quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Billy Cobham - Spectrum (1973)





O primeiro disco solo do Cobham, logo após a Mahavishnu, é um clássico irretocável. A influência da Mahavishnu está aí bem como seu tecladista, porém Cobham deixa de lado a espiritualidade e a complexidade em favor de suas raízes latinas e do seu interesse pelo funk e pelo rock. Nada mais rock, então, do que o encapetado guitarrista Tommy Bolin conversando com Jan Hammer, que acertava os timbres dos Moogs para soarem como guitarras. Spectrum é um disco essencial no gênero e um marco de uma época em que músicos tinham talento e liberdade para experimentar. 




 Billy Cobham -bateria 
Tommy Bolin -guitarra 
Jan Hammer -piano elétrico,Moogs,teclados 
Lee Sklar -baixo 
Ron Carter -baixo acústico 
Joe Farrell -flauta,sax 
Jimmy Owens -trompete 
John Tropea -guitarra 
Ray Barretto -percussão 



1 Quadrant 4  
2 Searching For The Right Door 
3 Spectrum 
4 Anxiety 
5 Taurian Matador 
6 Stratus 
7 To The Women In My Life 
8 Le Lis 
9 Snoopy's Search 
10 Red Baron 
11 All 4 One (Out-take)

Alice Cooper - Love It to Death (1971)



"Love It..." é o terceiro disco — e o primeiro grande sucesso — da banda Alice Cooper. É, no início era uma banda que tinha um vocalista chamado Vincent. Aliás, no início mesmo, eles se chamavam "Earwigs", depois Spiders e depois The Nazz. Aí eles descobriram que o Todd Rundgreen já tinha uma banda com esse nome e tiveram que mudar de novo rapidinho. Diz a lenda que o nome Alice Cooper foi dado ao Vincent numa daquelas tábuas com letras ao redor que um fantasminha vem e empurra um ponteiro ou coisa assim — confesso que já tentei fazer isso com um copo mas só bem depois do fracasso é que me avisaram que o copo tinha que estar vazio e de boca prá baixo. Enfim, Vincent seria a reencarnação de uma fulana com esse nome.
A banda gravou uns singles sem muita repercussão e eventualmente acabou conhecendo o Frank Zappa, que gostou deles e os contratou pelo seu sêlo Straight. Zappa se identificou com o estilo altamente teatral deles, toda aquela mise-en-scène baseada em filmes de terror, a violência fake e tal. O som é que era meio desfocado, com elementos psicodélicos e de garage rock. Os dois primeiros LPs também não se saíram muito bem, mas o suficiente para atrair a atenção do produtor da Warner, Bob Ezrin. O cara ajudou a banda a se concentrar em elementos mais pesados, porém muito simples e diretos, que combinavam melhor com as peripécias no palco. Nisso também ele deu um upgrade, botando cadeira elétrica, guilhotina e o falso xixí. Ah, o xixí...O coronel Erasmo Dias, secretário dôce de candura da ditadura, se lembrava bem.
Esse foi um dos poucos casos em que um produtor realmente contribuiu para o som de uma banda. Nessa época, todos os cinco membros participavam das composições e Michael Bruce até tinha mais destaque, muito embora Vincent Furnier já estivesse incorporando o nome Alice Cooper até o dia em que trocou oficialmente.

Alice Cooper -vocal
Michael Bruce -guitarra,teclados
Glen Buxton -guitarra
Dennis Dunaway -baixo
Neal Smith -bateria


1 Caught in a Dream
2 I'm Eighteen
3 Long Way to Go
4 Black Juju
5 Is It My Body
6 Hallowed Be My Name
7 Second Coming
8 Ballad of Dwight Fry
9 Sun Arise