sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Van Der Graaf Generator - The Aerosol Grey Machine (1969)






Este é o primeiro álbum da VDGG, que nasceu dois anos antes, da cabeça de Chris Judge Smith. Guy Evans foi o próximo a embarcar e Peter Hammill logo assumiu as funções de principal compositor. No ano seguinte, logo após gravarem o primeiro single, Smith saiu e a banda se separou. Hammill, então, decidiu gravar seu próprio álbum solo e convidou os ex-colegas para participarem. Dessa forma, Aerosol Grey acabou saindo como um disco da VDGG, mesmo tendo uma única faixa composta pelos demais, a 6. No restante, o álbum, que foi gravado num dia só e sem o uso da guitarra elétrica, tem o clima sombrio e existencialista do Hammill. A VDGG evoluiria muito, mudaria o line-up e se tornaria um dos dos mais respeitados grupos prog, mas já foi um bom começo.


Peter Hammill -vocal, violão
Hugh Banton -piano, órgão, vocal
Keith Ellis -baixo, vocal
Guy Evans -bateria, percussão
Jeff Peach -flauta

1  Afterwards
2  Orthenthian St. - Parts 1 & 2
3  Running Back
4  Into A Game
5  Aerosol Grey Machine
6  Black Smoke Yen
7  Aquarian
8  Necromancer
9  Octopus
10 People You Were Going To (Single A-Side, 1968)
11 Firebrand (Single B-Side, 1968)






quarta-feira, 20 de novembro de 2013

C.C.S. - CCS (1970)






Esse é o primeiro álbum dos três que essa super-banda gravou. Não há muito o que acrescentar ao que já foi dito no post do outro disco, The Best Band in the Land, que foi o terceiro. Ele igualmente reúne a nata do jazz e do blues britânico, foi arranjado pelo John Cameron e produzido por Micky Most.



Alexis Korner -violão, vocal
Peter Thorup -vocal
Alan Parker -guitarra
Bob Efford, Danny Moss, Harold McNair, Pete King, Ron Ross, Tony Coe -sax, madeiras
Bill Geldard, Brian Perrin, Don Lusher, John Marshall -trombone
Greg Bowen, Harold Beckett, Henry Lowther, Kenny Wheeler, Les Condon, Tony Fisher -trompete
Herbie Flower -baixo [T. Rex, ]
Barry Morgan, Tony Carr -bateria
Bill Le Sage, Jim Lawless -percussão


1  Boom Boom [John Lee Hooker]
2  (I Can't Get No) Satisfaction [Stones]
3  Waiting Song
4  Lookin' for Fun
5  Whole Lotta Love [Led Zepp]
6  Living in the Past [Jethro Tull]
7  Sunrise
8  Dos Cantos [John Cameron]
9  Wade in the Water
10 Walkin [Donovan]
11 Salome
12 Tap Turns on the Water
13 Save the World

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Fläsket Brinner - Fläsket Brinner (1971)






Do sueco para o português, o nome da banda significa mais ou menos "gordura de porco torrada" e a capa já vai ajudando. Esses caras lançaram dois ótimos discos onde se encontra a precisão e acomplexidade do prog misturadas à improvisação do jazz. Essa porção jazz foi muito influenciada pelo free-jazz que floresceu nos anos 60. Esse primeiro disco deles foi praticamente gravado ao vivo, coisa que, aliás, era o seu forte. Então, são peças instrumentais previamente escritas e muito bem estruturadas, executadas em jams que perseguem a forma livre por músicos muito competentes. Esse é o tipo de coisa que só foi possível naquela época e naquele lugar, onde o comercialismo não ditava as regras.


Bengt Dahlén -guitarra, violino, vocal
Gunnar Bergsten -sax
Sten Bergman -órgão, flauta
Per Bruun -baixo
Erik Dahlbäck -bateria
com:
Ove Gustavsson -baixo (4, 7)
Bo Hansson -órgão (4), percussão (1, 2)


1 Gånglåten 
2 Tysta Finskan 
3 Gunnars Dilemma
4 Bengans Vals 
5 Bosses Låt 
6 Räva 
7 Uppsala Gård
8 Musik Från Liljevalchs



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Alan Gowen, Phil Miller, Richard Sinclair, Trevor Tomkins - Before A Word Is Said (1982)






Quando a gente sabe de antemão a história desse álbum, a audição é mais cuidadosa e não há como evitar o sentimentalismo. Alan Gowen foi o talento que ajudou grandes bandas como a Gilgamesh e a National Health a serem como foram. No final de 1980 ele recebeu o diagnóstico de uma leucemia fatal que lhe dava apenas mais alguns meses de vida. Ele então convidou seus bons amigos para gravar essas sessões em sua própria casa, em Londres. Veja bem, era uma sala onde todos sabiam que um amigo estava morrendo. E é surpreendente como esse disco é descontraído, mesmo com uma carga emocional tão forte. Descontraído ao estilo da Gilgamesh, porém muito preciso em todas as passagens. Enfim, perfeito.
Alan Gowen faleceu algumas semanas depois, e o disco foi lançado postumamente.


Alan Gowen -teclados
Phil Miller (National Health, Delivery, Hatfield And The North, In Cahoots, Matching Mole) -guitarra
Richard Sinclair (Camel, Caravan, Hatfield And The North) -baixo, vocal
Trevor Tomkins (Nucleus, Gilgamesh) -bateria


1 Above & Below
2 Reflexes In The Margin
3 Nowadays A Silhouette
4 Silver Star
5 Fourfold
6 Before A Word Is Said
7 Umbrellas
8 A Fleeting Glance

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Phil Miller - Cutting Both Ways (1987)






Esse álbum reúne a nata da cena Canterbury e do jazz-rock. Seguindo uma carreira mais do que respeitável com as bandas Delivery, Matching Mole, Hatfield & the North e National Health, o guitarrista Phil Miller fundou a sua própria banda, a In Cahoots. Cutting Both Ways foi o primeiro disco e é realmente um trabalho solo. Num primeiro momento o baixista foi Richard Sinclair, que desanimou diante do cenário musical deplorável dos anos 80. Sinclair deduziu que um projeto prog, jazzy e experimental assim não teria muita atenção, e acertou. Contudo, embora esquecido por tanto tempo, o álbum revelou-se atual e inovador quando do seu resgate pela Cuneiform Records.


Phil Miller -guitarra, violão, sintetizador
Elton Dean -sax, saxello
Peter Lemer -teclados
Hugh Hopper -baixo
Pip Pyle -bateria
com:
Dave Stewart -teclados
Barbara Gaskin -vocal


1 Green & Purple Extract / Hic Haec Hoc / A Simple Man
2 Eastern Region
3 Second Sight
4 Hard Shoulder
5 Figures Of Speech
6 Green & Purple

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

John Greaves, Peter Blegvad, Lisa Herman - Kew. Rhone. (1977)






Quando John Greaves deixou a Henry Cow e Peter Blegvad deixou a Slapp Happy, eles lançaram este álbum que é aclamado como uma jóia perdida. De fato, os dois já tinham trabalhado juntos quando as bandas se uniram no disco Desperate Straights. O que sombreou o lançamento do disco pode ter sido o fato de ter saído no mesmo dia de Never Mind The Bollocks da Sex Pistols. Então o que a gente ouve aqui é o jazz-rock com as referências do estilo Canterbury e do movimento Rock in Opposition unindo-se ao free-jazz trazido pelo casal Bley/Mantler e pelo Andrew Cyrille, expoente do gênero. O resultado é surreal, algo que pode necessitar mais que a primeira ouvida para agradar. Além da música complexa feita pelo Greaves, é preciso uma atenção às letras do Blegvad, tratadas com erudição. Blegvad já tinha sido membro da Faust e no ano seguinte iria formar a Art Bears. Greaves seguiria o estilo Canterbury unindo-se à National Health e à Soft Heap.


John Greaves -piano, órgão, baixo, vocal, percussão
Peter Blegvad -guitarra, sax tenôr, vocal
Lisa Herman -vocal
com:
Mike Mantler -trompete, trombone
Carla Bley -vocals, sax tenor (1, 7)
Andrew Cyrille (Air) -bateria, percussão
Michael Levine -violino, viola, vocal (9)
Vito Rendace -sax alto e tenor
April Lang -vocal (5, 8)
Dana Johnson -vocals (2)
Boris Kinberg -claves (barretes de madeira percutidos) (5)

1  Good Evening
2  Twenty-Two Proverbs
3  Seven Scenes From The Painting
4  Kew Rhone
5  Pipeline
6  Catalogue Of Fifteen Objects & Their Titles
7  One Footnote (to Kew Rh?ne)
8  Three Tenses Onanism
9  Nine Mineral Emblems
10 Apricot
11 Gegenstand

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Volker Kriegel - Spectrum (1971)






Taí um disco muito recomendado pra quem curte jazz-rock, porque é do pai da coisa na Europa. Volker Kriegel começou a tocar em Frankfurt enquanto estudava sociologia. Inclusive, foi aluno de Adorno, o filósofo e musicólogo. Nessa época ele ganhou vários prêmios de melhor guitarrista e já tocava com grandes nomes do jazz europeu, como o Albert Mangelsdorf. Enfim, ele acabou largando a sociologia em favor da música. Spectrum é o seu segundo disco solo e tem um título emblemático para o fusion, só que veio antes de Cobham. O conceito de fusão dele é relativamente eclético e inclui algo de folk, desenvolvido em compassos alternados e em momentos bem relaxados também, trazendo delicadeza a um gênero normalmente meio frenético. Volker faleceu em 2003 de ataque cardíaco, aos 59 anos.


Volker Kriegel -guitarras, sítara
John Taylor -piano elétrico Hohner
Peter Trunk -baixo, cello
Peter Baumeister -bateria , percussão
Cees See -percussão

1 Zoom
2 So Long, For Now 
3 More About D
4 Suspicious Child, Growing Up 
5 Instant Judgement
6 Ach Kina
7 Strings Revisited





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Rahmann - Rahmann (1980)






Essa banda é francesa, formada por alguns músicos de origem argelina, e esse é o único disco que lançaram — mas que disco! Aqui o fusion é levado noutra direção. Sim, tem muita influência africana e do oriente médio, mas isso muita gente fez. A diferença é que eles se aproximaram do Zeuhl. A história é que os pais de um ex-membro e amigo de infância do líder Hadi, alugavam o porão para bandas ensaiarem e uma delas era a Magma. Hadi teria até colaborado em turnês da Magma. Então fica assim: é um som único, poderoso e misterioso, influenciado tanto pela Mahavishnu, quanto pela Magma que lhe emprestou seu violinista Didier Lockwood.



Mahamad Hadi -guitarra com e sem trastes, guitarra Roland, percussão étnica
Amar Mecharaf -bateria, percussão
Michel Rutigliano -grand piano, ARP Odyssey
Gérard Prevost -baixo acústico, baixo sem trastes, cello
Louis-César Ewande -percussão
com:
Nadia Yamina Hadi -vocal
Didier Lockwood -violino
Sylvain Marc -baixo sem trastes
Gérard Kurdjian -percussão étnica
Abdelmadjid Guemguem -percussão étnica
Richard Spindokter-Ries -percussão étnica
Liza Deluxe -vocal
Joël Loviconi -piano elétrico
Ali Shaigan -violino


1  Atlanta
2  Nadiamina
3  Ab
4  Danse Sacree
5  Leila
6  Marche Funebre
7  Marche Funebre
8  Danse Sacree
9  Nadiamina
10 Atlanta

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Brand X - Moroccan Roll (1977)






O segundo disco da Brand X veio bem diferente. A banda tornou-se um quinteto com a entrada do Morris Pert, líder da banda Sun Trader que tinha o Peter Robinson, futuro membro da Brand X. O som também mudou, ficou mais experimental e aproximou-se do prog com composições mais elaboradas. Elementos musicais indianos e do oriente médio foram explorados. Não se assuste ao ler "vocal" ali no Phil Collins; ele faz só um fundo e não chora as pitangas, não. De chorar mesmo é ver uma banda dessas ser maltratada pela Virgin: as edições em cd são tão relaxadas que o título aparece escrito de modos diferentes. O som é normal, mas não é porque é "compact price" que pode descambar. O vinil da Charisma, lançado no Brasil, é muito bem cuidado e tem uma porção de gracinhas nos créditos que foram suprimidas aqui. Por exemplo: eles contam que mixaram no estúdio Morgan, onde as cortinas eram apenas desenhos mas o resto dos móveis era real. Que gravaram em "Panavision" e agradecem a uns caras por limitarem o caos. Agradecem a uma moça que, segundo eles, sem ela, vários carros teriam sido guinchados. Também agradecem ao Bill Bruford, sei lá porque. O humor faz parte da obra, oras. Recentemente a Toshiba relançou todos os discos, quem sabe tá melhor.


John Goodsall  -guitarra, violão, sítara, baixo, eco, vocal
Percy Jones  -baixo Fender, Autoharp, harpa, marimbas
Robin Lumley  -sintetizadores Moog, Roland String e ARP Odissey, piano, piano elétrico Fender Rhodes, Autoharp, Clavinet, eco
Phil Collins  -bateria, percussão, piano, vocal
Morris Pert  -percussão


1 Sun in the Night
2 Why Should I Lend You Mine (When You've Broken Yours off Already)
3 ...Maybe I'll Lend You Mine After All
4 Hate Zone
5 Collapsar
6 Disco Suicide
7 Orbits
8 Malaga Virgen
9 Macrocosm