sábado, 12 de maio de 2012
Wallenstein - Mother Universe (1972)
Jürgen Dollase era um músico com sólida formação erudita e fundou essa banda na cidade alemã de Mönchengladbach em 71 com um colega americano e outro holandês, mais um compatriota, o Grosskopf. Inicialmente eles a batizaram como Blitzkrieg, mas descobrindo que já havia uma banda inglêsa com esse nome, mudaram para Wallenstein que é o nome de um personagem da Guerra dos Trinta Anos. Contudo, o primeiro disco deles chamou-se Blitzkrieg.
A Wallenstein foi uma das primeiras bandas de space-rock alemãs e mais adiante eles iriam trocar figurinhas com o Klaus Schulze da Tangerine Dream naquelas seções que deram origem à Cosmic Jokers.
Mother Universe é o segundo disco deles e ainda tem uma boa influência floydiana. Além desta, o registro vocal do Dollase lembrava bastante o do Peter Hammill, o que lhes rendeu o apelido de VDGG alemã.
Jürgen Dollase -teclados,vocal
Bill Barone -guitarra,vocal
Jerry Berkers -vocal,baixo
Harald Grosskopf -bateria,percussão
1 Mother Universe
2 Braintrain
3 Shakespearesque
4 Dedicated To Mystery Land
5 Relics Of Past
6 Golden Antenna
Frank Zappa - Frank Zappa Meets the Mothers of Prevention (1985)
Em 1985 Zappa se insurgiu contra "Parents Music Resource Center", uma espécie de ONG formada inicialmente por espôsas de políticos, tão ilibadas e pudicas quanto os maridos. A PMRC queria a censura de letras e capas de discos, entre outras coisas, para o bem das criancinhas que até então só tinham tido exemplos edificantes. É essa coisa que estampa aquele "Parental Advisory" que realmente muda a vida da gente. Enfim, esse disco satiriza isso tudo e inclui até trechos do depoimento que Zappa deu no senado, com falas dos nobres senadores e tal, incluindo o Al Gore — uma espécie de CPI da cascata, sacumé?
Musicalmente, Mothers of Prevention começa mostrar o que seria o trabalho do Zappa doravante: o uso do Synclavier.
Considerando as tentativas recentes e cada vêz mais frequentes e insistentes em se cercear a liberdade de expressão no nosso país, devemos comemorar esse caso em particular pois o delay em relação aos EUA não chegou aos trinta anos.
Frank Zappa -guitarra,Synclavier,teclados,vocal
Tommy Mars -teclados
Steve Vai -guitarra
Ray White -guitarra,vocal
Ike Willis -guitarra,vocal
Bobby Martin -teclados,vocal
Scott Thunes -baixo
Chad Wackerman -bateria
Ed Mann -percussão
All Nite John -vocal
Joe Spider Barbour -vocal
Moon Unit Zappa -vocal
Dweezil Zappa -vocal
1 I Don't Even Care
2 One Man, One Vote
3 Little Beige Sambo
4 Aerobics in Bondage
5 We're Turning Again
6 Alien Orifice
7 Yo Cats
8 What's New in Baltimore?
9 Porn Wars
10 H.R. 2911
Mick Karn - Tooth Mother (1995)
Mick Karn faleceu no início do ano passado e foi uma perda muito grande para a música, já que ele foi um dos maiores baixistas de todos os tempos, tão talentoso quanto Jaco Pastorius. Mick nasceu na ilha de Chipre em 1958 e o baixo não foi sua primeira escolha, antes ele estudou diversos instrumentos de sopro. Seu talento começou a chamar atenção enquanto membro da banda Japan — ao lado de David Sylvian, Steve Jansen e Richard Barbieri — e se estabeleceu quando trabalhou em parceria com Jan Garbarek, inveredando pelo jazz de vanguarda. E pela vanguarada vai sua carreira solo. Tooth Mother é prog, jazz, algo étnico no rítimo e muito mais. Aqui estão seus ex-companheiros de Japan e quase toda Porcupine Tree, via Richard Barbieri. E como todos de certa forma têm alguma ligação com Robert Fripp, aí está o Jakko Jakszyk que recentemente gravou com Fripp o não oficial novo Projekt.
Mick Karn -baixo,clarinete,sax,percussão,teclados,vocal
David Torn -guitarras,violão,Hammond,piano,vocal
Steven Wilson -guitarra
Jakko M. Jakszyk -guitarra,flauta,sax,teclados,programação
Richard Barbieri -teclados
Gary Barnacle -flauta
Gavin Harrison -bateria,percussão,programação
Surekha Kothari -vocal
Christina Lux -vocal
Natacha Atlas -vocal
Mandy Van Baaren -vocal
1 Thundergirl Mutation
2 Plaster the Magic Tongue
3 Lodge of Skins
4 Gossip's Cup
5 Feta Funk
6 The Tooth Mother
7 Little Less Hope
8 There Was Not Anything But Nothing
Buffalo - Mother's Choice (1976)
A onde a gente vai a conversa sobre esse disco é a mesma: Mother's Choice é um bom disco mas não tão bom quanto os anteriores da australiana Buffalo. Então, melhor não comparar pois Dead Forever e Volcanic Rock são do caramba mesmo.
Dave Tice -vocal
Peter Wells -baixo
Karl Taylor -guitarra
Jimmy Econoumou -bateria
Norm Roue -guitarra slide
Mark Simmonds - saxophone [7]
1 Long Time Gone
2 Honey Babe
3 Taste It Don't Waste It
4 Little Queenie [chuck Berry]
5 Lucky
6 Essukay
7 Sweet Little Sixteen
8 Be Alright
9 Little Queenie [alternate]
10 No Particular Place To Go [Chuck Berry]
11 The Girl Can't Help It
12 A Shot Of Rhythm 'n' Blues
13 On My Way
14 Barbershop Rock
Focus - Mother Focus (1975)
Mother Focus apresenta o novo baterista David Kemper que, de fato, já tinha tido uma participação no Moving Waves. Pierre van der Linden havia deixado a banda antes do concerto de Hamburgo, sendo substituído por Hans Eric Cleuver que não permaneceu. Pierre estava descontente com os rumos da banda e foi para a Trace. Pelo jeito, Jan Akkerman também se sentia assim pois saiu logo depois desse álbum. Realmente o som aqui é bem diferente daquele que consagrou a banda, são canções ligeiras, até meio meladitas. Contudo, se deixar isso de lado para prestar atenção nos acordes do Akkerman e na extrema competência do Ruiter, o disco agrada, e muito.
Thijs van Leer -flauta,teclados,vocal
Jan Akkerman -guitarras
Bert Ruiter -baixo,percussão,vocal
David Kemper (Jerry Garcia) -bateria
Colin Allen (Stone the Crows) -bateria (2)
1 Mother Focus
2 I Need a Bathroom
3 Bennie Helder
4 Soft Vanilla
5 Hard Vanilla
6 Tropic Bird
7 Focus IV
8 Someone's Crying... What!
9 All Together... Oh That!
10 No Hang Ups
11 My Sweetheart
12 Father Bach
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