domingo, 28 de julho de 2013

Guthrie Govan - Erotic Cakes (2006)





Govan é inglês e é um dos grandes vituosos da guitarra. Em geral, eu sinto um profundo desprezo por shredders à la Petrucci e Blarghsteen mas esse cara dá outro sentido a coisa. Ele é técnico e rápido, sim, e ao mesmo tempo em que frita vai pondo sentimento e muito bom humor. Govan também é um respeitado professor que ficou famoso por seus vídeos instrucionais e por sua participação na banda Asia. Desde 2011 ele tem sua própria banda, The Aristocrats, um trio que inclui o ótimo baterista Marco Minnemann e o baixista Bryan Beller que acompanhou o Steve Vai (tomara que "vá..." mesmo). Erotic Cakes é o seu único disco solo, algo que fica entre o fusion e o rock instrumental ... Um grande disco de guitarra, enfim. Entre o final de maio e o início de junho passados, Goven esteve viajando pelo Brasil fazendo clínicas por diversas cidades, vendendo cds, vídeos e livros, tudo sob o patrocínio das guitarras Charvel.
Essa advertência que está na contra-capa mostra um pouco do espírito da coisa: "This album has not been tested on animals prior to its release; consequently the side effects of accidental ingestion have yet to be documented. In the event of such an unfortunate mishap you are advised to consult a physician. Additionally, parental guidance is strongly recommended for younger listeners. (If this music had any lyrics, they might be offensive - and you can't be too careful in this day and age.)". Hehehe...


Guthrie Govan -guitarra
Seth Govan -baixo
Pete Riley -bateria

1. Waves 
2. Erotic Cakes
3. Wonderful Slippery Thing
4. Ner Ner
5. Fives
6. Uncle Skunk
7. Sevens
8. Eric 
9. Slidey Boy 
10. Rhode Island Shred
11. Hangover









sábado, 27 de julho de 2013

The Beginning - This is... (2004)






Essa banda inglesa existiu apenas entre 1998 e 1999, lançou apenas esse disco e fez apenas uma turnê. Aliás, o disco só foi lançado em 2004 pelo selo Molten (que não tem nada a ver com basquete, infelizmente). Contudo, a impressão que se tem ao ouvi-lo é que a banda está tocando lá nos anos 70. É um rock psicodélico de primeira, levado por duas guitarras, que lembra um pouco a Steamhammer ou a Quicksilver e suas jams. O cd está há muito fora de catálogo. Recentemente foi lançada uma versão em vinil com uns bonus pela Elektrohasch, mas parece que já era também. Até o site dos caras já era. De qualquer forma, pra quem gosta do gênero é uma ótima pedida.


Mat Bethancourt -guitarra, vocal
Louis Wiggett -guitarra, vocal
Sam Aversano -baixo
Paolo Aversano -percussão, vocal
Kris Payne -bateria

1 Soul Revolution
2 The Ju Ju Man
3 Blue Honey
4 Baby's Takin' Me for a Ride (And the Sun Ain't Never Gonna Set)
5 The Golden Whisper

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Otis Rush - Cold Day In Hell (1975)






Esse álbum combina bem com o dia. 
Otis Rush é um dos peso-pesados do blues de Chicago. Ele nasceu no Mississippi e aprendeu a tocar guitarra e gaita ainda quando criança. Uma vez em Chicago, ele foi visto por Willie Dixon que ficou tão impressionado que lhe arrumou um contrato com a gravadora Cobra. O que certamente lhe chamou a atenção foi a maneira extremamente emocional de tocar e cantar daquele jovem. Ele tinha 19 anos apenas e o primeiro single foi I Can't Quit You Baby, do próprio Dixon.
Se ele foi muito inspirado por Muddy Waters, Howlin' Wolf e BB King, junto com o também jovem Luther Allison, Buddy Guy e Magic Sam ele criou o estilo de blues dominado pela guitarra que inspira as gerações até hoje, tornando-se outra lenda.


Otis Rush -guitarra, vocal
Bob Levis -guitarra (2, 7, 8)
Mighty Joe Young -guitarra
Big Moose Walker -órgão, piano
Abb Locke -sax tenôr
Chuck Smith -sax barítono
Bob Stroger -baixo (2, 7, 8)
James Green -baixo
Jesse Green -bateria

1. Cut You A Loose
2. You're Breaking My Heart
3. Midnight Special
4. Society Woman
5. Mean Old World
6. All Your Love
7. Cold Day In Hell
8. Part Time Love
9. You're Breaking My Heart (Alternate Take)
10. Motoring Along




quinta-feira, 25 de julho de 2013

Helmet of Gnats - A Helmet of Gnats (1996)






Helmet of Gnats é um quarteto americano que faz um jazz-rock muito, mas muito bom mesmo. Não há muita informação sobre eles, nem mesmo no próprio site. A música é composta pelos excelentes Chris Fox e Matthew Bocchino e a formação já teve uma alteração ao menos, na cozinha. Existe sempre um grande espaço de tempo entre um disco e outro: deste primeiro ao seguinte foram oito anos, e mais seis para o último, todos com produção independente. O som tem um lado prog, umas palhetadas mais comuns ao metal e até um shred aqui e ali. Vale a pena conhecer.


Chris Fox -guitarras
Matt Bocchino -teclados
Nick Defala -baixo
Nicola Vitiello -bateria

1 Giant Picnic
2 Nathan Deacon's Brain
3 Ticks in the Field
4 The Happy Camper
5 Geezus Hoorendous
6 The Deer Hunter
7 Nitefighters
8 The Autopsy

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ex-Wise Heads - Liquid Assets (2007)






Esse é um projeto do baixista da Porcupine Tree com o ex-membro da Henry Cow, Geoff Leigh — ele esteve nela em 72 e 73 apenas, mas participou do primeiro disco, o Leg End. A parceria dos dois começou dez anos antes deste disco, que já é o quinto. Os membros adicionais variam de disco para disco mas a proposta é sempre criar um som difícil de categorizar, que mistura ambient music com ritmos orientais, um violão clássico com a percussão digital. Colin Edwin é um grande baixista e um cara com muito bom gosto. Vale sempre lembrar que ele e Richard Barbieri são os discretos responsáveis pelas atmosferas da Porcupine Tree.


Colin Edwin -baixos com e sem trastes, baixo acústico, guimbri, programação
Geoff Leigh -flautas, sax soprano, gaita, voz
Rick Edwards -percussão, Roland HandSonic
Rajan Spolia -violão
Ian Dixon -trompete

1 Another Spark 
2 Subumbrella 
3 Up Streaming 
4 Liquid Assets 
5 Delta Waves 
6 Ungrounded Certainties
7 No Words Necessary 
8 Open Source 
9 Recurrent
10 Deafmute 
11 Shivalingam 





terça-feira, 23 de julho de 2013

Gordon Jackson - Thinking Back (1969)






Gordon Jackson é um guitarrista, cantor e baterista que foi membro de algumas bandas que acabaram se transformando na Traffic, na Family e na Spooky Tooth. Nesse seu único disco solo participam membros dessas três bandas. Só que a Traffic está inteira aqui e, como é de se esperar, o som é muito parecido, a ponto de alguns considerarem este um álbum perdido da Traffic. É um exagero pois Jackson é o único autor das músicas — mas há semelhança, sim. Então o que temos aqui é um folk influenciado pelo jazz e pelo rock psicodélico e temperado pela percussão do oriente médio. É bastante consistente e bonito mas apesar dos elogios que recebeu, não se ouviu mais falar de Jackson.


Gordon Jackson -violão, sítara elétrica
Steve Winwood -baixo, piano, vocal
Jim Capaldi -bateria, vocal
Dave Mason -baixo, guitarra, vocal, produção
Chris Wood -flauta, trompete, sax tenôr e soprano
Poli Palmer (Family) -piano, órgão, vocal
Jim King (Family) -sax soprano, vocal
Rick Grech (Blind Faith, Family, Traffic) -baixo (7)
Rob Blunt (Robert Plant) -sítara elétrica, guitarra, violão
Rocky Dzidzorni -percussão
Remic Abacca -percussão
Blossom Toes, Julie Driscoll ( Brian Auger) , Luther Grosvenor (Spooky Tooth), Meic Stevens, Reg King -backing vocal


1. The Journey
2. My Ship, My Star
3. Me And My Dog
4. Song For Freedom
5. Sing To Me Woman
6. When You Are Small
7. Snakes And Ladders
8. A Day At The Cottage (non-album B-side)
9. My Ship, My Star (demo)
10. Song For Freedom (single mix)
11. Sing To Me Woman (single mix)
12. Me And My Dog (long version)




domingo, 21 de julho de 2013

James Blood Ulmer - Music Speaks Louder Than Words (1997)






Como diz o sub-título, Ulmer toca músicas de Ornette Coleman, seu grande mentor e de quem absorveu a técnica harmolódica, transportando-a para a guitarra. Ele fez parte do último quarteto de Coleman que nunca chegou a gravar. Porém, nem todas as músicas são de Coleman — as faixas 4, 6 e 9 são composições próprias e são um contraste que deixa o trabalho irregular. Como Ulmer é um dos meus guitarristas favoritos, eu nem ligo.


James Blood Ulmer -guitarra, vocal (4, 6, 9)
Calvin "Hassan Truth" Jones -baixo acústico (1, 3, 5, 7, 8) 
Amin Ali -baixo elétrico(2, 4, 5, 6) 
Michael Mustafa Ulmer -teclados (4, 6, 9)
Aubrey Dale -bateria (2, 4, 5, 6, 9)
Rashied Ali -bateria (1, 3, 5, 7)

1. Lonely Woman
2. Elizabeth
3. Sphinx 
4. Dance In The Dark - Music Is My Life 
5. Cherry Cherry
6. I Can't Take It Anymore 
7. Street News 
8. Skies Of America 
9. Rap Man 




quarta-feira, 17 de julho de 2013

Return To Forever - Light as a Feather (1972)





Esse é o segundo disco da RTF e o último com a formação original. Se bem que há quem o celebre como o primeiro, uma vez que o anterior, intitulado Return to Forever, foi lançado pela ECM em 1975 quando a banda já tinha mudado. O fato é que esse aqui foi gravado em outubro de 72, enquanto o outro foi gravado em fevereiro, oito meses antes — como se isso interessasse, né? Comparando, o Light as... é menos experimental e inovador, atendo-se mais às influências latinas e à improvisação — e é aí que está o bom da coisa: Corea detona o Fender Rhodes e Clarke arrebenta no baixo acústico. A faixa 4 acabou virando uma espécie "hino dos nóia" da época, por mais que Corea tenha achado um absurdo levarem a coisa para esse lado e negar peremptoriamente qualquer relação com drogas.


Chick Corea -piano Fender Rhodes
Stanley Clarke -baixo acústico
Joe Farrell -sax tenôr, flauta
Flora Purim -vocal, percussão
Airto Moreira -bateria, percussão

1 You're Everything
2 Light as a Feather
3 Captain Marvel
4 500 Miles High
5 Children's Song
6 Spain




terça-feira, 16 de julho de 2013

Anonymous - Inside The Shadow/No Longer Anonymous (1976-77)





Essa banda americana era formada por um grupo de amigos que começaram a tocar pela região de Indianápolis. Em 1976 eles gravaram o disco Inside the Shadow numa prensagem privada de aproximadamente 300 cópias num estúdio improvisado  em Milwaukee mas nunca o divulgaram nem fizeram nenhuma turnê. Logo depois eles mudaram a formação e o nome — J. Rider, tirado de uma canção — e gravaram um outro disco cujo título não deixa dúvidas. Apesar de estarem no meio dos anos 70, bem quando os Ramones estrearam, por exemplo, o som desses caras — e da mina — era tipicamente dos anos 60 à la Hot Tuna e as Jeffersons. As músicas são muito boas, com ótimas harmonizações vocais. O que atrapalha um pouco é que, se a produção em estúdio já não foi aquilo tudo, essa compilação dos dois discos se limitou a transportar do vinil para o cd. Neste ano houve um relançamento tanto em vinil quanto em cd, só não sei se a qualidade melhorou.

Glenn Weaver -guitarra, violão, vocal
Ron Matelic -baixo, violão, guitarra,vocal
Marsha Rollings -vocal
John Medvescek -bateria, percussão

Anonymous
1 Who's Been Foolin
2 J. Rider
3 Pick Up And Run
4 We Got More
5 Sweet Lilac
6 Baby Come Risin
7 We Got More

J. Rider
8 One Sided Lover
9 Pike River
10 Kiss Of Your Soul
11 Sunday's Hero
12 High Roller





“A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação."

                                                                   Carlos Drummond de Andrade

domingo, 14 de julho de 2013

Embryo - Embryo's Rache (1971)






As raízes da Embryo estão no quinteto do pianista americano de hard-bop Mal Waldron, no qual Christian Burchard  e Dieter Serfas tocaram. Waldron tinha se mudado para Munique em 1965 depois de recuperar-se do vício em heroína e lá residiu até sua morte em 2002. Então a Embryo acabou inventando um novo tipo de fusion. Rache é o segundo disco da banda e é aquele que estabeleceu seu som. Eles incorporaram toda a bagagem jazzística à percussão étnica do oriente médio e importaram da Amon Düül o excelente tecladista Jimmy Jackson para construir uma música hipnótica e complexa.


Edgar Hofmann -sax, violino, percussão
Hansi Fischer -flauta, percussão, vocal
Christian Burchard -bateria, vocal, piano
Roman Bunka -baixo
James "Tabarin Man" Jackson -órgão, Mellotron
Franz Böntgen -vocal
Hermann Breuer -piano elétrico, órgão
Geoff Goodman -guitarra
Dieter Serfas -gan gan

1 Tausendfüssler 
2 I Can't Wait 
3 Eva's Wolke 
4 Revenge 
5 Espamgna Si, Franco No 
6 Sittin' At The Moon
7 Verwandlung 
8 Tabarinman´s Return part 1
9 Tabarinman´s Return part 2 



terça-feira, 9 de julho de 2013

Popol Vuh - Einsjager & Siebenjager (1974)






Popol Vuh foi formada em fevereiro de 69 e foi uma das primeiras bandas orientadas pelos sintetizadores. Seu nome veio do equivalente à Bíblia dos maias. No início seus membros eram Florian Fricke, o líder, e o percussionista étnico Holger Trülzsch, completados por muitos convidados. Da forma eletrônica eles mudaram para um folk gótico e religioso, quase gregoriano, isso já no terceiro disco, Hosianna Mantra. Até aí quem se ocupava das guitarras era o e-Gila, Conny Veit. Este é o quinto disco e o segundo com a participação do Ex-Amon Düül Danny Fichelscher, que veio substituir Veit com a vantagem de tocar vários instrumentos. Neste álbum ele também começa a participar das composições. É um marco na carreira da banda, uma nova mudança no som, muito mais ao rock que os anteriores. Mais adiante essa turma iria compor a trilha sonora para o filme "Aguirre, a Cólera dos Deuses" de Werner Herzog, muito amigo de Fricke.


Florian Fricke -piano, espineta
Daniel Fichelscher -violão,guitarra,percussão
Djung Yun -vocal
Olaf Kübler -flauta


1 Kleiner Krieger
2 King Minos
3 Morgengruß
4 Würfelspiel
5 Gutes Land
6 Einsjäger & Siebenjäger
7 King Minos II
8 Wo Bist Du?

sábado, 6 de julho de 2013

Amon Duul II - Wolf City (1973)





A essa altura, a Amon Düül já era uma banda muito respeitada internacionalmente e excursionava extensivamente. Como resultado da correria, o line-up foi ficando mais instável. Outra coisa: a banda cedia a alguns desejos da United Artists. Foi assim com o álbum anterior a este, Carnivalin Babylon, que foi planejado para ser duplo e acabou saindo simples, deixando a sensação de algo inacabado. A banda também focou no público de fala inglêsa, tanto é que o Wolf City só tem uma faixa totalmente instrumental. Nenhuma faixa ocupa os mesmos músicos de outra, por isso ele é bastante variado e na maior parte do tempo parece um álbum ao vivo. Quem mais aparece é o percussionista Daniel Fichelscher, que viria a ser o líder da Popol Vuh, e a Renate Knaup.


Daniel Secundus Fichelscher -bateria,vocal,guitarra 
Chris Karrer -violão,guitarra,violino,sax soprano,vocal 
Renate Knaup-Krötenschwanz -vocal 
Lothar Meid -baixo,sint,vocal
Falk U. Rogner -órgão,Clavioline,sints
John Weinzierl -guitarra,vocal
com
Al Sri Al Gromer -sitara
Paul Heyda -violino
Jimmy Jackson -piano,órgão 
Olaf Kübler -sax,vocal
Pandit Shankar Lal -tablas
Peter Leopold -vocal,sints,tímpanos
Liz van Nienhoff -tambura 
Rolf Zacher -vocal


1 Surrounded by the stars
2 Green-bubble-raincoated-man 
3 Jail-house Frog 
4 Wolf city  
5 Wie der Wind am Ende einer Strasse 
6 Deutsch Nepal 
7 Sleepwalker's timeless bridge 
8 Kindermörderlied 
9 Mystic Blutsturz 
10 Düülirium 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Utopia - Utopia (1973)






Bem, apesar do que está na capa, esse não é exatamente um álbum da Amon Düül — digamos que ele passou a sê-lo após a segunda edição em cd, em 2000. Consta que durante as gravações do álbum Wolf City, alguns membros queriam aproveitar o vasto material composto num álbum duplo, enquanto outra turma achava que as faixas adicionais não tinham nada a ver com a idéia original. Então eles brigaram, se dividiram, e a banda que surgiu em torno da primeira turma chamou-se Utopia. Eles eram Lothar Meid, Olaf Kübler e Jimmy Jackson, que já tinham tocado juntos no disco de estréia da banda fusion Passport, chamado Doldinger. E é bem por isso que o material não casaria bem com o Wolf City, uma vez que Johnson e Kübler tem suas raízes no jazz e as composições de Meid tem influências de blues. Logo depois disso, todo mundo resolveu deixar a briga pra lá, passar uma borracha e tocar juntos de novo. Então, Utopia e Wolf City são uma espécie de yin e yang. Só que Utopia acabou influenciando o som da A.D. Quem é yin?


Lothar Meid -baixo,vocal,Mellotron 
Chris Karrer -sax soprano,violino
Jim Jackson -piano,piano elétrico,órgão
Olaf Kübler -sax tenôr,flauta nasal,Moog,percussão
Andy Marx -guitarra,violão
John Weinzierl -guitarra
Joe Quick -guitarra 
Siegfried Schwab -guitarra
Renate Knaup -vocal
Ralf Basten -vocal
Christian Schulze -piano elétrico
Falk-U. Rogner -órgão
Peter Kramper -Moog
Edgar Hoffmann -sax soprano (wah-wah)
Keith Forsey -bateria 
Denny Fichelscher -bateria,percussão 
George Green III -bateria 
George Brown -bateria 
Joe Nay -bateria


1 What You Gonna Do 
2 The Wolf-Man Jack Show 
3 Alice 
4 Las Vegas 
5 Deutsch Nepal 
6 Utopia No. 1 
7 Nasi Goreng 
8 Jazz-Kiste 
9 Surrounded By The Stars
10 Dancing On Fire
11 Deutsch Nepal / Rolf Zacher Voc.
12 Goldrush
13 Star Eyed
14 Dr. Stein

terça-feira, 2 de julho de 2013






Pieter Zalis na Veja

Depois de ter de recuar da tentativa desesperada de convocar uma assembleia constituinte, o governo decidiu propor a realização de um plebiscito para fazer uma reforma política. A diferença entre as propostas é que a primeira afrontava a democracia de forma explícita e a segunda é um golpe disfarçado. Ambas, porém, têm os mesmos propósitos: desviar o foco das manifestações e servir ao projeto de poder do PT. Pelos planos do governo, a consulta popular ocorreria em agosto e teria o resultado homologado no início de outubro. Assim, as regras já valeriam para as eleições de 2014. Se emplacar sua manobra, o PT terá os seguintes motivos para comemorar:

• Será o partido cujo caixa receberá mais dinheiro público. Embutido na proposta de reforma política do governo está o obsessivo desejo do PT de impor o financiamento - exclusivamente - público de campanha. Pelo modelo, pessoas e empresas continuarão a poder fazer doações, mas para um fundo, sem escolher destinatários. O dinheiro será dividido conforme a votação do partido na eleição anterior. Se o sistema for adotado em 2014, com o quadro eleitoral mais provável, Dilma terá quase 70% do bolo: 67,59%.

• A candidatura de Marina Silva estará praticamente enterrada: pelas mesmas regras, a ex-senadora, que teve 20 milhões de votos em 2010, mas que agora tenta criar um novo partido, ficaria com ínfimo 0,16% do dinheiro público. Com a campanha inviabilizada, deixaria de ameaçar a liderança de Dilma. Aécio Neves (PSDB) teria direito a 21,77% do dinheiro e Eduardo Campos (PSB), a 6,56%.

• A institucionalização do voto de cabresto. O PT defende o voto em lista fechada para o Legislativo. Por esse método, o eleitor não vota em candidatos, mas na sigla. Traduzindo: os caciques petistas indicam os candidatos a deputado e depois chamam o povo para pagar a campanha. É muita cara de pau.

• À custa dos cofres públicos, Luiz Inácio Lula da Silva aparecerá na TV como garoto-propaganda do PT. O partido planeja aproveitar o tempo dos programas de televisão destinados à discussão das questões do plebiscito para fazer propaganda do governo e atacar adversários, com o ex-presidente no comando do show.

Desde maio, o presidente do PT, Rui Falcão, tenta coletar assinaturas para apresentar esse mesmo projeto de reforma política no Congresso. O argumento que colore os cartazes é que a reforma reduziria "a força do poder econômico" nas eleições, já que acabaria com as doações de bancos e empreiteiras - apontados como os vilões da corrupção. Ocorre que, como sabe muito bem o PT, Lula é hoje o maior amigo das empreiteiras, em cujos jatos viaja e para cujos interesses faz um descarado lobby. "O maior problema de corrupção eleitoral do Brasil vem de recursos que entram pelo caixa dois", lembra o professor de direito eleitoral Carlos Gonçalves Júnior, da PUC de São Paulo. Nenhum país adota o sistema defendido pelo PT. A Dinamarca, a nação menos corrupta do mundo, não restringe o financiamento, mas fiscaliza o uso do dinheiro e pune quem o desvia - estas, sim, medidas efetivas de combate à roubalheira. Para levar ao Congresso a proposta apresentada por Falcão, o PT precisa de 1,4 milhão de assinaturas. Só conseguiu 120 000. A ideia do plebiscito não passa, portanto, de uma tentativa de driblar a falta de apoio popular à iniciativa.

Não fosse o oportunismo escancarado da proposta, a própria iniciativa do plebiscito já é uma farsa. "Nesse tipo de processo, há um risco muito grande de o povo ser usado para legitimar as posições do plantonista no poder. Ditadores sempre se valem de plebiscitos", alerta Carlos Velloso, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. O fato de a reforma política ser um assunto complexo, com o qual a população não tem familiaridade, aumenta ainda mais o risco de a consulta popular ser manipulada a ponto de ganhar o lado que tiver contratado o marqueteiro mais competente. Por mais necessária que seja, e com isso concordam todos os partidos e todos os governos, a reforma foi um tema rarefeito nas manifestações. Os brasileiros não clamam pela reforma política, mas pela reforma ética dos políticos.

Amon Düül II - Tanz der Lemminge (1971)







O terceiro disco da Amon Düül II pode bem ser o seu melhor — junto com mais uns quatro, hehe. É um trabalho mais calmo, que tem alguns momentos de space-rock e foca em composições mais amplas. De fato, apesar de haver a divisão de faixas, elas parecem não existir e os temas se repetem em vários momentos. A guitarra onipresente no álbum Yeti aparece esporadicamente e há uma dose bem maior de acústicos. Se não for seu melhor disco como um todo, no mínimo é o melhor em termos de improviso, mesclando influências que vão desde Stockhausen até Lou Reed. E apesar de um pouco datado, é uma viagem e tanto.


Chris Karrer -guitarra,violão,violino,vocal
Karl-Heinz Hausmann -eletrônicos
Peter Leopold -bateria,percussão,piano 
Lothar Meid -baixo elétrico e acústico,vocal 
Falk U. Rogner -órgão e eletrônicos 
John Weinzierl -violão,guitarra,piano,vocal 
com
Al Gromer -sitara 
Jimy Jackson -órgão,piano,côro 
Henriette Kroetenschwanz -vocal
Rolf Zacher -vocal


01. Syntelman's March of the Roaring Seventies 
a) In The Glassgarden
b) Pull Down Your Mask
c) Prayer To The Silence 
d) Telephonecomplex 

02. Restless Skylight-Transistor-Child  
a) Landing In A Ditch 
b) Dehynotized Toothpaste
c) A Short Stop St The Transylvanian Brain Surgery 
d) Race From Here To Your Ears 
- Little Tornadoes 
- Overheated Tiara 
- The Flyweighted Five 
e) Riding On A Cloud 
f) Paralized Paradise 
g) HG Well's Take Off

Chamsin Soundtrack
03. The Marilyn Monroe-Memorial-Church
04. Chewing Gum Telegram
05. Stumbling over Melted Moonlight 
06. Toxicological Whispering