Bill Frisell, agora o único remanescente desse incrível trio, conta que admirava Ginger Baker desde que viu a Cream tocar quando era um adolescente, mas que nunca imaginou que um dia iria tocar com ele. A ideia de reunir os três partiu de um amigo e produtor. Até então Frisell tinha apenas apertado a mão de Baker durante um festival. Charlie Haden o conhecia um pouco melhor, apenas de conversas. Apenas Frisell e Haden haviam tocado juntos, por isso entraram no estúdio acanhados. Mas a medida que a música foi rolando, os sorrisos tomaram conta dos três e a química aconteceu. Isso foi no primeiro disco do trio, Going Back Home, onde cada um trouxe suas composições.
Este disco é o segundo. Mais estruturado e colaborativo. O problema é que Ginger Baker não está tão bem quanto no anterior. É que um pouco antes das gravações ele caiu do telhado. É, ele estava fazendo um reparo em casa e caiu do telhado. Estava machucado e perdeu uns dentes, mas como já estava tudo acertado e as pessoas estavam vindo de longe para as gravações, ele tomou remédios e encarou a bateria. E convenhamos, um Ginger Baker machucado é melhor que muito baterista fortão.
Art Blakey, durante uma passagem pelo Brasil, disse que só haviam dois tipos de bateristas: aqueles que a tocam e aqueles que batem nela. Perguntado sobre os que a tocavam, ele citou alguns que admirava e entre eles estava Ginger Baker.
Ginger Baker - bateria
Bill Frisell - guitarra, violão
Charlie Haden - baixo
com:
Bela Fleck - banjo (2, 5, 11)
Jerry Hahn - guitarra (4)
1 Falling Off The Roof
2 Amarillo Barbados
3 Bemsha Swing [Thelonious Monk]
4 Sunday At The Hillcrest
5 Au Privave
6 Our Spanish Love Song
7 C.B.C. Mimps
8 Skeleton
9 Vino Vecchio
10 The Day The Sun Come Out
11 Taney County