terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Matthews Southern Comfort - Later That Same Year (1970)





Ian Matthews foi o primeiro vocalista e um dos compositores da banda Fairport Convention. Ele gravou dois discos com ela, incluindo o clássico What We Did On Our Holidays. Seu verdadeiro nome era Ian Matthews MacDonald, que ele decidiu encurtar para não ser confundido com o Ian MacDonald da King Crimsom. Mais adiante ele mudou seu primeiro nome para Iain, numa alusão às suas origens celtas. Apesar dessas origens, ele desejava explorar o folk americano enquanto a Fairport voltava-se mais para as tradições britânicas; por isso ele saiu durante as gravações do disco Unhalfbricking. Ele lançou seu álbum solo chamado Matthews Southern Comfort pelo selo MCA e com a participação de alguns membros da Fairport. Então, seis meses depois, Ian montou sua banda com o mesmo nome e lançou dois discos, dos quais este é o primeiro. A faixa Woodstock, que tinha sido um grande sucesso com Crosby, Stills & Nash, atingiu o primeiro lugar no Reino Unido. A banda continuou mesmo após a saída de Matthews, apenas como Southern Comfort e não deve ser confundida com a contemporânea americana, de Big Walter Horton.


Ian Matthews - vocal
Carl Barnwell - guitarra
Mark Griffiths - guitarra
Keith Nelson - banjo
Roger Coulam (Ugly Custard) - piano
Gordon Huntley - violão ressonador de aço
Tristan Fry - vibrafone
Timothy Kraemer - cello
Andy Leigh (Spooky Tooth) - baixo
Ray Duffy - bateria


1  To Love (Carole King)
2  And Me
3  Tell Me Why (Neil Young)
4  Jonah
5  My Lady
6  And When She Smiles
7  Mare Take Me Home
8  Sylvie
9  Brand New Tennessee Waltz 
10 For Melanie
11 Road to Ronderlin
12 Woodstock (Joni Mitchell)
13 The Struggle
14 Parting
15 Scion

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Banco del Mutuo Soccorso - Banco (1975)






Fora da Itália, os fãs de rock progressivo tiveram o primeiro contato com o prog italiano através da PFM e da Banco, justamente por causa da distribuição internacional que o selo Manticore proporcionava. A Banco foi a última banda a assinar com ele, tendo deixado o selo Ricordi após três discos. Para o Manticore também foram três e este é o primeiro deles. Assim como o primeiro disco da PFM para o selo, este também é uma releitura do primeiro e do terceiro discos, com letras traduzidas e arranjos refeitos.
A Banco foi formada em 1968 na região de Lazio, próxima de Roma, e era liderada pelos irmãos Nocenzi — na verdade ainda é, pois está na ativa, mas Gianni saiu. Eles utilizavam técnicas de composição da música clássica dos séculos 18 e 19, porém, assim como a PFM, eram contidos no tom operístico e no berreiro, se comparados com outras bandas italianas.



Vittorio Nocenzi - órgão, teclados
Francesco Di Giacomo - vocal
Gianni Nocenzi - grand piano, clarineta, sintetizador
Rodolfo Maltese - guitarra, violão, trompete, vocal
Renato D'angelo - baixo, violão
Pier Luigi Calderoni - bateria, percussão



1 Chorale (From Traccia Theme)
2 L'Albero Del Pane (The Bread Tree)
3 Metamorphosis
4 Outside
5 Leave Me Alone
6 Nothing's The Same
7 Traccia II

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Thee Image - Thee Image (1975)





A Thee Image foi formada em 1975 nos Estados Unidos e nesse mesmo ano lançou seus dois únicos álbuns pelo selo Manticore. Ela era liderada por Mike Pinera, ex-guitarrista da Iron Butterfly, Ramatan e Blues Image. Creio que este auto-intitulado seja o álbum de estréia e nele o que vale é o talento individual dos músicos, especialmente do baterista.


Mike Pinera - guitarra, vocal
Duane Hitchings (Buddy Miles) - teclados, Moog Keyboard Bass, Univox, vocal (3, 7)
Donny Vosburgh (Blues Image) - bateria, vocal (8)


1 Good Things
2 For Another Day
3 Drift off Endlessly
4 Love Is Here
5 So Hard to Say
6 It Happens All the Time
7 Come to You
8 Temptation
9 Show Your Love

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Premiata Forneria Marconi - Photos Of Ghosts (1973)






O terceiro álbum da PFM foi o primeiro gravado para o selo Manticore. Photos Of Ghosts foi planejado para o mercado internacional e, nesse sentido, recebeu a colaboração do ex-letrista da King Crimson, Pete Sinfield. Contudo, esse álbum nada mais é que uma revisão do "Per Un Amico", primeiro álbum que saiu pelo selo Numero Uno, e a faixa 2, Celebration, é a "E Festa" que está no segundo álbum, o Storia de Un Minuto. Isso não tira o mérito do álbum, que é um dos melhores da banda, mesmo porque os arranjos são bem diferentes, mais complexos, aproximando-se mais do trabalho da Gentle Giant e afastando-se um pouco da influência da King Crimson, apesar de Pete Sinfield. É que Sinfield também colaborava com a Emerson, Lake & Palmer, dona do selo. Chama a atenção a ótima performance de Franco Mussida, comparável a Steve Hackett nesse álbum.



Franco Mussida  - guitarra, violão, vocal
Flavio Premoli - órgão Hammond, piano, Mellotron, Moog, vocal
Mauro Pagani - flautas, violino
Giorgio Piazza - baixo
Franz Di Cioccio -bateria, vocal
Peter Sinfield - letras (1, 2, 3, 6, 7)



1  River Of Life
2  Celebration
3  Photos Of Ghosts
4  Old Rain
5  Il Banchetto
6  Mr.9 'Till 5
7  Promenade The Puzzle
8  Photos Of Ghosts (Instrumental Mix)
9  River Of Life (First Mix)
10 Old Rain (First Mix)
11 Il Banchetto (First Mix)
12 Mr. 9 'Till 5 (Instrumental)
13 Celebration (Single Edit)
14 Mr. 9 'Till 5 (Single Edit)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Hanson - Now Hear This (1973)





A Hanson foi outra banda que pertenceu ao portfólio do selo Manticore. Ela era liderada por Junior Hanson, ou Junior Marvin, que havia sido o guitarrista da The Wailers, banda de Bob Marley. Jamaicano, ele mudou-se para Londres ainda pequeno e desenvolveu tanto aptidões musicais, quanto teatrais — atuou no musical "Hair" e no filme "Help" dos Beatles. Além da Wailers, ele tocou com T-Bone Walker, Tina Turner e Keef Hartley. Esse é o primeiro disco da sua própria banda e traz um blues-rock misturado ao rock pscodélico e ao jazz. A produção foi caprichada e empregou o engenheiro que servia à Jethro Tull, Genesis, Traffic, King Crimson e Humble Pie, entre muitas outras nos estúdios Island, chamado John Burns.



Junior Hanson - guitarra, vocal, baixo (7)
Jean Roussel - teclados
Clive Chaman - baixo
Conrad Isidore - bateria
com:
Chris Wood (Traffic) - flauta (3)
Bob Tench (Humble Pie, Jeff Beck) - guitarra (4), backing vocal (2, 6, 7)
Godfrey McLean (Gass, - bateria, percussão, backing vocal (2)
Delisle Harper (Gass, Brian Auger) - baixo (2)
Jimmy Thomas - Superstring (7), backing vocal (5, 6, 7)
Ken Cumberbatch - piano (4)
Rebop Kwaku Baah (Can, Traffic) - percussão (7)



1 Traveling Like A Gypsy
2 Love Knows Everything
3 Mister Music Maker
4 Catch That Beat
5 Take You Into My Home
6 Gospel Truth
7 Rain
8 Smokin’ To The Big "M" (Mario ‘The Big M’ Medious, o produtor)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bloodrock - Bloodrock (1970)






Bloodrock foi uma banda texana de grande influência, que criou uma legião de admiradores e ainda hoje é bastante cultuada pelos fãs de hard-rock. Ela foi formada no meio dos anos 60 e foi determinante para o fim da geração flower-power no rock, com seu som pesado e letras um tanto mórbidas, algumas até mais que as da Black Sabbath. A Bloodrock também é comumente comparada à Deep Purple por causa dos riffs, das linhas abissais de baixo, e pela conversa deliciosa entre o órgão Hammond e guitarra. A diferença fica por conta do jeitão mais "jam". Esse seu primeiro disco (bem como os dois seguintes) foi produzido por Terry Knight, membro da Terry Knight & The Pack, e produtor dos álbuns da Grand Funk Railroad, com a qual também a Bloodrock guarda certa semelhança.


Jim Rutledge -bateria, vocal
Lee Pickens -guitarra, vocal
Nick Taylor -guitarra, vocal
Eddie Grundy -baixo, vocal
Steve Hill -teclados

1 Gotta Find a Way
2 Castle of Thought
3 Fatback
4 Double Cross
5 Timepiece
6 Wicked Truth
7 Gimme Your Head
8 Fantastic Piece of Architecture
9 Melvin Laid an Egg

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Stray Dog - Stray Dog (1973)






Essa banda era do Texas e, originalmente, se chamava  Aphrodite. Uma noite eles estavam tocando em Denver, na mesma época em que a Emerson, Lake & Palmer estava excursionando por lá  e o Greg Lake foi assistir. Greg ficou tão impressionado que ofereceu na hora um contrato para os caras gravarem no selo do ELP, o Manticore. Ele também quis que a banda voasse junto com a ELP de volta para a Inglaterra na manhã seguinte. O baterista não topou ir e, chegando lá, por indicação do Carl Palmer, eles convidaram Les Sampson, que tocava na banda do Noel Redding (Hendrix).
Esse disco é um clássico do hard-rock, infelizmente um pouco esquecido.
Aquele baterista que não quis ir talvez não tenha tido muita inveja pois foi tocar com a Bloodrock, outra banda genial. Ele chamava-se Randy Reeder.


W.G. "Snuffy" Walden -guitarra,vocal
Les Sampson -bateria
Al Roberts -baixo,vocal


1 Tramp (How It Is)
2 Crazy
3 A Letter
4 Chevrolet [ZZ Top]
5 Speak of the Devil
6 Slave
7 Rocky Mountain Suite (Bad Road)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Canned Heat - Boogie With Canned Heat (1968)





Skip James foi a maior influência na carreira de Alan Wilson, co-fundador e principal compositor da Canned Heat. A banda foi formada na California em 1965, porém atraiu atenção depois da sua apresentação no Festival de Monterey. Aí veio o contrato para o primeiro disco, que era de covers na maior parte, e era basicamente blues rock em alto volume. Com a entrada de Fito de la Parra, substituindo o baterista Frank Cook, a banda assumiu o estilo pelo qual se celebrizou: o boogie-blues rock. Esse é o segundo disco, então, e provavelmente o melhor deles. E aqui as composições são próprias, na sua maioria. A Canned Heat não trouxe nenhuma inovação, era uma banda muito competente que queria tocar blues com guitarras em volume alto para as massas; e nem pretendeu ir além disso.



Alan "Blind Owl" Wilson - guitarra slide, harmônica, vocal
Bob "Big Fat" Hite - harmônica, vocal
Henry Vestine - guitarra
Larry Taylor - baixo
Adolfo "Fito" de la Parra - bateria


1   Evil Woman
2   My Crime
3   On the Road Again
4   World in a Jug
5   Turpentine Moan
6   Whiskey Headed Woman No. 2
7   Amphetamine Annie
8   An Owl Song
9   Marie Laveau
10 Fried Hockey Boogie
11 On The Road Again
12 Boogie Music
13 Goin' Up The Country
14 One Kind Favor
15 Christmas Blues
16 The Chipmunk Song





quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cream - Fresh Cream (1966)





Skip James também influenciou a Cream, tanto que aqui, neste disco de estréia, está I'm So Glad, música de Skip e um dos maiores sucessos da Cream. 
Clapton, Bruce e Baker já tinham tocado juntos de alguma forma, tanto com John Mayall como com Graham Bond. Clapton e Bruce deixaram a Bluesbreakers e formaram a The Powerhouse que também tinha Steve Winwood, Pete York e Paul Jones (Manfred Mann). Quando Ginger Baker saiu da Graham Bond Organization, convidou Clapton para formarem um banda e este insistiu para que Bruce também fizesse parte. Assim nasceu a Cream, tão brilhante, energética e de vida curta como os relâmpagos. Nenhuma das músicas originais teve a participação de Clapton na autoria, mas é de se supor que os blues clássicos tem seus dez dedos.


Jack Bruce - baixo, harmônica, vocal
Eric Clapton - guitarra, vocal
Ginger Baker - bateria, vocal


1  I Feel Free
2  N.S.U.
3  Sleepy Time Time
4  Dreaming
5  Sweet Wine
6  Cat's Squirrel [Trad.]
7  Four Until Late [Robert Johnson]
8  Rollin' And Tumblin' [Muddy Waters]
9  I'm So Glad [Skip James]
10 Toad
11 Spoonful [Willie Dixon]
12 Wrapping Paper
13 The Coffee Song [Ray Smith, Tony Colton]

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Alvin Youngblood Hart - Big Mama's Door (1996)





Alvin Youngblood Hart foi bastante influenciado por Skip James e, embora esse seu disco de estréia não inclua nenhuma música de James, todos os seguintes incluíram. Enraizado no country-blues do Delta do Mississippi, Hart renovou o gênero. Ele é um mestre das cordas e um cantor excelente. E esse disco é um clássico moderno que foi gravado ao vivo em dois canais — o mínimo é o máximo.


Alvin Youngblood Hart - vocal, violões 6, 12 cordas e tenôr, National Steel, Lap Steel
Taj Mahal - bandolin, violão, vocal (4, 8, 14)
Chris Siebert - piano (8, 14)
Bill MacBeath - baixo acústico (8, 14)

1  Big Mama's Door
2  Joe Friday
3  Them Fair Weather Friends
4  France Blues
5  Gallows Pole
6  Pony Blues [Charley Patton]
7  Amazed 'N' Amused
8  Things 'Bout Comin' My Way [Walter Vinson]
9  When I Was A Cowboy (Western Plains) [Leadbelly]
10 Rest Your Saddle
11 If Blues Was Money
12 Hillbilly Willie's Blues [Blind Willie McTell]
13 Livin' In Strain [Walter Vinson]
14 That Kate Adams Jive

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Skip James - Studio Sessions: Rare and Unreleased (1967, 2003)





Se os bluseiros recebiam o capeta nas encruzilhadas, James o expulsava de lá com sua afinação de violão e sua voz em falsete. Ele gravou apenas alguns LPs, um nos anos 30 e os demais nos anos 60 até 69, ano da sua morte. Todas as faixas aqui foram gravadas em sessões de 1967 e permaneceram esquecidas até 2003.


Nehemiah "Skip" James - vocal, violão, piano


1   Backwater Blues  
2   Everybody Ought To Live Right  
3   I Want To Be More Like Jesus  
4   Jack Of Diamonds  
5   My Last Boogie  
6   Lazy Bones  
7   Let My Jesus Lead You  
8   My Own Blues  
9   Oh, Mary Don't You Weep  
10 Omaha Blues  
11 Bumble Bee  
12 One Dime Was All I Had  
13 Keep Your Lamp Trimmed And Burning  
14 Somebody Gonna Wish They Had Religion  
15 Somebody Loves You  
16 Sorry For To Leave You  
17 Sporting Life Blues  
18 They Are Waiting For Me  
19 Walking The Sea  

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Big Will & the Bluesmen - Hard Times (2011)





Essa banda é holandesa, formou-se em 2008 e este é o segundo disco dela. O blues que eles fazem tem forte influência tanto daquele do Delta como do Chicago, ou seja, em caras como Muddy Waters, John Lee Hooker e Sonny Boy Williamson e Son House, só pra citar alguns. Acima de tudo, é tocado com o coração, sem floreios nem longos solos de guitarra.


Wil van der Ende - harmônica, vocal
Alex "Riverside Jr." Konijnenburg - guitarra, violão, vocal
Henk Wessels - baixo, baixo acústico, vocal
Jos Waal - bateria, vocal
com
Peter Struijk - guitarra (1, 11), violão (6), violão ressonador (4, 5, 7)
Gerbrand schoenmaker - piano (8)
Henk Heijlema - lap steel (9), bandolin (6)


1   Hard Times  
2   Same Old Blues
3   Waiting On a Train
4   Leave It All Behind
5   Seven Days  
6   Laura Song
7   On My Way
8   Big Will Theme  
9   Drifting and Driving
10 Sweet Lovin' Woman  
11 Release My Soul


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Brian Auger, Pete York, Chris Farlowe - Olympic Rock & Blues Circus (1983)





Olympic Rock & Blues Circus foi um combo de rhythm and blues com formação variável, que além de Auger, York e Farlowe, teve Jon Lord, Tony Ashton e Miller Anderson entre seus membros. Auger dispensa apresentações. Farlowe é o branco com a voz negra que surpreendia até os bluseiros da velha escola. York tocou na Spencer Davis Group e com Eric Clapton e Jack Bruce num embrião da Cream, a Powerhouse.
Nesse álbum os membros dividem as composições e ele foi gravado em 22 de Dezembro de 1981 no Tonstudio Bauer em Ludwigsburg, perto de Stuttgart.



1 à 6:

Brian Auger - órgão, piano
Chris Farlowe - vocal
Pete York - bateria
John Marshall - guitarra
Steve Richardson - baixo
Charly Eichert - bateria
James Campagnola - sax tenôr
Andrew Pet - trombone
Jeff Reynolds - trompete
Masters of Disaster (Jason Adkins, Neil Chisolm, Sean Smith) - metais

7 à 9:

Pete York - bateria
Roger Munns - teclados
Rick Sanders - viokino
Bill Coleman - baixo, vocal
Mel Thorpe - flauta, sax, vocal
Rick Sanders - violino


1 New Orleans Street March
2 I Never Loved A Girl (The Way That I Love You)
3 Motorboat
4 The Devil Rides The Speed Boat
5 Crocodile Or: I Dont't Think I Can Keep My Mouth Open For That Long
6 Everything's Wrong
7 Fast And Loose
8 Another Song
9 Wade In The Water

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pavlov's Dog - At The Sound of the Bell (1976)






Bill Bruford atuou como convidado nesse segundo disco da Pavlov's Dog. É que o baterista Mike Safron deixou a banda antes das gravações. Outro membro que já havia saído foi o violinista Siegfried Carver, e o tecladista Dave Hamilton saiu durante as gravações, sendo substituído por Tom Nickeson. Com o prestígio adquirido com o primeiro disco, não só Bruford mas outros nomes de peso foram convidados para contrabalançar as baixas. O som mudou bastante, se comparado ao anterior. Ficou mais suave e melódico, beirando o pop. Contudo, quem já conhece o primeiro e se acostumou com a voz do David Surkamp ou não se incomoda com barulho de giz seco numa lousa, vai achar esse igualmente um ótimo disco.


David Surkamp - violão, guitarra, vocal
Steve Scorfina - guitarra
Doug Rayburn - baixo, flauta, mellotron, percussão
Dave Hamilton - teclados
Tom Nickeson - violão, vocal
Bill Bruford - bateria
Michael Abene (Maynard Ferguson) - órgão
Michael Brecker - sax tenor
George Gerich - órgão
Andy Mackay (Roxi Music) - sax
Les Nicol (Methuselah) - guitarra
Paul Prestopino - bandolin
Elliott Randall (Steely Dan) - guitarra
Richard Stockton - baixo
Gavyn Wright - violino
Mountain Fjord Orchestra
High Wycombe Boys Choir


1 She Came Shining  
2 Standing Here With You (Megan's Song)  
3 Mersey  
4 Valkerie  
5 Try to Hang On  
6 Gold Nuggets  
7 She Breaks Like a Morning Sky  
8 Early Morning On  
9 Did You See Him Cry

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Absolute Elsewhere - In Search of Ancient Gods (1976)





Esse é um obscuro álbum que varia entre o sci-Prog e o Sympho-prog melódico — tô curtindo esses rótulos, vou inventar alguns — do qual Bill Bruford participou. Ele é baseado na obra do escritor suíço Erich von Däniken, cujas teorias são mais conhecidas pelo filme "Eram os Deuses Astronautas", título em português, que por sua vêz foi baseado no primeiro livro de Däniken: Chariots of the Gods.
Toda a música foi composta e é principalmente executada pelo Paul Fishman, que era um arranjador engenheiro de som e colaborador de Roy Budd, um famoso autor de trilhas sonoras para filmes de ficção cientìfica. A guitarra é espacial e pouco se aventura em solos, acompanhada de sons de flauta. Bruford talvez tenha se sentido confortável pois o compasso é quase sempre 4/4, mas ele também não se aventura.



Paul Fishman - sintetizadores, pianos, Mellotron, flautas, sequenciadores 
Bill Bruford -bateria, percussão
Phillip Saatchi - guitarra
Jon Astrop - baixo
Kim Mackrell - cello (6)


1 Earthbound:
  a. Earthbound
  b. Future Past
2 Moon City
3 Miracles Of The Gods:
  a. Miracles Of The Gods (livro de 74)
  b. El Endrillado
  c. The Legend Of Santa Cruz
  d. Pyramids Of Teotihuacan
  e. Temple Of The Inscriptions
4 The Gold Of The Gods (livro de 72)
5 Toktela
6 Chariots Of The Gods (livro de 68)
7 Return To The Stars

terça-feira, 18 de novembro de 2014

B.L.U.E. - Bruford Levin Upper Extremities (1998)





Bill Bruford e Tony Levin já haviam sido companheiros na King Crimson, na ABWH e no excelente disco Cloud About Mercury do próprio David Torn, com o qual guarda muitas semelhanças.
Por essa época, Levin estava no Liquid Tension Experiment e Bruford dedicava-se mais ao jazz acústico no seu projeto Earthworks. Esse, então, foi um raro retorno de Bruford ao rock, se bem que com um bom acento no jazz. Isto é dado pela ampla improvisação e pelo trompetista Chris Botti, um cara mais versado no smooth jazz e em colaborações com Sting e Paul Simon. Ele faz o contraponto à guitarra cortante do Torn. Partes do disco foram gravadas no estúdio The Loop Pool que pertence a David Torn, outras foram no Make Believe Ballroom em Nova York, mais alguma coisa saiu da casa de Bruford e da garagem do Levin. Até numa cantina de Woodstock chamada Gypsy Wolf eles gravaram.


Bill Bruford - bateria, percussão, teclados
Tony Levin - baixos, Chapman Stick, voz
Chris Botti - trompete
David Torn - guitarras, loops


1  Cerulean Sea 
2  Original Sin 
3  Etude Revisited 
4  A Place Of Pearls (On A Blade Of Grass) 
5  Fin De Siecle 
6  DrumBass 
7  Cracking The Midnight Glass 
8  Torn DrumBass 
9  Thick With Thin Air 
10 Cobalt Canyons 
11 Deeper Blue
12 Presidents Day 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Iggy and the Stooges - Raw Power (1973)





A Stooges foi fundada em 1967 pelos irmãos Asheton e por um tal James Osterberg que depois assumiria o nome de Iggy Pop. Eles pegaram idéias de Chuck Berry, dos Rolling Stones, da Velvet Underground e da Doors (que era a banda favorita de Iggy) e as levaram ao limite. Gravar o primeiro disco foi um problema pois suas músicas tinham, na verdade, não mais do que dois minutos, porém eram esticadas com improvisações no palco. No estúdio, foram obrigados a compor mais três músicas em poucas horas para inteirar o padrão do LP. Esse disco não vendeu bem e nem o seguinte também. Contudo, são clássicos do rock de garagem e lançaram o movimento punk.
Na busca por receptividade, eles fizeram algumas modificações: contrataram o saxofonista Steve Mackay e o guitarrista  James Williamson, e demitiram o baixista Dave Alexander por abuso de álcool — Ron Asheton deixou a guitarra e assumiu o baixo. Mas os remanescentes passaram a usar heroína, supostamente apresentada a eles por Williamson. O mais entusiasmado era Iggy, que frequentemente trocava as letras por obscenidades, quando não provocava o cancelamento de shows. A coisa ia mal até encontrarem David Bowie. Bowie estava no auge com Ziggy Stardust e os levou para a Inglaterra, conseguindo-lhes um novo contrato com a Columbia e sendo o engenheiro de som nesse terceiro disco. Também pela influência de Bowie, Raw Power tem uma aproximação com o glam-rock. Nessa versão dupla, o segundo CD tem a melhor performance deles capturada em fita.
Os irmãos Asheton já faleceram, Ron em 2009 e Scott, neste ano. Williamson está vivo e lançou um disco recentemente. Iggy Pop também está vivo, embora não aparente.


Iggy Pop - vocal
James Williamson - guitarra
Ron Asheton - baixo, vocal
Scott Asheton - bateria


1 Search and Destroy
2 Gimme Danger
3 Your Pretty Face Is Going to Hell (Originally Titled "Hard to Beat")
4 Penetration
5 Raw Power
6 I Need Somebody
7 Shake Appeal
8 Death Trip

Georgia Peaches (Live at Richards, Atlanta, GA, October 1973)
1 Introduction
2  Raw Power
3  Head On
4  Gimme Danger
5  Search and Destroy
6  I Need Somebody
7  Heavy Liquid
8  Cock in My Pocket
9  Open Up and Bleed
Bonus Studio Tracks:
10 Doojiman
11 Head On (Rehearsal Performance)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pere Ubu - The Modern Dance (1978)





O nome Pere Ubu, vem do francês e significa "Pai Ubu", personagem de um livro de Alfred Jarry. Ela foi uma banda underground de pós-punk de Cleveland, cujo som era bastante experimental. Foi fundada em 75 por David Thomas e Peter Laughner, que devido ao abuso de drogas e álcool faleceu em 77. Thomas seguiu adiante como a figura central da banda, embora as composições pertençam a todos. Ele era um crítico musical que usava o pseudônimo de "Crocus Behemoth" e frequentava toda a cena underground, incluindo os bastidores dos shows da MC5 de da Stooges. Com uma voz privilegiada e interpretaçãoe teatrais, ele era comparado a Captain Beefheart. O som da banda tinha suas bases no garage-rock, no proto-punk da Stooges e no próprio punk, mas eles adicionavam elementos do krautrock e do heavy-metal. 
Esse é o primeiro disco e seu tema é a alienação de uma sociedade industrial. Ele também expõe o medo de uma guerra nuclear mas defende que a morte do espírito viria antes, por fatores econômicos e sociais.



David Thomas - vocal, musette (sanfona), percussão
Tom Herman - guitarra, vocal
Allen Ravenstine - sintetizador análogo, sax, tapes
Tony Maimone - baixo, piano, vocal
Scott Krauss - bateria


1  Non-alignment Pact 
2  The Modern Dance 
3  Laughing
4  Street Waves 
5  Chinese Radiation 
6  Life Stinks 
7  Real World 
8  Over My Head 
9  Sentimental Journey 
10 Humor Me 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Birdsongs Of The Mesozoic - Petrophonics (2000)





A Birdsongs nasceu como um projeto paralelo de outra banda, a pós-punk americana Mission of Burma. Dois dos fundadores saíram antes do terceiro disco — este é o sexto. Eles criaram um tipo bem particular de rock progressivo instrumental, que lembra um pouco a mesozóica King Crimson mas vai mais além, juntando o clássico, o jurássico, o jazz e a música concreta. Outra ousadia são os três tecladistas.
É difícil não associar mentalmente o título desse álbum ao recente escândalo de corrupção na petroleira brasileira, de onde foram surrupiados ao menos dez bilhões de reais. Com pouco esforço, ouvindo a música da até pra formar umas imagens asquerosas na cabeça mas isso eu não aconselho, não é justo para com a banda e com um ótimo, integro e criativo disco. 


Erik Lindgren - Grand Piano
Michael Bierylo - guitarra, programação
Rick Scott - sintetizadores, piano
Ken Field - sax alto e soprano, flautas, percussão

Petrophonics
1  Petrophonics
2  Ptoccata II
3  One Hundred Cycles
4  Nevergreen
5  Study Of Unintended Consequences
6  Birdhead
7  Allswell That Endswell In Roswell

Music Inspired by 1001 Real Apes:
8  Time Marches On Theme
9   Dinosaurs Theme
10 Gravity Theme
11 Quincy Sore Throat Theme

The Insidious Revenge Of Ultima Thule:
12 Part One
13 Part Two
14 Part Three

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Alan Hull - Pipedream (1973)





Em 1973 a Lindisfarne se separou e alguns de seus membros formaram a Jack The Lad, sem muito brilho. Alan Hull era o principal compositor e antes de reformar a banda lançou esse álbum solo. Ele não difere muito da linha folk da Lindisfarne mas tem sua originalidade. Em comum mesmo, tem o talento de Hull para compor canções realmente belas que falam do dia-a-dia das pessoas simples, essas coisas comuns a todos e a todas as épocas.


Alan Hull - guitarra, violão piano, harmonium, vocal
Jon Turnbull (Bell + Arc) - guitarra
Ray Jackson (Lindisfarne) - harpa, bandolim, vocal
Kenny Craddock (Bell + Arc, Ginger Baker's Air Force, Lindisfarne) - piano, piano elétrico, órgão, harmonium
Colin Gibson (Ginger Baker's Air Force, Snafu) - baixo
Ray Laidlaw (Lindisfarne) - bateria
Dave Brooks - sax (8)


1  Breakfast
2  Justanothersadsong
3  Money Game
4  STD 0632
5  United States Of Mind
6  Country Gentleman's Wife
7  Numbers (Travelling Band)
8  For The Bairns
9  Drug Song
10 Song For A Windmill
11 Blue Murder
12 I Hate To See You Cry




terça-feira, 4 de novembro de 2014

Brinsley Schwarz - Brinsley Schwarz & Despite It All (1970)





Esse CD reúne os dois primeiros discos da inglesa Brinsley Schwarz, ambos gravados em 1970, mas bem diferentes um do outro. O primeiro apresenta um rock psicodélico influenciado por bandas como a Grateful Dead e a Buffalo Springfield. Como o resultado de vendas não foi muito bom, eles enveredaram pelo pub-rock no segundo. Schwarz, Andrews e Rankin foram convidados a participar daquele disco do Colin Scot.


Brinsley Schwarz:

Brinsley Schwarz - guitarra, percussaõ, vocal
Bob Andrews - teclados, baixo, vocal
Nick Lowe - baixo, violão, slide, vocal
Billy Rankin - bateria, percussão

1  Hymn to Me
2  Shining Brightly
3  Rock and Roll Women
4  Lady Constant
5  What Do You Suggest?
6  Mayfly
7  Ballad of a Has Been Beauty Queen

Despite It All:

Brinsley Schwarz - guitarra, vocal
Billy Rankin - bateria, percussão
Bob Andrews - teclados, giotarra, baixo, vocal
Nick Lowe - baixo, banjo, vocal
com
Dave Jackson (VDGG) - sax (9, 10)
Willy Weider - Fiddle (rabeca) (8)
Brian (BJ) Cole - Pedal steel (13)


8  Country Girl
9  Slow One
10 Funk Angel
11 Piece of Home
12 Love Song
13 Starship
14 Ebury Down
15 Old Jarrow




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lindisfarne - Nicely Out Of Tune (1970)





Lindisfarne foi uma banda de folk-rock inglesa formada em 1967. Ela foi uma das primeiras bandas a assinar contrato com o recém criado selo Charisma, que ficaria famoso por abrigar grandes bandas progressivas, como a The Nice, Genesis, VDGG e tantas outras. A Lindisfarne não se encaixava exatamente no escopo do selo, mas as letras politizadas de Alan Hull devem ter chamado sua atenção. Esse é o primeiro disco dela e é aclamado como o melhor. Seu produtor foi o mesmo John Anthony que produziu a VDGG e aquele disco do Colin Scot, daí a participação de Hull e Clements nele.


Alan Hull - vocal, violão de 12 cordas, órgão, piano, piano elétrico
Ray Jackson - vocal, banbolim, harmônica, flautas
Rod Clements - baixo, órgão, piano, violino, violões, vocal
Simon Cowe - guitarra, violão, violão de 12 cordas, banjo, bandolim, vocal
Ray Laidlaw - bateria


1  Lady Eleanor 
2  Road to Kingdom Come
3  Winter Song
4  Turn a Deaf Ear 
5  Clear White Light (Part, 2)
6  We Can Swing Together 
7  Alan in the River With Flowers 
8  Down 
9  The Things I Should Have Said 
10 Jackhammer Blues [Woody Guthrie]
11 Scarecrow Song 
12 Knackers Yard Blues
13 Nothing But the Marvellous Is Beautiful

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Rare Bird - Rare Bird (1969)





O pessoal da Rare Bird também participou daquele disco do Colin Scot. A banda foi formada em 1969 com dois tecladistas. De certo modo, por não ter um guitarrista propriamente dito, parece a VDGG. Além disso, uma outra semelhança entre elas etá na complexidade do som, mas a Rare Bird lembra mais a Procol Harum — sem Robin Trower, claro. A afinidade com a VDGG também se nota por terem estado no mesmo selo Charisma e por algumas apresentações tendo o Peter Hammil como convidado. Além disso, depois de deixar a VDGG, o baixista Nic Potter integrou a Rare Bird em 1973. Seu trabalho sempre recebeu ótimas críticas, porém isso nunca se reverteu em sucesso comercial. Por isso, em 75 ela se desmanchou.


Graham Field - órgão
Dave Kaffinetti -piano elétrico
Steve Gould - vocal, baixo
Mark Ashton - bateria, percussão, vocal


1  Iceberg
2  Times
3  You Went Away
4  Melanie
5  Beautiful Scarlet
6  Sympathy
7  Natures Fruit
8  Bird On A Wing
9  God Of War
10 Devil's High Concern
11 Sympathy (Mono)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Peter Hammill - Fool's Mate (1971)





Poucas semanas depois de participar do disco de Colin Scot, meu grande amigo (ele ainda não sabe disso) Robert Fripp também participou do primeiro disco solo do Peter Hammill. Fool's Mate, na verdade, reúne músicas antigas compostas para a VDGG, mas que foram deixadas de lado. Isto é até explicado por ele no encarte. De qualquer forma, a VDGG tá aí.


Peter Hammill - violão, piano, teclados, vocal
Ray Jackson (Lindisfarne) - harmônica, bandolim, vocal
Nic Potter - baixo
Hugh Banton - órgão, piano, vocal
Rod Clements (Lindisfarne) - baixo, violino
Guy Evans - percussão, bateria, vocal
Robert Fripp - guitarra
David Jackson - sax alto e tenôr, flauta
Martin Pottinger - bateria
Paul Whithead - bateria
John Anthony - vocal, produção

1 Imperial Zeppelin 
2 Candle 
3 Happy
4 Solitude 
5 Vision 
6 Re-Awakening 
7 Sunshine 
8 Child 
9 Summer Song (In the Autumn) 
10 Viking
11 The Birds
12 I Once Wrote Some Poems 
demos:
13 Re-Awakening
14 Summer Song in the Autumn 
15 The Birds
16 Sunshine
17 Happy 


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Van Der Graaf Generator - H to He, Who am the Only One (1970)





Logo após o primeiro disco da King Crimson, Beto Fripp atuou como convidado neste terceiro álbum da VDGG. O título refere-se à fusão do hidrogênio para virar hélio e o tema central é a solidão, ou o isolamento, e reflete uma visão sombria do mundo (ou do futuro do Brasil) em histórias diferentes, contadas com a poesia metafórica do Hammill. VDGG é tudo, menos uma banda fácil. Ninguém parece tê-la influenciado e os caras dão bulhufas ao que pensam deles. Abdicou da guitarra elétrica mas tem um saxofonista incrível, este sim, obviamente inspirado em Roland Kirk.
O baixista Nic Potter deixou a banda no meio das gravações; participou brevemente da Magna Carta e colaborou no disco de Colin Scot.


Peter Hammill - vocal, violão, piano
Hugh Banton -órgão Hammond, órgão Farfisa, oscilador, piano, baixo, vocal
David Jackson - sax alto, tenôr e barítono, flauta, vocal
Guy Evans - bateria, percussão
Nic Potter - baixo (1, 3, 4)
Robert Fripp - guitarra (3)


1 Killer
2 House With No Door
3 The Emperor In His War-Room:
  a) The Emperor
  b) The Room
4 Lost:
  a) The Dance In Sand And Sea
  b) The Dance In The Frost
5 Pioneers Over C.
6 Squid 1 / Squid 2 / Octopus
7 The Emperor In His War-Room (first version)





sexta-feira, 24 de outubro de 2014



No próximo domingo você, caro brasileiro, tem uma decisão muito séria a tomar. Ela deve estar acima das suas simpatias e ser baseada numa reflexão profunda. 
A minha opinião é que tudo de bom que aconteceu ao nosso país nos últimos doze anos, é fruto do que foi plantado nos dez anos anteriores à eles. A partir daí, a nação brasileira fez por si. Se a economia cresceu, foi pelo trabalho de todos e só foi possível porque, depois de décadas de inflação perversa, conseguimos ter uma moeda estável e um ambiente em que foi possível para as empresas de quaisquer segmentos e porte planejarem para além do dia seguinte. Se você pesquisar um pouco, verá que o governo do PT não tomou medida nenhuma que favorecesse isso, a não ser aqueles pacotinhos de tira-e-põe imposto aqui e ali — isso não é planejar nem administrar. Nem mesmo o tão propagandeado Programa Bolsa Família foi criação deles. Se pesquisar novamente, verá que o decreto que o institui simplesmente junta quatro programas já existentes. A inflação nos ameaça, o déficit da balança comercial nos empurra ao terceiro mundo e a dívida pública nos aproxima do pior. O Estado tornou-se um mastodonte de chumbo — por mais que tenhamos vocação para o trabalho e o desenvolvimento, ele nos impede. Não houve nenhuma reforma administrativa; ao contrário, todos os órgãos federais foram aparelhados. Não houve reforma fiscal. O ensino piorou. A saúde está no caos. Este foi o governo do marketing sem vergonha e da apropriação indébita.
Por outro lado, tudo de ruim, toda notícia podre foi protagonizada pelos partidos da base aliada. O PT não inventou a corrupção, é bem verdade, infelizmente. Contudo ele inventou a corrupção como um sistema, um método para se perpetuar no poder, como fazem os ditadores que os petistas tanto admiram. Em adição, tentaram sucessivas vezes restringir a liberdade de expressão, censurar a imprensa e a internet. Retrocessos e mais retrocessos, como quando tentaram criar conselhos populares formados por pessoas "especiais", acima de nós, como na burocracia russa. Foram derrotados, graças à Deus.
Agora aí está: mais um episódio de mais um dos muitos escândalos. Fala sério, alguém duvidava? É mensalão, é petrolão, é copa, é ministro ladrão, é Rosemary Noronha, é Celso Daniel, é dólar em cueca, calcinha e sutiã... Não vai acabar.
Então, meu caro visitante brasileiro, faça-me um belo favor:

Dê um pé na bunda dessa gentalha, pelo amor de Deus!


















quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Colin Scot - Colin Scot (1971)





Antes de qualquer coisa, dê uma olhada na relação dos músicos que participam desse disco — é uma das mais impressionantes.
Colin Scot foi um cantor inglês que trabalhou sobre o folk, mas que empolgava em seus shows fazendo covers de Buddy Holly. De certo modo, esse é um mérito dele: transpor os limites entre o folk e o rock. Naquela época ele conseguiu fama e costumava abrir concertos para a Genesis, King Crimson e Van Der Graaf Generator. Além disso, seu produtor, John Anthony, era o mesmo de algumas dessas bandas.
Esse disco também tem seu valor histórico pois foi aqui que Jon Anderson e Rick Wakeman primeiro se encontraram — logo depois, Wakeman entraria para a Yes.
Robert Fripp, que havia desmontado a King Crimson depois do álbum Lizard, já foi emprestando sua guitarra logo na faixa de abertura.



Colin Scot - guitarra, vocal
David Jackson (Van Der Graaf Generator) - sax
Ian Thornton (Georgie Fame) - trompete
Robert Fripp - guitarra
Brinsley Schwarz - guitarra
Davey Johnstone (Magna Carta, Elton John) - guitarra
Rick Wakeman (Strawbs) - teclados
David Kaffinetti (Rare Bird) - teclados
Bob Andrews - teclados
Nic Potter (Van Der Graaf Generator) - baixo
Rod Clements (Lindisfarne) - baixo
Guy Evans (Van Der Graaf Generator) - bateria
Billy Rankin - bateria
Peter Hammill (Van Der Graaf Generator) - vocal
Steve Gould (Rare Bird) - vocal
Peter Gabriel - vocal
Phil Collins - vocal
Anne Stuart - vocal
Jane Relf (Renaissance) - vocal
Jon Anderson (Yes) - vocal
Linda Hoyle (Affinity) - vocal
Alan Hull (Lindisfarne) - vocal


1 Do the Dance Now, Davey
2 My Rain
3 Take Me Away
4 Confusion
5 Baby in My Lady
6 Lead Us
7 You're Bound to Leave Me Now
8 Boatman
9 Nite People
10 Hey Sandy
11 Here We Are in Progress
12. Long Time Gone
13. Do The Dance Now, Davey
14. My Rain
15. Nite People



terça-feira, 21 de outubro de 2014

Brian Eno - Another Green World (1975)





Brian Eno é o pai da ambient music e um dos caras mais ocupados do meio musical. Muito cedo ele demonstrou interesse por compositores experimentais mas considerava-se um "não-músico" até entrar para a Roxy Music em 71, justamente por saber operar um modelo de sintetizador que ninguém mais sabia. Daí em diante espalhou o espectro de sua influência: Produziu Peter Gabriel, Talking Heads e U2; desenvolveu técnicas em estúdio; experimentou com equipamentos; participou da banda 801, e tem uma longa parceria com Robert Fripp — juntos desnvolveram os Frippertronics, fitas que passam de um gravador Revox para outro com delay.
Another Green World é sua obra-prima. Aqui ele deixa de lado o som mais melódico da Roxy e dos discos anteriores e o torna minimalista, exibindo maior intimidade com os instrumentos e usando o estúdio como um instrumento em si. Mesmo aqueles que não topam muito a ambient vão curtir.



Brian Eno - sintetizadores, guitarra, percussão, grand piano, piano Leslie, Hammond, Farfisa, pedais de
baixo Yamaha, tapes
John Cale - teclados, viola
Robert Fripp - guitarra
Percy Jones - baixo sem trastes
Roderick Melvin - teclados, Fender Rhodes
Paul Rudolph - baixo, bateria (snare)
Brian Turrington -baixo, piano
Phil Collins - bateria, percussão


1  Sky Saw
2  Over Fire Island
3  St. Elmo's Fire
4  In Dark Trees
5  The Big Ship
6  I'll Come Running
7  Another Green World
8  Sombre Reptiles
9  Little Fishes
10 Golden Hours
11 Becalmed
12 Zawinul/Lava
13 Everything Merges With the Night
14 Spirits Drifting

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Brand X - Livestock (1977)





Esse é o terceiro álbum da banda e foi gravado ao vivo em pelo menos três concertos: no Ronnie Scott's, no Hammersmith Odeon e no Marquee. Em virtude da turnê que a Genesis fazia com o álbum Wind and Wuthering, Phil Collins foi substituído pelo brilhante Kenwood Dennard. Conta-se que num desses shows, Collins não era esperado mas acabou aparecendo e entrou no palco disfarçado e varrendo o chão. Ainda segundo a lenda o público teria se assustado quando ele sentou-se na bateria, tipo "o que aquele doido tá fazendo lá?".
Sempre houve essa impressão de que a Brand X era um projeto paralelo do Phil Collins e isso até fez bem, comercialmente falando. Não que Phil não seja um grande baterista, ele é sim, mas a banda já existia antes dele. Ela foi formada por Percy Jones em 74 e tinha Robin Lumley, Pete Bonus e John Goodsall nas guitarras, Phil Spinelli nos vocais e John Dillon na bateria. Quando Dillon saiu, ninguém menos que Bill Bruford foi convidado. Ele chegou a ensaiar, mas não conseguiu conciliar com a carreira solo e a participação na Gong. Collins e Jones haviam trocado umas idéias durante as gravações do álbum Another Green World do Brian Eno, e deu no que deu.
Livestock não é um álbum ao vivo convencional, já que apenas duas faixas haviam entrado nos dois discos de estúdio anteriores: a 3, no Unorthodox Behavior e a 6, no Moroccan Roll — e esta última teve sua primeira gravação aqui. Como dizem os frequentadores do Bar do Zé Ladrão, lá em Perdizes: Enjoy!


John Goodsall  - guitarra
Percy Jones  - baixo
Robin Lumley  - teclados
Phil Collins - bateria, percussão
Kenwood Dennard (Pat Martino, Jaco Pastorius, Larry Coryell, Miles Davis) - bateria (1, 6)
Morris Pert  - percussão


1 Nightmare Patrol
2 -Ish
3 Euthanasia Waltz
4 Isis Mourning, Pt. 1
5 Isis Mourning, Pt. 2
6 Malaga Virgen

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Nine Days Wonder - Nine Days Wonder (1971)






A Nine Days Wonder foi fundada por Walter Seyffer em 1966 na cidade alemã de Mannheim, porém, até 1970 ela se chamava The Graves. Esse é o disco de estréia cuja capa, em LP, era totalmente verde e feitade borracha. Contudo, a capa mais difundida acabou sendo uma criada pelo estúdio Hipgnosis para distribuição pela Europa. O som é uma variação muito criativa sobre as bases do krautrock. Eles usam uma boa influência de Frank Kappa e a aproximação com o jazz, mas sem tender á cena Canterbury. O lado instrumental é poderoso e experimental. Durante uma excursão pela Inglaterra a banda acabou se separando e Seyffer, enquanto procurava por novos músicos, acabou por incorporar a banda Medusa que era liderada por Michael Bundt.


Walter Seyffer - vocal, bateria, percussão
John Earle - sax, faluta, vocal
Rolf Henning - guitarra
Karl Mutschlechner - baixo
Martin Roscoe - bateria


01. Fermillon,
   a)  Puppet Dance
   b)  Square
   c) Hope
   d) Morning Spirit
   e) Fermillon Himself
02. Moss Had Come
03. Apple Tree
04. Drag Dilemma,
   a) Monotony 1
   b) Stomachs Choice
   c) Monotony 2
   d) Interlude
   c) Dilemma



Capa da Hipgnosis

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

I Drive - I Drive (1972)





Era uma vez, num longínquo reino onde há mais bandas do que gente, uma que se chamava "Some Other Guys", cujo vocalista era Geff Harrison. Essa banda viajou para a Alemanha porque os Beatles provaram que as coisas aconteciam na Alemanha. Na volta, a van deles quebrou e eles tiveram que ficar mais um tempo na Alemanha. E foram ficando. Nessa, fizeram bastante sucesso, principalmente em cidades onde havia bases americanas, e gravaram alguns singles. Foi então que decidiram mudar o nome para "I Drive". Veja que tudo é em função daquela van. Aí, o Geff Harrison, que era o único com licença para dirigir, decidiu voltar para casa e integrar a Beggars Opera. Sem medo de blitz de trânsito, os caras continuaram como um quarteto e conheceram o produtor que tinha cuidado dos primeiros singles dos Beatles. Assim nasceu o primeiro LP, em 1972. Ele tem uma clara influência da Deep Purple e até a afinação do órgão se assemelha à de Jon Lord. O Harrison voltou e excursionou bastante com eles até sair para formar a Twenty Sixty Six. Aquela van ficou abandonada em Munique.


John Barry "Jabe" Smith - órgão, teclados, vocal
Richard Henry "Cheese" Hampson - guitarra, vocal
Leslie Graham - baixo
Dave Charles Bailey - betria, percussão
Geff Harrison - vocal (singles)



CD 1: álbum de 1972
1  Down Down Down
2  Oo, Bopajero
3  Looking Out My Window
4  Marry A Musican
5  Before The Devil
6  Christine
7  Only The Lonely
8  What A Pity
9  Just A Little Bit
10 Be The One
11 Brave New World


CD 2: singles e faixas extras

1 I Need A Friend
2 When Evening Comes
3 It Ain't So Bad
4 Looking Out My Window
5 Everything In Vain
6 Happy Days
7 Turmoil
8 Before The Devil
9 Classic Rigby Part 1 And 2

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Twenty Sixty Six And Then - Reflections! (1972)





A Twenty Sixty Six And Then foi uma super banda alemã que acabou por influenciar outras superbandas. Durante seu ano e pouco de existência ela produziu um dos álbuns mais elogiados do rock alemão. Tudo começou com o vocalista Geff Harrison que foi membro da primeira formação da escocesa Beggars Opera. Durante a primeira excursão da Beggars, ele decidiu permanecer na Alemanha e juntar-se à outra banda expatriada, a I Drive. A 2066 misturou rock psicodélico ao hard rock com riffs agressivos, e um toque de Zappa com alguma eletrônica, afinal o engenheiro foi Dieter Dierks da Ash Ra Tempel.
Daqui, Harrison e o guitarrista Mrozeck foram para a Kin Ping Meh; Bommarius foi para a Abacus e depois para a Karthago; Marvos foi para a Emergency; Bauer foi para a Aera e Robinson foi tocar com Michael Bundt da Nine Days Wonder.
"Reflections!" é uma versão do LP "Reflections on the Future" com as faixas estendidas. Existe um outro lançamento com o título Reflections On The Past, que contém outras sessões de estúdio e outras versões bem diferentes dessas mesmas músicas.


Gagey Mrozeck - guitarra, violão, vocal
Geff Harrison - vocal
Steve Robinson (Rainer Geyer) - órgão, piano, sintetizador, vibrafone, Mellotron, vocal
Veit Marvos - órgão, piano, Mellotron, percussão, vocal
Dieter Bauer - baixo
Konstantin Bommarius - bateria
com
Wolfgang Schönbrot - flauta
Curt Cress (Passport) - bateria


1 At My Home
2 Autumn
3 Butterking
4 Reflections of the Future
5 The Way That I Feel Today
6 Spring
7 I Wanna Stay
8 Time Can't Take It Away