Amon Düül não quer dizer nada, ou é um nada que refere-se a Amon, o deus do Sol. Ao que se sabe, a palavra Düül estava num disco que os caras que fundaram a banda curtiam muito, mas não tem um significado. E no início nem mesmo uma banda ela era, e sim uma comunidade artística muito mais voltada para a militância política e pegação...digo, pregação do amor livre e das drogas idem. Só que entre eles havia músicos muito competentes que ficaram de saco cheio e decidiram fazer música. A ruptura se deu no Festival Essener Songtage de 1968, em Essen, e foi comandada pelo multi-instrumentista Chris Karrer. Dessa forma, duas bandas se apresentaram. A AD II seguiu atraindo inúmeros músicos do primeiro time do rock e do jazz como Christian Burchard, Edgar Hofmann e Dieter Serfas da Embryo, e Holger Trülzsch da Popol Vuh — era uma porta giratória com gente entrando e saindo, mas mantendo um núcleo mais ou menos estável de seis membros. Esse é o primeiro disco e o som é tão provocativo quanto seu título. Foi inovativo, construído sobre a psicodelia mas com estruturas bizarras e um tom operístico. A longa faixa título, por exemplo, tem improvisações complexas que vão muito adiante do que Pink Floyd e Hawkwind conseguiram. Amon Düül II está nos alicerces do krautrock.
Peter Leopold -bateria,percussão,piano
Renate Knaup -vocal,percussão
John Weinzierl -baixo,guitarra
Chris Karrer -violino,guitarra,sax,vocal
Falk Rogner -órgão,sintetizadores
Dave Anderson -baixo
Dieter Serfas -bateria,percussão eletrificada
com
Holger Trützsch -percussão turca
Christian Burchard -vibrafone
1 Kanaan
2 Dem Guten, Schönen, Wahren
3 Luzifers Ghilom
4 Henriette Krötenschwanz
5 Phallus Dei
6 Freak Out Requiem I
7 Freak Out Requiem II
8 Freak Out Requiem III
9 Freak Out Requiem IV
10 Cymbals in the End