Aí está uma banda cuja importância é enorme, por mais distorcidos que seus conceitos tenham sido nas últimas quatro décadas. Ralf Hütter veio da cena underground, com experiências no fusion e em bandas como a Zambo Bluesband e a Bluesology. Já Florian Schneider era um flautista clássico e ambos se encontraram na Academia Ramscheid, onde tiveram a idéia de montar uma banda, a Organisation. Dois anos depois surgiu a Kraftwerk. A mudança aconteceu pelas experiências dos dois com a eletrônica e pela influência da banda Silver Apples e de compositores de vanguarda como Stockhausen. Depois do primeiro disco, Hütter deu um tempo e voltou aos estudos. Schneider levou as coisas com diversas formações diferentes que incluíram Klaus Dinger, da banda Neu!, e Michael Rother, também da Neu! e da Harmonia. Hütter voltou em 71 para o segundo disco, em duo com Schneider. Ralf & Florian é o terceiro disco e o meu favorito. Enquanto os dois primeiros foram altamente experimentais, cheios de caos e nonsense, esse tem uma orientação melódica, é mais acessível e mais amável aos ouvidos.
Ralf Hütter -teclados, eletrônicos, sopros, cordas, percussão, voz
Florian Schneider -teclados, eletrônicos, sopros, cordas, percussão, voz
1. Elektrisches Roulette (Electric Roulette)
2. Tongebirge (Mountain of Sound)
3. Kristallo (Crystal)
4. Heimatklange (The Bells of Home)
5. Tanzmusik (Dance Music)
6. Ananas Symphonie (Pineapple Symphony)