sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ryuichi Sakamoto - Thousand Knives Of... (1978)





Esse é o primeiro disco solo do Sakamoto e foi lançado logo depois de obter seu mestrado em música. O som é baseado nos conceitos da música progressiva alemã, o que é enfatizado pelo título da faixa 4. Mas não é só. Tem muito de música clássica moderna e da nascente new wave. Depois de Thousand Knives, Sakamoto montou sua banda, a Yellow Magic Orchestra, com Kazumi Watanabe e Harry Hosono.


Ryuichi Sakamoto -piano, Moog III-C, Roland MC-8 Micro Composer, Poly Moog, Mini Moog, Micro Moog, Oberheim Eight Voice Polyphonic Digital Programmer, ARP Odyssey, KORG PS-3100 Polyphonic, KORG VC-10 Vocoder, KORG SQ-10 Analog Sequencer, Syn-Drums, marimba
Kazumi Watanabe -guitarra
Yuji Takahashi -piano
Hideki Matsutake -sintetizador, programação
Motoya Hamaguchi -bateria, apito de pássaro
Pecker (Rasta Instantané) -bateria
Tatsuro Yamashita -percussão
Harry "Haruomi" Hosono -percussão

1 Thousand Knives
2 Island of Woods
3 Grasshoppers
4 Das Neue Japansche Elekronsche Volkslied
5 Plastic Bamboo
6 The End of Asia

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Michael Hoenig - Departure From The Northern Wasteland (1978)






Michael Hoenig é ex-membro das bandas Agitation Free e Tangerine Dream. Quando saiu da segunda, ele colaborou rapidamente com Klaus Schulze num duo chamado Timewind e depois dedicou-se a esse seu primeiro disco solo, que tornou-se um clássico do prog-eletrônico e da escola de Berlin. Ele toca tudo e tem pequenas colaborações de dois de seus ex-companheiros de Agitation Free, mais a voz de uma ex-membro da Amon Düül. Hoenig declarou em entrevista que a carreira solo foi precipitada pelo próprio editor, que usava um contrato anterior para impedí-lo de gravar com a Tangerine Dream. Eles ensaiaram, se apresentaram, mas na hora de gravar o álbum Rubycon...Ainda segundo Hoenig, a Tangerine Dream tinha muito em comum com a Agitation Free, sobretudo nas improvisações, e ele já queria mesmo fazer algo diferente. Como dizem por aí, há males que vêm para bem.


Michael Hoenig -sintetizadores análogos, sequenciadores (provavelmente Oberheim DS-2)
Lutz "Lüül" Ulbrich -guitarra de dois braços (1)
Micki Duwe -teclados e harmonias (4)
Uschi Obermaier -voz (3)

1 Departure From The Northern Wasteland 
2 Hanging Garden Transfer 
3 Voices Of Where 
4 Sun And Moon 





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cybotron - Colossus (1978)






Essa foi uma banda australiana formada em 1975 e dedicada ao prog eletrônico. Eles lançaram três discos e esse é o do meio. O som é bastante influenciado pelo rock alemão mas tem um toque de King Crimson também. Apesar de ser bem consistente, com um diálogo bacana entre os teclados num ritmo meio jazzy, seu trabalho nunca foi lançado nos EUA. Curiosamente, depois que esta Cybotron se separou, surgiu em Detroit uma outra com o mesmo nome, só que fazendo tecno-music. Um fã dessa segunda Cybotron topou com esse disco aqui, achou que era um bootleg antigo e espalhou seu engano, causando uma grande procura por Colossus e tornando seus autores, enfim, conhecidos por lá.


Steve Maxwell Von Braund -sintetizadores ARP 2600 e Korg 700, sax alto, sequenciadores, percussão eletrônica
Geoff Green -órgão, piano, Mellotron, sints
Colin Butcher -bateria, percussão, sints
Mark Jones -baixo (5,6)
Chris Guise -bateria (5,6)


1 Colossus
2 Eclipse
3 Medusa
4 Raga
5 Colossus (Short Mix)
6 Ride

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Suicide - Suicide (1977)





Alan Vega era envolvido com artes plásticas ao mesmo tempo em que pesquisava o uso da eletrônica na música e Martin Rev era um veterano em grupos de jazz de vanguarda que também fazia seus experimentos. Eles se cercaram de equipamentos baratos e de segunda mão, como um Wurlitzer que compraram por dez dólares, e começaram a se apresentar por Nova York em galerias e eventos de arte. A receita era simples: Rev criava minimalismos aos teclados e sequenciadores, enquanto Vega se ocupava dos vocais. No início nem músicas havia, Rev martelava as teclas e Vega fazia lá qualquer coisa. Segundo ele mesmo disse, demorou um pouco para evoluir para os gritos e depois para uma canção propriamente dita. A dupla batizou seu show de Punk Music Mass e, segundo consta, foi a primeira vez que a palavra punk foi usada para descrever um tipo de música, muito embora o gênero já estivesse rolando na Europa. E uma vez na Europa, os punks os odiavam. Vega disse que quando abriram um concerto para a The Clash, a platéia xingava e vaiava quando ele disparou: "É, mas vocês vão ter que nos aguentar até a banda principal." Nesse momento uma machadinha voou na sua direção e não acertou por pouco. Se bem que, de certo modo, eles poderiam ser mais punks que aqueles punks. Afinal, se o movimento punk foi pela volta ao básico, mais básico que um duo só um solo.


Martin Rev (Reverby) - teclados, sequenciadores
Alan Vega (Bermowitz) -vocal

1 Ghost Rider
2 Rocket U.S.A.
3 Cheree
4 Johnny
5 Girl
6 Frankie Teardrop
7 Che






segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hawkwind - Quark, Strangeness And Charm (1977)





O oitavo disco da Hawkwind não é dos mais ouvidos por aí, mas deveria. É o grande momento da banda e mesmo assim demorou muito para sair em cd, e apenas recentemente mereceu uma edição mais caprichada que essa. Q,S & C não é exatamente prog eletrônico mas usa alguns elementos para criar seu space rock recheado de ficção científica. Usa também alguns elementos da nascente new wave, como letras um pouco mais acessíveis, mas com a qualidade da poesia de Robert Calvert, que provavelmente era devida ao seu gorro de aviador. A Hawkwind foi formada em 1969 sob a batuta de Dave Brock e desde então já lançou uns 80 discos. Se somar as coletâneas, então... Entre seus membros já estiveram Lemmy Kilmister da Motörhead e até Ginger Baker. Ela é o grande ícone do space-rock e se há alguém que não a conheça e queira conhecer, esse é o disco.


Dave Brock -guitarra, sintetizador, vocal
Robert Calvert -percussão, vocal
Simon House -teclados, violino, bigorna, vocal
Adrian Shaw -baixo, vocal
Simon King -bateria, percussão


1 Spirit Of The Age 
2 Damnation Alley 
3 Fable Of A Failed Race 
4 Quark Strangeness And Charm 
5 Hassan I Sahba 
6 The Forge Of Vulcan 
7 Days Of The Underground 
8 Iron Dream

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Heldon - Electronique Guerilla & It´s Always Rock ´N´ Roll (1974-1975)






Heldon foi uma criação do francês Richard Pinhas, fruto do seu interesse pela música eletrônica, com declarada admiração e inspiração pela dupla Fripp e Eno. Tanto é, que no segundo disco da Heldon tem uma faixa cujo título é "In Wake Of King Fripp". Pinhas começou sua carreira numa banda chamada Blues Convention que incluía o Klaus Blasquiz, futuro vocalista da Magma. Depois ele formou outra banda com Patrick Gauthier e Coco Roussel chamada Schizo, que evoluiu para a Heldon. Aliás, chamar a Heldon de banda é mera formalidade, pois na verdade era um projeto individual. Pinhas criou um sêlo próprio chamado Disjuncta e esse cd reúne o primeiro e o terceiro discos da Heldon.


Richard Pinhas -Sintetizador, Mellotron, guitarra, baixo
Georges Grunblatt -guitarra, sintetizador
Patrick Gauthier -teclados
Alain Renaud -guitarra
Pierrot Roussel -baixo
Gilbert Artman -bateria
Jean-my Truong -bateria
Coco Roussel -percussão
Gilles Deleuze -voz
Ariel Kalma -harmonium (Aurore)

CD 1
Electronique Guerilla:
1  Zind
2  Back To Heldon
3  Northernland Lady
4  Ouais Marchais, Mieux Qu'en 68 (Ex: "Le Voyageur")
5  Circulus Vitiosus
6  Ballade Pur Puig Antich (Révolutionnaire Assassiné En Espagne)
It's Always Rock 'N' Roll:
7  ICS Machinique
8  Cotes De Cachalot Ála Psylocybine
9  Méchammmment Rock
10 Cocaine Blues

CD 2
1 Aurore
2 Virgin Swedish Blues
3 Ocean Boogi
4 Zind Destruction
5 Doctor Bloodmoney









quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Klaus Schulze - Irrlicht (1972)







O sub-título deste primeiro disco solo de Klaus Sculze é "Quadraphonic Symphony for Orchestra and E-Machines" mas a orquestra é pequena, nada que lembre Wakeman, por exemplo. O som  é descrito como "cosmic ambient", e é executado por uma porção de gadgets eletrônicos, órgão e efeitos usando fitas. Ele foi gravado logo após Schulze sair da Ash Ra Temple que ele mesmo fundara a partir da banda Steeple Chase Bluesband, na qual entrou após sair da Tangerine Dream, para a qual havia sido convidado pelo Edgar Froese, sendo dela, então, um dos fundadores. Além dessas, Schulze também fundou a Cosmic Jokers e participou de um monte de projetos, tornado-se um dos músicos mais influentes da cena alemã e do rock progressivo em geral. Ele começou como baterista e foi desenvolvendo interesse e experimentos na eletrônica. Tudo isso resultou nesse álbum. Eu colei essa capa da Amazon porque esta merda de Google está distorcendo tudo que eu upo; ela é mais clara mas é da mesma versão da Revisited Rec.


Klaus Schulze -eletrônicos, órgão, guitarra, zither, percussão, voz
Colloquium Musica Orchestra


1 Satz: Ebene 
2 Satz: Gewitter (Energy Rise - Energy Collaps) 
3 Satz: Exil Sils Maria 
4 Dungeon 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Tonto's Expanding Head Band - Tonto Rides Again (1996)






O Tonto aí não tem nada a ver com o amigo do Zorro e nem com o contribuinte brasileiro. Nesse caso, T.O.N.T.O. significa The Original and New Timbral Orchestra que é um sintetizador analógico desenvolvido pela dupla de engenheiros de som e produtores musicais Malcolm Cecil e Robert Margouleff, em parceria com Robert Moog. A geringonça foi montada com uma pilha de Moogs da série III e serviu de base para Robert Moog criar seu Mini-Moog. Por outro lado, Cecil e Margouleff decidiram compor e explorar todas as possibilidades da criatura. E os sons graves são o que há. Esse cd reúne os dois discos que lançaram, Zero Time de 1971 e It's About Time de 1974. O primeiro foi um marco para a música moderna.


Malcolm Cecil -T.O.N.T.O.
Robert Margouleff -T.O.N.T.O.
Michael Cembalo -guitarra (9)
Armand Habdurian -percussão (7)


1  Cybernaut
2  Jetsex
3  Timewhys
4  Aurora
5  Riversong
6  Tama
7  Ferryboat
8  Pyramodal
9  Cameltrain
10 Judgementor
11 Freeflight
12 Tontomotion
13 Tranquillium






segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Organisation - Tone Float (1970)






Até chamar-se Organisation, essa banda foi The Phantoms, Rambo Zambo Bluesband e Bluesology. Aí, quando Basil Hammoudi saiu para formar a Ibliss, uma banda mais jazzy, Hütter e Schneider criaram a Karftwerk. O som da Organisation nesse seu único disco foi bastante inovador, nem rock, nem jazz, levado pela percussão e completado pelo órgão e pela flauta. Foi um caldeirão de idéias novas, bem na essência do Krautrock. O engenheiro foi o lendário Konrad "Conny" Plank .


Florian Schneider -violino elétrico, flautas, percussão
Ralf Hütter -órgão
Basil Hammoudi -percussão, vocal
Butch Hauf -baixo, percussão
Fred Monicks -bateria, percussão, marimba

1. Tone Float 
2. Milk Rock 
3. Silver Forest
4. Rhythm Salad 
5. Noitasinagro 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Kraftwerk - Ralf & Florian (1973)






Aí está uma banda cuja importância é enorme, por mais distorcidos que seus conceitos tenham sido nas últimas quatro décadas. Ralf Hütter veio da cena underground, com experiências no fusion e em bandas como a Zambo Bluesband e a Bluesology. Já Florian Schneider era um flautista clássico e ambos se encontraram na Academia Ramscheid, onde tiveram a idéia de montar uma banda, a Organisation. Dois anos depois surgiu a Kraftwerk. A mudança aconteceu pelas experiências dos dois com a eletrônica e pela influência da banda Silver Apples e de compositores de vanguarda como Stockhausen. Depois do primeiro disco, Hütter deu um tempo e voltou aos estudos. Schneider levou as coisas com diversas formações diferentes que incluíram Klaus Dinger, da banda Neu!, e  Michael Rother, também da Neu! e da Harmonia. Hütter voltou em 71 para o segundo disco, em duo com Schneider. Ralf & Florian é o terceiro disco e o meu favorito. Enquanto os dois primeiros foram altamente experimentais, cheios de caos e nonsense, esse tem uma orientação melódica, é mais acessível e mais amável aos ouvidos.


Ralf Hütter -teclados, eletrônicos, sopros, cordas, percussão, voz
Florian Schneider -teclados, eletrônicos, sopros, cordas, percussão, voz


1. Elektrisches Roulette (Electric Roulette)
2. Tongebirge (Mountain of Sound)
3. Kristallo (Crystal)
4. Heimatklange (The Bells of Home)
5. Tanzmusik (Dance Music)
6. Ananas Symphonie (Pineapple Symphony)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Tangerine Dream - Electronic Meditation (1970)






A Tangerine Dream é uma das mais importantes bandas da cena kraut, e na sua longa história abordou quase todos todos os gêneros, do rock psicodélico à new age. Ela começou lá no meio dos anos 60 como uma mutação de uma banda pop chamada The Ones que era inspirada na Electric Prunes. Logo eles adotaram um viés de jazz-rock, já que seus membros originais Sven Johansson e Volker Hombach eram bem versados em fusion. Edgar Froese já fazia parte do line-up. Fã do Pink Floyd e de Jimi Hendrix, Froese sempre foi um instrumentista brilhante e um inovador; tornou-se o líder e foi o único a permanecer. Depois de um entra e sai de músicos, a banda resumiu-se a um trio para gravar esse primeiro disco. O título já vai deixando clara a intenção de explorar a eletrônica, mas a despeito dos gadgets, pedais e efeitos de delay, a estrutura é a básica de uma banda de rock. Mesmo assim, foi a vanguarda. Mesmo antes de Electronic Meditation ser lançado, Schulze e Schnitzler saíram para se juntar aos membros da Agitation Free no projeto Eruption — logo depois, Schulze formaria a Ash Ra Tempel. A porta giratória voltou a rodar e a Tangerine Dream tornou-se seminal para a música eletrônica.


Edgar Froese -órgão Farfisa, piano, guitarra, violões
Klaus Schulze -bateria, percussão
Conrad Schnitzler -cello, violino, efeitos sonoros
com:
Jimmy Jackson (Embyo, Amon Düül) -órgão
Thomas Keyserling -flauta


1 Genesis
2 Journey Through A Burning Brain
3 Cold Smoke
4 Ashes To Ashes




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Silver Apples - Silver Apples & Contact (1968)






Silver Apples foi uma banda de Nova Iorque formada aí pelo meio dos anos 60. No início eles tinham duas guitarras, baixo, bateria e teclados mas o interesse do líder Simeon Coxe pela eletrônica acabou reduzindo tudo a um duo. Coxe construiu uma espécie de precursor dos sintetizadores, um Frankenstein feito de nove diferentes osciladores conectados entre si por 86 controles manuais. Ao lado estava uma enorme bateria tocada em poliritimia. Dessa forma, a dupla foi de grande influência no surgimento da música eletrônica e sobre bandas como a Kraftwerk, por exemplo. Esse cd contém os dois álbuns que eles lançaram em 1968, e os únicos naquela época. Nos anos 90 eles retomaram a banda e voltaram a influenciar novos músicos. No entanto, Taylor faleceu em 2005 e Coxe sofreu um grave acidente, quebrando o pescoço. A recuperação acontece, mas não acredita-se que volte a tocar


Dan Taylor - bateria, percussão, vocal
Simeon Coxe- osciladores, banjo, vocal

1 Oscillations 
2 Seagreen Serenades
3 Lovefingers
4 Program 
5 Velvet Cave 
6 Whirly-Bird 
7 Dust 
8 Dancing Gods 
9 Misty Mountain 
10 You and I 
11 Water 
12 Ruby 
13 Gypsy Love 
14 You're Not Foolin' Me 
15 I Have Known Love 
16 A Pox on You 
17 Confusion
18 Fantasies 









terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Jimmy Yancey - Complete Edition Vol. 1, 1939 (1995)






Alexis Korner apontou Jimmy Yancey como sua grande influência. Ele disse que o ouviu pela primeira vêz, ainda garoto, durante um bombardeio aéreo, e que naquele momento soube o que iria fazer da vida. Yancey pertencia a uma família de artistas, músicos e dançarinos, e desde pequeno se apresentava com eles. Se apresentaram inclusive para a família real britânica, no palácio deles. Nascido e criado em Chicago, ele aprendeu a tocar piano com o irmão mais velho. É erroneamente apontado por alguns como o pai do boogie-woogie. O que ele fez, isso sim, foi incorporar elementos do novo gênero e, assim, colaborar bastante para sua difusão. Não são poucos os pianistas que o citam como a maior influência. Contudo, seu estilo é único. Ele raramente usa os baixos e quase nunca usa oitavas. Pela contribuição que deu, em 1986 ele entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, e foi representado pela viúva e parceira, Mama Yancey.


1. Jimmy's Stuff
2. The Fives
3. La Salle Street Breakdown
4. Two O'Clock Blues
5. Janie's Joys
6. Lean Bacon
7. Big Beartrain
8. Lucille's Lament
9. Beezum Blues
10. Yancey Limited
11. Rolling The Stone
12. Steady Rock Blues
13. P.L.K. Special
14. South Side Stuff
15. Yancey's Getaway
16. How Long Blues
17. How Long Blues No. 2
18. Yancey Stomp
19. State Street Special
20. Tell 'Em About Me
21. Five O'Clock Blues
22. Slow And Easy Blues
23. The Mellow Blues

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Alexis Korner - A New Generation of Blues (1968)






Se chamam John Mayall de pai do blues britânico — justamente, diga-se — então, Alexis Korner é o vovô.
Ele começou ainda nos anos 50, num duo com o gaitista Cyril Davies. Nos anos 60 ele formou a Blues Incorporated, notável por ter incluído futuros membros da Rolling Stones, da Graham Bond Organization, da Pretty Things e da Cream. Esse álbum veio depois da Blues Inc. e reúne composições próprias, releituras de tradicionais e covers de clássicos, em versões acústicas ao violão e com banda completa, cuja sessão rítmica veio da banda prog-folk Pentangle. Essa Versão em cd ainda traz alguns bônus que são sessões que resultariam num outro disco com a participação do Robert Plant, mas que foi abortado quando Plant foi para a Led Zeppelin.


Alexis Korner -vocal, violão (4, 7, 8, 9, 11), guitarra
Ray Warleigh -flauta(1, 2, 5), sax alto (3, 6)
Danny Thompson (Pentangle) -baixo (1, 2, 3, 4, 6)
Steve Miller -piano (6, 10, 15, 16)
Terry Cox (Pentangle) -bateria(1, 2, 3, 5, 6)
Robert Plant -vocal, violão, harmônica (15, 16)
Victor Brox (Aynsley Dunbar Retaliation) -violino (12), vocal, trompete (13), piano (14)


1. Mary Open The Door
2. Little Bitty Girl 
3. Baby Don't You Love Me
4. Go Down Sunshine 
5. The Same For You 
6. I'm Tore Down (B.B. King)
7. In The Evening 
8. Somethin' You Got 
9. New Worried Blues
10. What's That Sound I Hear 
11. A Flower 
12. Louisiana Blues (Muddy Waters), BBC session
13. Corrina Corrina, BBC session
14. The Love You Save (Joe Tex), BBC session
15. Operator (Korner/Plant/Miller)
16. Steal Away (Korner/Plant/Miller) 
17. Go Down Sunshine, BBC session
18. Stump Blues (Big Bill Broonzy), BBC session
19. Sweet Home Chicago (Robert Johnson), BBC session
20. Just The Blues, BBC session


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Van Der Graaf Generator - The Aerosol Grey Machine (1969)






Este é o primeiro álbum da VDGG, que nasceu dois anos antes, da cabeça de Chris Judge Smith. Guy Evans foi o próximo a embarcar e Peter Hammill logo assumiu as funções de principal compositor. No ano seguinte, logo após gravarem o primeiro single, Smith saiu e a banda se separou. Hammill, então, decidiu gravar seu próprio álbum solo e convidou os ex-colegas para participarem. Dessa forma, Aerosol Grey acabou saindo como um disco da VDGG, mesmo tendo uma única faixa composta pelos demais, a 6. No restante, o álbum, que foi gravado num dia só e sem o uso da guitarra elétrica, tem o clima sombrio e existencialista do Hammill. A VDGG evoluiria muito, mudaria o line-up e se tornaria um dos dos mais respeitados grupos prog, mas já foi um bom começo.


Peter Hammill -vocal, violão
Hugh Banton -piano, órgão, vocal
Keith Ellis -baixo, vocal
Guy Evans -bateria, percussão
Jeff Peach -flauta

1  Afterwards
2  Orthenthian St. - Parts 1 & 2
3  Running Back
4  Into A Game
5  Aerosol Grey Machine
6  Black Smoke Yen
7  Aquarian
8  Necromancer
9  Octopus
10 People You Were Going To (Single A-Side, 1968)
11 Firebrand (Single B-Side, 1968)






quarta-feira, 20 de novembro de 2013

C.C.S. - CCS (1970)






Esse é o primeiro álbum dos três que essa super-banda gravou. Não há muito o que acrescentar ao que já foi dito no post do outro disco, The Best Band in the Land, que foi o terceiro. Ele igualmente reúne a nata do jazz e do blues britânico, foi arranjado pelo John Cameron e produzido por Micky Most.



Alexis Korner -violão, vocal
Peter Thorup -vocal
Alan Parker -guitarra
Bob Efford, Danny Moss, Harold McNair, Pete King, Ron Ross, Tony Coe -sax, madeiras
Bill Geldard, Brian Perrin, Don Lusher, John Marshall -trombone
Greg Bowen, Harold Beckett, Henry Lowther, Kenny Wheeler, Les Condon, Tony Fisher -trompete
Herbie Flower -baixo [T. Rex, ]
Barry Morgan, Tony Carr -bateria
Bill Le Sage, Jim Lawless -percussão


1  Boom Boom [John Lee Hooker]
2  (I Can't Get No) Satisfaction [Stones]
3  Waiting Song
4  Lookin' for Fun
5  Whole Lotta Love [Led Zepp]
6  Living in the Past [Jethro Tull]
7  Sunrise
8  Dos Cantos [John Cameron]
9  Wade in the Water
10 Walkin [Donovan]
11 Salome
12 Tap Turns on the Water
13 Save the World

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Fläsket Brinner - Fläsket Brinner (1971)






Do sueco para o português, o nome da banda significa mais ou menos "gordura de porco torrada" e a capa já vai ajudando. Esses caras lançaram dois ótimos discos onde se encontra a precisão e acomplexidade do prog misturadas à improvisação do jazz. Essa porção jazz foi muito influenciada pelo free-jazz que floresceu nos anos 60. Esse primeiro disco deles foi praticamente gravado ao vivo, coisa que, aliás, era o seu forte. Então, são peças instrumentais previamente escritas e muito bem estruturadas, executadas em jams que perseguem a forma livre por músicos muito competentes. Esse é o tipo de coisa que só foi possível naquela época e naquele lugar, onde o comercialismo não ditava as regras.


Bengt Dahlén -guitarra, violino, vocal
Gunnar Bergsten -sax
Sten Bergman -órgão, flauta
Per Bruun -baixo
Erik Dahlbäck -bateria
com:
Ove Gustavsson -baixo (4, 7)
Bo Hansson -órgão (4), percussão (1, 2)


1 Gånglåten 
2 Tysta Finskan 
3 Gunnars Dilemma
4 Bengans Vals 
5 Bosses Låt 
6 Räva 
7 Uppsala Gård
8 Musik Från Liljevalchs



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Alan Gowen, Phil Miller, Richard Sinclair, Trevor Tomkins - Before A Word Is Said (1982)






Quando a gente sabe de antemão a história desse álbum, a audição é mais cuidadosa e não há como evitar o sentimentalismo. Alan Gowen foi o talento que ajudou grandes bandas como a Gilgamesh e a National Health a serem como foram. No final de 1980 ele recebeu o diagnóstico de uma leucemia fatal que lhe dava apenas mais alguns meses de vida. Ele então convidou seus bons amigos para gravar essas sessões em sua própria casa, em Londres. Veja bem, era uma sala onde todos sabiam que um amigo estava morrendo. E é surpreendente como esse disco é descontraído, mesmo com uma carga emocional tão forte. Descontraído ao estilo da Gilgamesh, porém muito preciso em todas as passagens. Enfim, perfeito.
Alan Gowen faleceu algumas semanas depois, e o disco foi lançado postumamente.


Alan Gowen -teclados
Phil Miller (National Health, Delivery, Hatfield And The North, In Cahoots, Matching Mole) -guitarra
Richard Sinclair (Camel, Caravan, Hatfield And The North) -baixo, vocal
Trevor Tomkins (Nucleus, Gilgamesh) -bateria


1 Above & Below
2 Reflexes In The Margin
3 Nowadays A Silhouette
4 Silver Star
5 Fourfold
6 Before A Word Is Said
7 Umbrellas
8 A Fleeting Glance

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Phil Miller - Cutting Both Ways (1987)






Esse álbum reúne a nata da cena Canterbury e do jazz-rock. Seguindo uma carreira mais do que respeitável com as bandas Delivery, Matching Mole, Hatfield & the North e National Health, o guitarrista Phil Miller fundou a sua própria banda, a In Cahoots. Cutting Both Ways foi o primeiro disco e é realmente um trabalho solo. Num primeiro momento o baixista foi Richard Sinclair, que desanimou diante do cenário musical deplorável dos anos 80. Sinclair deduziu que um projeto prog, jazzy e experimental assim não teria muita atenção, e acertou. Contudo, embora esquecido por tanto tempo, o álbum revelou-se atual e inovador quando do seu resgate pela Cuneiform Records.


Phil Miller -guitarra, violão, sintetizador
Elton Dean -sax, saxello
Peter Lemer -teclados
Hugh Hopper -baixo
Pip Pyle -bateria
com:
Dave Stewart -teclados
Barbara Gaskin -vocal


1 Green & Purple Extract / Hic Haec Hoc / A Simple Man
2 Eastern Region
3 Second Sight
4 Hard Shoulder
5 Figures Of Speech
6 Green & Purple

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

John Greaves, Peter Blegvad, Lisa Herman - Kew. Rhone. (1977)






Quando John Greaves deixou a Henry Cow e Peter Blegvad deixou a Slapp Happy, eles lançaram este álbum que é aclamado como uma jóia perdida. De fato, os dois já tinham trabalhado juntos quando as bandas se uniram no disco Desperate Straights. O que sombreou o lançamento do disco pode ter sido o fato de ter saído no mesmo dia de Never Mind The Bollocks da Sex Pistols. Então o que a gente ouve aqui é o jazz-rock com as referências do estilo Canterbury e do movimento Rock in Opposition unindo-se ao free-jazz trazido pelo casal Bley/Mantler e pelo Andrew Cyrille, expoente do gênero. O resultado é surreal, algo que pode necessitar mais que a primeira ouvida para agradar. Além da música complexa feita pelo Greaves, é preciso uma atenção às letras do Blegvad, tratadas com erudição. Blegvad já tinha sido membro da Faust e no ano seguinte iria formar a Art Bears. Greaves seguiria o estilo Canterbury unindo-se à National Health e à Soft Heap.


John Greaves -piano, órgão, baixo, vocal, percussão
Peter Blegvad -guitarra, sax tenôr, vocal
Lisa Herman -vocal
com:
Mike Mantler -trompete, trombone
Carla Bley -vocals, sax tenor (1, 7)
Andrew Cyrille (Air) -bateria, percussão
Michael Levine -violino, viola, vocal (9)
Vito Rendace -sax alto e tenor
April Lang -vocal (5, 8)
Dana Johnson -vocals (2)
Boris Kinberg -claves (barretes de madeira percutidos) (5)

1  Good Evening
2  Twenty-Two Proverbs
3  Seven Scenes From The Painting
4  Kew Rhone
5  Pipeline
6  Catalogue Of Fifteen Objects & Their Titles
7  One Footnote (to Kew Rh?ne)
8  Three Tenses Onanism
9  Nine Mineral Emblems
10 Apricot
11 Gegenstand

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Volker Kriegel - Spectrum (1971)






Taí um disco muito recomendado pra quem curte jazz-rock, porque é do pai da coisa na Europa. Volker Kriegel começou a tocar em Frankfurt enquanto estudava sociologia. Inclusive, foi aluno de Adorno, o filósofo e musicólogo. Nessa época ele ganhou vários prêmios de melhor guitarrista e já tocava com grandes nomes do jazz europeu, como o Albert Mangelsdorf. Enfim, ele acabou largando a sociologia em favor da música. Spectrum é o seu segundo disco solo e tem um título emblemático para o fusion, só que veio antes de Cobham. O conceito de fusão dele é relativamente eclético e inclui algo de folk, desenvolvido em compassos alternados e em momentos bem relaxados também, trazendo delicadeza a um gênero normalmente meio frenético. Volker faleceu em 2003 de ataque cardíaco, aos 59 anos.


Volker Kriegel -guitarras, sítara
John Taylor -piano elétrico Hohner
Peter Trunk -baixo, cello
Peter Baumeister -bateria , percussão
Cees See -percussão

1 Zoom
2 So Long, For Now 
3 More About D
4 Suspicious Child, Growing Up 
5 Instant Judgement
6 Ach Kina
7 Strings Revisited





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Rahmann - Rahmann (1980)






Essa banda é francesa, formada por alguns músicos de origem argelina, e esse é o único disco que lançaram — mas que disco! Aqui o fusion é levado noutra direção. Sim, tem muita influência africana e do oriente médio, mas isso muita gente fez. A diferença é que eles se aproximaram do Zeuhl. A história é que os pais de um ex-membro e amigo de infância do líder Hadi, alugavam o porão para bandas ensaiarem e uma delas era a Magma. Hadi teria até colaborado em turnês da Magma. Então fica assim: é um som único, poderoso e misterioso, influenciado tanto pela Mahavishnu, quanto pela Magma que lhe emprestou seu violinista Didier Lockwood.



Mahamad Hadi -guitarra com e sem trastes, guitarra Roland, percussão étnica
Amar Mecharaf -bateria, percussão
Michel Rutigliano -grand piano, ARP Odyssey
Gérard Prevost -baixo acústico, baixo sem trastes, cello
Louis-César Ewande -percussão
com:
Nadia Yamina Hadi -vocal
Didier Lockwood -violino
Sylvain Marc -baixo sem trastes
Gérard Kurdjian -percussão étnica
Abdelmadjid Guemguem -percussão étnica
Richard Spindokter-Ries -percussão étnica
Liza Deluxe -vocal
Joël Loviconi -piano elétrico
Ali Shaigan -violino


1  Atlanta
2  Nadiamina
3  Ab
4  Danse Sacree
5  Leila
6  Marche Funebre
7  Marche Funebre
8  Danse Sacree
9  Nadiamina
10 Atlanta

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Brand X - Moroccan Roll (1977)






O segundo disco da Brand X veio bem diferente. A banda tornou-se um quinteto com a entrada do Morris Pert, líder da banda Sun Trader que tinha o Peter Robinson, futuro membro da Brand X. O som também mudou, ficou mais experimental e aproximou-se do prog com composições mais elaboradas. Elementos musicais indianos e do oriente médio foram explorados. Não se assuste ao ler "vocal" ali no Phil Collins; ele faz só um fundo e não chora as pitangas, não. De chorar mesmo é ver uma banda dessas ser maltratada pela Virgin: as edições em cd são tão relaxadas que o título aparece escrito de modos diferentes. O som é normal, mas não é porque é "compact price" que pode descambar. O vinil da Charisma, lançado no Brasil, é muito bem cuidado e tem uma porção de gracinhas nos créditos que foram suprimidas aqui. Por exemplo: eles contam que mixaram no estúdio Morgan, onde as cortinas eram apenas desenhos mas o resto dos móveis era real. Que gravaram em "Panavision" e agradecem a uns caras por limitarem o caos. Agradecem a uma moça que, segundo eles, sem ela, vários carros teriam sido guinchados. Também agradecem ao Bill Bruford, sei lá porque. O humor faz parte da obra, oras. Recentemente a Toshiba relançou todos os discos, quem sabe tá melhor.


John Goodsall  -guitarra, violão, sítara, baixo, eco, vocal
Percy Jones  -baixo Fender, Autoharp, harpa, marimbas
Robin Lumley  -sintetizadores Moog, Roland String e ARP Odissey, piano, piano elétrico Fender Rhodes, Autoharp, Clavinet, eco
Phil Collins  -bateria, percussão, piano, vocal
Morris Pert  -percussão


1 Sun in the Night
2 Why Should I Lend You Mine (When You've Broken Yours off Already)
3 ...Maybe I'll Lend You Mine After All
4 Hate Zone
5 Collapsar
6 Disco Suicide
7 Orbits
8 Malaga Virgen
9 Macrocosm

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eero Koivistoinen Music Society - Wahoo! (1973)





O Eero é um jazzista finlandês que começou oficialmente sua carreira em 1967 na banda Blues Section. Essa banda tinha o inglês Jim Pembroke nos vocais que ficaria famoso liderando a Wigwan. Voltando ao Eero, ele graduou-se em composição, violino e sax pela Sibelius Academy e  depois ainda foi para a Berklee especializar-se em jazz. Esse é o sétimo disco solo dele e é candidato ao título de álbum mais funky já feito fora dos Estados Unidos. Em algumas faixas ele usou dois bateristas, dois guitarristas e dois baixistas para dar conta dos arranjos intrincados que fez — daí o tamanho da banda.


Eero Koivistoinen -sax tenôr, soprano e sopranino
Ilja Saastamoinen -guitarra
Matti Kurkinen -guitarra
Olli Ahvenlahti -piano elétrico Fender Rhodes
Esa Helasvuo -Fender Rhodes
Esko Linnavalli -Fender Rhodes
Unto Haapa-Aho -sax alto, clarinete
Juhani Aaltonen -trombone, sax alto
Kaj Backlund -trompete
Heikki Virtanen -baixo
Ilkka Willman -baixo
Esko Rosnell -bateria
Reino Laine -bateria
Edward Vesala -percussão
Sabu Martinez -percussão

1 Hot C
2 7 Up
3 6 Down
4 Suite 19
5 Bells
6 Wahoo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sloche - J'un Oeil (1975)







Sloche foi uma banda formada no Canadá, em 1971, com um line-up totalmente diferente deste aqui. O pianista Yacola foi o primeiro novato, egresso do Conservatório Musical de Quebec, e a medida que os membros originais iam saindo, ele convidava seus colegas de estudos, todos com sólida formação. O nome da banda é como os caras lá chamam aquela lameira desgraçada que se forma nas ruas depois da neve. Quanto ao som, ele tem um toque sinfônico e um lado fusion, ou seja, o tal fusion-jazz progressivo instrumentalmente soberbo. Uma parte desse som é influenciada por bandas como a Gentle Giant, e outra parte pelo estilo Canterbury da Hatfield and the North, por exemplo, bem como pelo jazz de Stomu Yamashita. As composições são sofisticadas e a banda merece os elogios que recebe web afora.


Rejean Yacola -piano,vocal
Martin Murray -órgão,sints,sax,vocal
Caroll Berard -guitarra,vocal
Pierre Hebert -baixo,vocal
Gilles Chiasson -bateria,vocal

1 C'Pas Fin Du Monde
2 Le Kareme D'Eros
3 J'un Oeil
4 Algebrique
5 Potage Aux Herbes Douteuses

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dixie Dregs - Free Fall (1977)






Digamos que este é o primeiro disco da DD, uma vez que o "The Great Spetacular" é considerado um demo e foi timidamente relançado em cd pelo selo deles mesmo, o Dregs, e está há muito tempo fora de catálogo.
Digamos também que a DD é uma banda estudantil, hehe. Morse e West eram colegas de colégio e continuaram colegas na faculdade de música, onde conheceram o Sloan que já era músico da filarmônica de Miami. O som, evidentemente, tem muito de Mahavishnu, Ponty, Goodman, Kansas e Urbaniak, mas não só. Assim como Urbaniak trabalha sua própria cultura, a DD incorporou ao jazz-rock o boogie e o bluegrass, bem como o country sulista que em algumas músicas é a base de tudo. Um ingrediente exclusivo é o humor — quem sabe, uma influência remota, bem remota, de Zappa.


Steve Morse -guitarra, sintetizador de guitarra, banjo
Allen Sloan -violino elétrico, viola
Steve Davidowski -teclados
Andy West -baixo
Rod Morgenstein -bateria

1  Free Fall
2  Holiday
3  Hand Jig
4  Moe Down
5  Refried Funky Chicken
6  Sleep
7  Cruise Control
8  Cosmopolitan Traveler
9  Dig The Ditch
10 Wages Of Weirdness
11 Northern Lights

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Michal Urbaniak - Fusion (1974)






O polonês Urbaniak começou seus estudos de violino aos seis anos de idade e logo depois dedicou-se ao sax também. Influenciado por Miles Davis — que surpresa! — ele dedicou-se ao jazz, que no início era bem ao estilo Mahavishnu. É natural a comparação com Jean-Luc Ponty mas deve-se notar que ele sempre acrescenta elementos do próprio folclore e de conterrâneos eruditos. Além disso, ele faz amplo uso de distorções e efeitos como o wah-wah, bem do jeito que Miles fazia na mesma época. No mais, o título diz tudo.


Michal Urbaniak -violino elétrico, violectra, sax soprano
Urszula Dudziak -vocal, percussão
Adam Makowicz -teclados
Wojciech Karolak -Hammond, Farfisa
Czeslaw Bartkowski -bateria, percussão

1. Good Times, Bad Times
2. Bahamian Harvest
3. Impromptu
4. Seresta
5. Fusion
6. Deep Mountain
7. Bengal

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Lard Free - Gilbert Artman's Lard Free (1973)






Alguns comparam a italiana Dedalus à francêsa Lard Free. Contudo, o jazz-rock da francêsa é bem mais experimental e tem a King Crimson como uma forte influência, embora o fundador Gilbert Artman revele admiração pela Soft Machine também. De 1972 a 1978 a Lard Free mudou várias vezes a formação — mas com Artman à frente — e o som, que foi ficando mais eletrônico.


Gilbert Artman -bateria, grand piano, vibrafone
Philippe Bolliet -sax
François Mativet -guitarra
Hervé Eyhani -baixo

1- Warinobaril
2- 12 Ou 13 Juillet Que Je Sais D'Elle, Part One
3- 12 Ou 13 Juillet Que Je Sais D'Elle, Part Two
4- Honfleur Écarlate
5- Acide Framboise
6- Livarot Respiration
7- Culturez-Vous Vous Même





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dedalus - Dedalus (1973)





Dedalus, na variação de uma palavra grega, significa engenhoso. E Dedalus, banda italiana de jazz-rock, significa a mesma coisa. Esse quarteto formou-se em 1972 no refeitório de uma central elétrica na cidade de Pinerolo, noroeste do país. Eles mesmos situam suas influências entre Stockhausem e Einstein — que gracinha — mas citam Miles Davis, Nucleus, Edgar Varèse e Soft Machine. Ouvindo, lembra mais a Soft, período do Fifth ou do Six. O som se divide em ótimas passagens de guitarra, sax e piano elétrico, com um teco de sintetizador aqui e ali, e outras passagens um tanto experimentais. Depois desse disco o Furio Di Castri saiu e a banda seguiu como um trio, reforçando a parte eletrônica. Um segundo disco foi gravado, porém, a gravadora faliu e como eles eram a única banda dela, ... Existe uma segunda edição desse mesmo cd que inclui o segundo disco.


Fiorenzo M. Bonansone -cello, piano elétrico, sintetizador
Marco Di Castri -guitarras, sax tenôr
Furio Di Castri -baixo, percussão
Enrico Grosso -bateria, percussão
com
Renè Mantegna -percussão

1 Santiago 
2 Leda
3 Conn 
4 C.T.6
5 Brilla

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Jeremy Steig - Fusion (1970)






Este álbum foi gravado logo depois que Jan Hammer lançou seu trabalho de estréia e um pouco antes dele entrar para a Mahavishnu Orchestra. Steig é um mestre da família das flautas que sempre transitou entre gêneros, tocando desde o folk-rock com Richie Havens, o rock com a Plum Nelly, o blues-rock com Johnny Winter, até, e principalmente, o jazz, como com Nat Adderley e Bill Evans. Dito isso, é óbvio que este disco é um delicioso clássico fusion.


Jeremy Steig - flautas
Jan Hammer -piano elétrico, gongo
Eddie Gomez (Bill Evans Trio)-baixo vertical eletrificado (5, 7)
Gene Perla (Nina Simone, Sarah Vaughan) -baixo elétrico e acústico
Don Alias (Nina Simone, Miles Davis) -bateria, percussão


1  Home
2  Cakes
3  Swamp Carol
4  Energy
5  Down Stretch
6  Give Me Some
7  Come With Me
8  Dance Of The Mind
9  Up Tempo Thing
10 Elephant Hump
11 Rock #6
12 Slow Blues In G
13 Rock #9
14 Rock #10
15 Something Else

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Horacee Arnold - Tales Of The Exonerated Flea (1974)






Alguns meses antes de realizar o álbum Like Children com Jerry Goodman, Jan Hammer colaborou neste álbum do baterista Horacee Arnold, que é muito elogiado e apontado como um dos mais importantes do fusion. Arnold trabalhou com muita gente, principalmente com Chic Corea, mas lançou só dois álbuns solo. Ele tinha uma ideia bem ampla de como fazer sua fusão e por isso reuniu um elenco estelar e relativamente eclético. Aqui está outro ex-companheiro de Hammer na Mahavishnu, o baixista Rick Laird que sempre merece menção por segurar as pontas pra todos aqueles globetrotters. Também estão dois grandes guitarristas, Abercrombie e Towner, e o brasileiro Romão.


Horacee Arnold -bateria, percussão
Jan Hammer -piano elétrico, Moogs
John Abercrombie -guitarra
Ralph Towner -violão 12 cordas
Art Webb -flautas
Sonny Fortune -sax soprano, flauta
Clint Huston -baixo
George Mraz (Jan Hammer Trio) -baixo
Rick Laird (Mahavishnu Orchestra) -baixo
Dom Um Romão (Weather Report) -percussão 
Dave Johnson -percussão
David Friedman -vibrafone, marimba


1 Puppett Of The Seasons
2 Sing Nightjar
3 Benzélé Windows
4 Tales Of The Exonerated Flea
5 Delicate Evasions
6 Chinnereth II
7 Euroaquilo Silence

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jerry Goodman & Jan Hammer - Like Children (1974)






Um ano após a dissolução da Mahavishnu Orchestra, Goodman e Hammer lançaram esse álbum de título mais que adequado — estão apenas os dois, cercados dos seus brinquedos e experimentando de tudo em termos de música. Like Children foi um dos primeiros trabalhos a utilizar sequenciadores, que, na época, tinham uns cem plugs e tantos botões quanto uma cabine de Boeing. Jan Hammer toca até bateria e, para felicidade geral da nação, a medonha Linn Drum que ele ajudou a popularizar ainda não tinha sido inventada. Bons tempos. Ótimo trabalho.


Jerry Goodman -violinos, viola, bandolim elétrico, guitarra, violão, vocal
Jan Hammer -baixo, bateria, piano, piano elétrico, Moogs, sintetizadores, Oberheim Digital Sequencer, vocal


1 Country and Eastern Music
2 No Fear 
3 I Remember Me
4 Earth (Still Our Only Home)
5 Topeka 
6 Steppings Tones 
7 Night 
8 Full Moon Boogie 
9 Giving in Gently / I Wonder