sábado, 31 de agosto de 2019

Atoll - Musiciens-Magiciens (1974)







Atoll foi formada em 1972, em Metz, por Luc Serra, Jean-Luc Thillot Alain Gozzo. Ela foi uma das maiores bandas francesas no campo do rock sinfônico. O primeiro single saiu no ano seguinte e vendeu 40 mil cópias, o que é impressionante para uma estreia. 
A música da Atoll mistura as influências dos medalhões do gênero, como Yes e Genesis, bem como as harmonias vocais de bandas americanas como a CSNY.
Musiciens-Magiciens é seu primeiro álbum e mostra um grande talento para compor faixas complexas, cujos temas evoluem e mudam continuamente.




Luc Serra - guitarra, sintetizadores, vocal, percussão
Michel Taillet - sintetizador Eminent, clavinet, órgão, vibrafone, vocal, percussão
André Balzer - vocal
Jean-Luc Thillot - baixo, vocal, violão 12 cordas
Alain Gozzo - bateria, percussão
com
Laurent Gianez - sax tenor, sax soprano, flauta, piccolo, vocal




1   L'Hymne Medieval
2   Le Baladin Du Temps
     a. L'arpège Philosophal
     b. L'incube
     c. L'arpège Philosophal
3   Musiciens-Magiciens
4   Au-Dela Des Ecrans De Cristal
5   Le Secret Du Mage
6   Le Berger
7   Je Suis D'Ailleurs
8   Au-Dela Des Ecrans De Cristal
9   Fille De Neige
10 Je Fais Un Reve
11 Musiciens-Magiciens

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Artcane - Odyssée (1977)







Essa banda francesa fez apenas um álbum, o que é uma pena. Odyssée foi um começo promissor, obviamente influenciado pela King Crimson por volta de 1972-75, mas com mais calor e menos tensão (também menos vocais). As faixas longas e variadas se desenvolvem através de várias fases, com uma faixa dinâmica tão ampla quanto na música sinfônica. Guitarra e teclados são os principais ingredientes, tratados com efeitos como flanging, wah-wah e eco. Algumas partes do álbum são bastante etéreas e espaciais. A única fraqueza é que as idéias da Artcane careciam de alguma originalidade, mas isso diminui pouco seu valor. 




Alain Coupel - sintetizadores, vocal
Jack Mlynski - guitarra, vocal
Stanislas Belloc - baixo, vocal
Daniel Locci - percussão




1 Odyssée
2 Le Chant D'Orphée
3 Novembre
4 25ème Anniversaire
5 Artcane I
6 Nostalgie

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Mémoriance - Et Après... (1976)







Apesar de ter lançado este que é um dos melhores álbuns do prog francês, a Mémoriance permaneceu na obscuridade e, mesmo quando na ativa, foi pouco conhecida fora da França. De fato, Et Après (e depois...) só mereceu um relançamento em CD no Japão e outro mais recente na Alemanha. 
A banda foi formada na Alta Normandia em 1975 e seu som parece-se com o da conterrânea Ange e com o da Genesis, em alguns aspectos. As músicas são complexas, um tanto melancólicas em alguns momentos, e dramático e teatral em outros.




Jean-François Perier - teclados, vocal
Didier Guillaumat - guitarra, vocal
Jean-Pierre Boulais - guitarra rítmica, vocal
Michel Aze - baixo, vocal
Didier Busson - bateria, percussão




1 Je Ne Sais Plus
2 La Grange Mémoriance
3 Et Après...
4 Tracsir

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Città Frontale - El Tor (1975)







Città Frontale surgiu em 1970 e logo foi abandonada, pois alguns de seus membros saíram para formar a célebre Osanna. Em 1974, quando a Osanna se separou, Lino Viaretti e Massimo Guarino retomaram a antiga banda. O som dela é próximo do da Osanna pelo amplo uso da flauta e do sax, mas difere por ser mais pastoral, folk e menos complexo.




Lino Viaretti  - teclados, vocal
Enzo Avitabile - flauta, sax, vocal
Gianni Guarracino - guitarra, violão, Moog, vocal
Paolo Raffone - piano, órgão, Mellotron, glockenspiel
Rino Zurzulo - baixo
Massimo Guarino - percussão, vocal




1 Alba Di una Citta'(instrumental) 
2 Solo Uniti 
3 El Tor 
4 Duro Lavoro 
5 Mutatione 
6 La Casa del Mercante "Sun" 
7 Milioni di Persone 
8 Equilibrio Divino? 

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Crow Black Chicken - Electric Soup (2012)







Esse é o poderoso álbum de estreia de um trio irlandês que surgiu na mesma localidade onde Rory Gallagher foi criado. O nome da banda é o título de uma música folk tradicional americana que eles ouviram numa versão de Ry Cooder. Esses caras se confessam fãs de jazz e que a música que fazem é uma mistura de tudo que ouvem. Mas o que a gente ouve é um blues-rock de altíssimo nível — não é apenas riffs e divagações. Então não é heresia compará-los à Taste, à Cream ou à Experience; ou todas juntas e misturadas, mas com uma selvageria bem particular. O vocal é áspero e a guitarra é fenomenal. É uma faixa melhor que a outra.




Christy O'Hanlon - vocal, guitarra
Stephen McGrath - baixo
Gev Barrett - bateria, percussão, vocal




1 White Lightning  
2 Skin Deep   
3 Pourin' Down    
4 Epitaph   
5 Charlie's Women   
6 John Lee Wee  
7 Electric Soup   
8 Bijou Creole   
9 Murmuration    
10 Lie Awake   
11 The Drop  
12 Flowers 
13 John the Revelator  

terça-feira, 20 de agosto de 2019

AndersonPonty Band - Better Late Than Never (2015)







Jon Anderson e Jean-Luc Ponty se conheceram pessoalmente no final dos anos 70 quando a Yes tocou com a Mahavishnu Orchestra. Voltaram a cruzar caminhos nos anos 80 durante turnês, mas apesar de serem admiradores do trabalho um do outro, uma parceria nunca aconteceu até que um amigo com quem Anderson estava trabalhando sugeriu que Ponty tocasse numa nova música. Ponty topou e Anderson gostou do resultado. Daí emdiante compuseram algumas músicas juntos e retrabalharam músicas marcantes da carreira dos dois. Ponty jazzificou músicas da Yes e Anderson escreveu letras para clássicos do Ponty.
A banda foi escolhida entre alguns dos mais constantes colaboradores da carreira de Ponty, ou seja, só fera.




Jon Anderson - vocal, violão
Jean Luc Ponty - violino
Wally Minko - teclados
Jamie Glaser - guitarra
Baron Browne - baixo
Rayford Griffin - bateria




1   Intro
2   One In The Rhythm Of Hope
3   A For Aria
4   Owner Of A Lonely Heart
5   Listening With Me
6   Time And A Word
7   Infinite Mirage
8   Soul Eternal
9   Wonderous Stories
10 And You And I
11 Renaissance Of The Sun
12 Roundabout
13 I See You Messenger
14 New New World



sábado, 17 de agosto de 2019

Chac Mool - Nadie en Especial (1980)







A Chac Mool foi uma das primeiras bandas prog do México. Ela foi fundada por Jorge Reyes com Carlos Alvarado e Carlos Castro. Reyes aprendeu a tocar muitos instrumentos pré-hispânicos na vila em que nasceu e depois foi estudar flauta na Escola Nacional de Música. Ele também estudou jazz e improvisação na Alemanha; estudou flauta e percussão na Índia, bem como viajou pelo oriente médio recolhendo influências. 
A música da Chac Mool exibe um pouco de tudo isso. Há ainda influência do prog britânico, e na lembrança vem a King Crimson, a Jethro Tull e a Pink Floyd. Aliás, a faixa título tem muita semelhança com a música Welcome To The Machine da PF. 
Esse disco reúne faixas de estúdio e faixas de apresentações ao vivo como bônus. E eu, particularmente, acho sua capa muito legal.




Jorge Reyes - guitarra, flauta, Mellotron, vocal
Carlos Alvarado - Arp Odissey, Korg Ms20, orquestador Crumar, Mellotron, Vocoder Korg, voz
Mauricio Bieletto - cello, Vocoder Korg, vocal
Armando Suarez - baixo, bandolim, vocal
Carlos Castro - bateria, percussão




1   Un Mundo Feliz
2   El Visitante
3   Nadie En Especial
4   Salamandra
5   El Dia En Que Murió El Rey Camaleón
6   Aymara
7   Bienvenidos Al Fin Del Mundo
8   Nadie En Especial
9   Qué Buena Razón
10 El Rey Del Rock
11 Cuadros Para Una Exhibición
12 Brillo De Luna
13 Bienvenidos Al Fin Del Mundo

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Tomasz Stanko Septet - Litania (1997)







O subtítulo desse álbum indica que é uma homenagem ao compositor polonês Krzysztof Komeda, que morreu em 1969 aos 38 anos apenas. Komeda foi um pioneiro do jazz em seu país e foi o cara que introduziu Tomasz Stanko às plateias. A especialidade de Komeda eram as trilhas sonoras e, mesmo em tão breve vida, ele compôs mais de 60 delas.
Todas as músicas aqui são de Komeda, incluindo três temas de filmes do cineasta Roman Polansky. O disco é um tanto sombrio e melancólico, mas é belíssimo e virtuosamente interpretado.




Tomasz Stanko - trompete
Bobo Stenson - piano
Bernt Rosengren - sax tenor
Joakim Milder - sax tenor, sax soprano
Terje Rypdal - guitarra (6, 9, 10)
Palle Danielsson - baixo acústico
Jon Christensen - bateria




1   Svantetic
2   Sleep Safe And Warm (Version 1) (From Rosemary's Baby)
3   Night-time, Daytime Requiem
4   Ballada (From Knife in the Water)
5   Litania
6   Sleep Safe And Warm (Version 2)
7   Repetition
8   Ballad For Bernt (From Knife in the Water)
9   The Witch
10 Sleep Safe And Warm (Version 3)

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Pete Ham - 7 Park Avenue (1997)







Pete Ham foi o fundador, guitarrista e vocalista da Badfinger. Ele foi seu principal compositor também. Em 1975 ele descobriu q a banda havia levado uma rasteira da gravadora e que todos estavam quebrados e endividados. Desesperado, ele enforcou-se.
Este é o primeiro dos discos dele que foram lançados postumamente. 7 Park Avenue é uma coleção de demos realizadas desde os tempos da The Iveys, pré-Badfinger. Algumas músicas foram gravadas, como No Matter What e Matted Spam, outras não. 




1   Catherine Cares
2   Coppertone Blues
3   It Doesn't Really Matter
4   Live Love All Of Your Days
5   Would You Deny?
6   Dear Father
7   Matted Spam
8   No Matter What
9   Leaving On A Midnight Train
10 Weep Baby
11 Hand In Hand
12 Sille Veb
13 I Know That You Should
14 Island
15 Just Look Inside The Cover
16 Just How Lucky We Are
17 No More
18 Ringside

domingo, 11 de agosto de 2019

Mike Gibbins - A Place in Time (1997)







Mike Gibbins foi o baterista da Badfinger e este é o seu primeiro disco solo.
Gibbins sempre foi comparado com Ringo Starr mas seu estilo era bem mais agressivo. Na Badfinger ele colaborava com Pete Ham nas composições e algumas delas eram só suas, quase sempre as mais lentas. 
Ele acabou se tornando um respeitado músico de sessões e reorganizou a Badfinger algumas vezes.
A Place in Time é um disco de rock, ou power pop, típico dos anos 70. Não há nada memorável e não há nada a se criticar. 
Gibbins faleceu em 2005, aos 56 anos, vítima de um aneurisma. Fica o respeito por um músico talentoso, cuja banda prometia muito, mas malogrou por culpa  dos homens de negócios.




Mike Gibbins - vocal, teclados, piano, bateria, percussão
Rick Warsing - guitarra, baixo, vocal
Alan Hewgley - gaita (4)




1   Sue Me
2   Picture Of You
3   Rocking The Boat
4   Time In
5   Overdue
6   Bad Boy Blues
7   Layaway
8   Please Please
9   A Place In Time
10 Warcloud
11 Day After Night
12 Egg

sábado, 10 de agosto de 2019

Badfinger - Wish You Were Here (1974)







A história da Badfinger é de sucesso e tragédia. Tirando a The Beatles, ela foi a banda de maior sucesso da gravadora Apple.
A Badfinger surgiu no País de Gales como The Iveys no meio dos anos 60. Ela mudou de nome em 1969 quando foi convidada para gravar três músicas para a trilha sonora de um filme; uma das quais era de Paul McCartney. Essas músicas eram altamente comerciais e foram incluídas no primeiro álbum. McCartney gostou do trabalho deles e ajudou a promovê-los, mas, numa época em que surgia o prog, o pop refinado da Badfinger acabou por fazer mais sucesso nos EUA.
Lançaram três álbuns seguidos pela Apple, sempre fazendo maior sucesso fora do reino Unido. O terceiro álbum seria produzido por George Harrison, mas  George acabou se dedicando à produção do Concert for Bangladesh, convidando-os, no entanto, para ser a banda de apoio no Madison Square Garden. O álbum acabou sendo produzido por Todd Rundgren.
A Apple não lhes dava a atenção que mereciam e, insatisfeitos, mudaram para a Warner. A Warner adiou o lançamento do quarto álbum e eles voltaram para a Apple. Nesse momento se deram conta de estavam quebrados e endividados. Agentes e gravadora não lhes repassaram os valores devidos e um batalha judicial se iniciou. Voltaram para a Warner.
Wish You Were Here é o sexto e mais elogiado trabalho da Badfinger. Ele é mais rock do que tudo que foi feito anteriormente e tanto as composições quanto os arranjos são mais complexos. A produção também é muito melhor e coube a Chris Thomas, um cara que trabalhou com os Beatles e também com Pink Floyd e Procol Harum.
Contudo, a base de fãs da banda havia erodido, o disco não vendeu o esperado e os problemas financeiros se agravaram. Por causa disso Pete Ham se suicidou em abril de 1975. Ham era a principal força da banda.
Joe Molland, que passou um tempo na Blue Goose e na Natural Gas, reformulou a banda em 1978. A Badfinger lançou uma coletânea e os lucros dela foram investidos em demos para a gravadora Elektra. A banda foi tentando levar a vida sem conseguir resolver seus problemas financeiros. Depois de uma turnê problemática pelos Estados Unidos em 1983, Tom Evans retornou à Inglaterra e também se suicidou.
O post foi sugestão do amigo Raulzim.



Pete Ham - guitarra, teclados, vocal
Joe Molland - guitarra, vocal
Tom Evans - baixo, vocal
Mike Gibbins - bateria, teclados, vocal




1 Just A Chance
2 Your So Fine
3 Got To Get Out Of Here
4 Know One Knows
5 Dennis
6 In The Meantime / Some Other Time
7 Love Time
8 King Of The Load (T)
9 Meanwhile Back At The Ranch / Should I Smoke

domingo, 4 de agosto de 2019

Attention Deficit - Attention Deficit (1998)







Quando essa banda foi formada, Alex Skolnick acabara de gravar um disco com a banda Savatage, após sair da Testament. Tim Alexander havia deixado provisoriamente a banda Primus, que fazia um metal orientado pelo baixo. Já Michael Manring vinha de outra direção. Ele foi baixista do estúdio Windham Hill, especializado em new age music, e seu trabalho solo até então misturava a new age ao jazz. E foi a partir de um disco solo do Manring chamado Thonk que os três decidiram aprofundar o trabalho.
O primeiro disco da Attention Deficit é bastante experimental, com cada um dos três virtuosos querendo ir além daquilo que já os havia consagrado. As músicas não são estruturadas e em alguns momentos parecem jams. O trabalho é uma continuação do que Manring iniciou em Thonk, mas Attention Deficit é um dos álbuns mais originais da sua época.




Michael Manring - baixo de 4, 6 e 10 cordas, E-Bow, loops
Alex Skolnick - guitarra, violão
Tim "Herb" Alexander - bateria, percussão




1  ATM 
2  An Exchange of Niceties 
3  Scapula 
4  Snip  
5  It's over, Johnny 
6  TMA 
7  Fly Pelican, Fly  
8  Febrile  
9  MAT 
10 Wrong 
11 The Girl from Enchilada 
12 Merton Hanks 
13 Ill Fated Conspiracy 
14 The Blood Room  
15 Festivus  
16 Khamsin  
17 Lydia  
18 Say Hello to My Little Friend 

sábado, 3 de agosto de 2019

Alex Skolnick Trio - Transformation (2004)







Alex Skolnick começou sua carreira no speed-metal — aos 16 anos ele já era o guitarrista da banda Testament. Nela ele permaneceu por uns sete anos e tornou-se um guitar hero. Até que Miles Davis virou sua cabeça. Skolnick foi estudar jazz numa universidade de Nova York e lá conheceu os também graduados Nathan Peck e Matt Zebroski. 
A grande sacada dos três foi fazer versões jazzísticas de clássicos do hard-rock ou do heavy-metal. Então, Skolnick trocou as guitarras ESP Signature e as Ibanez 540P pelas hollowbody e semi-hollow Heritage, Godin e até a enorme Gibson L5. Essa troca é o tema da sutil ilustração da capa.
O primeiro disco fez bastante sucesso mas esse segundo, Transformation, foi mais elogiado por trazer composições próprias além das releituras.




Alex Skolnick - guitarra
Nathan Peck - baixo acústico
Matt Zebroski - bateria, percussão
com
Dave Eggar - cello (1)
Charlie Hunter - guitarra com 8 cordas (6)




1   Transformation
2   Electric Eye [Judas Priest]
3   Fear Of Flying
4   Money [Pink Floyd]
5   Both Feet In
6   Scorch
7   Blackout [Scorpions]
8   IMV / The Trooper
9   No Fly Zone
10 Don't Talk To Strangers [Dio]
11 Highway Star [Deep Purple]