Nesse último final de semana rolou em São Paulo o Brasiljazzfest, que um dia já chamou-se Free Jazz Festival, aquele evento magnífico criado pelas irmãs Gardenberg em 1985, cujo único senão foi o primeiro patrocinador. Foi bem mais econômico nessa edição, porém contou com a presença do trompetista Wynton Marsalis e a orquestra do Lincoln Center.
Wynton é de uma célebre família de músicos: papai Ellis e brothers Delfeayo e Branford. Considera-se que Wynton foi o primeiro músico de jazz a receber ampla promoção de uma gravadora "major", o que acabou tornando-se uma constante preocupação para ele: não ser confundido com um produto. Com isso em mente, ele assumiu o compromisso de restaurar os valores morais do jazz, deixados um tanto ao largo pelo excesso de intelectualismo do free jazz e do cool jazz, colocando os sentimentos naquele ponto em que o jazz ainda era ligado ao blues.
Nesse álbum, Wynton reduziu sua banda a um quarteto — não contou com a colaboração de longa data com seu irmão Branford no sax, nem com a do pianista Kenny Kirkland — onde se destaca o pianista Marcus Roberts, um especialista em jazz dos anos 40.
Parabéns à Monique Gardenberg!
Wynton Marsalis - trompete
Marcus Roberts - piano
Robert Leslie Hurst III - baixo
Jeff "Tain" Watts - bateria
1 J Mood
2 Presence That Lament Brings
3 Insane Asylum
4 Skain’s Domain
5 Melodique
6 After
7 Much Later