Max Roach foi um dos maiores bateristas de jazz de todos os tempos. Ele nasceu em 1924 na Carolina do Norte e quatro anos depois sua família mudou-se para Nova Iorque. Sua mãe era cantora de gospel e com dez anos de idade Max tocava bateria na igreja. Aos 18 ele já tocava com os grandes músicos, como Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Charles Mingus e Miles Davis. Seu trabalho foi criativo e inovativo, e ele sempre buscou novos caminhos, chegando a trabalhar com o rap.
Em 1959, ele e o letrista Oscar Brown Jr. começaram a compor esse álbum, pensando nas comemorações do centenário da emancipação dos escravos, promulgada por Abraham Lincoln em 1863. Repare no nome da cantora — e futura esposa. As faixas do álbum referem-se ao movimento de independência dos países da Africa e, consequentemente, ao movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. We Insist! foi tão político e desafiador que colocou Roach na famosa "lista negra", que muitos produtores e contratantes tinham que consultar. Na Africa do Sul ele causou uma onda de rebeliões que o fizeram ser banido. Um disco... banido. Frank Zappa, inteirinho, só conseguiu ser banido do Saturday Night Live.
Sempre aparecem aquelas listas dos discos mais isso, mais aquilo, e é tudo balela. "Freedom Now Suite" sim, realmente mudou muita coisa. De novo, um disco.
Por aqui os milhares e milhares que saem em passeatas não conseguem mudar nadica de nada. Aí bate um desânimo, aquele calor ou a chuva no domingo, ou o frio, e ficamos na merda mesmo. As manchetes dos jornais parecem referir-se ao planeta Klingon e a manada mansa continua se contentando com pouco, acreditando em tudo e não cobrando nada.
Max Roach - bateria
Coleman Hawkins - sax tenôr
Walter Benton - sax tenôr
Julian Priester - trombone
Booker Little - trompete
Abbey Lincoln - vocal
James Schenck - baixo
Ray Mantilla - percussão
Michael Olatunji - percussão
Tomas DuVall - percussão
1 Driva'Man
2 Freedom Day
3 Triptych: Prayer/Protest/Peace
4 All Africa
5 Tears For Johannesburg