neon Meate Dream Of A Octafish
11 China Pig
12 My Human Gets Me Blues
13 Dali's Car
14 Hair Pie: Bake 2
15 Pena
16 Well
17 When Big Joan Sets Up
18 Fallin' Ditch
19 Sugar 'N Spikes
20 Ant Man Bee
21 Orange Claw Hammer
22 Wild Life
23 She's Too Much For My Mirror
24 Hobo Chang Ba
25 The Blimp (Mousetrapreplica)
26 Steal Softly Thru Snow
27 Old Fart At Play
28 Veteran's Day Poppy

terça-feira, 23 de abril de 2019

Coupla Prog - Death Is A Great Gambler (1970 - 72)






Coupla Prog foi uma contradição. A despeito de ser uma ótima banda, nunca conseguiu um contrato para gravar. Mas mesmo sem ter um contrato com uma gravadora e um álbum para divulgar, ela foi agraciada com três sessões exclusivas na rádio SWF, a segunda maior emissora da Alemanha, e famosa por receber em seus estúdios os maiores nomes da música.
A Coupla Prog surgiu em 1969 na cidade de Baden-Baden, onde há uma das sedes da SWF. Os caras foram habilidosos ao criar um som que incluía as raízes do blues-rock britânico, boas doses de música clássica e rock psicodélico e space-rock. Então a música ficou mais acessível que a da maioria das bandas do krautrock, muito experimental. Como era dominada pelo órgão, a comparação com a Vanilla Fudge é inevitável.
Três sessões na SWF para três anos de vida é um feito e tanto, e esses são os únicos registros da Coupla Prog. O primeiro chama-se Sprite. O segundo é mais complexo e chama-se Edmundo Lopez, uma grande suíte sobre a vida de um soldado. Death Is A Great Gambler é a derradeira sessão, gravada na sua maior parte após a morte do guitarrista Rolf Peters por overdose — o título é uma referência a isso — e com um novo baterista. E é o trabalho mais elogiado. 
Resta destacar que todas essas sessões foram ao vivo, sem a possibilidade de edição e correção de erros. 




Wolfgang Schindhelm - órgão, piano ,vocal
Rolf Peters - guitarra, vocal (5, 6)
Walter Kümmich - guitarra
Reiner Niketta - baixo, órgão, piano, vocal
Hubert Donauer - bateria (5, 6)
Reinhold Hirt - bateria




1 Chandra
2 That's The Way It Goes
3 Tochter Im Delirium / Daughter's Delirium
4 Death Is A Great Gambler But If I Win, Finally I Can Die
5 Your Time Has Come
6 Season Of The Witch [Donovan]

sábado, 20 de abril de 2019

Bill Evans - New Jazz Conceptions (1956)







New Jazz Conceptions é o álbum de estréia de Bill Evans como líder. Antes ele era apenas conhecido do público mais íntimo do jazz. Tocou com o clarinetista Tony Scott e brevemente com Thelonious Monk. Mas um dia Miles Davis foi vê-lo tocar no Village Vanguard. Com o lançamento desse disco, Evans tornou-se uma sensação e um ano após ele estava no sexteto de Miles Davis.
New Jazz Conceptions é um marco na história do jazz, muito embora nem seja um dos discos mais celebrados de Evans. A partir dele, todos queriam tocar como Evans — sua harmonia impressionista, suas melodias cantadas e seu ritmo, que davam uma interpretação única até a standards do jazz.




Bill Evans - piano
Teddy Kotick - baixo
Paul Motian - bateria 




1   I Love You [Cole Porter]
2   Five
3   I Got It Bad And That Ain't Good [Duke Ellington]
4   Conception [George Shearing]
5   Easy Living [Robin, Rainger]
6   Displacement
7   Speak Low [Kurt Weill]
8   Waltz For Debby
9   Our Delight [Tadd Dameron]
10 My Romance [Hart/Rodgers]
11 No Cover, No Minimum (Take 1)
12 No Cover, No Minimum (Album version - take 2)

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Brainticket - Cottonwood Hill (1971)







Alguns colocam esse disco como sendo o de estréia da banda suíça Brainticket, outros como o segundo. Há uma confusão de datas e isso não importa muito.
Alguns também dizem que esse é o álbum mais psicodélico de todos os tempos. Talvez. A verdade é que se alguém quiser deixar seus vizinhos doidos, esse é o álbum certo. Ele é estridente, cheio de colagens e efeitos improvisados. A suíte Brainticket é baseada num riff de órgão distorcido, tema que é insistentemente repetido. A vocalista, se é que se pode chamar assim, dá a impressão de ter ingerido toda a tabela periódica.
Deve-se ouví-lo com certa cautela para não entrar demais no clima, principalmente quem estiver num andar mais alto.
Werni Fröhlich e Cosimo Lampis saíram para formar a Toad.
O guitarrista inglês Ron Bryer infelizmente faleceu em 1973.




Joel Vandroogenbroeck - órgão, flauta, vocal
Ron Bryer - guitarra
Werni Fröhlich - baixo
Cosimo Lampis - bateria
Dawn Muir - voz
Wolfgang Paap - tabla




1 Black Sand
2 Places Of Light
3 Brainticket, Part I
4 Brainticket, Part I - Conclusion
5 Brainticket, Part II

terça-feira, 16 de abril de 2019

Toad - Toad (1971)







Tem pipocado muitas bandas por aí querendo fazer um revival daquele rock do início dos anos 70. O melhor que conseguem ser é uma cópia em papel carbono já meio usado. Que continuem tentando — longe de mim desestimular. Só que ainda existem muitas bandas daquela época para serem descobertas. A Toad é uma delas. Ela foi uma reunião de músicos suíços e alemães que incluiu a sessão rítmica da banda Brainticket. E era uma senhora cozinha — Werner Froehlich, ou Werni Fröhlich, era um ótimo baixista.
O som da Toad passeia entre o blues-rock, hard e heavy psych. Pode ser comparada à Cream, só que sob medicação mais pesada. 
O engenheiro desse primeiro disco dela é Martin Birch, o mesmo da Deep Purple.




Vittorio "Vic" Vergeat - guitarra, piano
Benny Jäger - vocal
Werner Froehlich - baixo
Cosimo Lampis - bateria, percussão




1 Cotton Wood Hill
2 A Life That Ain't Worth Living
3 Tank
4 They Say I'm Mad
5 Life Goes On
6 Pig's Walk
7 The One I Mean
8 Stay

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Birth Control - Birth Control (1970)






A Birth Control foi uma das primeiras bandas de rock da Alemanha. Seu nome foi escolhido para ser um ataque à campanha contra o controle de natalidade do Papa Paulo VI. Era uma banda estudantil que não se mantinha estável por conta do serviço militar e pelas diferenças ideológicas entre os membros. Quando conseguiram gravar o primeiro single, apenas dois dos membros originais permaneciam.
Nessa época seu som era uma mistura de influências das quais se destacavam a The Nice e a The Doors — e aí está um cover de Light My Fire. Mas também há traços da Deep Purple e da Vanilla Fudge. Isso não quer dizer que seu som não era original, muito pelo contrário. Eles eram bastante criativos e muito progressivos, à sua própria maneira. 
Esse é o seu álbum de estréia e traz basicamente um hard-rock com uso extensivo do órgão. Frenzel e Noske se revezam nos vocais com timbres bem distintos.




Bruno Frenzel - guitarra, vocal
Reinhold Sobotta - órgão
Bernd Koschmidder - baixo
Bernd "Nossi" Noske - bateria, vocal




1   No Drugs
2   Recollection
3   Deep Inside
4   Foolish Action
5   Sundown
6   Change Of Mind
7   Light My Fire
Bonus:
8   No Drugs (Mono Single Mix)
9   All I Want Is You
Special Bonus, First Single:
10 October
11 Freedom

sexta-feira, 12 de abril de 2019

The Edgar Broughton Band - Demons At The Beeb (1969-1976)







Esse disco apresenta a Edgar Broughton Band soltando seus demônios na BBC. As duas primeiras faixas foram gravadas para o programa Top Gear (nada a ver com carros) e foram as primeiras gravações da banda, em 1969. As demais são do programa Live In Concert de 1972, menos a última faixa que é de estúdio, em 1976. Ele também mostra a evolução de uma das bandas mais viscerais do seu tempo, indo do blues psicodélico ao boogie blues-rock e o folk-blues.




Edgar Broughton - guitarra, vocal
Victor Unitt - guitarra, vocal
Arthur Grant - baixo, vocal
Steve Broughton - bateria




1   For What You Are About To Receive
2   Why Can't Somebody Love Me?
3   Side By Side
4   Call Me A Liar
5   Poppy
6   The Rake
7   Gone Blue
8   Chilly Morning Momma
9   I Got Mad (Sole Dad)
10 And It's Not You
11 Out Demons Out
12 The Actor

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Arthur Lee - Vindicator (1972)







Esse é o primeiro disco solo do líder da banda californiana Love e seu som tem pouco a ver com o dela. Lee estava cansado daquilo e decidiu desmanchar a banda e procurar suas raízes; daí o título Vindicator. Essas raízes estavam no blues e no R&B. Misturadas à bagagem psicodélica dele, saiu um ótimo boogie-blues-rock com muita vontade de ser hard-rock. Se a Love não dava muito espaço para as guitarras, aqui ele tirou o atraso, em muito inspirado pelo amigo Jimi Hendrix.




Arthur Lee - vocal, guitarra rítmica, piano (8)
Charles Karp - guitarra (1, 3, 5 to 9, 12)
Craig Tarwater - guitarra (4, 10, 11)
David Hull - baixo (1, 3, 5 to 9, 12)
Frank Fayad - baixo (4, 10, 11)
Don Poncher - bateria
com
Clarence McDonald - órgão (4)




1   Sad Song
2   You Can Save Up To 50% But You're Still A Long Ways From Home
3   Love Jumped Through My Window
4   Find Somebody
5   He Said She Said
6   Every Time I Look Up I'm Down Or White Dog (I Don't Know What That Means !)
7   Everbody's Gotta Live
8   You Want Change For Your Re-Run
9   He Knows A Lot Of Good Women (Or Scotty's Song)
10 Hamburger Breath Stinkfinger
11 Ol' Morgue Mouth
12 Busted Feet
13 Everbody's Gotta Live (Previously Unreleased Version)
14 He Knows A Lot Of Good Women (Previously Unreleased Version)
15 Pencil In Hand (Early Version Of 'He Said She Said')
16 E-Z Rider (Previously Unreleased, A Jimi Hendrix Song)
17 Looking Glass Looking At Me (Early Version Of 'You Want Change For Your Re-Run')


sábado, 6 de abril de 2019

Genesis - Seconds Out (1977)







Genesis foi o segundo grande nome do rock progressivo a se apresentar no Brasil e apenas o quarto grande nome do rock a fazê-lo — antes vieram Santana, Alice Cooper e Rick Wakeman. E foi com essa mesma turnê do álbum Seconds Out. Só não veio com o Bill Bruford porque a participação dele na faixa The Musical Box havia sido gravada na turnê anterior, de 1976. 

Seconds Out foi gravado em Paris em 1976 e 1977 e seu principal objetivo foi mostrar que a banda continuava tão boa quanto nos tempos de Peter Gabriel. Chester Thompson havia feito fama com Frank Zappa e na Weather Report e foi um substituto à altura de Collins, que ao vivo se dedicava quase exclusivamente aos vocais.
Mas essa motivação para lançá-lo mostrou uma banda muito preocupada com o mercado e isso teve consequências boas e más. Uma boa é que as turnês lotavam e uma má é que Steve Hackett começou a ter suas idéias rejeitadas. Uns dizem que os outros três tinham certa inveja do estilo elaborado das contribuições dele, outros dizem que era preciso sobreviver ao punk e esse estilo não caberia. Enfim, descontente, Hackett saiu quando a turnê terminou e depois de finalizarem o disco Wind & Wuthering. E para muitos esse foi o fim da Genesis. 
Mas Seconds Out permaneceu como o registro de uma banda bestial no palco. Ele é um dos melhores discos ao vivo já feitos.
Está rolando por aqui o festival Loirapeluuda e eu andei vendo uns flashes. Nessas horas fico feliz com a idade que tenho.




Phil Collins - vocal, bateria (Premier & Gretsch) 
Steve Hackett - guitarra Les Paul, violão Hokada 12
Tony Banks - Piano Rmi Electric, órgão Hammond, Arp Pro Soloist, Mellotron, violão Epiphone 12, backing vocal
Mike Rutherford - baixo 8 cordas, violão Alvarez 12, Shergold 12 com baixo, pedal Moog Taurus, backing vocal
Chester Thompson - bateria Pearl
Bill Bruford - bateria (Ludwig & Hayman) (8)




CD 1
1 Squonk
2 The Carpet Crawl
3 Robbery, Assault & Battery
4 Afterglow
5 Firth Of Fifth
6 I Know What I Like
7 The Lamb Lies Down On Broadway
8 The Musical Box (Closing Section)

CD 2
1 Supper's Ready
2 Cinema Show
3 Dance On A Volcano
4 Los Endos

quinta-feira, 4 de abril de 2019

The Derek Trucks Band - Songlines (2006)







Derek Trucks já se declarou um grande fã de Roland Kirk. Ele compara Kirk à Hendrix, naquele aspecto em que ambos queriam quebrar as regras e simplesmente tocar música. Trucks é um pouco assim, vai ao jazz, volta ao blues, mistura ao rock — southern rock.
Esse disco tem esse espírito. Ele foi inspirado por um livro sobre povos ancestrais europeus que se comunicavam por música. A banda também é eclética e das mais competentes, que enxerga a música como uma arte em si, deixando de lado os rótulos.




Derek Trucks - guitarra, ressonador Dobro
Kofi Burbridge - teclados, flauta, vocal
Mike Mattison - vocal
Todd Smallie - baixo, vocal
Yonrico Scott - bateria, percussão, vocal
Count M'Butu - percussão




1   Volunteered Slavery [Rahsaan Roland Kirk]
2   I'll Find My Way
3   Crow Jane
4   Sahib Teri Bandi/Maki Madni [Nusrat Fateh Ali Khan]
5   Chevrolet [Ed Young, Lonnie Young]
6   Sailing On [Frederick Hibbert]
7   Revolution [Jay Joyce]
8   I'd Rather Be Blind, Crippled & Crazy [Charles Hodges, Darryl Carter, Don Robey]
9   All I Do
10 Mahjoun
11 I Wish I Knew (How It Would Feel To Be Free) [Billy Taylor, Dick Dallas]
12 This Sky

terça-feira, 2 de abril de 2019

Roland Kirk - I Talk With The Spirits (1964)







Rahssan Roland Kirk ficou cego aos dois anos de idade e, portanto, talvez não soubesse o impacto visual que ele causava nas plateias. Usava um chapéu enorme, óculos escuros e três saxofones, uma flauta, um clarinete, um apito e uma sirene pendurados no pescoço, que ele tocava aos pares, ou até três ao mesmo tempo, por 10, 20 minutos, graças a sua respiração circular. Ou talvez soubesse, e gostasse. De qualquer forma, isso o diferenciou de todos. Mas havia um porém: o perigo de as pessoas curtirem mais o espetáculo do que a música. 
Ele pode ter tido isso em mente quando decidiu gravar I Talk With The Spirits. Aqui ele usa apenas flautas. Nem mesmo um sax tenor, seu instrumento mais presente. E se havia alguma preocupação com o alcance das suas músicas, bem, ele influenciou gerações.
Um fato interessante sobre este disco é que o jovem Ian Anderson andava meio deprimido porque percebera que nunca seria um guitarrista tão bom como Clapton ou Peter Green. A Jethro Tull estava no início e um dia Anderson pegou sua flauta durante um show local. Então seu colega de escola Jeffery Hammond — futuro baixista da Tull — deu-lhe I Talk With The Spirits dizendo: Esse você precisa ouvir. Nele, Kirk coloca sua voz através da flauta, bem do jeito que Anderson faz. Além disso afirmou que o instrumento pode ser o destaque, mesmo numa banda de rock. A faixa Serenade To A Cuckoo faz parte do álbum de estréia da Jethro Tull, This Was.


Roland Kirk - flauta, flauta amplificada, flauta africana, voz
Horace Parlan - piano, celeste
Michael Fleming - baixo
Walter Perkins - bateria, percussão
Crystal-Joy Albert - vocal (1, 7)
Vibraphone – Bobby Moses - vibrafone (5)




1   Serenade To A Cuckoo
2   Medley
     a. We'll Be Together Again
     b. People (From "Funny Girl")
3   A Quote From Clifford Brown
4   Trees
5   Fugue'n And Alludin'
6   The Business Ain't Nothin' But The Blues
7   I Talk With The Spirits
8   Ruined Castles
9   Django
10 My Ship (From "Lady In The Dark")

segunda-feira, 1 de abril de 2019

John Mayall - The Blues Alone (1967)







The Blues Alone foi o terceiro disco que Mayall lançou em 1967. Também foi o segundo e último disco de estúdio a contar com Keef Hartley na bateria. E só ele.
Mayall estava com dificuldades para renovar sua Bluesbreakers e decidiu fazer um álbum absolutamente solo. Ele toca tudo e gravou em overdubs. O problema é que a coisa fica bem engessada. Mas, como Mayall sempre foi bastante rígido quanto ao espaço dos seus músicos, isso é coisa que passa despercebida e o disco é muito bom.
Apesar de rígido, Mayall tinha um lado amigão e incentivou Keef Hartley a montar sua própria banda.




John Mayall - vocal, guitarras, violões, harmônica, piano, órgão, celeste (9), batreia (1, 5)
Keef Hartley - bateria




1   The Blues Alone
2   Please Don't Tell
3   Down The Line
4   Sonny Boy Blow
5   Marsha's Mood
6   No More Tears
7   Catch That Train
8   Cancelling Out
9   Harp Man
10 Brown Sugar
11 Broken Wings
12 Don't Kick Me