quinta-feira, 30 de maio de 2019

Jimmy Rogers - Blue Bird (1994)







Jimmy Rogers foi um ícone do blues de Chicago e um dos últimos remanescentes da histórica banda do mestre Muddy Waters chamada Caçadores de Cabeça, pois a cada turnê trocavam os músicos por caras ainda melhores. Ele mesmo seguiu essa ideia com a banda All Stars, pela qual passaram inúmeros convidados ilustres, inclusive o Eric Clapton.
Rogers foi autor de alguns do maiores clássicos dos anos 50 e era reconhecido pela alta qualidade dos arranjos e da execução. Porém, no início dos anos 60 o blues estava perdendo espaço para o rock e muitos dos grandes músicos foram para a Europa. Rogers, por sua vez, decidiu deixar tudo de lado e ir cuidar de uma loja de roupas, que acabou sendo incendiada durante os protestos pelo assassinato de Martin Luther King. E ele acabou voltando para a música com a ajuda de um outro King, o Freddie.

Em Blue Bird ele recebe o pianista Johnnie Johnson e os dois tocam de maneira descontraída, mas com toda autoridade da realeza. Quem bota pra quebrar é filho de Rogers, Jimmy D. Lane. Lane é um grande guitarrista e tem ao menos três discos excelentes. 




Jimmy Rogers - vocal, guitarra
Jimmy D. Lane - guitarra
Johnnie Johnson - piano
Carey Bell - harmônica
Dave Myers - baixo
Ted Harvey - bateria




1    I'm Tired Of Crying Over You
2    Blue Bird   
3    Walkin' By Myself       
4    Rock Me
5    I Lost A Good Woman
6    Howlin' For My Darling
7    Why Are You So Mean To Me
8    Blues Falling     
9    Lemon Squeezer     
10  That Ain't It (Baby I Need Your Love)  
11  Smokestack Lighting
12  Blue And Lonesome
13  Big Boss Man
14  Jam Session (a. Jammin' With Johnnie; b. Saint Louis Blues) 

terça-feira, 28 de maio de 2019

Johnnie Johnson - Johnnie B. Bad (1991)







Johnnie Johnson é um dos pais do rock. Ele foi o pianista de Chuck Berry por décadas e supostamente foi co-autor não creditado de muitos dos clássicos de Berry. O curioso é que ele foi patrão do Berry em primeiro lugar.
Johnson nasceu em 1924 na Virginia Ocidental e começou a tocar piano aos quatro anos de idade. A partir da adolescência ele participou de vários grupos e orquestras até formar seu próprio trio, o Johnnie's Boogie. Já nos anos 50 ele precisou substituir seu saxofonista e optou por um guitarrista chamado Chuck. Chuck era um showman nato, virou a grande atração e logo tomou conta da banda. Mas a interação musical entre ele e Johnson era muito grande, com o boogie-blues de Johnson sendo a base perfeita para guitarra de Berry.
Johnson também gravou com Albert King mas sempre viveu à sombra de Berry. Foram Keith Richards e Eric Clapton que ajudaram Johnson a emergir.
Johnnie B. Bad é apenas seu segundo disco solo e foi indicado ao Grammy como "Melhor Blues Tradicional".




Johnnie Johnson - piano, vocal
Eric Clapton - guitarra
Keith Richards - guitarra, vocal
Bernie Worrell - teclados, backing vocal
Joey Spampinato - baixo, backing vocal
Steve Jordan - bateria, backing vocal
Bernard Fowler - backing vocal
Michael Ray - trompete
Steve Ferguson - guitarra e vocal
Tom Ardolino - bateria
Terry Adams - harmônica
Al Anderson - guitarra ritmica




1  Tanqueray 
2  Hush on Hush 
3  Johnnie B. Bad 
4  Creek Mud 
5  Fault Line Tremor 
6  Stepped In What 
7  Can You Stand It 
8  Key To The Highway 
9  Blues, nº 572 
10 Baby What's Wrong 
11 Cow Cow Blues 
12 Movin' Out 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Andy Summers & Robert Fripp - Bewitched (1984)







Nem mesmo esses dois escaparam do feitiço dos anos 80. Feitiço não, praga — aquela batida eletrônica repetitiva que aniquilava qualquer mente progressiva e jogava tudo na vala do pop.
Bewitched é a segunda colaboração entre Fripp e Summers, não tão emblemática quanto a primeira, mas ainda assim muito melhor do que a maioria dos discos naquele período. Não desista antes da faixa 4; a partir daí a coisa muda e aparecem semelhanças tanto com a King Crimson da trilogia Discipline/Beat/Three of a Perfect Pair, quanto com a The Police.




Andy Summers - guitarra, violão, Tr909 drum machine, Roland guitar synth Gr700 & 300, Roland Jupiter/JX-3P, sequenciador Msq 700, loops
Robert Fripp - guitarra, violão, Tr909 drum machine, Roland guitar synth Gr700 & 300, Roland Jupiter/JX-3P, sequenciador Msq 700, loops
Paul Beavis - bateria
Chris Childs - baixo
Sara Lee - baixo  
Jesse Lota - percussão
Chris Winter - sax




1    Parade  
2    What Kind of Man Reads Playboy?  
3    Begin the Day 
4    Train  
5    Bewitched  
6    Tribe  
7    Maquillage  
8    Guide  
9    Forgotten Steps   
10  Image and Likeness 

terça-feira, 21 de maio de 2019

Camel - Rajaz (1999)







Rajaz é o penúltimo álbum de estúdio da Camel, se a gente não considerar a regravação de Snow Goose. Ele é o ponto alto numa linha de três álbuns lançados após sete anos de hiato da banda (84-91). E também é um ponto alto da carreira da banda. De membro original, só Latimer; e agora com gravadora própria.
A Camel é uma banda que só fez evoluir ao longo tempo. Ela mudou muito, mas não abandonou suas idéias. Também não se pode dizer que ela se adaptou aos novos tempos, ela continua a refletir o momento. Andy Latimer também parece um guitarrista ainda melhor; seu trabalho aqui é maravilhoso. A gente percebe que o cara sente cada nota e sua técnica é impecável. O tecladista Ton Scherpenzeel, fundador da banda Kayak, também está perfeito. Ele já havia estado na Camel nos anos 80, mas como tem medo de avião, complicava as turnês.
Rajaz é um tipo de música cantada por poetas no ritmo dos passos dos camelos em caravanas. Aqui a música é melancólica, calma, suave, tentando seguir essa ideia. Assim como a Camel no tempo, Rajaz é daqueles discos que ficam melhores a cada audição. Ele foi gravado num momento delicado, quando Latimer lutava contra uma doença no sangue que o afligia desde 1992. Foi preciso fazer um transplante de medula mas está tudo bem com ele agora. 




Andy Latimer - guitarra, vocal, flauta, teclados, percussão
Ton Scherpenzeel - teclados
Colin Bass - baixo
Dave Stewart - bateria, percussão
com:
Barry Phillips - cello 




1 Three Wishes
2 Lost And Found
3 The Final Encore
4 Rajaz
5 Shout
6 Straight To My Heart
7 Sahara
8 Lawrence

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Jimmy Carl Black - When Do We Get Paid (1996)







Essa é uma coletânea que passeia por toda carreira solo do venerado baterista da Mothers of Invention, aquele que chamava a si próprio de "o índio da banda". As músicas vão da banda The Keys, pré-Mothers em 1962, até The X-tra Combo em 2002. São gravações ao vivo, transmissões de rádio, raridades e outras que nunca haviam sido ouvidas antes.
Jimmy Carl Black faleceu em 2008 na Alemanha.




1. Trail Of Tears with The Grandmothers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Ener Bladezipper - baixo
Mike Harris - guitarra, backing vocal
Roland St. Germain - teclados, backing vocal
Jeff Hogan - percussão
Linda Voldmets - violino, vocal
El Smith - sopros de madeira, backing vocal


2. Turn On Your Love Light with Holzhaus, Black And Terrazas
Jimmy Carl Black - bateria
Louis Terrazas - baixo
Chris Holzhaus - guitarra, vocal


3. Goin' Back To Texas with Holzhaus, Black And Terrazas
Jimmy Carl Black - bateria
Louis Terrazas - baixo
Chris Holzhaus - guitarra, vocal


4. Stretch Pants with The Keys
Jimmy Carl Black - bateria
Johnny Holt - guitarra
Tom Board - teclados, backing vocal
Larry Hurst - baixo, vocal


5. Just A Matter Of Time with The Keys
Jimmy Carl Black - bateria
Johnny Holt - guitarra
Tom Board - teclados, backing vocal
Larry Hurst - baixo, vocal


6. I'm Ready with The Jolly Rogers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Diana Martel - backing vocal
Wally Stahl - baixo, backing vocal
John Isaminger - guitarra
Matt Mahboub - teclados
Mike Padilla - percussão


7. Love Potion #9 with The Jolly Rogers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Diana Martel - backing vocal
Wally Stahl - baixo, backing vocal
John Isaminger - guitarra
Matt Mahboub - teclados
Mike Padilla - percussão


8. Cherry Pie with The Jolly Rogers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Diana Martel - backing vocal
Wally Stahl - baixo, backing vocal
John Isaminger - guitarra
Matt Mahboub - teclados
Mike Padilla - percussão


9. Ain't Got No Home with The Jolly Rogers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Diana Martel - backing vocal
Wally Stahl - baixo, backing vocal
John Isaminger - guitarra
Matt Mahboub - teclados
Mike Padilla - percussão


10. Bony Moronie with The Jolly Rogers
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Diana Martel - backing vocal
Wally Stahl - baixo, backing vocal
John Isaminger - guitarra
Matt Mahboub - teclados
Mike Padilla - percussão


11. Sick And Tired with Big Sonny And The Lo Boys
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Richard J. Farlow - baixo, backing vocal
Byron Farlow - guitarra, backing vocal
William Randolph Russ III - guitarra, backing vocal
Salvador Davila "Chava" Villegas - percussão


12. I'm A King Bee Big with Sonny And The Lo Boys
Jimmy Carl Black - bateria, vocal
Richard J. Farlow - baixo, backing vocal
Byron Farlow - guitarra, backing vocal
William Randolph Russ III - guitarra, backing vocal
Salvador Davila "Chava" Villegas - percussão


13. Sympathy For The Devil with Sonny And The Lo Boys (Jagger/Richards)
James Darrell Black - bateria, percussão
Richard J. Farlow - baixo, backing vocal
Byron Farlow - guitarra, backing vocal
William Randolph Russ III - guitarra, backing vocal


14. Freak Out In Screw, Texas with The Grandmothers
Jimmy Carl Black - bateria
Ener Bladezipper - baixo
Mike Harris - guitarra
Jeff Hogan - percussão
El Smith - sopros de madeira


15. Fever with Arthur Brown & Jimmy Carl Black's Band
Arthur Brown - vocal
Jimmy Carl Black - bateria
Gil Hartman - guitarra
Gary Primich - guitarra, harmônica
Nick Conway - teclados
Frank Meyer - baixo
Phil Fajardo - percussão
Bob Corbett - sax
Mike Francis - sax


16. Lady Queen Bee with The Grandmothers
Jimmy Carl Black - vocal
Tom Fowler - baixo, backing vocal
Tony Morales - bateria
Mike Miller - guitarra
Don Preston - teclados
Walt Fowler - trompete, backing vocal


17. Blue Eyed Woman with Jimmy Carl Black And The X-tra Combo
Jimmy Carl Black - vocal
Dietmar Kastowsky - baixo
Peter Angerer - bateria
Stefan Schubert - guitarra, backing vocal
Sabina Hank - teclaods, backing vocal
Herb Burger - sopros de madeira


sábado, 18 de maio de 2019

The Mothers Of Invention - Burnt Weeny Sandwich (1970)







Burnt Weeny Sandwich foi lançado depois que Frank Zappa já havia dissolvido a The Mothers Of Invention. Ele contém material que estava gravado antes do derradeiro álbum Uncle Meat. Na verdade era tanto material, que serviu para lançar este disco e mais o Weasels Ripped My Flesh no mesmo ano. Mas este disco não é só um ajuntamento de arquivo; ele é o melhor exemplo de um talento do Zappa: a edição do som. A faixa 8, por exemplo, tem 18 minutos e seu corpo principal foi gravado no Albert Hall em 1969, sendo adicionado o piano de Ian Underwood no início e mais adiante um solo matador de Sugarcane Harris. 
O "sanduíche", no caso, é um recheio entre duas fatias de Rhythm & Blues: WPLJ de 1956 e Valarie de 1960. 
A capa é uma fotografia da escultura Crucified on Technology e havia sido feita originalmente para um disco de Eric Dolphy.





Frank Zappa - órgão, guitarra, vocal
Jimmy Carl Black - bateria, percussão
Roy Estrada - baixo, backing vocal, Pachuco rap (1)
Janet Ferguson – backing vocal (1)
Bunk Gardner - sopros
Buzz Gardner - trompete
Billy Mundi - bateria (não creditado, 4)
Lowell George - guitarra, vocal
Don "Sugarcane" Harris  - violino (8)
Don Preston - baixo, piano, teclados
Jim Sherwood - guitarra, vocal, sopros
Art Tripp - bateria, percussão
Ian Underwood - guitarra, piano, teclados, sopros
John Balkin  - baixo (1, 3)





1 WPLJ [The Four Deuces]
2 Igor's Boogie, Phase One
3 Overture To A Holiday In Berlin
4 Theme From Burnt Weeny Sandwich
5 Igor's Boogie, Part Two
6 Holiday In Berlin, Full-Blown
7 Aybe Sea
8 The Little House I Used To Live In
9 Valarie [Jackie And The Starlites]

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Geronimo Black - Geronimo Black (1972)







Geronimo Black foi formada por Jimmy Carl Black em 1972. Black é mais conhecido como o excelente baterista da banda Mothers of Invention de Frank Zappa. Ele era descendente de índios Cheyenne, aprendeu a tocar piano aos seis anos e vários outros instrumentos adiante. Já adulto e casado, ele mudou-se para a Califórnia onde conheceu Roy Estrada e Ray Collins, e juntos formaram uma banda chamada Soul Giants. Eventualmente eles contrataram um guitarrista e vocalista chamado Frank Zappa. Em um mês Zappa já tinha se tornado o líder e a banda passou a se chamar "The Mothers of Invention". Isso foi em 1964. Em 1969, depois de cinco álbuns absolutamente clássicos e indispensáveis, Zappa dissolveu a The Mothers. Black então uniu-se a outros ex-membros da The Mothers para formar sua própria banda.
Geronimo era o nome de um dos filhos de Black. A influência de Zappa está por toda parte, incluindo o humor, mas a Geronimo Black também se debruça sobre o rock ácido e provocativo da costa oeste.





Jimmy Carl Black - vocal, bateria, percussão, tímpanos
Andy Cahan - órgão, órgão de tubos, piano, Harpsichord, vocal, bateria
Denny Walley (Mothers of Invention) - guitarra, violão, órgão de tubos, backing vocal, vocal (8)
Bunk Gardner (Mothers of Invention) - sax, flauta, corneta, fagote, trompete, piano, órgão de tubos
Tjay Contrelli - sax tenor, sax barítono, flauta, vocal
Tom Leavey - baixo, backing vocal
com
Nat Gershman - cello
Buzz Gardner (Mothers of Invention) - trompete, corneta
Phil Goldsberg - viola
Arno Nuefeld - violino
Samuel Cytron - viola
Scott Page - oboé
Keith Olsen - backing vocal (9)





1   Low Ridin' Man
2   Siesta
3   Other Man
4   L.A. County Jail '59 C/S
5   Let Us Live
6   Bullwhip
7   Quaker's Earthquake
8   Gone
9   An American National Anthem
10 '59 Chevy (Bonus Track)

terça-feira, 14 de maio de 2019

Lily - V.C.U. (we see you) 1973







Lily foi o nome imposto pela Bacillus Records para a banda alemã Monsun. E não foi a única imposição. Na época do lançamento deste que é o único disco da banda, a Bacillus era controlada pela Bellaphon que determinou que a Lily seria promovida como uma banda de glitter-rock ou glam. Na verdade o som dela é um krautrock com uma estrutura jazzística complexa, conduzida pelo sax plugado no fuzz e no wah-wah. Seu estilo é bastante distinto do das outras bandas da região de Frankfurt, com letras estranhas e composições idem.
Portanto, a capa, o nome da banda e a maquiagem dos caras devem ser ignorados. 




Manfred-Josef Schmid - guitarra
Klaus Lehmann - guitarras
Hans-Werner Steinberg - sax tenor, sax soprano
Wilfried Kirchmeier - baixo, vocal, percussão (3), sintetizador (6)
Manfred Schlagmüller - bateria, percussão, gongo, sintetizador (6)
com:
Dieter Dierks - engenheiro, Mellotron
Armin Bannach - gongo




1   In Those Times
2   Which Is This
3   Pinky Pigs
4   Doctor Martin
5   I'm Lying On My Belly (Including 'Tango Atonale')
6   Eyes Look From The Mount Of Flash
7   Chemical New York
8   Adlerbar
9   Catch Me
10 The Wanderer

sábado, 11 de maio de 2019

Déjà-Vu - Between The Leaves (1976)







A norueguesa Déjà-Vu foi formada em 1975 por Svein Rønning e Knut Lie depois que ambos deixaram a banda Høst. Seu único álbum permaneceu desconhecido até mesmo na Noruega até que o selo Research o relançou vinte anos mais tarde. 
O som da banda é uma mistura de hard rock com o prog sinfônico e mencionar Deep Purple e Yes não estaria muito distante. Ele sobrepõe a guitarra áspera a montes de teclados e não é muito diferente do som da Høst, a não ser por ter faixas mais longas. É um disco muito legal que merecia ter feito sucesso.




Svein Rønning - guitarra, violão 12, backing vocal
Harald Otterstad - Fender Rhodes, sintetizadores, Mellotron, Klavinett D-6
Kai Grønlie - vocal
Per Amundsen - baixo
Knut R. Lie - bateria, backing vocal




1 Burning Bridges
2 Between The Leaves
3 Free Man
4 Flying
5 Somebody Cares
6 Time
7 Visions Of Nirvana

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Sun - S.U.N. (1980)







A banda Sun foi formada no noroeste da Alemanha em 1974 e nesse mesmo ano teve duas composições incluídas numa coletânea dedicada ao krautrock chamada Proton 1. Ela era uma banda promissora com uma mistura complexa de influências e um estilo um tanto excêntrico. O primeiro LP saiu seis anos mais tarde e veio com um som mais voltado ao jazz-rock, ainda meio excêntrico, talvez pela influência de Frank Zappa. Eles mesmos produziram e bancaram a prensagem. Na etapa da arte gráfica a grana acabou e há quem diga que eles próprios terminaram de colar as capas.




Reinhard Stephan - piano elétrico, órgão
Gunter Hübner - guitarra
Harry Müller - guitarra, vocal
Bruno Mäder - sax, Lyricon, vocal
Thomas Heldmann - baixo, vocal
Rudi Herrmann - bateria




1   Ohne Titte
2   The Jester
3   Seeing Similaun
4   On Holiday
5   Und Ewig Heulen Die Gitarren
6   Neulich In Spanien
7   Women's Lib. Blues
8   Leisure
9   To Celia
10 Communication Breakdown
11 Slave Of Heaven
12 Black Sheep Of The Family
13 Morning Dream

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Surgery - Übermorgen (1980)







Surgery foi uma banda de jazz-rock/krautrock, que nunca conseguiu destaque fora de sua própria área. Esse seu único álbum foi lançado por eles mesmos numa tiragem de cerca de 500 cópias, e chegou ao mercado numa época em que esse tipo de música já não despertava muito interesse. Uma pena.
Übermorgen é cheio de boas idéias interpretadas com maestria e é colocado entre os melhores do gênero. Apesar de disputado pelos colecionadores, o LP só mereceu este relançamento do selo Garden of Delights que não deixou por menos e acrescentou dez bônus, além do rico encarte que é da sua tradição.




Thomas Miebs - órgão, piano, piano elétrico, sax tenor 
Herbert Klinger  - guitarra
Udo Custodis - sax tenor
Udo Fuellhaas - baixo
Rüdiger Freitag - bateria
Jörg-Peter Podlasly - bateria, percussão
Alfred Gaudschun - percussão




1   Intro   
2   Kernein  
3   Adios G. F. 
4   Vurz Im Morgengrauen   
5   Intro Reprise  
6   Paulchen Panther  
7   Pisa  
8   On My Way To Übermorgen   
9   Sieben Plus Bossa 
10 Sir Jerry 
11 Alter Narr, Was Nun? 
12 Feeling Good
13 Katerfrühstück
14 Schmalzer 
15 Amazonien, Teil 1 
16 Heiter Bis Wolkig
17 Amazonien, Teil 2 
18 Rush Hour In Madrid 
19 Schmetterling 

sexta-feira, 3 de maio de 2019

The Brecker Brothers - Heavy Metal Be-Bop (1978)







Amanhã, 04 de maio, começa uma turnê européia com a reunião dessa mesma banda interpretando este disco, infelizmente sem o saudoso Michael Brecker — no seu lugar está uma saxofonista italiana. 
Heavy Metal Be-Bop é o quarto disco da dupla e foi gravado ao vivo, exceto pela faixa 1. E não, não há heavy metal nele. O título é uma dica, porque o conteúdo é bombástico: uma mistura de jazz, rock e funk com interpretações fantásticas. Randy e Michael se plugaram a todo tipo de efeitos disponíveis na época, inclusive Wah-Wah e Echoplex, normalmente usados em guitarras.
Os irmãos Brecker eram a sessão de metais dos sonhos de todo músico e a lista de créditos deles é quilométrica. Na época da gravação desse disco eles estavam na banda de Frank Zappa — vejam Zappa em NY — e o baterista de Zappa, Terry Bozzio está aqui, veloz como sempre.




Michael Brecker - sax tenor elétrico, sax tenor (1), palmas (1)
Randy Brecker - trompete elétrico, teclados, trompete (1), palmas (1)
Barry Finnerty - guitarra, backing vocal
Neil Jason - baixo, vocal
Terry Bozzio - bateria, backing vocal
com:
Paul Schaeffer - Fender Rhodes piano (1)
Jeff Schoen, Roy Herring - backing vocal (1)
Alan Schwartzberg - bateria (1)
Victoria - pandeiro
Rafael Cruz - percussão 
Sammy Figueroa - percussão




1 East River
2 Inside Out
3 Some Skunk Funk
4 Sponge
5 Funky Sea, Funky Dew
6 Squids

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Michael Brecker - Tales From The Hudson (1996)







Desde 1970 Michael Brecker vinha sendo um dos mais requisitados músicos de estúdio, menos para trabalhos no jazz e mais em discos de rock e pop. Isso até 1975, quando ele e o irmão Randy lançaram o primeiro álbum da Brecker Brothers com o que eles chamaram de "slunk funk". Em 1978 eles lançaram Heavy Metal Be-Bop, um álbum transgressor no qual o trompete e o sax eram processados eletronicamente. A partir daí a dupla ganhou bastante prestígio e Michael começou a ser comparado ao John Coltrane. Não significa que não tenha feito discos comerciais e superficiais, mas Tales From The Hudson é um trabalho maduro e muito comprometido. Talvez nem precisasse de tanto capricho nas composições, afinal, o que poderia dar errado quando se tem uma banda como essa?




Michael Brecker - sax tenor
McCoy Tyner - piano (3, 5)
Joey Calderazzo - piano
Pat Metheny - guitarra, sintetizador de guitarra (3)
Dave Holland - baixo
Jack DeJohnette - bateria
Don Alias - percussão (3, 5)




1 Slings And Arrows
2 Midnight Voyage
3 Song For Bilbao
4 Beau Rivage
5 African Skies
6 Introduction To Naked Soul
7 Naked Soul
8 Willie T.
9 Cabin Fever