Foi num dia 5 de Fevereiro que a Cream lançou seu último álbum, em 1969. Mesmo com uma vida tão curta, a banda teve fases diferentes. Por exemplo: do primeiro para o segundo disco, o estilo de Clapton mudou muito. Primeiro a guitarra dele, uma Gibson Les Paul '59, foi roubada e ele passou a tocar numa Gibson SG, toda pintada por um grupo de artistas chamado The Fool. Ele tocava mais rápido, usando muito eco, fuzz e o recém lançado pedal wah-wah. A causa disso foi um cometa chamado Hendrix. Outra mudança no estilo de toda banda foi o álbum "Born Under a Bad Sign" de Albert King. Além disso, a sensação do público era de que havia duas bandas, uma no estúdio e outra no palco. Eles esticavam suas músicas com longas improvisações e, não raro, os três improvisavam simultaneamente. Era frequente também eles ultrapassarem a fronteira entre o rock e o free-jazz. Logo, portanto, começaram a ser reconhecidos como a melhor banda ao vivo, e gostaram disso. Para provar esse ponto para aqueles que perdiam seus concertos, a Cream lançou o álbum "Wheels of Fire" que mistura faixas ao vivo e de estúdio.
Com toda a adulação que recebiam, cresceu a rotina de shows, compromissos, exposição na mídia e gravações. Cresceram também os egos e o uso de drogas. Começaram, então as desavenças entre eles e surgiu a desilusão com o estrelato e todas as pressões que ele acarreta. A gota d'água parece ter sido uma crítica da revista Rolling Stone que os acusava de falta de profundidade e desenvolvimento musical.
Clapton anunciou o fim da banda com uma turnê de despedida e um álbum nos moldes do anterior, com faixas ao vivo e de estúdio.
Eric Clapton - guitarra, vocal (1, 4)
Jack Bruce - baixo (1 à 5), órgão (6), piano (5, 6), vocal (1 to 3, 5, 6)
Ginger Baker - bateria, percussão (6)
Felix Pappalardi - baixo (6), Mellotron (4, 5), piano (4)
L'Angelo Misterioso (George Harrison) - guitarra rítmica (4)
1 I'm So Glad (Skip James)
2 Politician
3 Sitting On Top Of The World (Howlin' Wolf)
4 Badge
5 Doing That Scrapyard Thing
6 What A Bringdown