quarta-feira, 19 de julho de 2017

Tantra - Misterios e Maravilhas (1976)








Portugal teve muito poucas bandas progressivas, mas quase todas foram acima da média em termos de qualidade. A Tantra sempre foi o destaque entre os colecionadores. Ela foi influenciada pela Genesis e pela Yes — a capa até parece com as de Roger Dean — e produziu um rock sinfônico complexo e ambicioso. Manuel Cardoso usa um sintetizador para guitarras muito raro e só há registro de três no mundo todo. As letras são em português mas integram-se tão bem às longas passagens instrumentais que tornam-se um detalhe e eu quase que as entendo. É uma pena que a mixagem não tenha feito jus à qualidade das músicas — a bateria, por exemplo, soa distante, parece até space-rock. Essa é uma edição brasileira, acreditem, da Som Livre. E caprichada. 





Manuel "Frodo" Cardoso - guitarra, violão,  lead & acoustic guitars, Top Gear Tg55 guitar synth, sitar, violino, vocal (1)
Armando Gama - piano, piano elétrico, harpsichord, Farfisa Synthorchestra, Moog, vocal (6)
Américo Luis - baixo, violino
Tozé Almeida - bateria, percussão, Syndrum




1 À Beira Do Fim
2 Aventuras De Um Dragão Num Aquário
3 Mistérios E Maravilhas
4 Máquina Da Felicidade
5 Variações Sobre Uma Galáxia
6 Partir Sempre
7 Novos Tempos
8 Alquimia Da Luz

The End - Introspection (1969)








A The End começou como uma banda pop na Inglaterra que servia de acompanhante para alguns cantores. Aí ela ainda se chamava The innocents. As apresentações eram sempre junto com outros grupos e nessas turnês coletivas um dia surgiu uma nova banda chamada Rolling Stones e Colin Giffin e Dave Brown ficaram amigos de Charlie Watts e de Bill Wyman. A The Innocents resolveu ter sua própria carreira e compor suas próprias musicas mas as coisas não aconteciam. Ela gravou alguns singles e se separou. Giffin e Brown remontaram a banda e Bill Wyman deu-lhes uma mãozinha. É que a Rolling Stones já estava fazendo bastante sucesso e chegara ao posto de atração principal. Aí Wyman arranjou para que a The End abrisse os shows para eles. Wyman também se dispôs a produzi-los no estúdio. Assim gravaram mais alguns singles e viajaram para a Espanha, onde fizeram muito sucesso e gravaram outros singles. No retorna à Inglaterra adicionaram um segundo guitarrista, Terry Taylor, e Bill Wyman dedicou-se a produzir esse álbum aqui, que é o único da The End. O som é rock psicodélico com certa influência da soul music norte-americana e parecido com o que a própria Rolling Stones estava fazendo no Satanic Majesties. Bill Wyman também colaborou em algumas composições e Charlie Watts deu uma palhinha na percussão. Ficou a cargo do agente da Rolling Stones cuidar do lançamento simultâneo no Reino Unido e na America mas o álbum empoeirou durante um ano e meio. Acabou sendo lançado primeiro nos Estados Unidos, onde recebeu boas críticas e forçou seu lançamento na Europa, mas sem nenhum apoio e divulgação. Introspection é um belo exemplar de rock psicodélico mas quando foi lançado a música já havia mudado. Por conta disso, cada membro da banda queria seguir numa direção e eles se separaram. Taylor, Graham e Brown formaram a Tucky Buzzard.





Colin Giffin - guitarra, vocal
Terry Taylor - guitarra
Nick Graham - teclados, vocal
Dave Brown - baixo, vocal
Hugh Attwooll - bateria

com:
Charlie Watts - tabla (3)
George Kenset - voz (4, 8, 12)
Nicky Hopkins (Jeff Beck, Climax Blues Band) - harpsichord (10)
Jim Henderson (Tucky Buzzard) - backing vocal (11) 
Ken Leeman - sax (11)





1   Dreamworld
2   Under The Rainbow
3   Shades Of Orange
4   Bromley Common
5   Cardboard Watch
6   Introspection (Pt. 1)
7   What Does It Feel Like
8   Linen Draper
9   Don't Take Me
10 Loving Sacred Loving
11 She Said Yeah
12 Jacob's Bladder
13 Introspection (Pt. 2)
14 Shades Of Orange (Mono A Side)
15 Loving, Sacred Loving (Mono B Side)