Jan Akkerman e Pierre van der Linden tinham saído, o punk emporcalhava tudo e a new wave já estava ensaiando para estragar uma década inteira. Provavelmente, Thijs van Leer e Bert Ruiter matutaram que aquele prog instrumental de outrora tinha que mudar. E mudou. Há quem deteste de nariz tampado; há aqueles que relevam; e há quem saúde a mudança. Até hoje eu não sei se esses vocais caíram bem, tento isolar o canal. O som propriamente dito, voltou-se muito mais ao jazz, o que credito à participação de
Philip Catherine e do grande
Steve Smith. Catherine cuidou da parte rítmica, da base, e de algumas composições. Smith é conhecido do grande público como o baterista da banda Journey, mas ele tocou no melhor disco de Jean-Luc Ponty e fundou a Vital Information, uma ótima banda fusion. Além disso, ele acompanhou Alan Holdsworth e Stanley Clarke entre muitos outros. Por sua vêz, Eef Albers fez um bom trabalho na guitarra solo, honrando a vaga deixada por Akkerman. A coisa pega é no vocal. P.J. Proby é um texano chegado ao rockabilly que acabou indo fazer sucesso no pop inglês dos anos 60. Ele chegou a gravar um disco acompanhado pelos quatro carinhas que formariam o Led Zeppelin mas acabou até falido. Van Leer o resgatou do limbo e... Tem horas que não orna. Porém, instrumentalmente é a grande Focus de sempre e nessa parte o novo ar fêz muito bem. Em tempo, a capa do LP é em alto relevo, chique no úrtimo. Ouve aí.
Thijs van Leer -teclados,flauta
Philip Catherine -guitarras
Eef Albers -guitarras
P.J. Proby -vocal
Bert Ruiter -baixo
Steve Smith -bateria
1 Wingless
2 Orion
3 Night Flight
4 Eddy
5 Sneezing Bull
6 Brother
7 Tokyo Rose
8 Maximum
9 How Long